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Casamento terminou mal: Musk e Trump trocam farpas e ameaças em redes sociais

A participação de Elon Musk no governo de Donald Trump teve fim na semana passada, com o bilionário saindo do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). Mas o término não foi muito amigável: nesta quinta-feira (05), Trump e Musk começaram a trocar farpas públicas, com direito a ofensas e ameaças.

Após afirmar que o bilionário “ficou louco”, o presidente dos Estados Unidos ameaçou cortar os subsídios e contratos governamentais com as empresas de Musk. Já o executivo reagiu com uma série de publicações no X, acusando Trump de envolvimento em um escândalo sexual.

Entenda a história completa da briga.

Término amigável não durou muito (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

Musk e Trump: de aliados a inimigos

Antes mesmo de anunciar sua saída do DOGE, Elon Musk já havia criticado o pacote de tarifas implementado por Donald Trump, o que foi considerado um rompimento com o governo. Musk também estava pressionado por não atender as expectativas à frente do departamento e para voltar ao comando de suas próprias empresas, como Tesla e SpaceX. Isso culminou na demissão.

Na ocasião, Trump elogiou o bilionário, inclusive inflando suas conquistas no DOGE e dando a entender que eles continuariam aliados pessoais.

Não durou muito: em um encontro com o chanceler alemão Friedrich Merz na Casa Branca nesta quinta-feira, o republicano se disse decepcionado com Musk por causa das críticas ao projeto de lei orçamentária tramitando no Congresso. O presidente afirmou que o executivo já sabia sobre o projeto e que não sabe se, daqui para frente, eles continuarão tendo uma boa relação “como antes”.

O bilionário respondeu em publicação no X. Ele negou que sabia sobre o projeto e afirmou que o presidente estava sendo ingrato. “Sem mim, Trump teria perdido a eleição”, escreveu.

Trump, novamente, retrucou. Ele escreveu que Musk “ficou louco” e que demitiu o aliado porque ele estava o “irritando”. Além disso, disse que acabou com o “Mandato dos Carros Elétricos”, expressão usada pelo republicano para se referir de forma pejorativa às políticas de eletrificação na indústria automotiva.

O presidente ainda terminou com uma ameaça: Trump escreveu que o jeito mais fácil de economizar bilhões de dólares de orçamento era cortar os subsídios e contratos governamentais com as empresas de Elon Musk (a Tesla, por exemplo).

Não acabou aí: Musk replicou mais uma vez dizendo que Donald Trump estava envolvido no escândalo sexual envolvendo Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual nos anos 2000.

Matéria em atualização

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CEO do Google não vê IA roubando empregos dos humanos

Durante uma entrevista à Bloomberg em São Francisco, o CEO da Alphabet (controladora do Google), Sundar Pichai, minimizou preocupações de que a inteligência artificial possa tornar redundante metade da força de trabalho da empresa, hoje com cerca de 180 mil pessoas.

Segundo ele, a IA deve ser vista como um “acelerador”, que aumenta a produtividade dos engenheiros ao automatizar tarefas repetitivas, permitindo foco em projetos mais impactantes.

Em vez de substituir empregos, a tecnologia deve impulsionar a criação de novos produtos e ampliar a demanda por profissionais.

Pichai alega que a IA deve ser vista como uma ferramenta para melhorar nossa produtividade, não para substituir nossa força de trabalho – Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock

Alphabet realizou demissões nos últimos anos

  • Pichai afirmou que espera continuar expandindo a equipe até pelo menos 2026, destacando o compromisso da Alphabet com o crescimento.
  • Nos últimos anos, no entanto, a empresa realizou demissões significativas — incluindo 12 mil cortes em 2023 e mais de mil em 2024.
  • Em 2025, os cortes têm sido mais pontuais, afetando setores como nuvem e dispositivos.
Logos de Google e Alphabet
Alphabet, dona do Google, cortou empregos nos últimos anos – Imagem: Markus Mainka/Shutterstock

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O executivo citou áreas promissoras como os carros autônomos da Waymo, os avanços em computação quântica e o crescimento do YouTube, que na Índia já soma 100 milhões de canais e 15 mil com mais de 1 milhão de inscritos.

Embora otimista quanto ao futuro da IA, Pichai reconheceu os receios sobre perda de empregos e disse que o debate é legítimo. Sobre a possibilidade de atingir uma inteligência artificial geral, ele se mostrou cauteloso: “Acho que ninguém pode afirmar com certeza.”

CEO do Google, Sundar Pichai, durante evento
Otimista, Sundar Pichai defendeu uso da inteligência artificial (Imagem: photosince/Shutterstock)

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Por que a tela do celular de Trump viralizou?

Podemos dizer que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma figura, no mínimo, polêmica. As decisões dele costumam repercutir (e muito), ainda mais com toda a visibilidade e importância de quem comanda a Casa Branca.

Mas até mesmo questões menos importantes ligadas ao republicano, e que não afetam diretamente a vida das pessoas, tem dado o que falar. O exemplo mais recente é a escolha da imagem da tela de celular de Trump.

Imagem dividiu opiniões

A repercussão sobre o assunto começou na última sexta-feira (30), logo após Trump sair do avião presidencial norte-americano. Ele segurava o seu telefone enquanto acenava para os fotógrafos, mostrando involuntariamente sua tela de bloqueio.

Desde então, a imagem se tornou viral nas rede sociais, com muitas pessoas analisando o que significa a escolha do presidente dos EUA. Para alguns, é sinônimo de força e poder, enquanto outros condenaram o republicano.

Tela de bloqueio do celular de Trump (Imagem: reprodução/redes sociais)

Mas, afinal, qual a imagem da tela de bloqueio do celular de Trump? Acertou quem pensou na foto do próprio presidente. Na verdade, ela mostra o republicano apontando o dedo para frente, uma clara referência a uma das imagens mais famosas dos Estados Unidos.

Estamos falando do Tio Sam, que representa a personificação nacional dos Estados Unidos. A imagem foi usada como uma jogada de marketing para o recrutamento de soldados para a Primeira Guerra Mundial. As informações são do portal Euronews.

Foto de Trump é uma clara referência ao Tio Sam, um dos maiores símbolos nacionais dos EUA (Imagem: Rawpixel.com/Shutterstock)

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Republicano costuma causar polêmicas (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Fotos de Trump já causaram outras polêmicas

  • Esta não é a primeira vez que a tela de bloqueio do telefone de Trump gera polêmica.
  • Em 2023, a mesma imagem foi exibida por Trump enquanto ele jogava golfe.
  • No ano seguinte, o republicano voltou a ser assunto após mostrar uma foto dele que parecia ter sido tirada a bordo do avião presidencial dos EUA.
  • Estes casos mostram que, mesmo em assuntos de menor importância, o presidente dos Estados Unidos divide opiniões; com muitos defendendo ele a todo o custo, enquanto outros criticam Trump a cada oportunidade.

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Como funciona o 1º exoesqueleto do mundo com IA e ‘memória muscular’

A German Bionic lançou o que diz ser o primeiro exoesqueleto para humanos do mundo com inteligência artificial (IA) aumentada. Chamado de Exia, seu diferencial é a capacidade de aprender e se adaptar aos movimentos do usuário na hora de ajudá-lo a carregar peso, segundo a empresa.

O equipamento pesa sete quilos e oferece assistência para até 38 quilos. Na prática, ele faz com que um item de 30 quilos, por exemplo, pareça pesar cinco quilos para o usuário. Pelo menos, é o que afirma a German Bionic.

Exoesqueleto pode parecer pesado, mas faz usuário se sentir ‘forte, alto e capaz’, diz CPO

O CPO da empresa, Norma Steller, reconhece que o Exia pode parecer “estranho e pesado no início”. Mas, após ativá-lo, “você se sente forte, alto e capaz”, disse o executivo ao The Next Web.

Exia pode parecer “estranho e pesado no início” – afinal, é como se fosse uma mochila de sete quilos (Imagem: Divulgação/German Bionic)

Como o exoesqueleto da German Bionic funciona

  • Vestir: usuário coloca como se fosse mochila;
  • Detecção: sensores identificam movimentos (levantar, caminhar, curvar);
  • Ativação: motor de elevação adaptativo entra em ação automaticamente;
  • Assistência: sistema amplifica força e apoia movimentos;
  • Recarga: acoplamento para recarregar bateria no fim do turno.

Entre as funcionalidade adicionais do exoesqueleto da German Bionic, estão:

  • Coleta de dados sobre movimentos;
  • Identificação de comportamentos que aumentam risco de lesão;
  • Monitoramento de repetição excessiva;
  • Detecção de movimentos inadequados de levantamento/torção.
Montagem com exoesqueleto Exia, da German Bionic, feito para humanos
Exoesqueleto da German Bionic tem motor de elevação adaptativo que entra em ação automaticamente (Imagem: Divulgação/German Bionic)

O Exia pode ser útil para trabalhadores de setores como logística e construção civil. Atualmente, o exoesqueleto está disponível na América do Norte, Europa e Reino Unido. Seu preço varia conforme requisitos, quantidade e dados desejados, informou a empresa.

CEO considera Exia um ‘avanço’ para aprimoramento humano por meio da tecnologia

“O Exia não apenas responde ou mesmo apenas pensa – ele realmente aprende“, disse Armin G. Schmidt, CEO e cofundador da German Bionic. Isso é um “avanço” – palavra do CEO – do aprimoramento tecnológico para humanos.

  • O que esses palavrões significam juntos: pessoas usando tecnologia para aprimorar ou estender suas habilidades físicas ou cognitivas (é o que Tony Stark faz no universo da Marvel, por exemplo).
Homem de costas usando o exoesqueleto Exia, da German Bionic, manuseando um item numa esteira
Exia aprende e antecipa movimentos do usuário graças à IA numa espécie de memória muscular (Imagem: Divulgação/German Bionic)

Como o exoesqueleto “aprende”? Por meio de IA aumentada, tipo projetado para aprimorar a inteligência humana. É uma espécie de memória muscular para máquinas. O equipamento aprende e antecipa movimentos do usuário.

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Outras opções no mercado

A German Bionic não é a única empresa a desenvolver um exoesqueleto para humanos. Entre outras companhias que oferecem produtos parecidos, estão:

  • Ekso Bionics (EUA): exoesqueleto para construção (foco em ombros);
  • Marsi Bionics (Espanha): exoesqueleto para crianças com doenças neuromusculares;
  • Wundercraft (França): exoesqueleto para recuperação de lesões da medula.

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Amazon quer usar robôs humanoides para fazer entregas

A Amazon tem investido pesado para aperfeiçoar o seu sistema de entregas. Vários testes foram realizados nos últimos anos e, em algumas cidades dos Estados Unidos, drones já estão sendo utilizados para levar as mais diversas mercadorias até os compradores.

A empresa, no entanto, não está satisfeita e mira no futuro. O próximo objetivo é usar robôs humanoides para substituir entregadores humanos. Para isso, a gigante da tecnologia está usando a inteligência artificial.

Ideia é substituir os entregadores humanos por máquinas (Imagem: No-Mad/Shutterstock)

Robôs serão utilizados em todas as operações da Amazon

  • De acordo com reportagem da The Verge, a Amazon está finalizando a construção de uma espécie de pista com obstáculos.
  • O local fica em um dos escritórios da empresa em São Francisco e será usado como base de testes para as habilidades dos robôs.
  • O objetivo é simular alguns desafios que podem ser encontrados pelas máquinas na vida real.
  • A big tech acredita que os robôs e a IA devem acelerar as operações logísticas, do estoque até a entrega final de produtos.

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Novo sistema de IA será usado para treinar os “entregadores” (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Objetivo é criar entregadores “flexíveis”

O novo software de IA desenvolvido pela Amazon permitirá que os robôs humanoides operem como entregadores de pacotes que serão transportados em vans elétricas da Rivian. A expectativa é que em breve as máquinas estejam prontas para serem testadas.

Segundo a reportagem, a pista de obstáculos supostamente contém uma van. A ideia é que os robôs humanoides sejam capazes de pegar carona na parte deste veículo e saiam para realizar as entregas dos produtos.

Empresa já utiliza o robô humanoide Digit em seus armazéns (Imagem: divulgação/Amazon)

Simultaneamente, a empresa criou uma nova equipe de inteligência artificial para ajudar a desenvolver tecnologias que alimentarão os robôs. Em comunicado recente, a companhia disse que busca criar sistemas que podem ouvir, entender e agir de acordo com comandos de linguagem natural, transformando robôs de armazém em assistentes flexíveis e capazes de realizar as mais diversas tarefas.

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Como a IA pode mudar o Enem em breve

A inteligência artificial já é utilizada por diversos países no setor da educação. No Brasil, entretanto, o uso da ferramenta ainda é limitado, um cenário que deve mudar em breve, de acordo com o ministro da educação, Camilo Santana.

Em entrevista à Rádio Eldorado nesta semana, o responsável pela pasta afirmou que a IA poderá ser usada para corrigir as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no futuro. Apesar de não descartar a possibilidade, ele não citou nenhuma previsão de quando isso pode acontecer.

Provas podem ser corrigidas pela IA no futuro (Imagem: Brenda Rocha – Blossom/Shutterstock)

Ferramentas de IA podem ser usadas na educação

Atualmente, as 180 questões de múltipla escolha são já corrigidas usando uma tecnologia que lê o cartão resposta com o gabarito. As redações, no entanto, ainda são avaliadas por professores. As notas variam de zero a mil.

Segundo Camilo Santana, não há mais como deixar a inteligência artificial de lado. Ele destacou que a ferramenta poderá ser amplamente utilizada nos próximos anos. Isso pode indicar que até mesmo o processo de elaboração das provas use a tecnologia.

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Governo quer garantir que todos os alunos tenham acesso à IA (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

O ministro da educação ainda destacou que o MEC vai lançar neste ano um aplicativo que já usa IA para que os estudantes possam estudar para o Enem. A ferramenta será capaz de tirar dúvidas dos alunos, por exemplo. Além disso, a pasta tem discutido com o Conselho Nacional de Educação (CNE) novas diretrizes curriculares que incluam a inteligência artificial. O objetivo é que todos os estudantes tenham acesso à tecnologia.

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Prazo para as inscrições do Enem estão acabando (Imagem: Julio Ricco/Shutterstock)

Provas acontecem em novembro

  • As inscrições para o Enem terminam nesta sexta-feira (6).
  • As provas serão realizadas nos dias 9 e 16 de novembro.
  • Para quem não tem isenção, a inscrição custa R$ 85,00.
  • Pela primeira vez, neste ano, alunos do 3º ano do ensino médio da rede pública estão automaticamente pré-inscritos.
  • Nestes casos, é necessário apenas validar a inscrição no site do MEC.
  • A prova também vai voltar a valer como certificação para quem ainda não concluiu o ensino médio.

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IA japonesa usa princípios de Darwin para melhorar e evoluir; entenda

A startup japonesa Sakana AI apresentou, recentemente, um conceito de inteligência artificial (IA) que acelera a chegada da “explosão de inteligência”: o Darwin Girdle Machine (DGM), que, a partir de testes empíricos, consegue melhorar seu próprio código, aplicando uma espécie de teoria da seleção natural, de Charles Darwin.

Como funciona a “IA Darwinista”

  • Para passar por esse “processo de seleção natural”, ela utiliza uma linguagem de modelo grande (LLM, na sigla em inglês);
  • No teste em questão, foi usado o Claude 3.5 Sonnet, da Anthropic;
  • A seguir, ela executa mutações no ambiente de execução e propõe mudanças em seu código e os valida em benchmarks de programação, como Swebench e Ader Polyglot;
  • Após cada iteração, a IA armazena as versões bem-sucedidas em arquivo evolutivo. Esse arquivo funciona como um repositório de soluções úteis para as próximas gerações;
  • Após 80 ciclos de autogerenciamento, a IA obteve o mais que o dobro de desempenho no Swebench, indo de 20% para 50%. Já no Polyglot, foi de 14% para 38%.

Esses ganhos, segundo a empresa, foram conquistados pela “IA Darwiniana” sem mudança em seu modelo original. Essa melhoria toda veio por meio da evolução de ferramentas, fluxos de trabalhos e comandos de texto, mantendo a estrutura interna intacta.

Sistema Darwiniano quebra o padrão aceito desde 2007 (Imagem: Sakana AI)

Rompendo com o pensamento tradicional

O sistema DGM da Sakana AI quebra uma “tradição” proposta em 2007, as Gödel Machines. Elas exigem provas formais de que cada automodificação será algo positivo. Mas a nova IA japonesa valida cada alteração de forma empírica, algo mais visível na prática.

A DGM, para não sofrer com comportamento não intencional, opera em ambientes isolados, tendo tempo de execução finito e disponibilizando o rastreamento de todas as modificações.

Apesar de todo o cuidado, a Sakana AI afirma que a IA já tentou burlar as regras internas visando melhor desempenho em seus testes.

A empresa também sugere que, para a maioria dos usos, as IAs atuais já são poderosas o bastante, mas que há um gargalo na automação e aprimoramento das estruturas que as circundam.

Por isso, para a Sakana AI, aplicar essa evolução também à arquitetura central das LLMs seria um grande passo para alcançarmos a inteligência artificial verdadeiramente autônoma.

Apresentação conceitual do DGM
Esquema detalha funcionamento do DGM (Imagem: Sakana AI)

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Especialistas estão temerosos

Como tudo dentro do universo das IAs, o DGM também pode não ser 100% confiável e levanta preocupações entre os especialistas.

Eles apontam para o risco de haver “reward hacking“, quando o sistema busca burlar os parâmetros visando maximizar recompensas sem atingir seus objetivos.

Nos testes, a IA japonesa demonstrou traços deste tipo de comportamento, como remoção de marcadores internos responsáveis pela detecção de alucinações e simulação de sucesso no objetivo sem resolução das demais tarefas.

Ao Olhar Digital, o físico e colunista do Olhar Digital News, Roberto “Pena” Spinelli, acredita que estarmos diante de uma inovação fascinante e preocupante e explicou melhor o sistema dentro do universo da tecnologia.

“Você tem o modelo base, modelo pai, que vai tentar fazer uma certa tarefa. Qual é essa tarefa? Tanto faz, a tarefa que eles quiserem, é um benchmark que eles rodam. Então, pode ser fazer conta bem, gerar um código novo, responder perguntas”, exemplifica.

“Você gera a tarefa que você quer e ele vai pontuar nessa tarefa. Foi lá, fez 50 pontos na tarefa. Beleza? Agora ele vai gerar um filho. O que é isso? Vai ser um novo código que uma outra vai pegar e vai falar: ‘Eu vou alterar algumas coisas desse código e vai ser meio aleatório.’ Altera o que for, tá gerando a mutação. Esse novo filho vai tentar fazer a mesma tarefa e, de repente, vai ter um score pior. Fez 40 pontos, joga fora. O filho é pior que o pai, não nos interessa. Gera um novo filho. Se esse filho for melhor do que o pai, gera uma linhagem. Fica o filho, o pai vai embora. E, agora, esse filho pode ter mais filhos. E esse processo vai sendo sozinho”, continua.

Tabelas comparando os resultados dos benchmarks
Em ambos os testes de benchmark, a IA japonesa obteve melhoras após realizar a seleção natural (Imagem: Sakana AI)

Para Spinelli, “embora já se conhecia esse algoritmo evolucionário evolutivo há muito tempo, não é uma novidade por si só. A novidade foi como aplicar ele usando as IAs de hoje, porque não é muito simples aplicar em qualquer tecnologia”.

Assim como outros especialistas, Pena exacerba preocupação com o DGM. “Será que, no meio desse processo de automelhoria, não pode vir algum comportamento que a gente não está vendo? Ninguém está supervisionando isso. Aí vem a parte da preocupação”, diz.

“No momento que a IA começa a gerar o próprio código melhorando, você tem uma explosão de inteligência, não precisa mais ter humano no meio. Mas a preocupação é por não ter humano no meio. Será que isso vai ser bom?”, questiona.

Ele defende a criação de um órgão regulador e fiscalizador e a garantia de governança “para nenhum modelo desse poder sair de graça, sair livre“.

O artigo que explica o DGM está disponível no servidor de pré-impressão ArXiv e, seu código, no GitHub.

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Reddit processa Anthropic por uso ilegal de dados em treinamento de IA

O Reddit entrou com uma ação judicial contra a Anthropic, criadora do chatbot Claude, acusando-a de utilizar, sem permissão, grandes volumes de dados da plataforma para treinar sistemas de inteligência artificial.

Segundo o processo, a Anthropic começou a acessar conteúdo do Reddit em 2021, mesmo após alertas e solicitações formais para interromper esse uso. A denúncia inclui inclusive uma captura de tela na qual o próprio Claude parece reconhecer que foi treinado com dados da rede.

Anthropic é acusada de explorar ilegalmente o conteúdo do Reddit para lucrar com IA (Imagem: gguy/Shutterstock)

O que está na ação judicial

  • A empresa afirma que a Anthropic violou seus termos de uso ao acessar, por meio de bots automatizados, os dados do site mais de 100 mil vezes.
  • O Reddit classificou a conduta como um “esforço contínuo para extrair valor” da plataforma “ignorando os limites legais e éticos”.
  • A disputa acontece num momento em que o Reddit busca monetizar seus vastos arquivos de discussões públicas.
  • A empresa já firmou acordos de licenciamento com gigantes como Google e OpenAI, e seu CEO, Steve Huffman, tem criticado publicamente empresas de IA que recorrem ao scraping não autorizado.
Empresa acusa desenvolvedora do chatbot Claude de coletar conteúdo sem autorização – Imagem: gguy/Shutterstock

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Anthropic responde

O Reddit alega ainda que a Anthropic se recusou a negociar um acordo de licenciamento e falhou em excluir dados de postagens apagadas, violando a privacidade dos usuários. Para a empresa, há uma contradição entre o discurso público da Anthropic — de respeito às normas legais — e sua conduta real.

Em nota oficial, a Anthropic afirmou que “discorda das alegações” e pretende se “defender vigorosamente” no processo.

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Ação judicial afirma que Anthropic usou dados sem licença, ignorando alertas e pedidos formais – Imagem: Poetra.RH/Shutterstock

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STF retoma julgamento de responsabilidade das plataformas digitais sobre conteúdos

O Supremo Tribunal Federal (STF) reiniciou, nesta quarta-feira (4), o julgamento que define se as plataformas digitais têm responsabilidade sobre os conteúdos publicados por seus usuários.

A sessão foi interrompida em dezembro do ano passado e três ministros tinham votado até então: Dias Toffoli, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. O trio defende a responsabilização das mídias sociais.

Votação versa sobre a validade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

A votação versa sobre a validade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet, que exige ordem judicial prévia e específica de excluir conteúdos para a responsabilização civil de redes sociais por danos ocasionados por atos ilícitos dos usuários. Os ministros que já votaram divergem sobre a exigência de ordem judicial.

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STF está perto de concluir o julgamento sobre as redes sociais?

  • O julgamento recomeçou com Toffoli afirmando que o julgamento da Corte não quer censurar ou acolher a liberdade de expressão, mas, sim, analisar se como a responsabilidade é feita hoje é constitucional;
  • “Aqui não se trata de nenhum julgamento que se trata sobre censura ou acolher a liberdade de expressão. O que estamos aqui a discutir é que se o Artigo 19 – que estabelece que a responsabilização por dano só surge se houver um descumprimento de decisão judicial – é compatível com a Constituição ou não”, disse;
  • E prosseguiu: “Sempre haverá polarização de ideias em democracia. Porém, a polarização deve ser entre ideias contrapostas, não pode ser entre os que agem de boa-fé e má-fé. O Judiciário não está legislando e muito menos regulando em caráter geral, abstrato e definitivo as plataformas digitais”;
  • O ministro entende que o Marco Civil da Internet trouxe “cláusula legal” para isentar plataformas de suas responsabilidade no período entre o período da postagem e da deliberação judicial.

A seguir, o ministro Luís Roberto Barroso aumentou o coro ao dizer que não há defesa da liberdade de expressão e nem da censura. “O judiciário não está legislando e muito menos regulando em caráter geral, abstrato e definitivo as plataformas”, afirmou.

Luís Roberto Barroso, presidente do STF
Luís Roberto Barroso, presidente do STF, entende que é dever do Supremo atuar em casos que chegam ao Judiciário visando definir critérios para sua resolução (Imagem: Focus Pix/Shutterstock)

Barroso entende que é dever do Supremo atuar em casos que chegam ao Judiciário visando definir critérios para sua resolução. “Estabelecer os critérios que vão reger os casos que vão chegar no Judiciário é nosso dever e nada tem de invasão a competência de outros poderes e muito menos tem relação com censura, estamos discutindo responsabilidade civil”, disse.

No momento, quem vota é o ministro André Mendonça, que já disse que seu voto irá tomar o resto da sessão desta quarta-feira (4) e a de quinta-feira (5).

Google se manifesta

Ainda nesta quarta-feira (4), o Google se posicionou publicamente sobre o tema. A big tech se mostrou favorável ao Marco Civil da Internet e contesta que o STF o revise, podendo levar à ampliação da responsabilidade das gigantes de tecnologia sobre os posts de seus usuários.

Diz o Google: “Abolir regras que separam a responsabilidade civil das plataformas e dos usuários não contribuirá para o fim da circulação de conteúdos indesejados na internet.” “O Marco Civil da Internet pode e deve ser aprimorado, desde que se estabeleçam garantias procedimentais e critérios que evitem insegurança jurídica e a remoção indiscriminada de conteúdo”, prossegue, em nota.

“O Google remove, com eficiência e em larga escala, conteúdos em violação às regras de cada uma de suas plataformas” e “são centenas de milhões de conteúdos removidos por ano pela própria empresa, em linha com as regras públicas de cada produto”, continua o Google no texto.

Logo do Google atrás borrado e, à frente, em um smartphone
Google se posicionou contra a medida (Imagem: One Artist/Shutterstock)

Por fim, pontua que, “entretanto, boas práticas de moderação de conteúdo por empresas privadas são incapazes de lidar com todos os conteúdos controversos, na variedade e profundidade com que eles se apresentam na internet, refletindo a complexidade da própria sociedade. A atuação judicial nesses casos é um dos pontos mais importantes do Marco Civil da Internet, que reconhece a atribuição do Poder Judiciário para atuar nessas situações e traçar a fronteira entre discursos ilícitos e críticas legítimas”.

Matéria em atualização

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IA da Anthropic tem seu próprio blog – e escreve para ele

A Anthropic estreou discretamente o Claude Explains, um blog em seu site com textos gerados principalmente por sua IA, Claude. A página reúne explicações técnicas sobre usos do modelo — como análise de dados ou escrita de código — e serve como vitrine para suas capacidades linguísticas.

Apesar de parecer inteiramente escrito por IA, o conteúdo passa por revisão e complementação de especialistas humanos, segundo a empresa. O processo editorial inclui ajustes, exemplos práticos e verificações contextuais, refletindo uma proposta de colaboração entre humanos e IA.

Claude agora é blogueiro: IA da Anthropic estreia página de conteúdos explicativos – Imagem: Robert Way / Shutterstock

Colaboração entre humanos e IA

A Anthropic diz ver o blog como uma “demonstração de como a inteligência artificial pode ampliar a atuação de especialistas”, prometendo abordar temas que vão da escrita criativa à estratégia de negócios.

“De uma perspectiva técnica, o Claude Explains demonstra uma abordagem colaborativa em que o Claude cria conteúdo educacional, e nossa equipe o revisa, refina e aprimora”, diz a startup.

Com textos revisados por editores, blog foca em demonstrar potencial da IA – Imagem: Anthropic

Leia mais:

Textos de IA viram tendência – mas geram críticas

  • O lançamento acontece em meio a uma onda de experimentos com IA no setor de conteúdo.
  • OpenAI, Meta e diversos veículos de mídia — como Bloomberg, Business Insider e Gannett — vêm adotando ferramentas de IA para gerar textos e resumos.
  • Muitos desses testes, porém, enfrentaram críticas por imprecisões, erros factuais e resistência editorial.

Apesar de investir na automação de conteúdo, a Anthropic afirma que segue contratando profissionais nas áreas de marketing e redação. A promessa, segundo a empresa, é usar IA como aliada, não substituta.

Site do Claude
Em um modelo que a Anthropic definiu como colaborativo, Claude gera rascunhos para o blog e humanos revisam (Imagem: Patrickx007/Shutterstock)

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