GLM Digital: Seu portal para um universo de descobertas online. Navegue por uma seleção cuidadosamente curada de produtos que inspiram e facilitam o seu dia a dia. Mais que uma loja, somos um ponto de encontro digital onde qualidade, variedade e uma experiência de compra intuitiva se unem para transformar seus desejos em realidade, com a conveniência que só o online pode oferecer.
Na última quarta-feira, o Googleanunciou que começará a exibir anúncios no Modo IA da Busca, integrando-os às respostas geradas por inteligência artificial “quando forem relevantes”.
Essa mudança faz parte de um teste e inclui anúncios de Pesquisa e Shopping, inicialmente disponíveis nos EUA para usuários de desktop e dispositivos móveis.
Anúncios podem agregar no Modo IA
O Modo IA permite que usuários façam perguntas e recebam respostas geradas por IA, com a possibilidade de aprofundamento. Segundo o Google, anúncios podem ser úteis ao direcionar o usuário a criadores de conteúdo ou ideias de negócio.
Anunciantes que já utilizam campanhas como Performance Max, Shopping e Pesquisa com correspondência ampla estarão automaticamente qualificados para participar.
Apesar de os anúncios representarem a principal fonte de receita do Google — US$ 66,89 bilhões no primeiro trimestre de 2025 —, a aceitação por parte do público ainda é incerta. Uma pesquisa da CivicScience mostra que 36% dos adultos nos EUA desconfiam do uso de IA em publicidade.
Google já iniciou testes nos EUA e amplia presença da publicidade no futuro da busca – Imagem: Google
Concorrência aposta na mesma estratégia
Concorrentes como Perplexity, Microsoft e OpenAI também vêm testando ou considerando anúncios em seus serviços de IA.
Além disso, o Google informou que vai expandir os anúncios nos AI Overviews, que geram resumos automatizados nas buscas.
Esses anúncios, identificados como “Patrocinados”, também serão exibidos quando considerados relevantes, com expansão prevista para outros países e idiomas futuramente.
A iniciativa levanta preocupações entre editores, que temem perder receita. O Google afirma que está ouvindo o setor enquanto desenvolve seus recursos de busca com IA.
Novidade marca integração de anúncios em respostas com inteligência artificial – Imagem: Google
Cabe no bolso e não vai ter tela. Essas são algumas dicas dadas pelo CEO da OpenAI, Sam Altman, e o ex-designer da Apple, Jony Ive, sobre o misterioso aparelho que eles estão desenvolvendo. Esses detalhes novos foram ventilados numa reunião com funcionários da empresa, revelou o Wall Street Journal.
O WSJ revelou as dicas no mesmo dia em que a OpenAI anunciou ter comprado a io, empresa de hardware e IA de Ive, por US$ 6,5 bilhões (aproximadamente R$ 37 bilhões em conversão direta na cotação atual).
Altman disse aos funcionários da OpenAI, durante a reunião, que eles têm “a chance de fazer a maior coisa que já fizemos como empresa”.
Já Ive se referiu ao projeto como “um novo movimento de design”. E relembrou sua carreira na Apple, quando trabalhou de perto com Steve Jobs até sua morte, em 2011.
Dá para ter uma ideia de como o aparelho da OpenAI desenvolvido com ex-designer da Apple vai ser
No momento, dá para ter uma vaga ideia do que o tal dispositivo misterioso da OpenAI vai ter e não vai ter (e ser).
Vai ter:
Tamanho para caber no bolso;
Ciência do contexto do usuário (vai conhecer a vida do usuário e entender o ambiente onde está).
Não vai ter/ser:
Tela;
Algo para usar nos olhos.
Ex-designer da Apple, Jony Ive (direita), e CEO da OpenAI, Sam Altman (esquerda) (Imagem: OpenAI)
Durante a reunião, Altman disse que o aparelho será discreto e servirá como um “terceiro dispositivo principal”. O que isso significa? Vai ser um aparelho que alguém colocaria na mesa ao lado do seu notebook e celular.
O CEO da OpenAI também disse que não se trata de um par de óculos. E que Ive não estava interessado em criar algo que precisasse ser usado no corpo. Altman também negou rumores de que a OpenAI esteja desenvolvendo um smartphone.
O CEO espera lançar o aparelho até o final de 2026, “mais rápido do que qualquer empresa já lançou 100 milhões de unidades de algo novo antes”. Além disso, Altman vislumbra uma “família de dispositivos” desenvolvidos por meio da parceria com Ive.
Ex-designer da Apple disse que ponto de partida do seu próximo produto é o reconhecimento de “consequências não intencionais” associadas ao iPhone (Imagem: DenPhotos/Shutterstock)
O The Information já havia adiantado que Ive e Altman queriam afastar usuários das telas. Numa entrevista recente, o ex-designer da Apple disse que o ponto de partida do seu próximo produto é o reconhecimento de “consequências não intencionais” associadas ao iPhone.
Exemplos de “consequências não intencionais”: você não aguentar mais olhar para telas, você não conseguir mais dormir direito porque passa o dia olhando para telas, você ter medo de ter o celular roubado porque sua vida está nele.
Ive confirmou o desenvolvimento do dispositivo da OpenAI numa entrevista ao New York Times em 2024. Mas as informações são escassas por receio da startup de que concorrentes tentem copiar o produto antes de seu lançamento ao público. Justo.
A inteligência artificial (IA) vem se destacando como uma força transformadora com impacto crescente em diversos segmentos da economia e com aplicabilidades reais no dia a dia das pessoas ao redor do mundo.
A adoção global acelerada é impulsionada por avanços tecnológicos e pela busca de maior eficiência, inovação e melhores experiências para os usuários e clientes. Diante desse cenário, o assunto foi uma das principais tendências apresentadas no Web Summit Rio 2025.
Gemini. Imagem: Erika Herdy/Arquivo Pessoal
O que é inteligência artificial?
A inteligência artificial é o campo da ciência da computação dedicado a construir sistemas computacionais inteligentes, capazes de simular habilidades cognitivas humanas.
Em termos mais técnicos, a IA envolve o desenvolvimento de algoritmos e modelos matemáticos que permite que sistemas processem dados, identifiquem padrões, tomem decisões e evoluam com a “experiência”.
Maren Lau, vice-presidente da Meta para a América Latina. Imagem: Divulgação/Web Summit Rio
Principais formas para utilizar a IA no dia a dia
A seguir, confira as principais aplicabilidades da inteligência a artificial no dia a dia.
IA como assistente e ferramenta de automação no trabalho
A inteligência artificial deixou de ser uma tecnologia de nicho e se tornou um elemento fundamental em praticamente todos os setores e departamentos de uma empresa moderna.
A tecnologia vem sendo utilizada como um assistente de para simplificar as tarefas diárias, desde a redação de documentos, processos de organização de ideias, otimizar apresentações, construir fluxos de trabalho e até outras formas de trabalho intelectual e tarefas burocráticas como agendar reuniões.
Ao automatizar essas atividades, os profissionais podem se concentrar em aspectos mais estratégicos do negócio. Ainda no âmbito profissional, a IA não é voltada apenas para diferentes setores de negócios como varejo, saúde, financeiro e outros, mas, sim, para todos os departamentos de empresas integrando dados. Para o público em geral, a automação pode representar mais liberdade na escolha do tempo livre.
Chris Stephens, diretor de tecnologia da Groq. Imagem: Divulgação/Web Summit Rio
IA como ferramenta de busca
A inteligência artificial está remodelando a maneira como interagimos com a informação, indo além dos tradicionais mecanismos de busca baseados em palavras-chave. Popularizada pela implementação em plataformas como Gemini e o ChatGPT, esse uso da IA potencializa a utilização da tecnologia como ferramenta de busca.
Essa transformação é impulsionada pelos chatbots movidos com modelos de IA, que simulam uma conversa humana, tornando o processo mais intuitivo e amigável aos usuários. Por não se apresentar como repositório de links indexados, a IA tem sido utilizada como novas ferramentas de busca considerando apenas as experiências mais intuitivas.
Contudo, é preciso ficar atento, pois a base de informações pode não ser a mais adequada e o conteúdo pode ser impreciso.
IA física
O avanço da inteligência artificial tem ocorrido predominantemente no domínio digital, impulsionado por algoritmos complexos – conjuntos de dados que possibilitam a realização de tarefas automatizadas. A próxima etapa na evolução da IA reside na sua integração com o mundo físico.
Essa convergência representa a materialização da inteligência artificial em sistemas robóticos e outros dispositivos tangíveis, permitindo que a tecnologia interaja diretamente com o ambiente, realize tarefas no mundo real e responda dinamicamente a estímulos físicos por meio de dispositivos e sistemas inteligentes.
Esse próximo passo representa um novo caminho de aplicações e desafios, que pode ser aplicado, por exemplo, no campo da saúde com robôs humanizados para a companhia de idosos ou para facilitar auxiliar em ações cotidianas como organizar a casa.
Web Summit Rio. Imagem: Erika Herdy/Arquivo Pessoal
IA e computação quântica
Atualmente, a IA é amplamente utilizada em diversas aplicações, desde assistentes virtuais a ferramentas de diagnóstico médico, e o seu sistema permite aperfeiçoamento de desempenho por meio do machine learning e deep learning, com a experiência e análise de grandes volumes de dados.
Paralelamente, a computação quântica utiliza os princípios da mecânica quântica, como superposição e entrelaçamento, para realizar cálculos complexos de forma potencialmente muito mais rápida que computadores tradicionais.
Nesse sentido, o entrelaçamento das duas tecnologias, pode transformar as ferramentas oferecidas pela IA generativa e agêntica ampliando a escala de uso.
Uma vez que a computação quântica poderia acelerar o treinamento de modelos de IA, otimizar algoritmos complexos e permitir novas formas de aprendizado de máquina, enquanto a IA pode ser usada para auxiliar no desenvolvimento e controle de sistemas quânticos, que são inerentemente complexos e suscetíveis a erros.
Com o lançamento do Manus AI, uma ferramenta de inteligência artificial apresentada pela startup chinesa Butterfly Effect, em março de 2025, o ChatGPT ganhou um novo concorrente no mercado de IA. Mas, afinal, qual é o melhor serviço para usar?
Na linha a seguir, você confere um comparativo feito pelo Olhar Digital, que traz informações sobre as características das ferramentas, aplicações e desempenho. Assim, conseguirá entender qual se adequa melhor às suas necessidades.
Veja o comparativo entre o Manus e o ChatGPT
De maneira geral, podemos afirmar que o Manus AI é uma ferramenta que se destaca pela autonomia, ou seja, não precisa de vários comandos de humanos para realizar tarefas complexas.
Por outro lado, o ChatGPT possui maior capacidade de gerar engajamento por meio de diálogos fluidos e tem mais eficácia na geração de textos de qualidade. Entretanto, existem outras nuances que diferenciam as duas inteligências artificiais e você precisa saber.
Imagem: Sidney de Almeida/Shutterstock
Disponibilidade
Até então, o acesso ao Manus AI é um pouco difícil, isso porque apenas pessoas que receberam um convite da plataforma é que podem acessá-la. Já o ChatGPT está disponível para as pessoas. Ele conta com várias versões, gratuitas e pagas, para que os usuários possam utilizar e aproveitar todos os recursos.
Há um “truque” que testamos e notamos que até então está funcionando para acessar o Manus AI sem precisar de um convite. Não sabemos se isso é um bug do sistema, mas se você entrar na ferramenta pelo aplicativo em seu celular, o acesso também fica liberado no navegador.
Autonomia
A Manus AI tem a capacidade de pensar, planejar e agir sozinha, sem a interferência humana. Por exemplo, se você der a ela a tarefa de fazer um relatório sobre algo de sua empresa, ela vai agir por conta própria e elaborá-lo sem que seja necessário detalhar as etapas.
O ChatGPT faz o inverso, pois precisa de instruções dos humanos. Caso queira um relatório, vai precisar especificar os pontos que deseja ter no documento, por exemplo.
IA concorre com o ChatGPT e outras ferramentas disponíveis no mercado (Imagem: Runrun2/Shutterstock)
Resumindo, o Manus só precisa de um comando para fazer um projeto completo. Já o ChatGPT necessita que o usuário vá indicando quais são as etapas para concluir a atividade desejada.
Navegação na web
Enquanto o Manus AI consegue navegar na web em tempo real e utilizar os dados coletados para a tarefa da qual foi solicitada, o ChatGPT só consegue isso na versão Pro, mas só faz a busca de informações e mostra ao usuário por meio de texto.
Formatos das respostas
Se você quer uma ferramenta que entregue excelentes textos, códigos e até imagens, saiba que o ChatGPT é excelente. No entanto, caso o seu foco seja conseguir as informações em documentos do Google, planilhas do Excel e outros, o Manus deve ser a sua escolha.
Valores e planos de uso
O Manus AI disponibiliza uma versão gratuita, com 1.000 créditos, além dos planos de assinatura: Manus Starter, que custa US$ 39 mensais (R$ 220,61), com direito a 3.900 créditos a cada mês, e o Manus Pro, por US$199 mensais (R$ 1.125,66), que dá 19.900 créditos por mês, além de suporte em momentos de alta demanda.
Planos Manus AI – Imagem: Captura de tela do site do Manus AI/Matheus Chaves – Olhar Digital
O ChatGPT também possui a versão gratuita e duas opções pagas, o Plus, por US$20 (R$ 113,13) e o Pro, que custa US$200 (R$ 1.131,32). Ambos são cobrados mensalmente.
Planos ChatGPT – Imagem: Captura de tela do site do ChatGPT/Matheus Chaves – Olhar Digital
Aprendizado
O Manus consegue aprender conforme o usuário vai interagindo com ele. Assim, lembra as preferências, estilo de trabalho e as tarefas que foram executadas antes.
Por outro lado, o ChatGPT, com exceção da versão Pro, não tem memória habilitada. Dessa forma, esquece todas as interações e cada bate-papo é um recomeço.
Velocidade
Neste quesito o ChatGPT leva vantagem. Isso porque ele gera respostas quase instantaneamente, sendo excelente para questionamentos que precisam de respostas rápidas e para brainstorming ágeis.
Por conta de sua função para realizar as tarefas por completo, trazendo resultados mais profundos, o Manus AI leva mais tempo para entregar uma resposta.
O IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers, ou Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos) é a maior organização técnico-profissional do mundo, dedicada ao avanço da tecnologia para o bem da humanidade.
Fundado em 1963 pela fusão do American Institute of Electrical Engineers (AIEE) e do Institute of Radio Engineers (IRE), o IEEE reúne engenheiros, cientistas e profissionais de diversas áreas, incluindo engenharia elétrica, eletrônica, computação, telecomunicações e outras disciplinas correlatas.
Com mais de 500 mil membros em mais de 190 países, a organização promove a inovação tecnológica por meio de publicações, conferências, desenvolvimento de padrões técnicos e programas educacionais.
Pode parecer distante de você, mas não é! O IEEE foi responsável por padronizar, por exemplo, o Wi-Fi e o Bluetooth que usamos hoje. Além de desenhar os pilares a serem seguidos na indústria, a padronização do IEEE também garante que sucessivas gerações das diferentes tecnologias sejam compatíveis entre si.
O Wi-Fi do seu notebook não precisa ser da mesma geração que o do seu roteador para que eles se conectem. (Imagem por ParinPix – Shutterstock)
As origens do IEEE remontam a 1884, quando um grupo de profissionais da emergente engenharia elétrica se reuniu em Nova York para formar o AIEE.
Naquela época, tecnologias como o telégrafo elétrico, desenvolvido na década de 1840, já conectavam o mundo com um sistema de comunicação de dados mais rápido que o transporte físico. Indústrias de telefonia, energia elétrica e iluminação estavam apenas começando, e o AIEE desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento dessas áreas.
Com o tempo, o IEEE expandiu seu escopo para abranger uma ampla gama de tecnologias, consolidando-se como uma referência global em inovação e padronização técnica.
Entrevista com Kathleen Kramer, presidente e CEO do IEEE
O Olhar Digital conversou com exclusividade com Kathleen Kramer, presidente e CEO do IEEE. É a primeira vez que um veículo brasileiro entrevista um CEO da instituição. Acompanhe!
Olhar Digital: Para quem não conhece o IEEE, conte um pouco da história do instituto.
Kathleen: Estamos há 141 anos em atividade. Temos 500 mil membros em 190 países. Somos um dos maiores publicadores do mundo e organizadores de eventos. Nosso foco é promover a tecnologia para a humanidade – em muitas formas. Preferimos ser chamados de IEEE porque, na época, computadores nem existiam. Eles pensavam em energia e comunicação para as pessoas. Por isso, evitamos usar algo como “e computação” – e juntamos tudo sob IEEE. Muitas pessoas não técnicas nos conhecem por nossos padrões técnicos. Se você está conectado à rede elétrica ou usa um celular, o IEEE impacta sua vida.
Olhar Digital: quando falamos sobre tecnologia em 2025, inevitavelmente falamos de inteligência artificial. Ela está presente em todas as áreas do setor. Vivemos um momento em que a IA está em todos os lugares. Gostaria de te perguntar: estamos vivendo uma revolução agora? O IEEE já presenciou muitas revoluções tecnológicas. Estamos diante da maior de todas, você acredita?
Kethleen: Acho que é uma pergunta justa. Em muitos aspectos, por vários anos foi algo superestimado, eu diria. Se olhássemos dois anos atrás, havia muito alarde, mas pouca substância. Hoje, especialmente graças aos veículos autônomos e aos modelos de linguagem, que atingem mais o público comum, estamos vendo aplicações que ampliam o acesso das pessoas a novas capacidades. Eu costumo olhar sob a perspectiva das pessoas como nós, membros do IEEE ou interessados em avançar o futuro da tecnologia, não apenas como consumidores. Sobre os modelos de linguagem, entramos num território mais perigoso: eles imitam muito bem a compreensão do mundo, sem realmente entender. Alguns estudantes usam isso como forma de evitar fazer suas próprias pesquisas. E essas ferramentas não conseguem diferenciar bem o que é informação falsa ou obsoleta do que é correto e atual. Vejo uma verdadeira revolução nos veículos autônomos. E há um grande deslocamento de profissionais da engenharia de hardware para o software. Mas essa corrida por uma nova carreira rápida está chegando ao fim. Coisas que você aprende em um vídeo de 20 minutos ou com o ChatGPT em 5 minutos não sustentam uma carreira. Aí está a frustração de muitos: expectativas ingênuas.
Olhar Digital: Muito interessante. Bem, eu nasci em 1994, então tenho 30 anos. Vivi a revolução digital ainda criança. Você compara a ascensão da IA à revolução digital? Ou vai além?
Kathleen: Definitivamente é diferente. Eu sou uma filha da revolução digital, confesso. Ela explodiu com a união entre o poder dos computadores e a comunicação. Houve um avanço em direção ao “melhor, mais rápido, menor e mais inteligente”. Isso levou ao domínio do software sobre o hardware nas grandes empresas de tecnologia. Mas vejo que a próxima revolução, surpreendendo muitos, trará novamente o hardware para o centro, em união com o software. Por isso, digo aos estudantes: o melhor caminho é a engenharia da computação, e não apenas software ou apenas hardware.
Olhar Digital: E como podemos conciliar a IA com o mercado de trabalho? Você vê a IA como uma ameaça aos empregos? Estamos em risco ou podemos conviver com a tecnologia e usá-la para evoluir em nossos trabalhos?
Kathleen: Acho que as duas coisas são verdadeiras. A diferença entre um engenheiro da computação e um programador, para mim, é entender tanto de software quanto de hardware. Isso é uma mudança em relação a cinco anos atrás, quando tudo era “software, software, software”. A IA tende a substituir tarefas simples de software, o que afeta os profissionais menos qualificados. É necessário trazer um nível de especialização mais difícil de ser automatizado. Não dá mais para pensar em aprender algo em 20 minutos e fazer carreira com isso. A educação técnica mudou: as pessoas querem aprender “na hora”. Você é valorizado por sua expertise — mas o que é essa expertise? É algo que você construiu ao longo do tempo ou aprendeu agora? A IA facilita aprender coisas novas, mas essas coisas são cada vez menos valiosas como carreira. Por isso, é preciso trazer mais conhecimento, e não menos.
Olhar Digital: E para quem já está no mercado, mas não tem conhecimento técnico, é urgente se adaptar? Você acredita que a tecnologia vai dominar a maioria das profissões num futuro próximo?
Kathleen: Não sei exatamente. Quando alguém me diz que “não quer trabalhar com computadores”, acho isso um erro. Está se fechando para grandes oportunidades. Sempre dissemos que a educação é aprender a aprender. E, no momento em que a IA avança, vivemos uma crise na capacidade de aprender — no mundo todo. A COVID acelerou isso, tirando alunos da escola. E muitas universidades reduziram exigências, apenas querendo formar alunos. Há uma crise na educação técnica. Existe um conflito entre o curto e o longo prazo. Para quem dou conselhos, digo: invista no longo prazo. O que se aprende em 20 minutos não vale tanto — a IA pode entregar isso de graça. Você precisa se tornar alguém insubstituível. Isso exige mais.
Olhar Digital: Sei que o nosso tempo está acabando, mas gostaria de fazer mais duas perguntas. Se tivermos essa mesma conversa daqui a 10 anos, sobre o que você acha que estaremos falando?
Kathleen: Hmm… nunca pensei nessa pergunta. Pessoalmente, adoro aprender. Sou otimista e vejo um futuro brilhante. A tecnologia, no fim, nos conecta como comunidade global. Qual será a próxima revolução depois da IA? A revolução digital foi: computadores > comunicação > dados > IA. Tenho receio de inventar algo aqui. Talvez… energia. Aposto em energia.
Olhar Digital: Minha última pergunta. Sabemos que o IEEE tem uma Medalha de Honra. Gostaria de saber qual a importância dela — e como eu consigo a minha?
Kathleen: Ah, a Medalha de Honra é o maior prêmio do IEEE. Existe há mais de 100 anos. Recentemente, no mais alto nível da organização, decidimos que ela precisava refletir essa importância. E uma das formas foi aumentar o valor do prêmio. A partir deste ano, ele será de 2 milhões de dólares. Essa mudança é permanente. Queremos colocá-lo entre os maiores prêmios do mundo. A cerimônia de premiação — que tive o prazer de participar nos últimos anos — sempre foi nos EUA. No passado remoto, houve uma edição fora do país. Mas, este ano, é no Japão. Estou muito feliz com o impacto do ganhador deste ano: Henry Samueli, cofundador da Broadcom, que revolucionou as comunicações globais. Queremos que isso inspire as futuras gerações e cumpra nossa missão: promover a tecnologia para a humanidade.
Em movimento significativo para os mercados financeiros, Jeff Bezos, fundador da Amazon e segundo homem mais rico do mundo, anunciou, na sexta-feira (2), seu plano para vender até 25 milhões de ações da empresa ao longo do próximo ano.
O pacote, avaliado em aproximadamente US$ 4,8 bilhões (R$ 27,15 bilhões, na conversão direta), faz parte de plano de negociação adotado em 4 de março, segundo documento enviado às autoridades reguladoras.
Esta não é a primeira grande movimentação financeira do bilionário. No ano passado, Bezos já havia vendido aproximadamente US$ 13,5 bilhões (R$ 76,36 bilhões) em ações da Amazon, marcando sua primeira grande venda desde que deixou o cargo de CEO, em 2021, quando passou o bastão para Andy Jassy.
Gigante do varejo não tem mais Bezos como CEO há alguns anos (Imagem: sdx15/Shutterstock)
O anúncio ocorre logo após a divulgação dos resultados financeiros do primeiro trimestre da Amazon, que, apesar de superar as expectativas em receita e lucro, apresentou previsão de renda operacional para o trimestre atual abaixo das expectativas de Wall Street. As ações da empresa caíram cerca de 1% nas negociações iniciais de sexta-feira (2), segundo o The Guardian.
Impacto das tarifas de Trump na Amazon
A Amazon enfrenta cenário de incertezas relacionadas às novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump;
Durante teleconferência com analistas, Jassy comentou sobre a situação: “É difícil prever como as tarifas vão se estabelecer e quando isso acontecerá”, acrescentando que, “talvez, nunca tenha havido um momento mais importante” para oferecer a mais ampla seleção de produtos aos preços mais baixos possíveis;
Os preços na plataforma de comércio eletrônico da Amazon começaram a subir desde que Trump anunciou novas tarifas no início de abril, particularmente sobre importações chinesas;
A empresa esteve no centro das atenções da Casa Branca esta semana após um relatório sugerir que a Amazon planejava informar os clientes sobre quanto as tarifas de Trump custariam durante suas compras – ideia que a empresa, posteriormente, negou estar implementando após Trump telefonar pessoalmente para Bezos para reclamar.
A relação entre Bezos e Trump tem sido marcada por altos e baixos. Durante a campanha do republicano em 2016, o fundador da Amazon criticou a retórica do então candidato, alegando que ela prejudicava a democracia, enquanto Trump acusava a empresa de não pagar impostos suficientes.
No entanto, Bezos parece ter se aproximado do presidente em seu segundo mandato. Ele compareceu à posse de Trump no início deste ano, junto com outros grandes nomes da tecnologia, e doouUS$ 1 milhão (R$ 5,65 milhões) para o fundo de inauguração.
Paralelamente, o The Washington Post, jornal de propriedade de Bezos, anunciou, dias antes da eleição presidencial mais recente, que não endossaria nenhum candidato pela primeira vez em mais de três décadas.
Desde que deixou o cargo de CEO da gigante do varejo, Bezos tem dedicado mais tempo à Blue Origin, sua empresa de exploração espacial, e ao seu fundo de US$ 10 bilhões (R$ 56,56 bilhões) para clima e biodiversidade.
As vendas de ações da Amazon têm ajudado a financiar a Blue Origin, bem como o Day One Fund, que ele lançou em setembro de 2018 para fornecer educação em comunidades de baixa renda e combater a falta de moradia.
Com fortuna estimada em US$ 212 bilhões (R$ 1,19 trilhão), Bezos mantém-se como o segundo homem mais rico do mundo, atrás apenas de Elon Musk, CEO e dono da Tesla e outras empresas, como a SpaceX, rival da Blue Origin, cuja fortuna é estimada em US$ 332 bilhões (R$ 1,87 trilhão), segundo o índice de bilionários da Bloomberg.
Esta nova venda de ações faz parte de um plano de negociação que se estenderá até 29 de maio de 2026, sinalizando estratégia de longo prazo para o fundador da gigante do comércio eletrônico que, mesmo afastado da direção executiva, continua sendo o principal acionista da empresa.
Empresário é o segundo homem mais rico do mundo, perdendo apenas para Elon Musk (Imagem: lev radin/Shutterstock)
Em meio à acirrada competição no campo da inteligência artificial (IA), Sam Altman e Elon Musk estão, silenciosamente, travando outra batalha: a criação do app definitivo que reuniria finanças, redes sociais, jogos e muito mais em uma única plataforma, o chamado “aplicativo para tudo“.
Durante um evento recente em São Francisco (EUA), o jornalista Alex Heath, do The Verge, viu de perto os planos de Altman não como CEO da OpenAI, mas em seu papel de cofundador e presidente da Tools for Humanity. A empresa — cuja subsidiária é a World —, que desenvolveu a criptomoeda Worldcoin, acaba de anunciar sua disponibilidade nos Estados Unidos.
Câmera Orb vai diferenciar humanos de robôs e IA (Imagem: Reprodução/World)
O diferencial do Worldcoin está em seu método de distribuição: os usuários precisam escanear suas íris em dispositivos chamados “orbs“, que estão sendo instalados em lojas de varejo por todo o país. Este token não é apenas uma criptomoeda, mas serve como base para um super app que pretende rivalizar com o X.
O app World já conquistou 26 milhões de usuários mensais, com 12 milhões verificados por meio do sistema de escaneamento ocular. A plataforma funciona como:
Uma carteira de criptomoedas;
Uma rede social completa;
Um ambiente para mini-aplicativos de desenvolvedores externos.
Usando o World ID, identificador baseado em blockchain obtido após o escaneamento, os usuários podem se comunicar e realizar transações financeiras. A empresa também anunciou parceria com a Visa para lançar um cartão de débito nos EUA ainda no verão estadunidense deste ano.
Estratégia de Musk: transformação do X
Do outro lado da disputa, Elon Musk tem objetivos semelhantes para o X;
A plataforma está se preparando para lançar recursos financeiros similares ao Venmo, também em parceria com a Visa;
Curiosamente, a verificação humana que a Tools for Humanity promove por meio de seus “orbs” ataca, justamente, um dos problemas que Musk afirmou querer resolver quando comprou o Twitter: a proliferação de bots, relembra Heath;
Durante sessão de perguntas com a imprensa, o CEO da Tools for Humanity, Alex Blania, mencionou, diretamente, o X como exemplo de plataforma que seu sistema de verificação pretende aprimorar.
Diversos executivos da OpenAI estiveram presentes no evento da Tools for Humanity, alimentando rumores sobre possível parceria entre as empresas. Quando questionado sobre colaborar com a OpenAI, Blania se mostrou “definitivamente aberto” e insinuou novidades nessa frente.
Enquanto isso, a Meta também avança em sua estratégia de IA. Em seu primeiro evento para desenvolvedores de IA, o LlamaCon, a empresa lançou o app independente Meta AI, que inclui feed social para compartilhar interações com o assistente.
Chris Cox, diretor de produto da Meta, explicou, em entrevista ao Verge, as vantagens do Meta AI sobre outros assistentes:
Recursos avançados de voz com baixa latência;
Personalização baseada em dados do Facebook e Instagram;
Funcionalidades sociais integradas;
Compatibilidade com hardware proprietário.
Cox também destacou a importância de criar um espaço dedicado para usuários de IA compartilharem conteúdo sem a pressão de outras plataformas sociais mais estabelecidas.
Esta corrida por um super app ilustra mudança fundamental na visão das gigantes de tecnologia. Mais do que simples plataformas de IA, estas empresas buscam criar ecossistemas completos, onde tecnologia, finanças e interação social se fundem.
Para os usuários, o resultado poderá ser experiência digital mais integrada, mas, também, levanta importantes questões sobre privacidade, concentração de poder e o futuro das interações humanas mediadas por tecnologia.
Musk sempre disse que queria transformar o antigo Twitter (X) em um app que comporte vários serviços (Imagem: kovop/Shutterstock)
A plataforma de jogos Roblox anunciou, na sexta-feira (02), que vai construir um data center em São Paulo (SP). Vai ser o primeiro data center da empresa na América do Sul. O anúncio ocorreu durante a Gamescom Latam. E a inauguração está prevista para 2026.
O objetivo do investimento é melhorar a qualidade do serviço para brasileiros. E permitir o uso de ferramentas mais avançadas de inteligência artificial (IA) na plataforma. No entanto, a empresa não revelou quanto vai investir no projeto.
Data center em SP deve melhorar qualidade do Roblox no Brasil
Não é de hoje que usuários brasileiros pedem por um servidor nacional de Roblox. Com um data center na capital paulista, a conexão deve ficar mais rápida e estável, com menos interrupções, na plataforma.
Atualmente, a Roblox possui mais de 20 servidores distribuídos pelos Estados Unidos, Europa, Ásia e Oceania.
Brasil é o segundo país com mais usuários no Roblox (Imagem: Cassiano Correia/Shutterstock)
Além de melhorar a experiência dos jogadores, o novo data center deve impulsionar o uso de IA. Hoje, a tecnologia é usada para traduzir mensagens de chat, ajudar na criação de scripts de programação e modificar objetos 3D.
Para quem não sabe: o Roblox é uma plataforma online de jogos criados pelos próprios usuários. São cerca de seis milhões de experiências disponíveis.
O Brasil é o segundo país com mais usuários na plataforma (fica atrás apenas dos Estados Unidos). Entre o início de 2021 e o início de 2025, o número de brasileiros no Roblox cresceu 183%.
Mudança no Roblox deve deixar os preços mais acessíveis no Brasil
Roblox terá nova função para ajudar criadores dentro do jogo: o Preço Regional. A funcionalidade irá ajustar o preço dos itens e passes nas experiências conforme a economia do país dos jogadores.
Testes iniciais demonstraram que a porcentagem de usuários que compraram itens aumentou em 26% nas experiências no Brasil.
No Roblox, os criadores têm liberdade para criar experiências únicas dentro da ferramenta de desenvolvimento do jogo. (Imagem: Divulgação/Roblox)
As transações dentro do jogo são feitas por meio do Robux, uma moeda virtual com a qual os usuários podem comprar itens e passes.
Boa parte do uso desse dinheiro ocorre dentro das experiências – os mundos que os criadores desenvolvem e que os jogadores podem acessar para se divertir em jogos, eventos e outras práticas lúdicas.
Com a nova função, os preços em Robux dentro das experiências passarão a refletir melhor a economia local dos jogadores, ao invés de se manterem fixos independentemente do país dos usuários.
O Web Summit Rio 2025 é a edição sul-americana de um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do mundo. O evento conecta startups, investidores, líderes do setor e especialistas para debater as principais tendências, gerar negócios e moldar o futuro da tecnologia na região e no mundo, e contou com a participação de grandes empresas, como Google, Meta e Nvidia.
Com cinco pavilhões, palcos temáticos, competição de startups, masterclasses, pontos de meetup e outros tipos diversos de encontros, esta foi a terceira edição do evento no Rio de Janeiro. A cidade, que recebe o Web Summit desde 2023, seguirá recepcionando o encontro anualmente até 2030. Ao todo serão oito edições do maior evento de tecnologia do mundo na cidade.
Web Summit Rio. Imagem: Divulgação/Web Summit Rio
O que é o Web Summit?
O Web Summit é um dos maiores e mais influentes eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo. Atraindo anualmente dezenas de milhares de participantes, fundadores de startups, CEOs e executivos de grandes empresas, investidores, políticos e formadores de opinião, o evento se consolidou como um palco global para discussões sobre o futuro da tecnologia.
Fundado em Dublin, em 2009, por Paddy Cosgrave, o evento começou como uma conferência de tecnologia e desde então já reuniu mais de um milhão de pessoas. O Web Summit é um evento global de tecnologia e inovação, que fomenta o setor de tecnologia e inovação, sendo capaz de reunir grandes nomes do setor, startups, investidores e entusiastas do mundo tech.
Atualmente, o Web Summit possui edições em diferentes continentes, incluindo o Web Summit Rio na América do Sul, o Web Summit Qatar no Oriente Médio, o Collision e o Web Summit Vancouver na América do Norte, e o RISE na Ásia.
Web Summit Rio. Imagem: Divulgação/Web Summit Rio
Principais tendências apresentadas no Web Summit Rio 2025
A seguir, confira as principais tendências do Web Summit Rio 2025.
Inteligência Artificial (IA)
O tema de maior destaque nos painéis do Web Summit Rio 2025, a inteligência artificial apareceu como principal tendência transformadora e multifacetada, demonstrando sua crescente aplicabilidade em diversos setores empresariais como finanças, varejo, saúde e outros, destacada em painéis de executivos do Google, Meta, Nvidia e OpenAI.
Da democratização da IA generativa, como um catalisador de eficiência em departamentos diversos, o evento também destacou a emergente “IA física”, integrando a tecnologia em robôs para auxiliar no cotidiano.
(Imagem: Iuliia Bishop/Shutterstock)
A evolução dos modelos de linguagem sinalizaram um futuro no qual a IA não apenas otimiza processos, mas também desbloqueia novas possibilidades inovadoras em escala, redefinindo o panorama tecnológico e empresarial global.
Marketing Digital
O uso estratégico de dados no marketing e a sua evolução na construção da jornada completa do consumidor, desde o despertar da consciência sobre um produto ou serviço até a efetivação da compra, foi um dos assuntos de maior destaque no Web Summit Rio 2025. Ao converter insights de dados em ações concretas, as empresas transformam fundamentalmente a maneira como as pessoas consomem.
A capacidade de segmentar audiências com precisão e personalizar mensagens garante que a comunicação ressoe de forma mais eficaz.
A hipersegmentação eleva essa personalização a um novo patamar, adaptando mensagens de marketing contextualmente com base em informações como a localização geográfica do consumidor, alcançando-o em momentos e espaços específicos, como elevadores ou shoppings.
Essa abordagem centrada no dado permite criar experiências de consumo mais relevantes, direcionadas e, consequentemente, mais impactantes, otimizando cada etapa da interação do cliente com a marca.
Marcio Aguiar, diretor-executivo da Nvidia para a América Latina. Imagem: Divulgação/Web Summit Rio
Múltiplos formatos de conteúdo
Os novos cenários do conteúdo digital foram outro destaque do Web Summit Rio 2025. A transformação contínua na criação, distribuição e consumo em diversas plataformas foram tópicos comentados por executivos do YouTube, TikTok e Spotify.
A capacidade das plataformas de se adaptarem a diferentes comportamentos de consumo, a importância dos criadores na distribuição e a ascensão de formatos além do vídeo, como o áudio, sublinham a necessidade de uma estratégia de conteúdo multifacetada.
Compreender essas dinâmicas é crucial para marcas e criadores que buscam se conectar de forma eficaz com seus públicos em um ecossistema digital em constante mutação.
Economia do criador de conteúdo
A evolução e a nova abrangência da criação de conteúdo foi uma das principais tendências abordadas no Web Summit Rio. O ponto de destaque é a transformação do criador para um empreendedor criativo.
Essa mudança redefine a relação com a audiência, que passa de espectador a membro de uma comunidade. As redes sociais ganham mais uma função como ferramentas cruciais para potencializar esse trabalho.
Imagem: Wertinio/iStock
A autenticidade e a identificação com os valores do criador são os pilares da formação dessas comunidades. A economia do criador de conteúdo, portanto, não se limita à produção de material para as redes, mas engloba o compartilhamento de valores, afinidades e opiniões e a exploração de múltiplas plataformas para amplificar histórias.
Fintech
A tecnologia financeira brasileira reafirmou sua posição de vanguarda global no Web Summit Rio 2025. O destaque do Brasil no setor reside em sua capacidade de ressignificar as práticas financeiras tradicionais.
O evento também serviu de palco para anúncios de inovações significativas. Empresas apresentaram soluções que prometem revolucionar as transações cotidianas, explorando a onipresença do Pix para facilitar ainda mais pagamentos e o potencial do WhatsApp como plataforma para o comércio.
Carol Baracat, diretora global de Marketing Integrado do TikTok. Imagem: Divulgação/Web Summit Rio
O avanço tecnológico tem permitido potencializar ainda mais um mercado já bastante importante para a economia brasileira: o agronegócio. Neste contexto, a Solinftec planeja disponibilizar 700 robôs para as safras de 2025 e 2026.
A empresa de soluções de inteligência artificial para o agro está investindo no desenvolvimento do Solix. Além disso, está atuando para criar modelos de negócios para atender diferentes perfis de produtores, aumentando a produtividade e reduzindo os custos operacionais.
Equipamento permite uma produção mais sustentável e eficiente
O robô Solix é movido a energia solar e utiliza tecnologia baseada em inteligência artificial, visão computacional e aprendizado de máquina. Dessa forma, é capaz de identificar pragas, plantas daninhas e doenças em tempo real.
Robô permite uma produção mais sustentável e eficiente. (Imagem: divulgação/Solinftec)
Além disso, o equipamento pode monitorar o desenvolvimento das plantas com foco em diversos indicadores, Isso permite uma melhora dos níveis de sanidade, crescimento, proteção e nutrição das plantas.
A ideia da Solinftec é aprimorar ainda mais a tecnologia a partir de ferramentas de tomada de decisão baseadas em manejos e visões fenológicas. Segundo a empresa, o equipamento vai permitir uma produção mais sustentável e eficiente.
Solix usa IA para fazer controle de ervas daninhas (Imagem: divulgação/Solinftec)
Operações do robô serão expandidas para novos cultivos
Atualmente, existem 50 dispositivos atuando no Brasil, sendo 40 deles dedicados a culturas de grãos e 10 a cana-de-açúcar.
Segundo dados da empresa, o Solix promoveu a redução de até 65% no uso de herbicidas em aplicações de pós-emergência nas lavouras de cana-de-açúcar na safra 2023/24.
O resultado foi ainda melhor, de 90%, quando analisado o cultivo de soja.
O objetivo da Solinftec é conquistar ainda mais clientes no futuro, potencializando as safras brasileiras.
Para isso, iniciou recentemente as operações no mercado de algodão.