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Por que empresas estão interessadas em comprar o Chrome?

No processo que o Google responde frente ao Departamento de Justiça dos EUA, que acusa a big tech de monopólio nas buscas online, há a possibilidade de uma ordem para a venda do Chrome. Diante disso, empresas interessadas em comprar não faltam.

O interesse no Chrome é óbvio: com cerca de dois terços do mercado global de navegadores e bilhões de usuários, o navegador é uma poderosa plataforma para impulsionar mecanismos de busca, promover produtos e acessar dados de navegação.

Ter o controle do Chrome permitiria a qualquer empresa aumentar sua presença digital de maneira imediata e significativa.

Alguns dos principais interessados já apareceram. A OpenAI foi a primeira a se manifestar. Pouco tempo depois, a Perplexity também demonstrou o interesse na compra, e a empresa mais recente a entrar nessa possível disputa foi o Yahoo.

Como o Chrome seria útil em cada uma dessas empresas?

  • OpenAI: a empresa por trás do ChatGPT vê no Chrome uma oportunidade de expandir sua base de usuários e integrar seus serviços de busca e IA de forma mais ampla.
  • Perplexity: também focada em buscas com inteligência artificial, a empresa busca uma plataforma maior para fortalecer sua atuação e melhorar seus serviços.
  • Yahoo: em vez de construir um navegador próprio, o Yahoo considera comprar o Chrome para retomar relevância no mercado de buscas, contando com o suporte financeiro da Apollo Global Management.
Gigantes da tecnologia se preparam para disputar o controle do navegador mais usado do mundo (Imagem: BigTunaOnline/Shutterstock)

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Por quanto o Chrome seria vendido

Especialistas apontam que o valor do Chrome pode chegar a até US$ 50 bilhões, o que tornaria essa uma das maiores transações da história da tecnologia.

Para o Google, perder o Chrome não apenas seria um duro golpe financeiro, mas também estratégico, pois reduziria sua influência sobre como bilhões de pessoas acessam a internet.

No atual contexto de maior escrutínio regulatório e competição acirrada no setor de tecnologia, a eventual venda do Chrome poderia redesenhar o equilíbrio de poder digital nos próximos anos.

Imagem para ilustrar tutorial acerca do Google Chrome
Chrome tem o potencial de valer US$ 50 bilhões – Imagem: 2lttgamingroom/Shutterstock

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Spotify paga valor recorde para podcasters; veja quanto

Pela primeira vez, o Spotify desembolsou mais de US$ 100 milhões (R$ 56,54 bilhões, na conversão direta) a editores de podcast e podcasters em todo o mundo somente no primeiro trimestre de 2025. A streamer diz que o valor reflete o compromisso com a economia criativa e sua posição como plataforma líder para criadores de áudio e vídeo.

“À medida que o formato continua a crescer, vemos tendência empolgante emergir: a ascensão dos podcasts em vídeo. No Spotify, temos o compromisso de apoiar criadores de todos os formatos e temos o prazer de anunciar um marco significativo nessa jornada”, diz o comunicado.

Programa de parcerias aumenta chances de receitas para podcasters (Imagem: Reprodução/Spotify)

Spotify: novas estratégias

  • O pagamento abrange tanto a receita com base em anúncios quanto a receita gerada pelo Programa de Parceiros do Spotify, lançado no início deste ano em mercados selecionados;
  • Marcas, como McDonald’s, Google e o clube inglês Chelsea, estão entre os anunciantes associados a podcasters que integram a nova estratégia;
  • A iniciativa oferece mais maneiras de monetizar o conteúdo, seja a partir do engajamento em vídeos do Spotify Premium ou por meio de anúncios no Spotify Free e em todas as outras plataformas de podcast;
  • O programa impulsionou os ganhos totais para os criadores participantes em 23% na comparação mensal de janeiro a fevereiro e 29% na comparação mensal de fevereiro a março, segundo a empresa de streamin;
  • Além disso, a plataforma observou aumento significativo na adoção de podcasts de vídeo, com podcasts de vídeo ativos mensais aumentando 28% desde o lançamento do programa.

“Continuaremos investindo em novas ferramentas, recursos e programas para apoiar criadores em todos os formatos”, afirmou a plataforma. “Estamos comprometidos em construir um ecossistema sustentável onde os criadores possam prosperar.”

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O que diz o criador?

O Spotify divulgou cases de sucesso que ilustram o impacto das novas ferramentas para alcançar públicos ainda maiores. Programas, como “Your Mom’s House with Christina P.” e “Tom Segura and The Rest Is Politics: US” registraram aumento de 45% na audiência semanal desde que aderiram ao programa.

O podcast “Matt and Shane’s Secret” também apresentou ganhos significativos, com aumento de 12% no consumo semanal e de 30% no tempo total de consumo de janeiro a março. Da mesma forma, o “Two Hot Takes” viu o consumo semanal crescer 12% desde a introdução do vídeo no Spotify. 

“Desde que adicionamos vídeos aos nossos programas no Spotify, estamos maravilhados com o crescimento que observamos em toda a rede Goalhanger. É evidente que nosso público adora assistir aos seus apresentadores favoritos e estamos realmente animados com os níveis de engajamento que observamos até agora”, disse Tony Pastor, cofundador da Goalhanger.

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Podcasts em vídeo dispararam após lançamento de novos recursos para diversificar fontes de renda (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

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Apagão na Europa: Espanha e Portugal começam a voltar ao normal após caos

Espanha e Portugal estavam retornando a um aparente estado de normalidade na madrugada desta terça-feira (29), manhã para os europeus, enquanto muitas questões permanecem sobre o que causou um dos piores apagões da Europa nos últimos anos em toda a península Ibérica no dia anterior.

Informações da Bloomberg afirmam que o fornecimento de energia na Espanha estava quase em 100% da capacidade por volta das 7h (2h no horário de Brasília) em Madri, e os trens urbanos estavam lentamente voltando ao serviço regular, segundo os operadores.

Causas estão sendo investigadas (Imagem: Proxima Studio/Shutterstock)

O Primeiro-Ministro Pedro Sánchez deverá realizar reunião semanal de gabinete mais tarde na terça-feira (29) e o Rei Felipe se juntará a reunião do conselho de segurança nacional do país. Em Portugal, onde, na noite de segunda-feira (28), a energia já havia sido restaurada em grande parte da região metropolitana de Lisboa, o governo realizará reunião extraordinária de gabinete.

Em discurso na noite de segunda-feira (28), Sánchez afirmou que o governo não está descartando nenhuma possibilidade após o país ter sido atingido pelo repentino apagão, que causou enorme interrupção nos transportes públicos, serviços telefônicos e aeroportos.

Europa e o apagão histórico

  • Cerca de 15 GW de energia desapareceram da rede elétrica por cinco segundos logo antes do apagão, por volta das 12h35 (7h35 em Brasília), disse Sánchez — o equivalente a, aproximadamente, 60% da demanda nacional;
  • A rede elétrica da Espanha é tipicamente robusta e apagões são raros. A Red Eléctrica, operadora apoiada pelo governo das linhas de transmissão de eletricidade, afirmou que o incidente de segunda-feira (28), provavelmente, foi causado por um desequilíbrio raro nas frequências de energia;
  • Naquele momento, Portugal estava importando eletricidade da Espanha, segundo João Conceição, membro do conselho da operadora portuguesa da rede de energia REN-Redes Energéticas Nacionais S.A.;
  • No centro de Madri, o tráfego rodoviário fluía normalmente novamente na manhã de terça-feira (29), com semáforos funcionando e pessoas indo ao trabalho;
  • Na noite de segunda-feira (28), as ruas estavam lotadas de pessoas após a interrupção dos trens e do metrô.

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Muito incomum

Um colapso desta magnitude é altamente incomum na Europa e expõe a fragilidade de sua rede elétrica em momento de crescente dependência de energia renovável, que é mais instável do que as fontes tradicionais.

A Espanha, que tem sido líder na implementação de energia solar e eólica, pode enfrentar questionamentos sobre sua decisão de desativar usinas nucleares, que, atualmente, contribuem com 20% de sua matriz energética, diz a Bloomberg.

O país também está programado para fechar sua última unidade termoelétrica a carvão este ano em favor da energia renovável, apoiada por usinas a gás.

Ana Andrade, economista da Bloomberg Economics, disse que a falha de energia poderia causar impacto imediato na Espanha de cerca de 0,5% do PIB trimestral, embora parte disso, provavelmente, seria recuperada nos próximos dias e semanas à medida que o fornecimento de energia é restaurado.

“O panorama geral para a Espanha continua sendo de desempenho econômico superior, com forte impulso de crescimento subjacente e exposição direta limitada à demanda dos EUA enquanto a guerra comercial continua”, escreveu Andrade, em nota.

Janela de um trem
Na noite de segunda-feira (28), as ruas estavam lotadas de pessoas após a interrupção dos trens e do metrô (Imagem: Right Perspective Images/Shutterstock)

O apagão de segunda-feira (28), aponta a reportagem, lembra o massivo blecaute que atingiu vários países europeus em julho de 2021, deixando milhões sem eletricidade por horas. As autoridades citaram uma combinação de fatores na época como possíveis causas, incluindo condições climáticas extremas e falhas técnicas.

As ferrovias estavam entre as mais afetadas na segunda-feira (28) na Espanha, com pessoal de segurança do Estado destacado para auxiliar cerca de 35 mil passageiros presos em mais de 100 trens, disse Sánchez.

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Artigos acadêmicos estão contaminados por IA

Pesquisadores observaram aumento significativo do uso de inteligência artificial (IA) em artigos acadêmicos — colocando em xeque a integridade científica dos conteúdos.

“De acordo com minha última atualização de conhecimento”, “regenerar resposta”, “como um modelo de linguagem de IA” são algumas das frases identificadas em estudos que indicam a presença da tecnologia na redação dos textos.

Editoras ainda buscam maneiras de garantir o uso ético dos chatbots (Imagem: nuttapong punna/iStock)

Ferramentas de IA generativa, como o ChatGPT, têm sido amplamente usadas para preparar e revisar manuscritos e as editoras ainda buscam maneiras de garantir o uso ético dos chatbots. Algumas exigem que os autores divulguem o uso de IA, mas há centenas de casos em que isso não acontece, segundo artigo publicado na revista científica Nature.

Caçando IA

  • Em artigo publicado no ano passado, o instrutor de pesquisa e comunicação na Universidade de Louisville, no Kentucky (EUA), Alex Glynn, relatou um dos primeiros casos de uso de IA em uma publicação científica sem divulgação;
  • O texto continha a frase do chatbot “Eu sou um modelo de linguagem de IA“. “Era o mais descarado possível”, afirmou Glynn à Nature. “De alguma forma, isso passou despercebido não apenas pelos autores, mas, também, pelos editores, revisores, compositores e todos os demais envolvidos no processo de produção”;
  • Glynn criou um rastreador online, o Academ-AI, para listar artigos que contêm sinais de IA, como as palavras “Certamente, aqui estão“, outra frase típica de chatbots;
  • Até agora, 700 artigos foram identificados, sendo que 13% desses artigos apareceram em periódicos pertencentes a grandes editoras, como Elsevier, Springer Nature e MDPI.

Além dele, o pesquisador Artur Strzelecki, da Universidade de Economia de Katowice (Polônia), também reuniu 64 artigos publicados em periódicos respeitados que não cumpriram a regra de indicação de uso de IA. “Esses são lugares onde esperaríamos um bom trabalho dos editores e revisões decentes”, disse Strzelecki à Nature.

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Uso de IA coloca em xeque integridade dos artigos científicos (Imagem: Pere_Rubi/iStock)

Artigos sob investigação

Os artigos sinalizados por Glynn e Strzelecki estão sob investigação, segundo a equipe de notícias da Nature, que contatou as diversas editoras envolvidas. Algumas delas esclareceram que não exigem a divulgação do uso de IA ou a determinam apenas para certos usos.

No caso da Springer, de propriedade da Springer Nature, por exemplo, a edição de texto assistida por IA, que inclui alterações feitas para legibilidade, estilo e erros gramaticais ou ortográficos, não precisa ser sinalizada, conforme a reportagem.

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IA está próxima de atingir o raciocínio de nível humano?

Apesar do otimismo de líderes da OpenAI, Anthropic e Google, cresce o número de especialistas que duvidam que a inteligência artificial (IA) esteja próxima de atingir a inteligência de nível humano, como mostra o The Wall Street Journal.

Pesquisadores apontam que os modelos atuais de IA não raciocinam como humanos, mas operam a partir de enormes conjuntos de regras práticas, sem construir verdadeiros “modelos de mundo” que envolvam causa e efeito.

Novos estudos mostram que as IAs estão mais para máquinas de improvisação do que para cérebros pensantes (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Novas pesquisas em interpretabilidade de IA sugerem que os modelos atuais agem como “sacos de heurísticas” – grandes coleções de atalhos para resolver problemas, em vez de raciocinar de maneira flexível como seres humanos.

O que os estudos mostraram

  • Mapas distorcidos: pesquisas mostraram que modelos de IA treinados para gerar rotas urbanas, como em Manhattan (EUA), criam mapas incoerentes, mas, ainda assim, conseguem orientar usuários com alta precisão;
  • Erros matemáticos: grandes modelos de linguagem aplicam diferentes regras dependendo da faixa de números, uma abordagem ineficiente e não generalizada;
  • Falta de adaptação: pequenas mudanças no ambiente, como bloquear 1% das ruas virtuais, resultam em quedas bruscas de desempenho dos sistemas.

Esses resultados sugerem que, ao invés de compreender contextos ou adaptar-se a novas situações, as IAs atuais apenas memorizam soluções específicas.

Leia mais:

Limitações e futuro da IA

As limitações estruturais dos modelos explicam a necessidade de grandes volumes de dados e processamento, além da dificuldade de superar certos limites de desempenho.

Isso também pode indicar uma estagnação no avanço da capacidade das IAs atuais, apesar das previsões otimistas que têm sido feitas há décadas.

Mesmo que a tão esperada inteligência artificial geral (IAG) ainda esteja distante, o trabalho em entender essas limitações promete impulsionar o desenvolvimento de sistemas mais confiáveis e eficientes no futuro.

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A inteligência artificial atual é feita de atalhos e truques, e não de verdadeiro raciocínio (Imagem: Antonio Marca/Shutterstock)

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IA está próxima de atingir o raciocínio de nível humano?

Apesar do otimismo de líderes da OpenAI, Anthropic e Google, cresce o número de especialistas que duvidam que a inteligência artificial (IA) esteja próxima de atingir a inteligência de nível humano, como mostra o The Wall Street Journal.

Pesquisadores apontam que os modelos atuais de IA não raciocinam como humanos, mas operam a partir de enormes conjuntos de regras práticas, sem construir verdadeiros “modelos de mundo” que envolvam causa e efeito.

Novos estudos mostram que as IAs estão mais para máquinas de improvisação do que para cérebros pensantes (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Novas pesquisas em interpretabilidade de IA sugerem que os modelos atuais agem como “sacos de heurísticas” – grandes coleções de atalhos para resolver problemas, em vez de raciocinar de maneira flexível como seres humanos.

O que os estudos mostraram

  • Mapas distorcidos: pesquisas mostraram que modelos de IA treinados para gerar rotas urbanas, como em Manhattan (EUA), criam mapas incoerentes, mas, ainda assim, conseguem orientar usuários com alta precisão;
  • Erros matemáticos: grandes modelos de linguagem aplicam diferentes regras dependendo da faixa de números, uma abordagem ineficiente e não generalizada;
  • Falta de adaptação: pequenas mudanças no ambiente, como bloquear 1% das ruas virtuais, resultam em quedas bruscas de desempenho dos sistemas.

Esses resultados sugerem que, ao invés de compreender contextos ou adaptar-se a novas situações, as IAs atuais apenas memorizam soluções específicas.

Leia mais:

Limitações e futuro da IA

As limitações estruturais dos modelos explicam a necessidade de grandes volumes de dados e processamento, além da dificuldade de superar certos limites de desempenho.

Isso também pode indicar uma estagnação no avanço da capacidade das IAs atuais, apesar das previsões otimistas que têm sido feitas há décadas.

Mesmo que a tão esperada inteligência artificial geral (IAG) ainda esteja distante, o trabalho em entender essas limitações promete impulsionar o desenvolvimento de sistemas mais confiáveis e eficientes no futuro.

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A inteligência artificial atual é feita de atalhos e truques, e não de verdadeiro raciocínio (Imagem: Antonio Marca/Shutterstock)

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Amazon entra na corrida espacial com lançamento dos primeiros satélites Kuiper

A Amazon deu importante passo em sua estratégia de expansão para o mercado de internet via satélite ao lançar, nesta segunda-feira (28), os primeiros 27 satélites de seu ambicioso Projeto Kuiper, previsto para ser lançado no início do mês, mas o tempo ruim impediu.

O lançamento ocorreu por volta das 20h (horário de Brasília) na estação espacial de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), marcando o início de nova fase na competição pelo domínio da conectividade global.

“Tivemos uma contagem regressiva tranquila, clima perfeito, decolagem impecável, e o Atlas V está a caminho da órbita para levar esses 27 satélites Kuiper, colocá-los em seu trajeto e realmente iniciar esta nova era em conectividade de internet”, declarou Caleb Weiss, engenheiro de sistemas da United Launch Alliance (ULA), durante a transmissão ao vivo após o lançamento.

Lançamento tinha sido adiado no início do mês por tempo ruim (Imagem: Divulgação/United Launch Alliance)

A missão, batizada de Kuiper Atlas 1, utilizou um foguete Atlas V da ULA, joint venture formada pelas empresas aeroespaciais estadunidenses Boeing e Lockheed Martin.

Os satélites foram projetados para se separar do foguete a aproximadamente 450 quilômetros acima da superfície terrestre, momento em que a Amazon buscará confirmar se os dispositivos conseguem manobrar independentemente e se comunicar com a equipe em terra.

Corrida espacial bilionária entre Amazon e SpaceX

  • O Projeto Kuiper chega ao Espaço com anos de atraso em relação ao seu principal concorrente, a Starlink, rede de internet via satélite da SpaceX, de Elon Musk, que, desde 2019, expandiu significativamente sua presença global;
  • Atualmente, a Starlink domina o mercado com mais de 6,75 mil satélites ativos e atende mais de cinco milhões de clientes em diversas partes do mundo, incluindo zonas de guerra e regiões afetadas por desastres naturais, como Ucrânia e Marrocos;
  • Para alcançar seu rival, Jeff Bezos já investiu aproximadamente US$ 10 bilhões (cerca de R$ 56,7 bilhões) no projeto;
  • A meta da Amazon é posicionar 3,2 mil satélites em órbita terrestre baixa — até 1,9 mil km de altitude — e iniciar operações comerciais até o final de 2025.

Andy Jassy, CEO da Amazon, destacou, em sua recente carta aos acionistas, que o Kuiper exigirá investimentos substanciais inicialmente, mas, eventualmente, a empresa espera que se torne “um negócio significativo em termos de receita operacional e retorno sobre o capital investido“.

Leia mais:

Cronograma apertado e parcerias estratégicas

A Amazon enfrenta prazo rigoroso estabelecido pela Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC, na sigla em inglês), que exige que a empresa tenha metade de sua constelação total, ou seja, 1.618 satélites, em órbita até julho de 2026.

Para cumprir este objetivo, a empresa reservou mais de 80 lançamentos para implantar dezenas de satélites por vez. Além da ULA, seus parceiros de lançamento incluem a própria SpaceX (empresa-mãe da Starlink), a europeia Arianespace e a Blue Origin, startup de exploração espacial também fundada por Jeff Bezos.

Em movimentação que demonstra a complexidade das relações corporativas no setor espacial, a Amazon recorreu aos serviços de lançamento da SpaceX, mesmo sendo esta a proprietária de seu principal concorrente.

Foguete da Amazon decolando
Missão Kuiper Atlas 1, utilizou um foguete Atlas V da ULA (Imagem: Divulgação/United Launch Alliance)

Preocupações orbitais

Com o aumento do número de satélites em órbita terrestre baixa, incluindo os da Starlink, OneWeb (europeia) e Guowang (chinesa), cresce a preocupação da comunidade científica sobre a possível congestão espacial, riscos de colisões e interferências nas observações astronômicas.

Embora a Amazon ainda não tenha divulgado o preço de seu serviço, a empresa promete oferecer opção de baixo custo para conectividade global, potencialmente expandindo o acesso à internet para regiões remotas e mal atendidas do planeta.

Os investidores da Amazon estarão atentos a qualquer comentário sobre gastos adicionais relacionados ao Projeto Kuiper quando a empresa divulgar seus resultados financeiros do primeiro trimestre nesta quinta-feira (1).

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O lado obscuro da IA: o perigo invisível dos dados contaminados

A inteligência artificial moderna só é tão eficiente graças à imensa quantidade de dados utilizados em seu treinamento.

No entanto, essa dependência também a torna vulnerável a ataques de “dados envenenados” — inserções discretas de informações falsas ou enganosas que podem comprometer o comportamento dos modelos de IA.

Esses ataques podem provocar desde falhas simples, como respostas incoerentes em chatbots, até riscos graves no mundo real, como carros autônomos ignorando sinais de trânsito ou falhas em infraestruturas elétricas.

Leia mais

Ataques de dados maliciosos ameaçam transportes, saúde e energia — e a resposta pode estar na união entre blockchain e IA segura (Imagem: frank60/Shutterstock)

Novo método busca mitigar os riscos

  • Para enfrentar esse desafio, pesquisadores da Florida International University (FIU) criaram uma abordagem que combina aprendizado federado e blockchain.
  • O aprendizado federado treina modelos diretamente nos dispositivos dos usuários, preservando a privacidade dos dados, mas ainda é vulnerável a ataques.
  • Já o blockchain, conhecido pela segurança em redes de criptomoedas, foi adaptado para monitorar e validar atualizações de dados, detectando e descartando informações potencialmente maliciosas antes que possam prejudicar o modelo.
  • O estudo sobre essa abordagem foi publicado no IEEE Access.

Segurança fortalecida

Segundo o professor Hadi Amini, líder da pesquisa, essa tecnologia poderá fortalecer a segurança de setores essenciais como transporte, saúde e infraestrutura crítica.

A equipe da FIU, em colaboração com o Centro Nacional de Segurança Cibernética e Resiliência em Transportes, também estuda o uso de criptografia quântica para proteger ainda mais os sistemas conectados e autônomos dos EUA.

Com a IA ganhando cada vez mais espaço na vida moderna, garantir a integridade dos dados de treinamento se torna uma prioridade estratégica para prevenir grandes riscos de segurança.

Ilustração de cérebro em chip para representar inteligência artificial
Uma nova técnica promete blindar a inteligência artificial de usos indevidos (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

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IA física da Nvidia promete revolucionar a robótica humanoide; conheça

A Nvidia está avançando além da inteligência artificial (IA) generativa para um novo conceito: a inteligência artificial física. Esta inovação visa capacitar robôs humanoides e dispositivos robóticos industriais a executarem tarefas complexas no mundo real com maior precisão e autonomia.

“Estamos entrando na era da IA física, onde robôs complementam o trabalho humano realizando tarefas repetitivas com eficiência superior“, explicou Marcio Aguiar, diretor-executivo da Nvidia na América Latina, durante sua apresentação no Web Summit Rio nesta segunda-feira (28).

Isaac Gr00t N1 é modelo de IA desenvolvido especificamente para servir como fundação para outras empresas desenvolverem robôs humanoides (Imagem: Divulgação/Nvidia)

IA física? O que a Nvidia está “aprontando”, afinal?

  • Em março, a empresa lançou o Isaac Gr00t N1, modelo de inteligência artificial desenvolvido especificamente para servir como fundação para outras empresas desenvolverem robôs humanoides;
  • O diferencial deste modelo é seu pré-treinamento para manipulação de objetos — incluindo agarrar, mover e transferir itens entre as mãos —, além de executar sequências complexas de múltiplas etapas;
  • Proporcionamos o cérebro que dá capacidade de raciocínio aos humanoides“, afirmou Aguiar em entrevista ao g1. “A Nvidia não fabrica robôs, drones ou câmeras, mas fornece o poder computacional essencial para todos esses fabricantes”, prosseguiu;
  • De acordo com a empresa, modelos convencionais de Inteligência artificial generativa, como o GPT, da OpenAI, e o Llama, da Meta, apresentam limitações significativas para aplicações físicas, pois não compreendem, adequadamente, o mundo tangível, restringindo a eficácia dos robôs treinados com estas tecnologias.

Leia mais:

A IA física utiliza uma metodologia denominada aprendizado por reforço, permitindo que os dispositivos identifiquem imprevistos e desenvolvam soluções rapidamente. Esta abordagem possibilita que robôs desempenhem, com eficiência, tarefas, como embalagem de produtos, montagem de veículos ou navegação autônoma em diversos ambientes.

Com este novo paradigma, desenvolvedores podem realizar pós-treinamento personalizado para adaptar os modelos a necessidades específicas de suas aplicações, acelerando, significativamente, o desenvolvimento de soluções robóticas avançadas.

Fachada da Nvidia em Santa Clara, Califórnia (EUA)
De acordo com a empresa, modelos convencionais de IA generativa apresentam limitações significativas para aplicações físicas (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Nvidia inclui novos recursos de seu assistente de IA para Windows

Nvidia atualizou seu assistente de IA G-Assist para Windows para incluir plug-ins personalizados. O chatbot foi lançado como uma ferramenta para otimizar jogos, mas agora pode ser usado para controlar Spotify, Google Gemini e Twitch, por exemplo.

Plug-ins são complementos leves que oferecem novas funcionalidades ao software. Os plug-ins do G-Assist podem controlar músicas e conectar-se a grandes modelos de linguagem.

“Com o novo G-Assist Plug-In Builder baseado no ChatGPT, os usuários podem gerar código formatado corretamente com IA e, em seguida, integrá-lo ao G-Assist — permitindo uma funcionalidade rápida e assistida por IA que responde a comandos de texto e voz”.

Novas funções

O assistente de IA agora se conecta ao Spotify para controle de voz e música com viva-voz. No Google Gemini, o sistema permite conversas complexas baseadas na nuvem. Já o Twitch pode ser acessado através de comando de voz para verificar se um streamer está ao vivo, por exemplo.

Leia a reportagem completa aqui

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Haddad aproveita viagem aos EUA para se reunir com big techs

O ministro da fazenda, Fernando Haddad, estará presente em jantar organizado pelo Milken Institute, na Califórnia (EUA), com investidores estrangeiros. Haddad vai aos EUA para se inteirar da economia local e, especialmente, das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.

Apesar de o foco do chefe da Pasta ser a economia dos EUA, não há previsão de reunião com autoridades locais, sendo que a viagem estava planejada desde antes da posse de Trump, segundo apuração da CNN.

Google, Amazon e Nvidia receberão o ministro (Imagem: gguy/Shutterstock)

A viagem está marcada para sexta-feira (2). Na ocasião, Haddad vai, primeiro, para Los Angeles (EUA). A seguir, passará por San José (EUA) e Cidade do México (México). O jantar do qual o ministro vai participar faz parte da Conferência Global Milken Institute, a ser realizada na segunda-feira (5). O político visa tratar da COP30 e das economias do Brasil e do resto do mundo.

Haddad também vai levar projetos de tecnologia aos EUA

  • O ministro também vai divulgar, nos EUA, o plano nacional de data centers, a ser lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em maio. O documento traz incentivos fiscais, segurança jurídica e regras específicas para o setor;
  • E Haddad vai além; ele tem reuniões bilaterais marcadas com líderes de big techs: Ruth Porat, CFO do Google, Jensen Huang, CEO e fundador da Nvidia e executivos da Amazon;
  • Ainda de acordo com a CNN, as reuniões com Nvidia e Amazon serão centradas em data centers, enquanto o encontro com a CFO do Google tem a ver com questões regulatórias;
  • O governo também espera, com ansiedade, um café da manhã a ser realizado pela Amcham Brasil, no qual se espera o encontro de empresários brasileiros e representantes dos grupos econômicos mais importantes dos EUA;
  • Já na Cidade do México, Haddad vai se encontrar com Edgar Amador Zamorra, secretário da Fazenda e Crédito Público local, para estreitar relações bilaterais entre os países;
  • O ministro brasileiro estará de volta à Brasília em 8 de maio.

Leia mais:

Cronograma da viagem

Abaixo, veja o cronograma completo da viagem do ministro Fernando Haddad aos EUA e ao México:

Domingo (04/05)

  • 20h – Jantar privado com investidores internacionais, oferecido pelo Milken Institute.

Segunda-feira (05/05)

  • 9h – reunião bilateral com Ruth Porat, CFO do Google;
  • 10h – Milken Institute Global Conference Sessão privada “Global Investors View: Brazil” – conversa com Sergio Suchodolski, fellow Milken Institute;
  • 11h30 – Milken Institute Global Conference Sessão pública “Uma conversa com o Ministro da Fazenda do Brasil” – Conversa com Laura Lacey, Milken Institute;
  • 15h – reunião bilateral com Jensen Huang, CEO da Nvidia;
  • 15h30 – visita às instalações da Nvidia.

Terça-feira (06/05)

  • 9h – Mesa Redonda “Breakfast Roundtable with Brazil’s Minister of Finance, Fernando Haddad”, organizada pela Amcham Brasil;
  • 10h30 – reunião bilateral com executivos da Amazon;
  • 21h55 – chegada à Cidade do México.

Quarta-feira (07/05)

  • 9h – café da manhã com atores econômicos brasileiros no México;
  • 11h – reunião bilateral com Edgar Amador Zamorra, secretário da Fazenda e Crédito Público do México.
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Haddad quer se inteirar da economia estadunidense e das tarifas de Trump (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

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