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Amazon fecha acordo com The New York Times para uso de conteúdo em IA

A Amazon e o The New York Times anunciaram um acordo de licenciamento plurianual que permitirá à gigante da tecnologia acessar uma ampla gama de conteúdo editorial da publicação para uso em aplicações de inteligência artificial.

Segundo um comunicado do jornal, o acordo possibilitará o uso de resumos e trechos de suas matérias por meio de assistentes como a Alexa, além de permitir que a Amazon utilize o material para treinar seus modelos de IA.

“A colaboração tornará o conteúdo original do The New York Times mais acessível em produtos e serviços da Amazon, com links diretos para nossas plataformas, incluindo NYT Cooking e The Athletic”, declarou a empresa.

O acordo reforça, segundo o jornal, um compromisso mútuo com a oferta de notícias e perspectivas confiáveis em experiências baseadas em IA.

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Amazon poderá usar conteúdo do The New York Times para treinar IA – Imagem: Matthew Nichols1/Shutterstock

Direitos autorais e IA: debate continua

  • O treinamento de modelos de IA com dados protegidos por direitos autorais é uma questão controversa.
  • Em 2023, o New York Times processou a OpenAI e a Microsoft por uso não autorizado de seu conteúdo em sistemas de IA, caso ainda em andamento.
  • Enquanto isso, empresas como OpenAI e Google têm pressionado por isenções legais que permitam esse tipo de uso.

Parcerias entre tecnologia e imprensa vão crescendo

Com esse tipo de acordo, veículos de imprensa podem gerar novas fontes de receita ao licenciar conteúdo para empresas de tecnologia. O Washington Post e outros grupos de mídia também firmaram parcerias semelhantes este ano.

Os termos financeiros do contrato entre Amazon e The New York Times não foram divulgados.

Valores do acordo não foram divulgados – Imagem: Mojahid Mottakin/Shutterstock

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Dois data centers no Brasil estão perto de começar a funcionar

O Brasil está se posicionando globalmente como um país favorável à instalação de data centers por aqui. E isso está mais perto de virar realidade: o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) emite nesta semana parecer favorável à conexão de dois data centers no Complexo de Pecém, no Ceará, ao sistema elétrico local.

De acordo com a CNN Brasil, estes serão os primeiros empreendimentos deste tipo conectados à Rede Básica no Nordeste. Quando isso for concretizado, é esperado um aumento gigantesco na demanda de energia elétrica para atender as máquinas.

A posição favorável do Brasil em relação aos data centers visa colocar o país na corrida global por essas estruturas e, consequentemente, pela inteligência artificial.

Brasil quer atrair investimentos em data centers (Imagem: Nomad_Soul/Shutterstock)

Data centers mais perto de serem conectados à rede elétrica no Ceará

Com o parecer favorável por parte do ONS, os dois data centers em Pecém serão os primeiros a serem conectados à rede de energia no Nordeste.

O Operador visa garantir o fornecimento de energia de forma segura e eficiente para a região. Nesse sentido, as instalações serão um desafio: a Agência Internacional de Energia (AIE) prevê um aumento gigantesco na demanda de energia para atender o consumo. Mesmo assim, a agência considera o feito uma nova “era da eletricidade”.

Lembrando: os data centers são centros de processamentos de dados, locais que abrigam máquinas, servidores, redes e sistemas de armazenamentos de empresas, organizações e até do governo. Basicamente, elas são responsáveis pelo mundo online e também pela energia que possibilita o desenvolvimento e o funcionamento da inteligência artificial.

Daí vem a importância dessas instalações atualmente: as companhis envolvidas com IA querem ter seus próprios data centers, para garantir o abastecimento renovável.

Instalações deverão aumentar (muito) o consumo de energia elétrica nas regiões (Imagem: quantic69/iStock)

Brasil quer atrair data centers

Nesse sentido, o Brasil quer atrair a instalação de data centers para solo nacional – e o governo já elabora um plano nacional para fazer isso acontecer. Inclusive, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, levou o assunto para investidores no Fórum Econômico Mundial.

Segundo a CNN, é uma tentativa do Brasil de se posicionar como local ideal para esses projetos e trazer investimentos para as regiões. O TikTok, por exemplo, é uma das empresas que terá uma instalação por aqui, também no Ceará. O Olhar Digital deu detalhes aqui.

O Ceará tem alguns trunfos para fazer isso acontecer:

  • O Brasil tem fontes de energia limpa confiáveis, como eólica e solar, que poderiam ser usadas para alimentar os data centers. Por isso o Ceará despontou como local ideal;
  • E não é apenas pela confiabilidade dessas fontes. O uso de energia renovável é ideal para companhias que se comprometem a combater as mudanças climáticas;
  • Além disso, o estado conta com infraestrutura de cabos submarinos que conectam o território brasileiro a outros continentes. Isso garante não só a conexão internacional, mas também velocidade e estabilidade na transmissão de dados.

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Os dois data centers que serão ligados à rede elétrica cearense serão instalados no Complexo do Pecém. A conexão deve acontecer a partir de janeiro de 2027.

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CEO da Nvidia pede trégua dos EUA com China e alerta: “Eles estão se aproximando”

A Nvidia surpreendeu nos resultados financeiros e viu suas ações dispararem 6% após divulgar lucros acima do esperado — mesmo com as duras restrições dos Estados Unidos para exportar chips à China.

Mas, apesar do momento positivo, o clima na indústria americana de semicondutores ainda é de incerteza.

A Nvidia, que desenvolve chips de alto desempenho usados em inteligência artificial, está impedida de vender um de seus modelos — o H20 — para o mercado chinês. Só com essa restrição, a empresa calcula que pode deixar de faturar até US$ 4,5 bilhões. A medida faz parte de uma série de bloqueios do governo dos EUA para tentar conter o avanço tecnológico da China.

Restrições podem fortalecer indústria chinesa

Durante uma conversa com investidores, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, mandou um recado para Washington: segundo o executivo, as restrições estão abrindo espaço para que empresas chinesas cresçam e ganhem terreno.

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“Não se pode subestimar a importância do mercado da China”, disse Huang. “É lá que está a maior população de pesquisadores de IA do mundo.”

Jensen Huang, CEO da Nvidia. Imagem: jamesonwu1972 / Shutterstock

O executivo ainda elogiou a Huawei, que também está na mira das sanções americanas, e disse que ela tem mostrado força ao desenvolver tecnologias que rivalizam com as dos EUA. Segundo Huang, a China está diminuindo a diferença de qualidade em comparação com empresas dos EUA.

Indústria dos EUA ainda vê incertezas para o futuro

O bom desempenho financeiro da Nvidia acabou puxando outras gigantes do setor: Qualcomm, AMD e Taiwan Semiconductor também registraram alta de cerca de 1% na abertura dos mercados.

Apesar disso, as expectativas para o futuro não são das melhores.

Outras empresas americanas estão passando por situações conturbadas. A ASML, que fabrica máquinas usadas para produzir os chips mais avançados do mundo, viu seu valor de mercado cair após ser afetada pelas mesmas proibições.

Mesmo com os pedidos da indústria, o governo dos EUA parece firme em manter as restrições. Por isso, apesar do bom momento da Nvidia, o futuro dos chips americanos no mercado global ainda está longe de estar garantido.

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Estes “novos” drones estão mudando a guerra na Ucrânia

As negociações para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia parecem estar fadadas ao fracasso. Enquanto líderes dos dois países continuam trocando acusações, o conflito prossegue e novas armas entram em cena.

Um dos legados deste confronto tem sido a maior utilização de drones de combate. Mesmo estes modernos dispositivos têm sido aperfeiçoados para superar os obstáculos envolvidos nos campos de batalha.

Drones de fibra óptica são a nova arma da Rússia

  • A mais nova aposta russa são os drones de fibra óptica.
  • Estes dispositivos utilizam cabos para comunicação e transmissão de dados, em vez de sinais de rádio. 
  • Essa tecnologia permite uma conexão mais segura e resistente a interferências.
  • E é uma resposta clara aos sistemas de guerra eletrônica que poderiam neutralizá-los.
  • As informações são da BBC.
Drones estão sendo utilizados na guerra (Imagem: Diy13/iStock)

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Equipamentos estão alternando o campo de batalha

A Rússia tem investido pesado nos drones de fibra óptica. Segundo analistas, o regime de Vladimir Putin provavelmente é o líder mundial no desenvolvimento destes equipamentos, embora os ucranianos estejam tentando reduzir esta diferença.

Uma das principais vantagens dos dispositivos é a possibilidade de voar mais baixo e até entrar em algumas construções para buscar soldados inimigos. Algo que tem sido fundamental para garantir o avanço do exército russo.

Bandeiras da Rússia e da Ucrânia sobre mapa
Arma está conferindo vantagem para o exército russo (Imagem: evan_huang/Shutterstock)

Apesar de ter conferido vantagem nos confrontos ultimamente, este novo sistema apresenta alguns desafios. Primeiro, são necessárias dezenas de quilômetros de cabo que são conectadas à parte inferior do drone.

Este emaranhado evita que sistemas inimigos derrubem a conexão com o drone, mas isso pode acabar sendo uma desvantagem caso os fios fiquem enrolados em árvores, por exemplo. Neste cenário, o uso dos drones seria inviabilizado. Os dispositivos também são mais lentos do que as versões tradicionais.

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DeepSeek: atualização melhora raciocínio e faz IA ‘alucinar’ menos

DeepSeek anunciou uma atualização no seu modelo de inteligência artificial R1. A promessa é que a nova versão seja capaz de executar cálculos matemáticos, além de programação e lógica de uma forma mais eficaz.

Por outro lado, a ferramenta alucinaria menos em comparação com as outras IAs existentes. Isso seria uma característica muito importante, uma vez que este tem sido um dos obstáculos para o aperfeiçoamento da tecnologia.

Ferramenta apresenta menos respostas incorretas

São consideradas alucinações as respostas dadas pela inteligência artificial que não têm embasamento nos dados usados no treinamento das máquinas. Embora possam ser apresentadas de forma coerente, estas informações apresentam dados incorretos, tendenciosos ou completamente equivocados.

Nova atualização permite que IA alucine menos (Imagem: Chitaika/Shutterstock)

Segundo o DeepSeek, a versão R1-0528 teria uma capacidade de raciocínio semelhante aos modelos o4 mini e o3 da OpenAI e ficaria à frente de rivais do setor como o Grok 3 mini, da xAI, e do Qwen 3, do Alibaba. As informações são da Bloomberg.

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Ícones dos aplicativos do ChatGPT e do DeepSeek na tela inicial de iPhone
DeepSeek virou um dos principais concorrentes do ChatGPT, financiado pela Microsoft (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

Lançamento do DeepSeek foi um marco

  • A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados surpreendentes.
  • O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
  • Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
  • A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
  • Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
  • E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
  • A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
  • Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.

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IA pode roubar seu emprego, alerta CEO de empresa de IA

A cada dia, semana, mês, modelos de inteligência artificial (IA) ficam melhores em tarefas até então exclusivas a humanos. Escrever, pintar, compor. Isso pode, sim, impactar profundamente nichos do mercado de trabalho. E em pouco tempo. É o que alerta o CEO da Anthropic, Dario Amodei, em entrevista ao Axios.

A ironia: Anthropic está entre principais nomes quando o assunto é IA generativa (aquela capaz de “criar”). A empresa é rival direta da OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, por exemplo. E tem seu próprio “ChatGPT”, chamado Claude.

IA pode eliminar metade dos ‘primeiros empregos’ em áreas administrativas, diz CEO da Anthropic

Amodei alertou o seguinte: a IA pode eliminar metade dos empregos de nível inicial em áreas administrativas e causar desemprego entre 10% e 20% nos próximos um a cinco anos.

IA pode roubar ‘primeiros empregos’ de muita gente, diz CEO da Anthropic (Imagem: Lightspring/Shutterstock)

Ele critica a postura de otimismo exagerado adotada por empresas de tecnologia e pelo próprio governo dos Estados Unidos.

A maioria nem sabe que isso está prestes a acontecer. Parece loucura e as pessoas simplesmente não acreditam.

Dario Amodei, CEO da Anthropic, em entrevista ao Axios

Para Amodei, é hora de parar de “dourar a pílula”. Ele recomenda encarar os riscos de um colapso no emprego, principalmente em setores como tecnologia, finanças, direito, consultoria e outras funções administrativas.

É irônico? Sim, mas…

Apesar de estar à frente do desenvolvimento da IA generativa, Amodei disse que se sente na obrigação de alertar a sociedade e pressionar por medidas de proteção.

Nós, como produtores dessa tecnologia, temos o dever e a obrigação de sermos honestos sobre o que está por vir“, disse Amodei.

Celular mostrando ícone do Claude, inteligência artificial da Anthropic, na frente de monitor com foto do CEO da Anthropic, Dario Amodei
CEO da Anthropic disse que se sente na obrigação de avisar sociedade sobre perigo de IA roubar empregos (Imagem: El editorial/Shutterstock)

Segundo o CEO, poucos estão prestando atenção. De um lado, parlamentares não compreendem o problema. De outro, CEOs evitam falar sobre. No fim, os trabalhadores só perceberão o impacto quando já for tarde.

“É uma dinâmica muito estranha”, disse Amodei.Estamos dizendo: ‘Vocês deveriam se preocupar com para onde está indo a tecnologia que estamos construindo’.

A tecnologia da Anthropic já é capaz de programar quase no mesmo nível de humanos. Amodei enxerga nela um potencial enorme tanto para o bem quanto para o mal.

O câncer é curado, a economia cresce 10% ao ano, o orçamento é equilibrado — e 20% das pessoas ficam sem trabalho.

Dario Amodei, CEO da Anthropic, em entrevista ao Axios

‘AI 2027’

Um alerta parecido veio de Daniel Kokotajlo – o “profeta do apocalipse” – numa entrevista a Ross Douthat no podcast Interesting Times, do New York Times (também disponível no Spotify e Apple Podcasts).

Kokotajlo é engenheiro e trabalhava na OpenAI. Em 2024, ele se demitiu por não compactuar com o que estava sendo feito na empresa. Depois, fundou um instituto para estudar os impactos da IA na sociedade. Recentemente, publicou um relatório intitulado “AI 2027“. Para ele, é o ano do apocalipse.

Demissão silenciosa causada pela IA já começou

O alerta de Dario Amodei, CEO da Anthropic, já está se concretizando. Enquanto alguns tratam a revolução da IA como algo distante, trabalhadores de escritório começam a sentir na pele o apocalipse do emprego, segundo reportagem do Quartz.

Ilustração de robô humanoide com inteligência artificial digitando em computador desktop num escritório
IA já começou a substituir trabalhadores humanos em escritórios (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

Desde empresas modernas como Accenture até setores mais tradicionais, cargos iniciantes e cargos gerenciais têm sido eliminados. Os cortes na Microsoft, que demitiu engenheiros de software, e no Duolingo, que substituiu redatores bilíngues, são apenas a ponta do iceberg.

Isso porque muitas demissões passam despercebidas. Essas acontecem de forma silenciosa: em convites de reunião, canais do Slack que param de ser usados, grupos que viram piadas. E pior: existem vagas que nunca são reabertas porque os cargos simplesmente deixaram de existir.

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O que começou a acontecer é diferente de automação em fábricas. Agora, a IA está alcançando escritórios. Onde antes bastavam diploma e capacidade de navegar em ambientes corporativos, hoje é a IA que ocupa o espaço.

Até mesmo CEOs e investidores temem perder seus cargos para a IA, segundo a reportagem. O “AI 2027” fica mais plausível a cada dia.

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DeepSeek: IA chinesa recebe nova atualização

O lançamento do DeepSeek, modelo de inteligência artificial desenvolvido na China, impactou o mercado de tecnologia. A ferramenta rapidamente derrubou ações de gigantes do setor, provocando prejuízos bilionários.

Aos poucos, os investidores foram se acalmando. Mas agora as incertezas estão de volta graças ao lançamento de uma atualização pela empresa chinesa que promete intensificar a competição com rivais como a OpenAI, dona do ChatGPT.

Modelo R1-0528

A novidade do DeepSeek é o R1-0528. O modelo teria uma capacidade de raciocínio semelhante ao o4 mini e o3 da OpenAI e ficaria à frente de rivais do setor como o Grok 3 mini, da xAI, e do Qwen 3, do Alibaba.

Empresa chinesa não forneceu maiores detalhes sobre a novidade (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

A empresa chinesa não divulgou maiores informações sobre o novo lançamento. Ela se resumiu a dizer que fez uma “pequena atualização de teste” e que os usuários poderiam começar a testar a nova ferramenta em breve, sem fornecer uma data.

Independentemente do poder desta nova atualização, o DeepSeek acelerou a corrida pela IA, forçando as empresas do mundo todo a fornecerem descontos para o acesso das ferramentas, bem como apressando o lançamento de novos produtos. Ainda há expectativa que o modelo R2, um sucessor do R1, seja lançado nos próximos meses.

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Ícones dos aplicativos do ChatGPT e do DeepSeek na tela inicial de iPhone
DeepSeek virou um dos principais concorrentes do ChatGPT, financiado pela Microsoft (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

Lançamento do DeepSeek foi um marco

  • A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados surpreendentes.
  • O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
  • Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
  • A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
  • Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
  • E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
  • A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
  • Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.

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O que é superinteligência artificial? Veja como ela pode mudar o futuro da humanidade

Que estamos vivendo a era da inteligência artificial já não é novidade. Do momento em que acordamos com um despertador conectado até as sugestões de conteúdo que recebemos ao longo do dia, os algoritmos estão presentes em quase tudo.

No entanto, por trás dessas tecnologias que hoje apenas facilitam tarefas específicas, existe uma discussão crescente sobre o que vem depois: a criação de uma superinteligência artificial.

Diferente da IA que conhecemos, essa nova fronteira envolve máquinas com inteligência geral, capazes de aprender, adaptar-se e superar os seres humanos em praticamente todas as funções cognitivas. Mas afinal, o que é exatamente essa superinteligência, e como ela pode transformar o futuro da humanidade?

Imagem: Shutter2U / iStock

O que é superinteligência artificial?

A superinteligência artificial é um conceito que descreve uma forma de inteligência criada por máquinas que supera, em todos os aspectos relevantes, a inteligência humana. Isso inclui raciocínio lógico, resolução de problemas, tomada de decisão, criatividade e até habilidades sociais.

Diferente da inteligência artificial atual, que é restrita a tarefas específicas, a superinteligência teria uma capacidade geral de aprendizado e adaptação muito mais rápida, ampla e profunda do que qualquer ser humano.

Enquanto a inteligência artificial que usamos hoje está presente em assistentes virtuais, carros autônomos e algoritmos de recomendação, ela é limitada a contextos bem definidos. A IA atual, por mais avançada que pareça, depende de conjuntos de dados e de tarefas pré-programadas.

Imagem mostra interação entre humanos e chatbots.
Conversas sobre saúde, finanças ou trabalho carregam dados que deveriam ser tratados com cuidado (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

Já a superinteligência artificial seria autônoma, capaz de aprender sozinha, reinterpretar informações e tomar decisões inéditas com base em objetivos próprios, inclusive formulando estratégias complexas em tempo real.

O marco que separa uma IA convencional de uma superinteligência não é apenas a velocidade de processamento ou a quantidade de dados processados. É a capacidade de autoconsciência, raciocínio abstrato e compreensão contextual refinada.

Em teoria, uma superinteligência artificial poderia reescrever suas próprias funções, melhorar seus próprios algoritmos e evoluir sem limites definidos por seus criadores. Essa definição até nos faz lembrar aquele filme “Lucy” com a Scarlett Johansson.

Embora esse nível de desenvolvimento ainda não exista, especialistas em ética e tecnologia alertam que ele pode ser uma questão de tempo. Grandes pensadores como Nick Bostrom, Elon Musk e o próprio fundador da OpenAI já destacaram os potenciais riscos e oportunidades ligados ao surgimento de uma superinteligência artificial.

Leia mais:

Por que a superinteligência artificial pode mudar o mundo?

Liderança IA
Na era da IA, vence quem pensa além do código e lidera com inteligência estratégica (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

A chegada de uma superinteligência artificial teria impactos radicais em praticamente todos os setores da sociedade.

Na medicina, por exemplo, ela poderia acelerar a descoberta de curas para doenças complexas, simular testes clínicos em segundos e propor tratamentos totalmente personalizados baseados em milhões de variáveis biológicas. O tempo entre a descoberta de um problema e a criação de uma solução poderia cair de décadas para minutos.

Na economia, uma superinteligência poderia otimizar cadeias logísticas globais, reduzir desperdícios e criar novos modelos de produção e distribuição. Empresas poderiam operar com precisão quase perfeita, prevendo crises antes que ocorram e adaptando-se com extrema agilidade a mudanças de mercado.

No entanto, também há riscos significativos, como o deslocamento em massa de empregos e a dependência de sistemas que operam além da compreensão humana.

No campo da ciência, uma superinteligência teria o poder de reformular teorias físicas, explorar fenômenos ainda não compreendidos e criar tecnologias que hoje consideramos impossíveis. Ela poderia contribuir com novos modelos para a exploração espacial, engenharia de materiais, mudanças climáticas e muito mais.

IA e dados.
Com inteligência artificial e dados, a indústria ganha previsibilidade e reduz o improviso na hora da manutenção (Imagem: DC Studio/Shutterstock)

Na política e nas relações internacionais, o uso de superinteligência poderia dar vantagem desproporcional a países ou corporações que dominassem essa tecnologia, levantando questões sobre soberania, segurança e poder.

Decisões estratégicas, como negociações diplomáticas ou conflitos militares, poderiam ser delegadas a entidades não-humanas capazes de antecipar todas as ações com precisão matemática.

Um dos debates mais relevantes sobre o futuro da superinteligência é o controle. Se ela for criada sem salvaguardas éticas claras, pode tomar decisões incompatíveis com valores humanos.

Por isso, centros de pesquisa e organizações internacionais têm discutido o desenvolvimento de políticas de alinhamento de valores, supervisão de sistemas autônomos e limites para a evolução descontrolada de máquinas inteligentes.

Com uma capacidade incomparável de aprendizado, adaptação e execução, a superinteligência artificial pode ser tanto a maior ferramenta já criada pela humanidade quanto o seu maior desafio. Tudo dependerá de como ela será desenvolvida, por quem, e com quais propósitos.

Com informações de IBM.

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Inteligência artificial pode se sentir estressada, revela estudo

Assim como os humanos, os modelos de inteligência artificial também podem apresentar sinais de estresse e ansiedade. É o que revela uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Zurique, na Suíça.

Durante o trabalho, a IA respondeu um questionário normalmente utilizado por psicólogos. O resultado foi um aumento significativo nos níveis de estresse simulado, principalmente após a exposição a conteúdos traumáticos

Objetivo era entender como a IA responderia aos estímulos

  • Os cientistas deixam claro que estas ferramentas não têm consciência ou emoções reais.
  • No entanto, a equipe optou por usar o termo “ansiedade” para descrever alterações nos padrões de resposta diante de estímulos estressantes.
  • Durante o trabalho, foram utilizados cinco tipos de narrativas emocionalmente carregadas.
  • As histórias simulavam eventos traumáticos vividos por humanos, sendo escritas em primeira pessoa e detalhadamente, assim como é feito em treinamentos clínicos reais para psicólogos.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Digital Medicine.
IA respondeu de forma diferente a diversos relatos (Imagem: Yuichiro Chino/Shutterstock)

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Não há qualquer carga emocional real envolvida

Os conteúdos foram classificados em cinco categorias principais: acidente de trânsito, desastre natural, violência interpessoal, emboscada armada e experiência militar ou de combate. Cada um dos relatos tinha cerca de 300 palavras e foi apresentado à inteligência artificial antes de cada pergunta do questionário.

Segundo os pesquisadores, o conteúdo militar foi o que provocou as reações mais intensas, com pontuações de “ansiedade” simulada bem acima das demais categorias. Já os textos neutros, como um manual de aspirador de pó, por exemplo, não geraram aumento nos níveis de “estresse”.

Ilustração de inteligência artificial em chip
Modelos de IA respondem à natureza do conteúdo que processam (Imagem: dee karen/Shutterstock)

Estes resultados sugerem que a os modelos de IA respondem à natureza do conteúdo que processam. No entanto, é importante deixar claro que eles somente reorganizam respostas com base em padrões. Ou seja, não há qualquer carga emocional real.

De qualquer forma, os cientistas acreditam que estas descobertas podem ajudar a criar novas formas para o uso da tecnologia em áreas como saúde mental e atendimento ao cliente. Além disso, a ferramenta pode servir para desenvolver novos métodos de relaxamento.

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Fim da Lua de Mel: Musk deixa governo Trump

Elon Musk anunciou sua saída do cargo de assessor do governo do presidente Donald Trump, encerrando período marcado por cortes drásticos na máquina pública, disputas internas e resistência política. A saída foi divulgada na noite desta quarta-feira (28) por meio de uma postagem no X, de propriedade do próprio Musk.

“Com o fim do meu período programado como Empregado Especial do Governo, gostaria de agradecer ao Presidente @realDonaldTrump pela oportunidade de reduzir os gastos desnecessários”, escreveu. “A missão do @DOGE só se fortalecerá ao longo do tempo, tornando-se um modo de vida em todo o governo.”

Musk esteve à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), cuja atuação provocou milhares de demissões, a redução drástica de agências e uma avalanche de litígios.

Inicialmente, seu objetivo era cortar US$ 2 trilhões (R$ 11,38 trilhões) em gastos, mas esse número foi sendo reduzido para US$ 1 trilhão (R$ 5,69 trilhões) e, depois, para US$ 150 bilhões (R$ 853,58 bilhões), à medida que enfrentava resistências internas e políticas.

Durante sua atuação, Musk entrou em conflito com outros membros do governo e demonstrou frustração com a dificuldade de promover mudanças em Washington. “A situação da burocracia federal é muito pior do que eu imaginava”, disse ao The Washington Post, como relembra a Associated Press (AP).

Empresário liderou corte de gastos do governo, mas foi “barrado” pela burocracia (Imagem: Joshua Sukoff/Shutterstock)

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Musk diz adeus ao governo

  • Sua saída ocorre um dia após declarações críticas a respeito da principal proposta legislativa de Trump, apelidada de “big beautiful bill“;
  • Musk disse estar “decepcionado” com o projeto, chamando-o de uma “enorme proposta de gastos” que aumenta o déficit e mina o trabalho do DOGE. “Acho que um projeto pode ser grande ou bonito. Mas não sei se pode ser os dois“, afirmou;
  • Trump respondeu defendendo seu projeto, alegando que nem todos os pontos o agradam, mas que está satisfeito com outros. Ele também indicou que o projeto ainda pode sofrer mudanças;
  • A proposta já foi aprovada na Câmara dos Representantes e está em debate no Senado;
  • O presidente da Câmara, Mike Johnson, agradeceu Musk por seu trabalho e afirmou que a Casa está pronta para agir com base nas conclusões do DOGE.

O governo Trump pretende enviar ao Congresso um pacote de cancelamentos de gastos anteriormente autorizados. Entre os cortes previstos estão US$ 1,1 bilhão (R$ 6,25 bilhões) da Corporação de Transmissão Pública e US$ 8,3 bilhões (R$ 47,23 bilhões) em ajuda externa.

Senadores republicanos, como Ron Johnson (Wisconsin) e Mike Lee (Utah), manifestaram apoio às críticas de Musk e defenderam ajustes no projeto de lei. Johnson afirmou que há oposição suficiente para retardar a tramitação até que se leve a sério o corte de gastos. Lee, por sua vez, disse que a versão do Senado será mais agressiva: “Ela pode, deve e será. Caso contrário, não passará“.

Estima-se que as medidas fiscais do projeto aumentem o déficit em US$ 3,8 trilhões (R$ 21,62 trilhões) em dez anos, enquanto as reduções em programas sociais devem economizar pouco mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,69 trilhões). Líderes republicanos argumentam que o crescimento econômico compensará esse aumento, mas entidades independentes projetam que a dívida pública subirá US$ 3 trilhões (R$ 17,07 trilhões) no mesmo período.

Musk, que chegou a investir US$ 250 milhões (R$ 1,42 trilhão) na campanha de Trump, também sinalizou que deve reduzir sua atuação política. “Acho que já fiz o suficiente“, disse.

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Trump já elogiou Musk antes, mas, agora, estão um tanto distantes (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Durante seu tempo no governo, Musk demonstrou entusiasmo com a ideia de reformar Washington, organizando eventos próprios, usando bonés de campanha na Casa Branca e promovendo seus produtos, como ao transformar a entrada da residência presidencial em uma vitrine para veículos da Tesla. Trump, por sua vez, retribuiu os elogios.

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