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Google anuncia evento especial para Android; veja o que esperar

O Google movimentou o cenário mobile com o anúncio de um evento dedicado exclusivamente ao sistema Android, antecedendo sua tradicional conferência anual para desenvolvedores, o Google I/O, que começa em 20 de maio.

A decisão de realizar um evento separado, uma semana antes do principal, indica uma mudança na dinâmica de comunicação da empresa. Tradicionalmente, o Android sempre foi um dos protagonistas do I/O, com grandes anúncios e demonstrações de novas funcionalidades.

Novidades e atualizações do Android serão reveladas

A apresentação principal do evento contará com a presença de Sameer Samat, presidente do ecossistema Android, o que já sinaliza a importância que a empresa está dedicando a este anúncio.

No último Google I/O, foram apresentados alguns dos recursos da versão beta do Android 15, como a detecção de chamadas fraudulentas impulsionada por IA, a funcionalidade “Círculo para Pesquisar” e o “Bloqueio de Detecção de Roubo”.

O evento do dia 13 de maio deve aprofundar essas novidades e apresentar outros recursos e atualizações.

Separação dos eventos sinaliza uma nova era na forma como o Google compartilha suas novidades. (Imagem: Alex Photo Stock/Shutterstock)

Em comunicado oficial, o executivo afirmou que a novidade é um preparativo para o I/O 2025, “onde teremos ainda mais anúncios e surpresas especiais”.

A empresa também tranquilizou os desenvolvedores, garantindo que o Android continuará tendo espaço na conferência principal, com palestras e sessões técnicas dedicadas.

Como assistir o evento exclusivo do Android?

Marcado para o dia 13 de maio, às 19h (horário de Brasília), o “Android Show: Edição I/O” será transmitido ao vivo pelo YouTube e pelo site oficial do Android, prometendo revelar as novidades que chegarão em breve aos dispositivos de milhões de usuários ao redor do mundo.

Google I/O 2025 deve manter foco em IA

Nos últimos anos, o foco do Google I/O parece ter se deslocado para outras áreas, especialmente a inteligência artificial. No evento do ano passado, por exemplo, o destaque ficou para a reformulação da Busca com o uso de IA e a integração do modelo Gemini em diversos serviços populares como Documentos, Gmail e Agenda.

Embora o Android tenha marcado presença, a atenção não foi a mesma de edições anteriores, onde a revelação de novas versões e recursos do sistema operacional era o ponto alto.

Google Gemini em funcionamento em um smartphone
(Imagem: Gguy/Shutterstock)

Essa mudança de prioridade no I/O é um forte indício de que a conferência deste ano terá como tema central os avanços do Google em inteligência artificial, incluindo possíveis novidades sobre o ambicioso Projeto Astra.

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A realização de um evento prévio e exclusivo para o Android permite que a empresa detalhe as novidades do sistema operacional sem dividir o protagonismo com as inovações em IA.

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E agora, Nvidia? Microsoft cria IA que roda dentro de PCs normais

Um grupo de pesquisadores da Microsoft Research apresentou um modelo de inteligência artificial (IA) que roda de maneira local em computadores normais. Desenvolvido em parceria com a Universidade da Academia Chinesa de Ciências, o modelo propõe uma baita mudança no uso e funcionamento de IAs.

Conforme descrito num artigo publicado recentemente no servidor arXiv, o BitNet b1.58 foi projetado para rodar em CPUs comuns. Assim, ele dispensa as potentes (e gastonas) Unidades de Processamento Gráfico (GPUs). No setor das IAs, a principal fornecedora de GPUs é a Nvidia.

Modelos atuais de IA têm um problema energético

Grandes modelos de linguagem (LLMs, na sigla em inglês) – por exemplo: ChatGPT (OpenAI) e Gemini (Google) – dependem de GPUs para funcionarem e serem treinados. Isso devido à imensa quantidade de dados e cálculos envolvidos.

BitNet b1.58 foi projetado para rodar em CPUs, dispensando GPUs, componente fornecido principalmente pela Nvidia (Imagem: Below the Sky/Shutterstock)

Essa dependência gera consumo elevado de energia nos data centers que hospedam esses serviços, o que levanta preocupações ambientais e de sustentabilidade.

Uma solução possível: Arquitetura de 1 Bit

A equipe da Microsoft abordou o problema focando numa das partes mais intensivas do processo: o uso e armazenamento dos “pesos” do modelo.

Normalmente, são números complexos (ponto flutuante de 8 ou 16 bits). A nova abordagem, denominada “arquitetura de 1 bit”, simplifica radicalmente essa etapa.

Ilustração de cérebro em chip para representar inteligência artificial
Equipe da Microsoft focou no uso e no armazenamento dos “pesos” do modelo de IA (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Neste novo sistema:

  • Valores simplificados: Os pesos são representados usando apenas três valores: -1, 0 e 1;
  • Cálculos eficientes: O processamento se baseia em operações matemáticas simples de adição e subtração, que podem ser facilmente executadas por CPUs padrão.

Para otimizar a execução, os pesquisadores desenvolveram um ambiente específico chamado bitnet.cpp, projetado para tirar o máximo proveito da arquitetura de 1 bit.

Resultados promissores e possíveis impactos

Testes iniciais indicam que o BitNet b1.58 consegue ter um desempenho comparável, e em alguns casos até superior, a modelos baseados em GPU de tamanho similar.

Mulher analisando data center de inteligência artificial
Dependência de GPUs gera consumo elevado de energia nos data centers que hospedam serviços de IA (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

A grande vantagem é a significativa redução no uso de memória – e, consequentemente, no consumo de energia.

Se os resultados se confirmarem, essa tecnologia pode revolucionar o uso de IAs. Como? Assim:

  • Menor dependência de data centers: Usuários poderiam executar chatbots e outros modelos de IA diretamente em seus computadores pessoais ou (quem sabe um dia) celulares;
  • Redução do consumo de energia: Diminuiria drasticamente a pegada energética associada à IA;
  • Maior privacidade: A execução local dos modelos aumentaria a privacidade dos dados do usuário;
  • Funcionamento offline: Permitiria o uso de IAs mesmo sem conexão com a internet.
Ilustração de inteligência artificial em chip
Se os resultados do BitNet b1.58 da Microsoft se confirmarem, essa tecnologia pode revolucionar o uso de IAs (Imagem: dee karen/Shutterstock)

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Assim, o desenvolvimento do BitNet b1.58 pela Microsoft aponta para um futuro no qual a inteligência artificial pode se tornar mais acessível, eficiente e sustentável. A ver como essa ideia vai, de fato, sair do papel.

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Nike é processada em US$ 5 milhões por causa de NFTs; entenda

A decisão da Nike de encerrar um de seus projetos no ano passado pode gerar muita dor de cabeça para a empresa. Uma ação coletiva acusa a gigante do setor de provocar prejuízos significativos para investidores.

Segundo o processo, a companhia violou o direito dos consumidores ao promover NFTs temáticos de tênis e depois encerrar a plataforma. Estes produtos virtuais são armazenados em uma blockchain, que atua como um registrador digital público e imutável da propriedade. 

Empresa pode ter que pagar uma indenização milionária

  • A ação alega que os NFTs eram valores mobiliários não registrados, já que a Nike os vendeu sem se registrar na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.
  • De acordo com o processo, os investidores compraram esse ativo digital com a esperança de que seu valor aumentasse no futuro à medida que o projeto ganhasse popularidade com base na marca Nike.
  • E por conta disso pede uma indenização de US$ 5 milhões (cerca de R$ 28 milhões), acusando a empresa de violar leis de proteção ao consumidor e leis estaduais sobre práticas comerciais desleais e concorrência.
  • A Nike não se pronunciou oficialmente sobre o caso até agora.
  • As informações são da The Verge.
Empresa é acusada de violar as leis de proteção ao consumidor (Imagem: GVLR/Shutterstock)

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Investidores reclamam que decisão da Nike causou prejuízos importantes

Em 2021, a Nike adquiriu a empresa de NFTs RTFKT Studios, que criou os tênis virtuais. A ideia é que os tokens comprados pudessem ser negociados no mercado secundário e usados para completar desafios e missões, o garantiria recompensas.

No entanto, a Nike decidiu encerrar o projeto. Esta medida fez com que os preços dos ativos digitais despencassem, causando prejuízos importantes para quem havia adquirido os NFTs. Além disso, o fim da iniciativa acabou com a oportunidade de participar dos desafios e missões, que o grupo argumenta ter sido um dos principais motivos para a compra dos tokens.

Ação pede uma indenização de US$ 5 milhões (Imagem: WESTOCK PRODUCTIONS/Shutterstock)

O mercado geral de ativos digitais caiu drasticamente no primeiro trimestre de 2025, com as vendas despencando 63% na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram US$ 1,5 bilhão em vendas de janeiro a março de 2025, muito abaixo dos US$ 4,1 bilhões no mesmo período em 2024.

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Cancelamento de voos e falhas no metrô: as consequências do apagão na Europa

A semana começou caótica na Europa. Um apagão afeta a distribuição de energia e as redes de comunicação em todas as regiões de Portugal e da Espanha. Além disso, partes da França chegaram a ficar no escuro.

A queda de energia foi registrada por volta de 11h30 (7h30, no horário de Brasília). Ela causou o fechamento de estações de trem e do metrô, além de prejudicar as operações em hospitais e aeroportos.

Consequências do apagão

Em cidades como Lisboa, em Portugal, e Madri e Barcelona, na Espanha, o funcionamento das linhas de metrô foi interrompido. Na capital portuguesa, por exemplo, três trens foram evacuados, segundo rádios locais.

Ainda em território português, dezenas de voos precisaram ser cancelados. No aeroporto de Lisboa a situação é mais crítica, apesar do uso do gerador. As portas estão fechadas e muitas pessoas aguardam para poder embarcar. Já na Espanha, o tráfego aéreo foi reduzido ao mínimo.

Espanha e Portugal estão no escuro (Imagem: Hoyka Studio/Shutterstock)

Outra dificuldade foi verificada nos hospitais. Geradores estão sendo usados para manter determinadas áreas, em especial a de cuidados intensivos e de pacientes críticos, em funcionamento. Autoridades de Portugal e da Espanha estão trabalhando para normalizar o abastecimento de energia o mais rápido possível, mas não há uma previsão de quando isso pode acontecer.

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Ataque hacker pode ter causado apagão?

  • O Ministro Adjunto e da Coesão Territorial de Portugal, Manuel Castro Almeida, afirmou que o apagão pode ser consequência de um ciberataque.
  • No entanto, o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) informou que não foram identificados, até o momento, indícios que apontem para ciberataque na falha da rede elétrica.
  • É importante destacar que tudo não passa de uma especulação até o momento.
  • E também ainda não se sabe oficialmente o que gerou a queda geral da energia na região.

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Brasileiros treinam IA para que ela não incentive comportamentos inadequados

O número de pesquisas feitas usando a inteligência artificial aumentou expressivamente nos últimos meses.

A tecnologia entrou de vez na vida das pessoas, mas existem temores de que ela possa incentivar comportamentos inadequados.

Para evitar que isso aconteça, um grupo de brasileiros tem atuado criando e analisando prompts, avaliando e categorizando as respostas dadas pelos chatbots. Tudo isso para tentar evitar que a IA forneça informações que ofereçam risco aos usuários.

Respostas problemáticas sobre nazismo e outros temas

  • A iniciativa é financiada pela Outlier, uma intermediária que conecta colaboradores de todo o mundo a gigantes da tecnologia.
  • O grupo foi criado após uma inteligência artificial sugerir que a pessoas poderia “beber até cair”.
  • A resposta foi dada após uma pergunta sobre como se divertir em uma noite com os amigos.
  • Mas há situações bem mais graves, como as respostas sobre nazismo.
  • Neste sentido, os brasileiros trabalham para verificar se as informações repassadas pelos chatbots corresponde a fatos históricos, sem fazer juízo de valor de acontecimentos.
Tecnologia também tem as suas falhas (Imagem: Iuliia Bishop/Shutterstock)

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É possível driblar os sistemas de segurança da IA

Quando um usuário faz uma pergunta direta sobre como ferir alguém, por exemplo, a inteligência artificial oferece uma resposta padrão, negando aquela solicitação. No entanto, é possível driblar estes sistemas de defesa.

Para isso, basta reformular a questão de maneira indireta, fornecendo mais informações e hipóteses para que a IA aprenda outros caminhos que os usuários podem tentar seguir para obter essa resposta. É assim que respostas problemáticas aparecem.

Inteligência artificial
Respostas fornecidas pela IA ainda precisam de supervisão humana (Imagem: Sansert Sangsakawrat/iStock)

A tecnologia do Google, por exemplo, já disse que seres humanos devem comer ao menos uma pedra pequena por dia e sugeriu usar cola para grudar a massa da pizza ao queijo. Quando foi disponibilizado no Brasil, o Bard mentiu sobre as urnas eletrônicas e colocou em dúvida o resultado das eleições de 2022

Procurada pelo G1, a Scale AI, dona da Outlier, afirmou que “treinar modelos de IA generativa para prevenir conteúdo prejudicial e abusivo é essencial para o desenvolvimento seguro da IA”.

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Huawei prepara teste de novo chip de IA para competir com a Nvidia

A Huawei Technologies se prepara para testar seu mais novo (e poderoso) chip de inteligência artificial (IA), o Ascend 910D. A empresa espera que este chip substitua alguns dos produtos de ponta da Nvidia.

Este avanço demonstra a resiliência da indústria de semicondutores da China, mesmo diante dos esforços dos Estados Unidos para limitar seu acesso a tecnologias ocidentais de fabricação de chips, aponta o Wall Street Journal (WSJ).

Huawei quer testar o Ascend 910D; conheça as características do novo chip

A Huaweicontatou algumas empresas chinesas de tecnologia para testar a viabilidade técnica do Ascend 910D, segundo pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pelo WSJ. A expectativa é que o primeiro lote de amostras do processador seja recebido já no final de maio de 2025.

Huawei contatou empresas chinesas de tecnologia para testar seu novo chip de IA (Imagem: g0d4ather/Shutterstock)

O novo chip utiliza tecnologias de encapsulamento para integrar mais matrizes de silício, buscando aumentar o desempenho.

Segundo uma das fontes, a Huawei espera que esta última versão do Ascend AI seja mais poderosa que o H100 da Nvidia, chip popular lançado em 2022 para treinamento de IA.

  • No entanto, outras fontes relataram que o 910D consome muita energia. E é menos eficiente que o H100.

O desenvolvimento ainda está em estágio inicial. E serão necessários diversos testes para avaliar o desempenho e preparar o chip para os clientes.

Contexto geopolítico e mercado

A Huawei, sediada em Shenzhen, tornou-se uma peça central nos esforços da China para criar uma indústria de semicondutores autossuficiente. E para o país asiático desenvolver alternativas aos chips de IA dos EUA, setor onde país ainda lidera por conta da Nvidia.

Logo da Huawei exibido em smartphone e ao fundo bandeiras da China e Estados Unidos
Huawei se tornou crucial para China desenvolver alternativas aos chips de IA dos EUA (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

Recentemente, Washington adicionou o chip H20 da Nvidia à lista de semicondutores com venda restrita na China. O H20 era o processador mais avançado que a Nvidia podia vender no país sem necessidade de licença.

  • A Nvidia informou que essa restrição resultaria num prejuízo de US$ 5,5 bilhões (R$ 31,3 bilhões).

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Huawei deve enviar mais de 800 mil chips de IA para clientes na China (Imagem: viewimage/Shutterstock)

Fontes indicam que a Huawei deve enviar mais de 800 mil chips Ascend 910B e 910C – antecessores do Ascend 910D – para clientes como operadoras de telecomunicações estatais e desenvolvedores privados de IA, incluindo a ByteDance (controladora do TikTok), em 2025.

Alguns compradores já estariam negociando com a Huawei para aumentar os pedidos do 910C após as restrições impostas aos chips H20 da Nvidia, segundo o WSJ.

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Como a tecnologia pode transformar o ensino público no Brasil

Por Eduardo Santos, Vice-presidente sênior e Diretor Geral na América Latina da EF Education First

No Dia Mundial da Educação, celebrado em 28 de abril, vale reforçar uma reflexão urgente: como preparar as próximas gerações para um mundo cada vez mais global, digital e interconectado? Em um cenário onde a comunicação internacional é uma habilidade essencial, o domínio do inglês deixou de ser um diferencial — tornou-se um passaporte para oportunidades acadêmicas, profissionais e culturais.

No entanto, para milhões de jovens brasileiros e latino-americanos, esse passaporte ainda é inacessível. Segundo o Índice de Proficiência em Inglês da EF (EPI 2023), o Brasil ocupa a 70ª posição entre 113 países. Isso revela não apenas a distância em relação a outros países, mas também uma desigualdade interna profunda: estudantes da rede pública seguem enfrentando barreiras estruturais que limitam seu acesso ao idioma.

Tecnologia é transformação

É nesse ponto que a tecnologia se torna um vetor de transformação real.

O setor tem apostado fortemente em soluções digitais escaláveis para o ensino de inglês. Só no Brasil, mais de 3,7 milhões de alunos da rede pública já foram impactados por programas que utilizam inteligência artificial, tutores virtuais e plataformas adaptativas para personalizar a experiência de aprendizagem.

A personalização é a chave. Diferentes plataformas permitem que alunos aprendam no seu próprio ritmo, com conteúdos contextualizados, trilhas de progresso automatizadas e simulações de situações do mundo real — como entrevistas de emprego ou apresentações acadêmicas.

Mas a tecnologia por si só não resolve. Ela precisa ser aplicada com intencionalidade pedagógica e integrada à rotina das escolas. O papel do professor é insubstituível: ele é o mediador, o mentor, o conector entre a tecnologia e a aprendizagem significativa. Por isso, capacitamos também milhares de educadores para que atuem como protagonistas da inovação em sala de aula.

Essa abordagem já está em curso em diversos estados brasileiros e países vizinhos. Governos e secretarias de educação que apostam em soluções como essa conseguem escalar impacto, reduzir desigualdades e melhorar resultados — sem comprometer a qualidade.

Capacitar professores é fundamental. Além disso, aprender inglês desde cedo faz a diferença. (Imagem: Rido/Shutterstock)

Investir para colher frutos

Investir em inglês digital nas escolas públicas é mais do que uma estratégia educacional. É um compromisso com o futuro. É garantir que um jovem de uma cidade do interior do Maranhão ou de uma escola pública em Bogotá tenha acesso às mesmas ferramentas que um estudante de Londres ou Nova York. É transformar o inglês de barreira em ponte — para o conhecimento, para o trabalho e para o mundo.

Neste Dia Mundial da Educação, fica o convite para que olhemos para a tecnologia com propósito e para a educação com coragem. O futuro será construído por aqueles que tiverem acesso às ferramentas certas — e nós temos a responsabilidade de garantir que elas cheguem a todos.

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Google restabelece conversor de moedas após quatro meses

O Google reintroduziu seu painel de conversão de moedas para o real na quinta-feira (24), após quatro meses de suspensão. A ferramenta havia sido removida em dezembro de 2024 após exibir cotações incorretas do dólar, que geraram polêmica e até intervenção da Advocacia-Geral da União (AGU).

Em nota oficial, a empresa explicou que implementou “ajustes significativos e salvaguardas adicionais” para garantir a precisão das informações. Entre as principais mudanças está o bloqueio de atualizações de dados em fins de semana e feriados, período em que o mercado financeiro doméstico permanece fechado. Além disso, o Google, agora, torna mais evidente a fonte dos dados financeiros exibidos.

“O Google está comprometido em oferecer informações precisas e confiáveis. Em dezembro do ano passado, removemos da Busca o nosso painel de conversão de moedas para o real por conta de dificuldades com nosso provedor de dados terceirizado“, afirmou a empresa.

Ferramenta foi reintroduzida pela gigante do Vale do Silício na quinta-feira (24) (Imagem: Reprodução)

Barra de conversão financeira do Google: histórico de problemas

  • A suspensão ocorreu após uma série de erros na exibição de cotações;
  • O incidente mais grave aconteceu em 25 de dezembro, durante o feriado de Natal, quando o conversor do Google mostrou o dólar a R$ 6,38 — aproximadamente R$ 0,23 acima do valor oficial registrado no último dia útil, quando a cotação estava em R$ 6,15;
  • A discrepância levou a AGU a pedir esclarecimentos ao Banco Central (BC) e, até, a ameaçar entrar com ação contra o Google por possível manipulação do mercado financeiro;
  • Em resposta, o BC informou que não houve negociação de dólar naquele feriado, sendo a cotação oficial a do fechamento de 24 de dezembro, quando a taxa Ptax (taxa de referência para operações cambiais) ficou definida em R$ 6,1541;
  • Não foi um incidente isolado. Em 6 de novembro, um dia após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais estadunidenses, o painel do Google exibiu o dólar a R$ 6,14 no final da manhã, enquanto a moeda estava sendo negociada a aproximadamente R$ 5,70 naquele momento;
  • A Morningstar, empresa responsável por fornecer dados financeiros ao Google, admitiu o erro, atribuindo as discrepâncias à “imprecisão de um contribuidor“;
  • A companhia terceirizada afirmou, na ocasião, que estava trabalhando para evitar novos problemas.

Diante dos incidentes recorrentes, a AGU enviou ofício ao Google com recomendações para evitar o que chamou de “desordem informacional financeira“.

O documento ressaltou que instabilidades, como as ocorridas, poderiam gerar “decisões de investimento inadequadas e prejuízos materiais, além de comprometer os esforços institucionais de estabilização monetária e a confiança no sistema financeiro nacional”.

Entre as recomendações da AGU estava a indicação clara de que o BC é a fonte oficial para a Ptax no Brasil, bem como a adoção de medidas proativas para prevenir a desinformação econômica, incluindo contextualização e revisão dos processos de validação de informações financeiras.

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AGU pediu que ficasse claro aos usuários que o BC é a fonte oficial para a Ptax (Imagem: Rmcarvalho/iStock)

Novas medidas de segurança

Agora, o usuário pode verificar, com mais facilidade, a origem das informações exibidas. As taxas de câmbio continuam sendo fornecidas pela Morningstar, mas o Google implementou camadas adicionais de segurança para evitar novos erros.

Em teste realizado no fim da tarde de quinta-feira (24), o painel já exibia valores corretos e consistentes com as cotações oficiais, sugerindo que as novas medidas estão funcionando como planejado.

A empresa também disponibilizou uma página onde os usuários podem conferir as fontes utilizadas pelo Google para exibir diferentes gráficos do mercado financeiro, aumentando a transparência da ferramenta.

O caso ilustra como grandes plataformas digitais podem influenciar percepções sobre o mercado financeiro e ressalta a importância da precisão nas informações econômicas disponibilizadas ao público geral, especialmente em contexto de democratização do acesso a dados financeiros.

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Google pode revolucionar IA com computação quântica

Talvez você já tenha ouvido falar da computação quântica, que permite que problemas, que, em supercomputadores tradicionais, levariam anos e séculos para serem resolvidos, sejam solucionados em minutos. Um exemplo é a China, que anunciou, em março, seu próprio chip quântico. Nessa linha, o Google acaba de desenvolver sua própria versão, batizada de Willow.

Em laboratório secreto na Califórnia (EUA), cientistas estão desenvolvendo a próxima revolução tecnológica que pode dar empurrão sem precedentes à inteligência artificial (IA).

O Willow é um chip que utiliza a computação quântica para resolver problemas complexos de maneira muito mais rápida do que os computadores tradicionais. Ele pode processar grandes quantidades de dados de forma eficiente e com menos erros, abrindo novas possibilidades para a IA.

Filamentos de um computador quântico; tecnologia pode incrementar o desenvolvimento da IA (Imagem: Bartlomiej K. Wroblewski/Shutterstock)

Além disso, essa inovação pode trazer benefícios significativos para várias áreas, como medicina, ciência e indústria. Se o Willow alcançar seu potencial, ele poderá acelerar descobertas científicas e criar soluções para problemas que hoje parecem intransponíveis.

Willow: chave do Google para o futuro da IA

  • O Willow pode ser a oportunidade que o Google precisa para liderar a próxima era tecnológica;
  • Ele não só abre caminho para avanços na computação quântica, como, também, permite transformar pesquisas em oportunidades comerciais, especialmente à medida que a IA enfrenta escassez de dados de alta qualidade;
  • Com a limitação de dados para treinar modelos de IA, a computação quântica oferece uma solução: gerar novos e dados inéditos;
  • A tecnologia pode criar informações essenciais para impulsionar o progresso da IA, algo que é cada vez mais necessário para o desenvolvimento de modelos mais precisos e eficazes.

O Google vê nisso uma vantagem estratégica. Ao superar a barreira de dados, a tecnologia pode acelerar o desenvolvimento de IA mais avançada e colocar a empresa na vanguarda da revolução digital, conforme reportado pela CNBC.

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Computação quântica pode acelerar descobertas científicas

O Willow tem o potencial de transformar áreas, como a biotecnologia, como demonstrado pelo AlphaFold, modelo de IA que ajudou a mapear estruturas de proteínas. Criado pelo Google DeepMind, o AlphaFold foi premiado com o Nobel de Química de 2024.

Além disso, a computação quântica pode facilitar simulações e experimentos que, de outra forma, seriam inviáveis com a tecnologia atual. Ao permitir o processamento de variáveis extremamente complexas em tempo real, ela pode acelerar o desenvolvimento de novos medicamentos ou, até mesmo, prever comportamentos em sistemas naturais, como a dinâmica das proteínas no corpo humano.

Embora o Willow ainda esteja em estágios iniciais, o Google acredita que, em cinco anos, a computação quântica pode se tornar a solução prática para problemas científicos que os computadores clássicos não conseguem resolver. Para isso, a gigante do Vale do Silício precisará transformar essa inovação em oportunidade comercial significativa.

A computação quântica pode revolucionar a medicina, acelerando descobertas (Imagem: bpawesome/Shutterstock)

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No futuro, seu rosto pode ser sua passagem aérea

Embarque sem papel, sem fila e sem passaporte: no futuro próximo, seu rosto e celular podem ser tudo o que você vai precisar para voar. Um plano ousado da Organização das Nações Unidas (ONU) quer aposentar de vez os cartões de embarque e transformar o aeroporto inteiro em um grande scanner de reconhecimento facial.

Em vez de mostrar documentos e encarar filas, o passageiro do futuro vai baixar uma credencial digital no smartphone. O tal “passe de jornadase atualiza sozinho em caso de atrasos e permite circular por todo o aeroporto usando apenas o rosto.

Com oito bilhões de passageiros até 2040, digitalização e reconhecimento facial vão acelerar embarque (Imagem: Frame Stock Footage/Shutterstock)

É o que destaca o Euro News ao revelar os planos da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), ligada à ONU. A ideia é eliminar o check-in como conhecemos e reduzir custos, fraudes e até o tráfico de pessoas — tudo com a promessa de mais agilidade e segurança.

Aeroportos cheios, rostos escaneados

A pressão vem do céu — e dos números. Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês), o total de passageiros deve dobrar até 2040, chegando a oito bilhões por ano. Para dar conta desse volume sem travar os aeroportos, o setor aposta tudo na digitalização.

Países, como Finlândia e Singapura, já estão testando os sistemas biométricos. Em Amsterdã (Holanda), o aeroporto de Schiphol usa reconhecimento facial desde 2019 em voos selecionados. E a companhia aérea Ryanair prometeu eliminar o cartão de embarque em papel ainda este ano.

A tecnologia também mira a segurança. Ao usar dados únicos, como impressões faciais, o sistema reduz as chances de fraude de identidade. E, no embalo, pode ajudar a combater crimes como o tráfico humano, segundo a OACI, que define padrões para o setor aéreo.

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Privacidade na turbulência: nem todo mundo quer voar assim

  • Nem todo mundo embarcou nessa viagem digital: especialistas em privacidade alertam para os riscos de vigilância em massa e uso indevido de dados biométricos. O medo é que a mesma tecnologia que promete agilidade vire mais uma ferramenta de controle;
  • Empresas do setor, como a Amadeus, tentam acalmar os ânimos. Afirmam que os sistemas foram desenhados para apagar os dados do passageiro segundos após o uso — e que o processo inteiro seria opcional. Cada país pode decidir se adota ou não a nova credencial digital;
  • Enquanto isso, o cenário continua em transformação;
  • Se depender da tecnologia, o futuro das viagens será mais rápido, mais limpo e sem papel;
  • Mas, como em todo voo, é bom manter o cinto afivelado: a rota da inovação ainda passa por zonas de turbulência.
Especialistas alertam para uso indevido de dados biométricos, enquanto o setor promete opções e segurança para tranquilizar os passageiros (Imagem: Frame Stock Footage/Shutterstock)

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