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Na luta entre Apple e Epic, decisão da Justiça pode mudar mercado de aplicativos

A juíza Yvonne Gonzalez Rogers tomou uma decisão histórica na disputa entre a Apple e a Epic Games. Agora, a big tech não pode mais cobrar taxas sobre compras feitas fora de aplicativos. E também não pode impedir que desenvolvedores indiquem aos usuários como fazer essas compras externas.

Essa vitória é importante para a Epic Games, desenvolvedora do Fortnite, que trava uma longa batalha judicial contra a Apple. Além disso, pode transformar o mercado global de aplicativos. Mas a big tech anunciou que vai recorrer da decisão da juíza.

Epic Games vence disputa contra a Apple na Justiça… por ora

A decisão proíbe a Apple de cobrar taxas ou comissões sobre compras feitas fora de seus aplicativos. Além disso, a empresa não pode restringir como os desenvolvedores apresentam links ou botões para essas compras.

  • A única interferência permitida à Apple será uma mensagem neutra avisando o usuário que ele vai sair do aplicativo que estiver usando.
Vitória é significativa para a Epic Games, que trava uma longa batalha judicial contra a Apple (Imagem: mundissima/Shutterstock)

O CEO da Epic Games, Tim Sweeney, comemorou a decisão numa postagem no X. E prometeu devolver o jogo Fortnite à App Store dos Estados Unidos já na próxima semana.

Sweeney ainda propôs um acordo global: se a Apple adotar o modelo sem taxas no mundo todo, a Epic encerrará todos os processos atuais e futuros sobre o tema.

Gambiarra da Apple

Até então, a Apple ficava com 30% das compras feitas dentro dos aplicativos. Após decisão judicial de 2021, a Apple passou a permitir compras externas. Mas criou outra taxa, esta de 27%. Isso gerou revolta entre desenvolvedores, incluindo a Epic.

“No fim das contas, a Apple tentou manter uma fonte de receita bilionária em clara violação à ordem deste tribunal”, destacou a juíza Gonzalez Rogers.

Ícone da App Store na tela inicial de um iPhone colocado ao lado de logotipo da marca em aparelho
Após decisão judicial de 2021, a Apple passou a permitir compras fora de aplicativos – mas criou taxa de 27% (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Phil Schiller, chefe da App Store, sugeriu cumprir a decisão judicial. Porém, o CEO da Apple, Tim Cook, preferiu seguir o conselho do CFO Luca Maestri, adotando a taxa de 27%.

“Pensar que este tribunal toleraria tamanha insubordinação foi um erro grosseiro de cálculo”, disse a juíza (íntegra da decisão judicial). O caso também foi encaminhado ao Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) para avaliar uma possível ação criminal por desacato.

Importância e próximos passos

Essa decisão pode mudar o mercado de aplicativos mundo afora. Isso porque pode permitir que desenvolvedores ganhem mais e paguem menos taxas à Apple. “Agora os desenvolvedores e consumidores terão mais liberdade para conseguir ofertas melhores”, afirmou Sweeney.

Mão de homem segurando isolado Apple iPhone 15 Pro Max com tela inicial IOS 18 na tela
Decisão da Justiça pode mudar o mercado de aplicativos mundo afora (Imagem: DenPhotos/Shutterstock)

A Apple disse discordar fortemente da decisão. Olivia Dalton, porta-voz da big tech, afirmou que a ordem judicial será cumprida enquanto a empresa entra com recurso.

A batalha judicial entre Epic e Apple começou em 2020, quando a Epic acusou a Apple de práticas anticompetitivas ao cobrar taxas altas e obrigar desenvolvedores a usar seu sistema de pagamentos.

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A App Store representa uma parcela importante dos quase US$ 100 bilhões que a Apple ganha anualmente com serviços. A decisão da Justiça é uma vitória para a Epic, mas esta novela ainda não acabou. A ver o que vai acontecer nos próximos capítulos.

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Braço biônico sem fio tem mão removível que ‘anda’ sozinha

A Open Bionics, empresa britânica de robótica, anunciou dois novos modelos de mãos para o Hero Arm, primeiro braço biônico sem fio e à prova d’água do mundo. Chamadas de Hero RGD e Hero PRO, as mãos são resultado de um processo que durou quatro anos e reuniu feedbacks de cerca de 1.000 usuários do Hero Arm.

Entenda: 

  • A Open Bionics lançou dois novos modelos de mãos biônicas para o Hero Arm, primeiro braço biônico sem fio e à prova d’água do mundo;
  • O Hero Arm usa sensores que detectam contrações musculares e transmitem os sinais para a prótese;
  • A Hero RGD, mão biônica feita com Nylon 12 e titânio, pode carregar até 35kg;
  • Já a Hero PRO é o modelo padrão de prótese, criada totalmente em impressora 3D;
  • As mãos do braço biônico são removíveis e podem “andar” sozinhas, e as próteses podem ser personalizadas em vários designs – incluindo modelos inspirados na Marvel, Disney e Star Wars.
Hero Arm é o primeiro braço biônico sem fio e à prova d’água do mundo. (Imagem: Open Bionics)

De acordo com a empresa, as novas mãos biônicas são duas vezes mais rápidas do que os modelos líderes do mercado. Em vez de chips implantados cirurgicamente, o Hero Arm usa sensores especiais sem fio chamados de MyoPods. Eles são colocados sobre o membro amputado e detectam contrações musculares específicas, transmitindo os sinais para a prótese.

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Mão biônica pode carregar até 35kg

Feito com Nylon 12 e titânio, o modelo Hero RGD foi criado especialmente para suportar cargas de até 35kg. O agricultor Conor Cox testou a mão biônica: “Tenho usado a Hero RGD do nascer ao pôr do sol para tarefas na fazenda. Seja para levantar objetos, remover palha com pás, carregar baldes de grãos ou trabalhar com água”, disse em comunicado.

Modelo Hero RGD pode carregar até 35kg. (Imagem: Open Bionics)

Já o modelo Hero PRO, feito em impressora 3D, foi testado pela influenciadora digital Tilly Lockey: “Os braços são muito mais fortes. Posso remover minha própria mão e fazê-la rastejar sobre uma mesa e voltar para mim, controlando-a por meio dos sensores sem fio no meu soquete. Agora tenho rotação de 360 ​​graus nos meus pulsos e também posso flexioná-los.“

Prótese de braço biônico sem fio pode ser personalizada 

A empresa ainda destaca que o Hero Arm pode ser personalizado de acordo com as preferências do usuário – incluindo até designs mais diferentões baseados na Marvel, Disney e Star Wars. Em 2024, por exemplo, um garotinho de 5 anos ganhou uma prótese no estilo do Homem de Ferro.

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Muita gente tem usado a IA de forma inadequada no trabalho, revela estudo

Um novo estudo global promovido pela Melbourne Business School aponta que as ferramentas de inteligência artificial estão sendo cada vez mais utilizadas no trabalho. Mais da metade dos entrevistados diz fazer uso da tecnologia diariamente.

O trabalho também revela que a IA tem melhorado a produtividade e o desempenho nos ambientes profissionais. No entanto, em muitos casos, estes recursos estão sendo usados de maneira inadequada, gerando riscos que poderiam ser evitados.

Ferramentas de IA já fazem parte da vida dos trabalhadores

  • A pesquisa foi realizada com 32 mil trabalhadores de 47 países e mostra que 58% deles usam intencionalmente a IA no trabalho.
  • Um terço dos entrevistados ainda respondeu que usa estas ferramentas semanalmente ou diariamente.
  • A maioria dos funcionários relatou benefícios de desempenho com a adoção da inteligência artificial.
  • Isso inclui melhorias na eficiência (67%), no acesso à informação (61%), na inovação (59%) e na qualidade do trabalho (58%).
  • Ainda de acordo com o levantamento, cerca de 70% dos funcionários ouvidos contam com ferramentas públicas gratuitas, em vez de soluções de IA fornecidas por seu empregador (42%).
  • No entanto, o que chamou a atenção dos responsáveis pelo trabalho é o grande número de funcionários que admitem usar a tecnologia de forma inadequada.
  • Segundo o relatório, isso evidencia a necessidade de uma maior conscientização das pessoas sobre os benefícios e riscos da inteligência artificial.
  • As informações fazem parte de artigo publicado no portal The Conversation pelos professores Nicole Gillespie e Steven Lockey, da Melbourne Business School.
Ferramenta pode melhorar desempenho dos profissionais (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock)

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Uso da tecnologia de forma inadequada gera vários riscos

De acordo com o levantamento, quase metade dos funcionários ouvidos relatou que fez uso da IA de maneiras que podem ser consideradas inadequadas (47%).

Outros 63% disseram que viram colegas usando a ferramenta de forma equivocada.

Uma das principais preocupações é em relação ao manuseio de informações confidenciais da empresa, como dados financeiros, de vendas ou de clientes. Quase metade (48%) dos entrevistados admitiu que carregou informações confidenciais da empresa ou de clientes em ferramentas públicas de IA generativa.

Inteligência artificial e marketing, negócios
Uso da IA no trabalho tem se popularizado, mas há um problema (Imagem: Natee K Jindakum/Shutterstock)

Além disso, 44% disseram ter usado a inteligência artificial de maneiras que vão contra as políticas organizacionais das empresas em que trabalham. Outra observação importante é que 66% dos trabalhadores confiam nas respostas fornecidas, mesmo que 56% tenham confirmado erros em seus trabalhos devido à IA. Equívocos do tipo podem levar a perdas financeiras importantes, por exemplo.

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Samsung lidera vendas globais de celulares, aponta consultoria

A Samsung manteve a liderança do mercado global de smartphones no primeiro trimestre de 2025, de acordo com a pesquisa mais recente da consultoria Canalys. A Samsung obteve vendas totais de 60,5 milhões de unidades, reflexo do “lançamento de seus modelos mais recentes e novos produtos da série A com preços competitivos”.

A Apple ficou em segundo lugar, com 55,0 milhões de unidades enviadas e uma participação de mercado de 19%, impulsionada pelo crescimento nos mercados emergentes da Ásia-Pacífico e nos Estados Unidos.

Vendas em mercados da região Ásia-Pacífico e nos EUA impulsionaram resultado da Apple (Imagem: fazon1/iStock)

Já a Xiaomi garantiu o terceiro lugar, com 41,8 milhões de unidades enviadas e participação de mercado de 14%, “alavancando seu ecossistema de produtos diversificado para fortalecer sua marca na China Continental e nos mercados emergentes no exterior”. 

A vivo (que chegará ao Brasil como JOVI) e a OPPO seguiram em quarto e quinto lugares, com remessas de 22,9 milhões e 22,7 milhões de unidades, respectivamente.

Além da Samsung: vendas globais

O mercado global de smartphones registrou ligeiro crescimento de 0,2%, com remessas atingindo 296,9 milhões de unidades no período analisado. O resultado mostra desaceleração do setor pelo terceiro trimestre consecutivo.

Mercados que apresentaram forte impulso no último ano, como Índia, América Latina e Oriente Médio, agora, estão experimentando quedas notáveis ​​no primeiro trimestre de 2025, indicando “saturação na demanda de substituição por produtos de mercado de massa”.

Por outro lado, programas de subsídios governamentais estimularam o crescimento da China Continental, enquanto a África continuou a se beneficiar de “atividades vibrantes de varejo e esforços proativos de expansão de mercado”.

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Impacto das tarifas

Embora os iPhones produzidos na China Continental ainda representem a maioria das remessas para os EUA, a produção na Índia aumentou no final do trimestre, abrangendo os modelos padrão das séries iPhone 15 e 16, além de acelerar a produção da série 16 Pro.

“Com as flutuações contínuas nas políticas tarifárias recíprocas, a Apple, provavelmente, transferirá ainda mais a produção com destino aos EUA para a Índia, a fim de reduzir a exposição a riscos futuros”, diz o relatório.

“Espera-se também que as tarifas impactem desproporcionalmente os dispositivos de entrada, reduzindo, potencialmente, a disponibilidade de modelos de menor custo e elevando os preços médios de venda nos EUA.”

Na avaliação da consultoria, essa dinâmica introduz novas incertezas não apenas para a Apple, mas, também, para as marcas Android que competem no mercado, exigindo novas estratégias de preços e mudanças em pacotes de operadoras.

Tarifas vão exigir novas estratégias de preços e mudanças em pacotes de operadoras (Imagem: Ivan-balvan/iStock)

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Fim da linha para Musk na Tesla, aponta jornal

Em meio à queda de lucros e do valor das ações, o conselho administrativo da Tesla iniciou, discretamente, a busca por um sucessor para Elon Musk.

A notícia, divulgada pelo The Wall Street Journal, surge como reflexo de uma empresa em transformação, pressionada entre as ambições políticas de seu fundador e a realidade de um mercado cada vez mais competitivo.

Ultimato silencioso

Há cerca de um mês, com as ações da Tesla em declínio e investidores insatisfeitos com o foco de Musk na Casa Branca, membros do conselho decidiram agir. Contataram diversas empresas de recrutamento executivo para iniciar, formalmente, a busca pelo próximo CEO da fabricante de carros elétricos.

Durante reunião de atualização com Musk, o recado foi direto: ele precisava dedicar mais tempo à Tesla e comunicar isso publicamente. Surpreendentemente, o bilionário não resistiu à solicitação, aponta o jornal. Na semana passada, após anunciar queda de 71% nos lucros do primeiro trimestre, Musk finalmente declarou aos investidores: “A partir do próximo mês, vou alocar muito mais do meu tempo à Tesla.”

O conselho estreitou o foco em uma grande empresa de recrutamento, segundo fontes do Journal. Não está claro se Musk estava ciente desse esforço ou se sua promessa de maior dedicação afetou os planos de sucessão.

Tesla está em crise (Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)

Império dividido

  • A trajetória recente da Tesla ilustra os desafios de uma empresa cujo líder divide sua atenção entre múltiplos projetos. Musk supervisiona cinco negócios diferentes e, apenas na Tesla, mais de 20 executivos se reportam diretamente a ele;
  • Desde a eleição de Donald Trump, Musk tem passado a maior parte do tempo em Washington (EUA), com fins de semana no resort Mar-a-Lago, na Flórida (EUA). Suas interações com funcionários e membros do conselho da Tesla frequentemente ocorrem de forma remota;
  • Alguns funcionários relataram que a primeira vez que ouviram Musk em meses foi durante uma reunião geral em março, transmitida para todos os usuários do X, onde ele tentou tranquilizá-los:
    • “Se você ler as notícias, parece o Armagedom. Não posso passar por uma TV sem ver um Tesla em chamas”, disse ele, referindo-se ao vandalismo em concessionárias e estações de carregamento. “Há momentos tempestuosos, mas estou aqui para dizer que o futuro é brilhante e empolgante. O que estou dizendo é: segure suas ações.”

Transição tumultuada na Tesla

A Tesla está em período de transição, segundo seus executivos. Os populares Tesla Model 3 e Model Y impulsionaram a primeira onda de crescimento.

Agora, a empresa está se voltando para inteligência artificial (IA) e robótica, anunciada por novos veículos, como o Cybercab, sedã dourado de dois lugares sem volante ou pedais, e pelo Optimus, robô humanoide central para a visão de Musk para a empresa.

No entanto, seu negócio principal de veículos elétricos está em declínio e seu veículo mais recente, a Cybertruck, não proporcionou o impulso esperado.

Lançado com preço inicial de cerca de US$ 100 mil (R$ 567,56 mil, na conversão direta)duas vezes e meia o valor anunciado originalmente por Musk – o caminhão enfrentou oito recalls e vendeu apenas 39 mil unidades nos EUA em seu primeiro ano completo de vendas, muito abaixo da meta de 250 mil anunciada por Musk.

Tensões internas crescentes

A proximidade de Musk com Trump, que criticou o mercado de veículos elétricos e prometeu revitalizar as indústrias de petróleo e gás, criou tensões dentro da Tesla. Alguns funcionários buscaram garantias de que Musk ainda apoiava a missão da empresa de combater as mudanças climáticas.

Em novembro passado, o executivo Mike Snyder tentou tranquilizar sua equipe: “É óbvio que tem sido uma temporada turbulenta e emocional, reconheço isso. Prefiro ter Elon ao lado de Trump do que um inimigo de Trump.”

Entretanto, no início deste ano, ficou claro para alguns dentro da empresa que a incursão política de Musk estava se tornando um passivo para os negócios. A Tesla estava perdendo apelo em mercados, como Califórnia (EUA) e Alemanha, e motoristas começaram a colocar adesivos em seus carros para se distanciarem das posições políticas de Musk.

O caso de Eliah Gilfenbaum, executivo da Tesla na Califórnia (EUA), ilustra a divisão interna. Ele disse à sua equipe que estava ficando mais difícil contratar e reter talentos e que a Tesla estaria melhor se Musk renunciasse. Após a divulgação dessas declarações por dois jornais, Gilfenbaum foi forçado a deixar a empresa.

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Desafios financeiros e remuneração

Musk tem reclamado publicamente e em privado que, apesar de possuir cerca de 13% da empresa, está trabalhando sem remuneração há sete anos, desde que um juiz de Delaware anulou seu pacote multibilionário de remuneração. O conselho da Tesla, recentemente, formou um comitê especial de compensação para abordar a remuneração do CEO.

No início do ano passado, após quase duas décadas dirigindo a Tesla, Musk confidenciou a alguém próximo, em mensagens de texto enviadas na madrugada, que estava frustrado por ainda estar trabalhando sem parar na empresa.

Na primavera estadunidense, ele disse a essa pessoa que não queria mais ser CEO da Tesla, mas estava preocupado de que ninguém pudesse substituí-lo no comando da empresa e vender a visão de que a Tesla não é apenas uma montadora, mas o futuro da robótica e automação.

Impacto na política e nos negócios

Musk gastou mais de US$ 250 milhões (R$ 1,41 bilhão) na campanha de reeleição de Trump e recebeu o cargo de líder do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês). Seu status como “funcionário especial do governo” permite que ele trabalhe na Casa Branca por 130 dias por ano sem preencher os formulários de divulgação financeira exigidos para funcionários regulares.

Na semana passada, durante uma reunião de gabinete, Trump agradeceu a Musk por seu trabalho no governo: “Você sabe que está convidado a ficar pelo tempo que quiser. Acho que ele quer voltar para casa, para seus carros“, retrata o WSJ.

Qualquer mudança no topo marcaria um momento crucial para a Tesla: Musk dirige a fabricante de veículos elétricos há quase 20 anos, embora tenha deixado o cargo de presidente do conselho em 2018.

Elon Musk durante evento
Bilionário toca cinco empresas e seu cargo no governo dos EUA (Imagem: Frederic Legrand/Shutterstock)

Perspectivas futuras

Musk e seus comandados redobraram esforços para convencer investidores de que os veículos autônomos há muito planejados pela Tesla estão próximos. A empresa planeja abrir seu aplicativo de transporte para o público até o final de junho, permitindo que clientes em Austin, Texas (EUA), façam viagens de robotáxi sem supervisão em Model Ys.

No relatório de lucros da semana passada, que mostrou queda de 9% na receita trimestral, incluindo queda de 20% na receita automotiva, Musk defendeu o desempenho da empresa e expressou otimismo sobre seu futuro: “Não estamos à beira da morte, nem perto disso.”

Enquanto isso, o conselho de oito pessoas da Tesla está buscando adicionar um diretor independente. Alguns diretores, incluindo o cofundador JB Straubel, têm se reunido com grandes investidores para garantir que a empresa está em boas mãoscom ou sem Elon Musk no comando diário.

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Ucrânia e EUA fecham acordo e atendem desejo de Trump por minerais

Os governos dos Estados Unidos e da Ucrânia assinaram, nesta quarta-feira (30), um acordo que garante acesso, aos estadunidenses, aos minerais de terras raras de Kiev. Em troca, será criado um fundo de investimentos para a reconstrução do país do Leste Europeu.

O anúncio foi feito pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e pela ministra do Desenvolvimento Econômico e Comércio da Ucrânia, Iulia Sviridenko, que está em Washington (EUA). 

“Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o governo [Donald] Trump está comprometido com processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo”, disse Bessent.

Acordo não garante acesso irrestrito às riquezas naturais da Ucrânia (Imagem: Drop of Light/Shutterstock)

De olho nas riquezas

  • Há poucos detalhes sobre o desfecho das negociações, que vêm se desenrolando desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca;
  • Havia a expectativa por uma assinatura durante a visita do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Washington em fevereiro, mas o encontro no Salão Oval foi encerrado antes disso;
  • Segundo a imprensa estadunidense, o acordo não garante acesso irrestrito às riquezas naturais da Ucrânia. Kiev continuará como proprietária das terras e terá controle total sobre sua exploração;
  • Todos os recursos em nosso território e em águas territoriais pertencem à Ucrânia”, escreveu Sviridenko, no X. “É o Estado ucraniano que determina o que e onde extrair. O subsolo permanece sob propriedade ucraniana — isso está claramente estabelecido no Acordo.”

A Ucrânia possui depósitos de 22 dos 50 materiais classificados como críticos pelo Serviço Geológico dos EUA, de acordo com a CNN. Há matéria-prima essencial para a produção de eletrônicos, tecnologias de energia limpa e alguns sistemas de armas.

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O que ganha a Ucrânia?

O acordo garantirá aos ucranianos metade de todos os lucros obtidos com novos empreendimentos minerais no país europeu. Os recursos serão destinados integralmente a projetos dentro da Ucrânia, segundo o primeiro-ministro Denis Shmigal.

Parte do lucro obtido com a exploração das terras será usada para a reconstrução do país europeu (Imagem: Sergiy Palamarchuk/Shutterstock)

Kiev tinha esperança de obter garantias militares dos EUA na guerra contra os russos. Trump recusou a proposta, alegando que o acordo deveria ser fechado antes de qualquer promessa por parte dos estadunidenses.

Na época, Zelensky descreveu o rascunho do acordo como forma de pedir que ele “vendesse” seu país — e Trump chegou a suspender auxílios às forças ucranianas, medida que acabou sendo revertida posteriormente.

Ao que tudo indica, Kiev não terá garantias nesse sentido, de acordo com o jornal The Washington Post. O tratado, no entanto, “afirma o alinhamento estratégico a longo prazo” entre os países com apoio “à segurança, prosperidade, reconstrução e integração da Ucrânia”.

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Amazon investe US$ 4 bilhões em entregas nas áreas rurais dos EUA

A Amazon anunciou um ambicioso investimento de US$ 4 bilhões até o final de 2026 para expandir sua rede de entregas em áreas rurais dos Estados Unidos.

O objetivo é acelerar significativamente os prazos de entrega, levando produtos mais rapidamente até regiões historicamente menos atendidas.

Com o plano, a empresa pretende triplicar sua atual infraestrutura rural, adicionando mais de 200 novas estações de entrega e reduzindo o tempo médio de entrega nessas localidades em até 50%.

Cada nova instalação deve gerar cerca de 170 empregos locais, promovendo desenvolvimento econômico em áreas afastadas dos grandes centros urbanos.

Amazon indo contra as tendências no ramo das entregas

  • Segundo Udit Madan, vice-presidente sênior de operações globais da Amazon, o investimento representa um contraste com a postura de outras empresas de logística, que vêm se afastando das entregas rurais devido aos altos custos.
  • A medida também reforça a estratégia da Amazon de internalizar e expandir seu controle sobre a própria cadeia logística.
  • O movimento ocorre após anos de investimentos em infraestrutura e tecnologia para entregar em prazos cada vez menores.
Mais de 200 novas estações devem transformar a malha de entregas e reforçar domínio da empresa no setor – Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock

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Tensões com a Casa Branca

A iniciativa surge em um momento crítico: a empresa deve divulgar seus lucros trimestrais em breve, e enfrenta tensões políticas com a Casa Branca sobre a transparência dos custos repassados aos consumidores.

Além disso, o anúncio ocorre em meio a um movimento mais amplo de empresas de tecnologia, como Apple e Nvidia, para investir mais em solo americano, com foco em manufatura e geração de empregos.

A Amazon já ultrapassou a entrega em dois dias como padrão, chegando a prazos de um dia ou até horas, e compete diretamente com gigantes como UPS e FedEx.

Recentemente, a UPS anunciou cortes de 20.000 postos de trabalho, em parte devido à sua redução de entregas para a Amazon. Enquanto isso, a gigante do varejo online aposta em parcerias com empresas terceirizadas e pequenos comerciantes locais para fortalecer sua presença em áreas remotas.

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Enquanto rivais recuam, Amazon avança sobre território rural com megainvestimento – Imagem: sockagphoto/Shutterstock

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Deepfakes estão cada vez mais realistas – e já simulam até batimento cardíaco

Deepfakes estão se tornando cada vez mais realistas — a ponto de agora conseguirem simular até batimentos cardíacos e alterações sutis na cor da pele, características antes usadas para identificar vídeos falsos.

Pesquisadores da Universidade Humboldt de Berlim demonstraram que os modelos mais avançados de deepfake conseguem replicar sinais fisiológicos tão convincentes que enganam até detectores especializados.

O estudo, publicado na revista Frontiers in Imaging, revelou que os vídeos falsos podem até “herdar” sinais cardíacos reais dos vídeos originais usados para manipulá-los.

O que os pesquisadores descobriram

  • Por meio de um novo sistema baseado em fotopletismografia remota (rPPP) — uma técnica que analisa variações de luz refletida na pele para medir a frequência cardíaca — os cientistas inicialmente conseguiram distinguir vídeos reais de falsos.
  • No entanto, ao testarem deepfakes de alta qualidade, perceberam que muitos deles exibiam batimentos aparentemente reais, mesmo sem que esses sinais tivessem sido programados conscientemente.
  • Isso ocorre porque pequenos detalhes, como a coloração natural da pele no vídeo original, são transferidos acidentalmente para o vídeo manipulado, gerando um “pulso fantasma”.
Tecnologia avança e torna falsificações digitais quase indistinguíveis de vídeos reais – Imagem: R.bussarin/Shutterstock

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Apesar do avanço dos falsificadores digitais, os autores do estudo acreditam que ainda há formas de detecção eficazes.

Enquanto os deepfakes conseguem simular uma frequência cardíaca global, ainda não reproduzem corretamente as variações espaciais e temporais do fluxo sanguíneo no rosto. Detectores de nova geração poderão explorar essa fragilidade para recuperar a vantagem.

A descoberta acende um alerta sobre os riscos do uso malicioso de deepfakes, que vão desde campanhas de desinformação até fraudes sofisticadas.

Ainda que esse cenário pareça futurista, os pesquisadores alertam que a corrida tecnológica entre criadores e detectores está longe de terminar — e os falsos continuam a melhorar.

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Os deepfakes estão mais vivos: agora têm até batimento cardíaco – Imagem: shuttersv / Shutterstock.com

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Em depoimento, CEO do Google rebate acusações de monopólio

O CEO do Google, Sundar Pichai, afirmou nesta quarta-feira (30) que uma possível decisão judicial forçando o desmembramento da empresa prejudicaria gravemente seus negócios e sua capacidade de inovação, conforme revela o New York Times.

Ele depôs perante o juiz Amit Mehta, em Washington, como parte do processo em que o Departamento de Justiça dos EUA busca impor punições ao Google por práticas consideradas ilegais para manter seu monopólio nas buscas online.

Entre as medidas propostas estão a venda do navegador Chrome e a exigência de que o Google compartilhe dados de buscas com rivais.

Segundo Pichai, essas medidas poderiam inviabilizar investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

“Isso comprometeria nossa capacidade de continuar inovando como fizemos nas últimas três décadas”, afirmou.

O juiz Mehta já decidiu, em 2023, que o Google abusou de seu poder de mercado ao pagar bilhões a empresas como Apple e Samsung para ser o buscador padrão em seus dispositivos. Agora, o tribunal avalia que tipo de sanções devem ser aplicadas.

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Proposta de desmembramento inclui venda do Chrome e obrigatoriedade de dividir dados com concorrentes – Imagem: bluestork/Shutterstock

CEO discorda de imposições da Justiça ao Google

  • O Departamento de Justiça propõe a separação do Chrome sob o argumento de que o navegador envia automaticamente as consultas ao Google, reforçando sua posição dominante.
  • Também quer obrigar a empresa a compartilhar dados com concorrentes, o que, segundo Pichai, equivaleria a “entregar toda a estrutura tecnológica da empresa”.
  • O executivo, que participou do desenvolvimento do Chrome, também defendeu a manutenção do controle sobre o navegador alegando questões de segurança cibernética.
  • Ao ser questionado se outra empresa teria a mesma capacidade de proteção, respondeu com firmeza: “Com meu conhecimento, posso sim opinar sobre isso”.

Google quer solução menos radical

O Google propõe medidas mais brandas, como renegociar anualmente os acordos com fabricantes de smartphones e permitir que eles tenham mais liberdade para escolher quais apps do Google instalar.

Já o juiz Mehta questionou como rivais poderiam competir se o Google continuar pagando por posição de destaque. Em resposta, Pichai insistiu que “o melhor produto costuma vencer”.

O caso é considerado um marco nos esforços do governo americano para limitar o poder das grandes empresas de tecnologia. Novos processos contra Apple, Amazon e Meta também estão em andamento.

CEO do Google, Sundar Pichai, durante evento
Sundar Pichai, CEO do Google, alega que mudanças drásticas prejudicam usuários (Imagem: photosince/Shutterstock)

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Metrô de Nova York quer uso de IA para prever ‘comportamentos perigosos’

A Autoridade de Transporte Metropolitano de Nova York (MTA) está avaliando o uso de inteligência artificial para identificar, de forma antecipada, comportamentos ‘suspeitos’ ou ‘potencialmente perigosos’ nas plataformas do metrô. As informações são do Gothamist.

A iniciativa visa tornar o sistema mais seguro, acionando respostas rápidas das equipes de segurança e da polícia antes que incidentes ocorram.

Durante uma reunião do comitê de segurança da MTA, o diretor de segurança Michael Kemper afirmou que a agência está testando tecnologias baseadas em IA capazes de detectar “problemas potenciais ou comportamentos problemáticos”.

Ele explicou que, por exemplo, ações irracionais por parte de passageiros poderiam gerar alertas automáticos, acionando protocolos de resposta imediata.

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MTA estuda tecnologia capaz de prever comportamentos de risco sem uso de reconhecimento facial (Imagem: deberarr/iStock)

Faces das pessoas não ficariam expostas

  • Kemper evitou dar detalhes sobre as empresas envolvidas no projeto, as etapas de implementação ou os tipos específicos de comportamento que o sistema deverá identificar.
  • No entanto, garantiu que a tecnologia não usará reconhecimento facial.
  • Segundo o porta-voz da MTA, Aaron Donovan, o foco está no monitoramento de ações, e não na identificação de pessoas.

IA integrada ao transporte público

A proposta integra uma série de esforços recentes da MTA para aplicar inteligência artificial no transporte público.

Em 2023, a agência já havia adotado um sistema com IA para rastrear e mapear casos de evasão de tarifas no metrô, identificando padrões de onde, quando e como os passageiros burlavam o pagamento.

A iniciativa atual reforça a aposta da MTA na tecnologia como ferramenta preventiva de segurança. “A IA é o futuro”, declarou Kemper, destacando que a autoridade está atualmente em conversas com empresas do setor para desenvolver soluções adequadas ao ambiente subterrâneo nova-iorquino.

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Câmeras inteligentes devem alertar a segurança sobre atitudes suspeitas nas plataformas – Imagem: 26ShadesOfGreen/Shutterstock

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