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Ultimato de Trump: Apple precisa fabricar iPhone nos EUA ou será taxada em 25%

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um ultimato à Apple nesta sexta-feira (23): se a empresa não começar a fabricar iPhones no país, terá que enfrentar uma taxa de importação de 25%. A declaração foi feita na rede social Truth Social.

Em outras ocasiões, o republicano já havia expressado que gostaria que a Apple transferisse sua cadeia de produção para solo norte-americano, o que ainda não aconteceu. A companhia priorizou a fabricação na Índia, que tem tarifas menores que a China, mas Trump também não gostou nada disso.

Apple precisa produzir nos EUA… ou enfrentar as tarifas

A Apple foi uma das empresas afetadas com o tarifaço de Trump. Isso porque boa parte da cadeia de produção está na China. A expectativa do presidente americano era que as companhias migrassem para os EUA… mas não foi o que aconteceu.

A Apple optou por priorizar os iPhones da Índia, país que tem tarifas menores que a China. No entanto, na semana passada, Trump revelou que se encontrou com Tim Cook, CEO da empresa da maçã, e pediu que ele parasse a fabricação por lá, priorizando os Estados Unidos. O Olhar Digital deu os detalhes aqui.

Trump quer que Apple passe a fabricar nos EUA, ao invés de importar iPhones (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

Nesta semana, o republicano deu o ultimato. Em publicação no Truth Social (rede social do próprio Trump), o presidente ameaçou impor uma tarifa de 25% sobre os produtos importados da Apple… a menos que os iPhones sejam fabricados nos EUA.

Há muito tempo, informei Tim Cook, da Apple, que espero que os seus iPhones vendidos nos Estados Unidos sejam fabricados e construídos nos Estados Unidos, e não na Índia ou em qualquer outro lugar. Se não for esse o caso, uma tarifa de pelo menos 25% deverá ser paga pela Apple aos EUA.

Donald Trump, na rede social Truth Social

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Nada de China… nem Índia (Imagem: nikkimeel/Shutterstock)

iPhone produzido nos EUA?

  • Depois que o pacote de tarifas de Donald Trump foi anunciado (com taxas altíssimas para a China), a Apple começou a diversificar os locais de produção. A intenção é reduzir a dependência do país e driblar o tarifaço;
  • Nisso, a Índia surgiu como principal nome para a fabricação do iPhone;
  • A empresa também disse que começaria a expandir a produção nos Estados Unidos, com investimento de US$ 500 bilhões nos próximos quatro anos para a instalação de cadeia produtiva. Mas especialistas acreditam que isso não deve se concretizar – até porque o valor do celular ficaria absurdamente alto;
  • Trump chegou a elogiar a Apple pela decisão, mas a companhia da maçã não parou de ‘caçar’ alternativas. Até o Brasil surgiu como um potencial local de fabricação (saiba mais aqui).

Com a mais nova ameaça de Trump, a Apple se torna mais uma das empresas na mira do governo. Amazon, por exemplo, já é uma das que sofre as consequências da pressão.

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Por enquanto, EUA e China estão em uma trégua de 90 dias, mantendo apenas as tarifas recíprocas para que novos acordos sejam negociados. Essa medida deve dar algum tempo extra à Apple.

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IRPF 2025: Receita abre consulta ao 1º lote de restituição

Quem já entregou a declaração do Imposto de Renda e tem uma quantia a ser restituída já pode consultar se está dentro da primeira fase de pagamentos. A Receita Federal abriu nesta sexta-feira (23) a consulta ao primeiro lote de restituição do IRPF 2025.

Este é o maior valor já pago na história, e contempla também restituições residuais de exercícios anteriores. Os depósitos serão feitos a partir de 30 de maio, mesmo dia em que se encerra o prazo para declaração.

Saiba como verificar se você está no primeiro lote

Mais de 6,2 milhões de contribuintes serão contemplados no primeiro lote de restituição. O valor total dos pagamentos será de R$ 11 bilhões, sendo aproximadamente R$ 7,8 bilhões destinados aos contribuintes prioritários. 

Restituição do Imposto de Renda será paga em cinco lotes (Imagem: shutterstock_rafastockbr)

Pelas regras, os primeiros a receberem a restituição são: idosos acima de 80 anos, contribuintes entre 60 e 79 anos, contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave, contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério e contribuintes que receberam prioridade por utilizarem a declaração pré-preenchida e optarem por receber a restituição via PIX.

Para saber se você receberá a restituição já no primeiro lote bastar acessar a página da Receita na internet (clique aqui) e selecionar a opção “Meu Imposto de Renda”. Em seguida, clique em “Consultar a Restituição”. Caso identifique alguma pendência na declaração, é possível retificá-la, corrigindo as informações e evitando cair na malha fina.

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Como declarar Imposto de Renda
Site da Receita Federal informa quem vai receber primeira parcela dos pagamentos (Imagem: Brenda Rocha – Blossom/Shutterstock)

Calendário de pagamento da restituição do IRPF 2025

  • Primeiro lote: 30 de maio;
  • Segundo lote: 30 de junho;
  • Terceiro lote: 31 de julho;
  • Quarto lote: 29 de agosto;
  • Quinto e último lote: 30 de setembro.

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Residências poderão entrar no mercado livre de energia em 2027

A reforma do setor elétrico brasileiro anunciada nesta semana prevê que consumidores de baixa tensão poderão acessar o mercado livre de energia elétrica nos próximos anos. Isso significa que residências e pequenos estabelecimentos comerciais serão beneficiados pela medida.

Antes das mudanças nas regras, apenas grandes consumidores, como indústrias ou operadores de infraestrutura, podiam contratar energia no mercado livre. Já no ano passado, negócios de porte entre pequeno e médio também foram autorizados.

Reforma promete redução nos gastos dos consumidores

  • Atualmente, residências e pequenos negócios têm a eletricidade fornecida pelas concessionárias de distribuição, sob supervisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
  • Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o objetivo da abertura é dar “liberdade de escolha para todos os consumidores” e promover a “competição no mercado de energia elétrica”.
  • A ideia é que a reforma reduza a conta de luz dos usuários.
  • No entanto, existem algumas variáveis neste novo mercado, como duração dos prazos de contrato e vaivém nos preços.
  • As informações são de O Globo.
Mudanças fazem parte da reforma do setor elétrico brasileiro (Imagem: tifonimages/IStock)

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Como funciona o mercado livre de energia

No mercado livre, os consumidores poderão escolher o fornecedor de energia, algo similar ao que acontece em setores como a telefonia. Pelas normas anunciadas, as indústrias e o comércio de baixa tensão serão autorizados a fazer este tipo de contrato a partir de agosto de 2026. Para os demais, como residências, a data é dezembro de 2027.

Atualmente, cerca de 80 mil consumidores estão no mercado livre, segundo o MME. Em agosto de 2024, eram 50,5 mil. Este considerável aumento foi motivado justamente pela abertura. Segundo projeções, a economia na energia pode chegar a 40%.

Contas de luz colocadas uma sobre a outra, na diagonal
Ideia é que o consumidor saiba o que está pagando para a distribuidora e para o fornecedor de energia (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Pelas regras do ano passado, os interessados contratam uma empresa intermediária para comprar a eletricidade diretamente das geradoras. A energia continua chegando pela rede da concessionária local. Assim, o consumidor passa a ter duas contas, uma com a comercializadora e outra com a distribuidora, que cobra pela rede. Em alguns casos, a cobrança pode ser unificada.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, na baixa tensão, as concessionárias também oferecerão a infraestrutura de rede, cobrando por ela. “A ideia é que o consumidor saiba o que ele está pagando para a distribuidora (referente ao uso da rede) e para o fornecedor de energia”. No caso das residências, haverá uma conta só, com as tarifas discriminadas.

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Mas já? Testes do One UI 8 da Samsung devem começar em breve

A Samsung começou a enviar notificações sobre o programa beta do One UI 8, sua próxima interface feita com base no Android 16, nesta sexta-feira (23). Aviso vem logo após a empresa ter criado uma página em seu fórum sobre o update para a linha Galaxy S25.

A Samsung já testa o One UI 8 internamente. A novidade é que, em breve, a empresa deve começar a deixar usuários testarem a nova interface.

Samsung envia notificação para usuários sobre como participar de testes do One UI 8

A notificação da Samsung fala sobre como participar dos testes do One UI 8, conforme mostrado pelo SamMobile. A empresa começou a enviá-las para inscritos no programa beta na Coreia do Sul, Estados Unidos e Índia por meio do aplicativo Members.

Notificação enviada pela Samsung indica que testes do One UI 8 devem começar em breve (Imagem: Reprodução/SamMobile)

Quando o programa beta para o One UI 8 estiver disponível, vai aparecer um banner no topo da tela no aplicativo Members. Então, usuários com aparelhos Galaxy elegíveis poderão se cadastrar para testar a nova interface.

Após o registro, o aparelho vai receber a atualização com a versão beta do One UI 8. Geralmente essa fase de testes dura semanas. E a Samsung libera quatro (ou mais) versões antes de lançar a “oficial”.

Os primeiros aparelhos que devem receber a versão “oficial” do One UI 8 são os dobráveis Galaxy Z Flip 7, Galaxy Z Fold 7 e Galaxy Z Flip FE. Depois, o update chega aos modelos da linha Galaxy S25.

Vazamento do One UI 8 aponta lançamento antecipado e com grandes melhorias

A Samsung busca compensar contratempos no caminho para liberar o One UI 7 acelerando o desenvolvimento do One UI 8, que será baseado no Android 16.

Logotipo do Android 16 em um smartphone
Samsung desenvolve One UI 8 com base no Android 16 (Imagem: Bangla press/Shutterstock)

No entanto, não se trata apenas de um lançamento antecipado. Um recente vazamento sugere animações consideravelmente mais fluidas e várias novidades que podem transformar esta atualização numa evolução notável em comparação ao One UI 7.

Entre o que foi vazado sobre o One UI 8, está:

  • Um vídeo compartilhado pelo informante @GameOmega, no X, que mostra o funcionamento das animações no One UI 8;
  • A gravação apresenta diversos aplicativos sendo abertos sequencialmente e, diferentemente do One UI 7, tudo flui com extrema suavidade, sem sobreposições ou falhas. Mesmo alternando rapidamente entre aplicativos, cada animação permanece fluida, sem interferir nas outras;
  • O vídeo também revela melhorias na tela externa do Galaxy Z Flip 6, que aparenta ser muito mais funcional.

Leia mais:

Saiba mais sobre o que foi vazado sobre o One UI 8 da Samsung nesta matéria do Olhar Digital.

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Como vai funcionar o empréstimo consignado do INSS com biometria

Já estão em vigor as novas regras para a solicitação de empréstimos consignados do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). A partir de agora, aposentados e pensionistas terão que usar biometria para desbloquear os recursos.

A medida foi adotada após a descoberta de um esquema que atuava a partir de descontos irregulares nos benefícios dos segurados. Segundo o presidente do INSS, Gilberto Waller, o objetivo é aprimorar a segurança e implementar medidas corretivas no processo.

Saiba o que muda no processo

O crédito consignado permite que segurados do INSS peguem empréstimos de bancos e instituições financeiras, e paguem o valor por meio de parcelas descontadas diretamente da folha de seus benefícios, como aposentadoria, pensão ou Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Após a descoberta da fraude, o Instituto Nacional da Seguridade Social bloqueou novas autorizações para os empréstimos, independentemente da data de concessão do benefício. A medida atendeu uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU).

Pedido de desbloqueio deve ser feito no aplicativo Meu INSS (Imagem: rafastockbr/Shutterstock)

Antes, os segurados do INSS não precisavam tomar nenhuma medida para que bancos e instituições financeiras tivessem acesso a sua margem consignável. Agora, estas informações só poderão ser consultadas depois que o próprio segurado autorizar o acesso. Outra mudança é que, após o empréstimo ser concedido, a margem volta a ficar bloqueada.

A identificação biométrica para o desbloqueio dos serviços deverá ser feita no site ou no aplicativo Meu INSS, o mesmo canal por onde as vítimas podem registrar o pedido de reembolso por descontos não autorizados. A plataforma também vai informar sobre taxas de juros para pedidos de empréstimos, mas o órgão ainda não divulgou como realizar essas ações no aplicativo.

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Investigação da PF descobriu o esquema criminoso (Imagem: StockphotoVideo/Shutterstock)

Fraude no INSS desviou valor bilionário

  • No fim de abril, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Sem Desconto para desarticular o esquema de descontos irregulares em benefícios de segurados do INSS.
  • As investigações apontam para prejuízos de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
  • O caso levou à demissão do então ministro da Previdência, Carlos Lupi, além da exoneração do então presidente do INSS Alessandro Stefanutto. 
  • Quatro dirigentes da autarquia foram afastados, assim como um policial federal lotado em São Paulo.
  • Já foram registrados quase 2 milhões de pedidos de reembolso de descontos não autorizados feitos por entidades associativas, segundo o governo federal.

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Robôs que aprendem sozinhos: tecnologia dispensa testes com humanos

Um novo estudo das universidades de Surrey, no Reino Unido, e Hamburgo, na Alemanha, marca um avanço no desenvolvimento de robôs sociais: agora, esses sistemas podem ser treinados para interações humanas sem supervisão direta de pessoas.

A pesquisa foi apresentada na Conferência Internacional sobre Robótica e Automação (ICRA), promovida pelo IEEE.

Simulação avaliou atenção dos robôs

  • A equipe desenvolveu um modelo de simulação que permite aos robôs preverem o foco de atenção de humanos em ambientes sociais, imitando com precisão o movimento dos olhos.
  • Isso foi possível com o uso de um robô humanoide e a aplicação de um modelo de previsão de trajetória visual testado em dois bancos de dados públicos.
  • Segundo a professora Di Fu, coautora do estudo, a tecnologia permite avaliar se o robô está “prestando atenção às coisas certas”, mesmo em cenários caóticos e imprevisíveis, tornando-a promissora para uso em áreas como educação, saúde e atendimento ao cliente.
Pesquisa mostra que máquinas conseguem aprender comportamentos sociais de forma autônoma (Imagem: Stock-Asso/Shutterstock)

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Comparação com a atenção humana

Para validar o sistema, os pesquisadores compararam as previsões do modelo com mapas reais de atenção humana, garantindo que os resultados simulados correspondessem ao comportamento observado no mundo real.

Isso reduz a necessidade de testes com humanos nas fases iniciais, tornando o processo de desenvolvimento mais rápido e escalável.

A pesquisa aponta para um futuro em que robôs sociais — como os já conhecidos Pepper e Paro — poderão ser treinados com mais eficiência, ampliando sua utilidade em interações cotidianas complexas.

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Novo sistema usa simulações realistas para ensinar robôs a prever o comportamento humano – Imagem: MikeDotta / Shutterstock

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IA deve ser ensinada nas escolas brasileiras?

A inteligência artificial já faz parte das nossas vidas, mesmo que muitas pessoas não se deem conta disso. Além de facilitar algumas tarefas rotineiras, a ferramenta deve transformar o mercado de trabalho como um todo.

Um dos possíveis efeitos deste avanço é a eliminação de certas profissões. Neste cenário, outros empregos também podem surgir, o que gera uma importante discussão. A IA deveria fazer parte do currículo escolar?

Brasil não pode ficar para trás

  • Em artigo publicado no portal The Conversation, os professor Marcus F. Oliveira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Renato Cordeiro, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), defendem a universalização do acesso ao ensino de IA.
  • Segundo os especialistas, caso isso não aconteça, o domínio dessa tecnologia ficará restrito a uma minoria, ampliando ainda mais o abismo de oportunidades e as desigualdades.
  • Para eles, o ensino da inteligência artificial prepararia os alunos para serem protagonistas, e não apenas consumidores da ferramenta.
  • Alguns países desenvolvidos já incluem a tecnologia nos currículos escolares.
  • Para evitar que o Brasil fique para trás é fundamental a criação de políticas públicas consistentes e investimentos estratégicos na área.
Alguns países já adicionaram o assunto ao currículo escolar (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

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Desafios para o ensino da IA

De acordo com os professores, incluir a IA nas salas de aula passa, antes de tudo, por garantir condições mínimas de funcionamento da ferramenta. Todas as escolas precisam ter acesso de qualidade à energia elétrica, internet e dispositivos tecnológicos.

Paralelamente, é necessário desenvolver programas de formação docente que realmente dialoguem com as diferentes realidades das salas de aula brasileiras, desde as escolas urbanas com turmas superlotadas até as unidades rurais com acesso limitado a recursos. Eles ainda defendem a flexibilização curricular, permitindo que cada escola adapte as inovações tecnológicas às suas possibilidades concretas, sem engessamento burocrático.

Cérebro com os dizeres "AI" dentro
Estudantes brasileiros devem ter compreensão básica sobre a IA (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

O uso das ferramentas de IA deve ser racional e cuidadoso reconhecendo que estas não são neutras. Ela pode reproduzir vieses, disseminar desinformação ou ser empregada de modo antiético — como vimos recentemente no uso de fake news, inclusive contra as vacinas. Incluir a IA no currículo escolar permite criar um espaço para reflexão sobre ética, privacidade, uso consciente da tecnologia e os impactos sociais da automação, formando cidadãos mais críticos e responsáveis.

Artigo publicado pelos professores no The Conversation

Por fim, os especialistas destacam que, sem abordar essas questões de forma integrada, qualquer discurso sobre transformação digital na educação continuará sendo apenas retórica vazia. O objetivo deve ser claro: ao concluir o ensino médio, todos os estudantes brasileiros devem ter compreensão básica sobre IA, suas aplicações, limitações e implicações éticas e sociais.

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Hidrogênio verde: Brasil tem vantagem que precisa ser aproveitada

hidrogênio verde, produzido a partir de energias renováveis, como a hidrelétrica, a eólica e a solar, pode garantir a tão buscada descarbonização da economia global. Por isso, ele é considerado fundamental na luta contra as mudanças climáticas.

Apesar de todo o seu potencial, tornar essa tecnologia viável em larga escala e a baixo custo ainda é um desafio. No entanto, o Brasil apresenta uma infraestrutura única que alavancar essa indústria e tornar o país líder no processo de transição energética.

Sistema Interligado Nacional é único no mundo

  • Considerando sua extensão espacial e percentual de energia renovável (cerca de 90%), o Sistema Interligado Nacional (SIN) do Brasil é único no mundo.
  • Ele conecta o país de norte a sul, aproveitando as complementaridades entre as energias hidrelétrica, solar, eólica e biomassa.
  • Além disso, utiliza os reservatórios hídricos para armazenar energia e trazer flexibilidade ao sistema.
  • Por isso, pode ser perfeito para a integração do hidrogênio verde.
  • As informações são de artigo publicado no portal The Conversation pelos pesquisadores Carlos E. Driemeier, Edvaldo Rodrigo de Morais e Giovana Chinaglia Tonon, todos do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
Hidrogênio verde é fundamental para o processo de descarbonização da economia global (Imagem: MT.PHOTOSTOCK/Shutterstock)

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Integridade de carbono precisa ser discutida no Brasil

As redes elétricas geram eficiências econômicas ao aproveitar as complementaridades entre os múltiplos geradores e consumidores e ao compartilhar as infraestruturas da rede. No entanto, se a mesma rede também conecta as termelétricas movidas a combustíveis fósseis, como garantir que a eletricidade é, de fato, renovável?

Essa garantia tem sido avaliada sob a denominação de integridade de carbono. Este conceito, tema de debate em alguns países do mundo, visa assegurar que a conexão do hidrogênio verde não induz emissões de carbono em outros pontos da rede elétrica.

Brasil pode liderar transição energética global (Imagem: sweet_tomato/Shutterstock)

Como o sistema brasileiro tem cerca de 90% de energia renovável, os riscos de indução de emissões de carbono na rede são muito menores no comparativo internacional. No entanto, a integridade de carbono precisa constar nas discussões energéticas no Brasil.

Se o Brasil formalizar sua visão de integridade de carbono, terá as credenciais para ser protagonista nessa discussão. Por outro lado, se optar por ignorar o tema, ficará na dependência de conceitos importados, sob risco de desperdiçar seu diferencial.

Artigo publicado no The Conversation

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Robôs humanoides estão distantes de serem úteis como se pensava

Em 6 de maio, durante uma exposição de robótica em Boston (EUA), Daniela Rus — uma das maiores especialistas do mundo em inteligência artificial (IA) e robótica — alertou que a empolgação em torno de robôs humanoides está muito à frente da realidade, conforme revelado no Technology Review.

Apesar do entusiasmo crescente entre investidores e previsões otimistas, como a do Bank of America, que estima um bilhão de humanoides até 2050, a tecnologia ainda enfrenta sérias limitações técnicas e práticas.

Robôs pouco efetivos em tarefas

  • Rus exemplificou a falta de bom senso dos robôs atuais ao mostrar um vídeo no qual um humanoide molha um ser humano ao seguir, literalmente, a ordem de “regar”;
  • Além da cognição limitada, especialistas apontam outras barreiras;
  • Os robôs ainda possuem alto consumo de energia, complexidade de fabricação e desempenho ainda restrito a ambientes controlados.

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Tecnologia dos robôs humanoides ainda enfrenta falhas básicas, enquanto empresas prometem revoluções e atraem bilhões em investimentos (Imagem: Reprodução/Google DeepMind)

Investimentos bilionários… ou não?

Enquanto isso, a startup Figure AI, uma das mais comentadas do setor, levantou investimentos bilionários e anunciou parceria com a BMW.

No entanto, um artigo da Fortune indicou que a colaboração seria mais modesta do que divulgado — o que gerou reação dura da empresa, com ameaças legais por difamação.

Para os roboticistas, o ceticismo é natural. O ritmo real da adoção tecnológica raramente acompanha o entusiasmo do mercado financeiro. Afinal, como lembram os especialistas, o sucesso em laboratório está longe de garantir escala no mundo real.

Empolgação sobre os robôs supera suas capacidades reais, e especialistas alertam que a adoção em massa ainda é um sonho distante (Imagem: Reprodução/Figure)

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IA vai “responder” na Justiça por caso de adolescente que tirou própria vida

Um juiz federal em Orlando, Flórida (EUA), rejeitou a tentativa da startup de inteligência artificial (IA) Character.AI de encerrar processo judicial envolvendo o suicídio de um adolescente, argumentando que as mensagens geradas por seu chatbot não estão automaticamente protegidas pela Primeira Emenda.

A decisão abre caminho para que o caso siga adiante, levantando questões importantes sobre a responsabilidade legal de empresas que desenvolvem sistemas de IA baseados em linguagem.

Detalhes do caso

  • Sewell Setzer III, 14 anos, tirou a própria vida em 2023, pouco depois de trocar mensagens com um chatbot da Character.AI;
  • A mãe do jovem, Megan Garcia, afirma que a empresa falhou ao lançar um produto voltado a interações emocionais sem implementar proteções adequadas para usuários vulneráveis;
  • O chatbot, inspirado em uma personagem de “Game of Thrones“, teria encorajado Setzer a voltar para casa pouco antes do suicídio;
  • Segundo o processo (via The Washington Post), o adolescente se tornou obcecado pela IA e passou a se isolar da família.
Justiça dos EUA manteve processo contra a Character.AI (Imagem: T. Schneider/Shutterstock)

A Character.AI alegava que os diálogos do bot estariam protegidos como forma de expressão, mas a juíza Anne Conway afirmou que, neste estágio do processo, a empresa não conseguiu provar que a linguagem gerada pela IA se qualifica como discurso constitucionalmente protegido.

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Julgamento pode abrir precedentes quanto à IA

O caso pode se tornar marco legal para definir os limites de responsabilidade de sistemas de IA generativa. Além da Character.AI, o processo incluirá os fundadores da empresa, Noam Shazeer e Daniel De Freitas, e o Google, acusado de ligação técnica com a startup.

O Google nega envolvimento direto com o aplicativo e promete recorrer da decisão. Enquanto o processo avança, a Character.AI afirma ter adotado medidas de segurança, como versões para menores e filtros de detecção de automutilação.

Representantes legais da família de Setzer consideram a decisão um passo importante para responsabilizar empresas que desenvolvem tecnologias de alto risco sem salvaguardas apropriadas.

Montagem de um rosto digital em azul
Decisão marca possível precedente sobre responsabilidade de chatbots (Imagem: Yuichiro Chino/Shutterstock)

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