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Roblox apresenta riscos perturbadores para crianças, diz pesquisa

Uma pesquisa revelou comportamentos perturbadores que mostram a vulnerabilidade de crianças e adolescentes na plataforma de jogos Roblox. O experimento foi feito por especialistas em comportamento digital da Revealing Reality e divulgado pelo jornal The Guardian.

A Roblox oferece milhares de opções criadas não só pela empresa, mas também pelos próprios usuários. No ano passado, a plataforma acumulava mais de 85 milhões de usuários ativos diários, dos quais estima-se que 40% tenham menos de 13 anos.

O estudo foi feito a partir de contas criadas pela equipe para usuários fictícios com idades entre 5, 9, 10, 13 e 40 anos ou mais. Os perfis interagiam apenas entre si para evitar influências externas nos avatares.

Controle parental de uso da plataforma por menores de idade (Imagem: Reprodução/Roblox)

As descobertas

  • Crianças de apenas 5 anos conseguiam se comunicar com adultos enquanto jogavam;
  • A interação entre adultos e menores ocorria mesmo sem verificação efetiva de idade;
  • Conta de uma menina de 10 anos conseguiu acessar espaço de hotel onde era possível visualizar um avatar feminino usando meias arrastão girando em uma cama e outros avatares deitados uns sobre os outros em poses sexualmente sugestivas;
  • Avatares ouviram conversas entre outros jogadores verbalizando atividades sexuais, bem como ruídos repetidos beijos e grunhidos, ao usar a função de bate-papo por voz.

“Os novos recursos de segurança anunciados pela Roblox na semana passada não são suficientes. Crianças ainda podem conversar com estranhos que não estão em sua lista de amigos e, com 6 milhões de experiências [na plataforma], muitas vezes com descrições e avaliações imprecisas, como se pode esperar que os pais moderem?”, disse Damon De Ionno, diretor de pesquisa da Revealing Reality.

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Roblox afirmou que “há pessoas mal-intencionadas na internet” (Imagem: Cassiano Correia / Shutterstock.com)

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O que diz a Roblox

Ao jornal, a Roblox afirmou que “há pessoas mal-intencionadas na internet”, mas que há uma “questão que vai além da Roblox e precisa ser abordada por meio da colaboração com governos e de um compromisso de toda a indústria”.

A plataforma disse, ainda, que a verificação da idade para menores de 13 anos “continua sendo um desafio”, e que as conversas no bate-papo por voz estão sujeitas à moderação de IA em tempo real.

“Só em 2024, adicionamos mais de 40 novas melhorias de segurança e continuamos totalmente comprometidos em ir mais longe para tornar o Roblox um lugar seguro e civilizado para todos”, afirmou Matt Kaufman, diretor de segurança da Roblox.

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Cuidado ao usar chatbots: seus dados podem estar em perigo

Quanto mais você conversa com inteligências artificiais como o ChatGPT, mais elas aprendem sobre sua vida. Desde preferências alimentares até detalhes íntimos que você talvez nem contaria para um amigo. O problema? Esses dados podem vazar, ser usados para treinar novas IAs ou até parar em mãos erradas.

É o que alerta o Wall Street Journal, que mergulhou nos bastidores dessas conversas aparentemente inofensivas. Segundo o jornal, ao compartilhar exames médicos, dados bancários ou até segredos corporativos com um chatbot, você pode estar alimentando um banco de dados que pode ser usado para treinar outras IAs – ou, pior, ser alvo de vazamentos.

Por isso, especialistas em segurança digital recomendam cautela. Evite incluir informações sensíveis, como CPF, senhas, documentos e qualquer coisa que você não gostaria que caísse na rede. E, sempre que possível, use os modos temporários ou anônimos desses serviços.

Parece conversa privada, mas pode virar dado público

Chatbots são treinados para parecer gentis, empáticos, quase humanos. E é aí que mora o perigo. Quando você começa a tratá-los como um diário digital ou conselheiro de confiança, pode acabar revelando mais do que devia.

Conversas sobre saúde, finanças ou trabalho carregam dados que deveriam ser tratados com cuidado (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

O histórico das falhas já dá calafrios. Em 2023, um bug no ChatGPT fez alguns usuários verem conversas alheias. No mesmo ano, a OpenAI mandou e-mails de confirmação para endereços errados com nome completo, e-mail e até informações de pagamento. Se a empresa for intimada pela Justiça ou alvo de um ataque hacker, tudo o que você compartilhou pode virar parte de um grande vazamento.

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Por isso, a regra é clara: nada de números de documentos, exames médicos, dados bancários ou informações da sua empresa. Evite também passar logins e senhas, mesmo que o bot pareça prestativo. Essas IAs não foram feitas para guardar segredos, só para manter a conversa fluindo.

Sua conversa pode treinar a próxima IA — ou parar nas mãos de um revisor

Ao dar um joinha, ou até um dislike, para a resposta de um bot, você pode estar permitindo que aquela troca entre no banco de dados da empresa. Em casos extremos, como menções a violência ou conteúdo sensível, funcionários humanos podem ser acionados para revisar o conteúdo. Sim, gente de verdade pode ler o que você escreveu achando que era só entre você e a máquina.

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Curtiu a resposta da IA? Alguém pode estar lendo o que você escreveu — e não é um robô (Imagem: TeeStocker/Shutterstock)

Nem todas as empresas fazem isso da mesma forma. O Claude, da Anthropic, promete não usar suas conversas para treinar modelos e apaga os dados em até dois anos. Já o ChatGPT, o Copilot da Microsoft e o Gemini do Google usam as interações como aprendizado – a menos que você desative isso manualmente nas configurações.

Se a ideia de ter alguém espiando sua conversa com a IA te deixa desconfortável, a dica é simples: delete. Os paranoicos de plantão apagam tudo logo após o uso. Mesmo assim, os dados “excluídos” só desaparecem de verdade depois de 30 dias. Ou seja: até no lixo, o seu prompt pode viver por mais um tempinho.

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Apple é multada em quase R$ 1 bilhão na França

A Apple foi multada em 150 milhões de euros (cerca de 934 milhões de reais) pela Autoridade de Concorrência Francesa por abusar de sua posição dominante no mercado de publicidade móvel. As informações são da Reuters.

A multa foi imposta devido ao uso de sua ferramenta de controle de privacidade, o App Tracking Transparency (ATT), que permitiu aos usuários do iPhone e iPad bloquear o rastreamento de suas atividades.

A ferramenta foi criticada por dificultar e encarecer a publicidade em sua plataforma, prejudicando especialmente editores menores que dependem dos dados coletados de terceiros.

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Autoridades francesas decidiram punir a Apple, que se diz desapontada com a decisão (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

Apple diz que mudanças não foram exigidas

  • Foi a primeira multa relacionada ao ATT, que também está sendo investigado em outros países da União Europeia, como Alemanha, Itália, Polônia e Romênia.
  • A Apple, em resposta, afirmou estar decepcionada com a decisão, e que a Autoridade Francesa de Concorrência não exigiu mudanças específicas na ferramenta.
  • O caso francês envolveu queixas de anunciantes, editores e redes de internet entre 2021 e 2023.
  • O regulador alegou que, embora o objetivo do ATT fosse proteger dados pessoais, sua implementação foi excessiva e desproporcional.

O chefe da Autoridade de Concorrência Francesa, Benoit Coeure, defendeu a aplicação imparcial da lei, destacando que as autoridades antitruste dos EUA também devem ser rigorosas com grandes plataformas digitais.

A Apple agora enfrenta o desafio de garantir conformidade com a decisão, aguardando ainda as conclusões de outros reguladores europeus.

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App Tracking Transparency (ATT), da Apple, levou autoridade francesa impor multa pra a empresa; outros reguladores europeus também investigam a ferramenta – Imagem: 360b / Shutterstock

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