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Google paga caro para ter Gemini de fábrica nos celulares da Samsung

Um novo capítulo no cenário da inteligência artificial veio à tona durante o aguardado julgamento antitruste contra o Google. Depoimentos recentes revelaram que a gigante da tecnologia desembolsa mensalmente uma quantia significativa para a Samsung, visando garantir a pré-instalação do seu assistente de IA, o Gemini, nos populares smartphones da linha Galaxy.

A informação, divulgada pela Bloomberg, ecoou no mundo da tecnologia, levantando questionamentos sobre as práticas de mercado e a influência das grandes empresas no ecossistema mobile.

Como o Google remunera a Samsung pelo Gemini

Segundo o depoimento de Peter Fitzgerald, vice-presidente de plataformas e parcerias de dispositivos do Google, a colaboração financeira com a Samsung começou em janeiro, amparada por um contrato de dois anos.

Este acordo estipula pagamentos mensais fixos por cada dispositivo Galaxy que venha de fábrica com o Gemini integrado. Embora o valor exato dessas transações financeiras não tenha sido tornado público, Fitzgerald indicou que uma parcela da receita gerada pelos anúncios veiculados no aplicativo é destinada a remunerar a Samsung por essa estratégica parceria.

Revelação reacende o debate sobre a legalidade e a ética de tais acordos, especialmente no contexto de alegações de práticas monopolistas que o Google enfrenta nos Estados Unidos. (Imagem: Gguy/Shutterstock)

A justiça americana considera esse tipo de prática potencialmente ilegal, e o acordo com a Samsung para a pré-instalação do Gemini pode se tornar mais um ponto de controvérsia no processo antitruste em andamento.

O que diz o Google

Em resposta às acusações, o Google, por meio de sua vice-presidente de assuntos regulatórios, Lee-Anne Mulholland, divulgou um comunicado defendendo suas práticas.

A empresa argumenta que o processo movido pelo DOJ (Departamento de Justiça dos Estados Unidos) em 2020 se refere a um período de intensa competição e inovação, citando o surgimento de novos serviços de IA, como o ChatGPT, e concorrentes internacionais como o DeepSeek. A nota classifica as propostas de reparação como “desnecessárias e prejudiciais”.

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Apesar da defesa do Google, o caso levanta discussões sobre o impacto dessas parcerias no mercado de tecnologia e na experiência do consumidor. A garantia de ter o Gemini pré-instalado em milhões de dispositivos Galaxy representa uma vantagem significativa para o Google na disseminação da sua inteligência artificial, potencialmente em detrimento de outras soluções concorrentes.

Vale lembrar que a empresa já havia sido acusada de violar leis antitruste por pagamentos a Samsung e Apple relacionados ao seu buscador. As consequências para o Google neste novo processo ainda são incertas e dependem do desenrolar do julgamento.

Uma das possíveis sanções é a exigência de que o Google realize mudanças estruturais, chegando até mesmo à possibilidade de venda do seu popular navegador Chrome. No entanto, o juiz responsável pela decisão ainda ouvirá todos os depoimentos antes de determinar quais medidas a empresa terá que implementar caso seja considerada culpada das condutas apontadas.

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Mais da metade dos robôs do mundo deve sair de um único lugar

Um relatório recente divulgado pela Leaderobot aponta que a China está vencendo a corrida robótica. O país deve dominar mais de 50% da produção mundial de robôs humanoides em 2025, avançando em um setor considerado estratégico.

De acordo com o trabalho, Pequim produzirá mais de 10 mil unidades até o final deste ano. As vendas no período totalizarão US$ 1,14 bilhão (mais de R$ 6,5 bilhões), um sinal de que a indústria está cada vez mais viável.

China aposta no aumento da demanda de robôs

  • O levantamento destaca que a indústria de robôs humanoides chinesa pode avançar de forma semelhante ao mercado de veículos elétricos, que já é dominado por Pequim.
  • Um exemplo recente desse avanço ocorreu em março deste ano.
  • Na oportunidade, a UBTech Robotics anunciou que 20 humanoides serão utilizados em atividades industriais ainda no primeiro semestre de 2025.
  • Isso abre caminho para uma cada vez maior utilização da tecnologia no cotidiano, além de potencializar a demanda por novos equipamentos.
  • O relatório ainda projeta que o mercado chinês atingirá 103,8 bilhões de yuans (cerca de R$ 80 bilhões) até 2030, capturando quase 45% do mercado global.
China tem aumentado investimentos na área da robótica (Imagem: Zafer Kurt/Shutterstock)

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Avanços em IA são fundamentais

Em fevereiro deste ano, o governo da China anunciou o lançamento do Plano de Ação para Inovação Científica e Cultivo Industrial de Inteligência Incorporada.

O objetivo é investir pesado no desenvolvimento de produtos altamente tecnológicos, entre eles os robôs humanoides.

O que Pequim quer é se transformar na grande potência tecnológica mundial até 2027. Para isso, os chineses têm buscado cada vez mais desenvolver produtos de hardware e software de primeira ponta, diminuindo também a dependência do Ocidente.

Cérebro com os dizeres "AI" dentro
China busca liderança global no setor de IA (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Os robôs humanoides estão sendo posicionados para atender às necessidades humanas e impulsionar a eficiência empresarial. Ao mesmo tempo, os países estão competindo pela liderança em tecnologias de próxima geração, e a inteligência artificial (IA) e a robótica estão no centro dessa concorrência.

Wang Tianmiao, diretor de robótica da Universidade de Beihang

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China estaria planejando exército de soldados geneticamente modificados com IA

Os Estados Unidos estão preocupados com a capacidade bélica e tecnológica da China. Um relatório da Comissão de Segurança Nacional dos EUA sobre Biotecnologia Emergente cita a possibilidade dos chineses estarem desenvolvendo um exército de soldados geneticamente modificados.

Esses ‘supersoldados’ contariam com decisões orientadas por inteligência artificial e devem integrar um exército de classe mundial até 2049.

O relatório ainda alerta para as consequências futuras desse plano e traz estratégias para impedi-lo.

Relatório elaborado pelos EUA pede urgência na ação contra a China (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

Exército de supersoldados da China combina tecnologia e segurança nacional

De acordo com o site Interesting Engineering, o relatório da Comissão de Segurança Nacional foi entregue ao Congresso dos EUA após dois anos de análise. Ele pede ação urgente a nível nacional.

O documento analisou a abordagem da China no que diz respeito à união de biotecnologia e segurança nacional. No centro dessa união, estaria um suposto desenvolvimento de um exército de classe mundial de soldados geneticamente modificados, que combinam decisões orientadas por inteligência artificial e integração no campo de batalha. Os supersolados estariam nos planos do Exército de Liberação Popular (ELP) e podem ficar pronto até 2049.

Segundo o relatório, “haverá um momento ChatGPT para a biotecnologia”, se referindo ao momento que um lançamento de inteligência artificial popularizou a tecnologia e a tornou mais acessível. O documento complementa: “se a China chegar lá primeiro, talvez nunca a alcancemos”.

Documento alerta para possível dominância chinesa no setor militar, caso o plano se torne realidade (Imagem feita com inteligência Artificial via DALL-E/Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital)

Guerra por drones ficou no passado

O relatório cita uma ameaça estratégica amplificada na área de defesa, que tornaria a “guerra por drones” antiquada. O exército geneticamente modificado seria o próximo passo em técnicas melhoradas de resistência, cognição e resiliência.

Tudo isso forçaria o campo militar global, incluindo chinês, a entrar em uma área até então desconhecida.

A guerra por drones parecerá antiquada, se tivermos que lidar com supersoldados do ELP geneticamente modificados, com humanos e IA fundidos.

Comissão de Segurança Nacional dos EUA sobre Biotecnologia Emergente

Exército de robôs futuristas
Relatório apontou medidas de proteção dos EUA contra a China (Imagem: Mykola Holyutyak/Shutterstock)

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Se isso der certo, quais as consequências?

  • De acordo com o relatório, o método da China consiste em roubar propriedade intelectual, escalar a produção com subsídios vindos do Estados e controlar as cadeias de suprimentos;
  • Isso levaria a uma manipulação dos mercados de biotecnologia pelas mãos das entidades chinesas;
  • Em seguida, as empresas chinesas cresceriam de forma atípica, prejudicando a concorrência estrangeira, inclusive em áreas sensíveis, como o setor farmacêutico e de sequenciamento genômico;
  • Isso levaria outros países a tomar medidas defensivas.

Para combater esse cenário, o relatório pede uma estratégia em duas partes. Primeiro, uma aceleração de inovação nos Estados Unidos, que inclui investimento federal de no mínimo US$ 15 bilhões nos próximos cinco anos. Segundo, uma desaceleração da ascensão da China, que inclui proteger propriedade intelectual de biotecnologia contra os chineses e não reconhecer empresas chinesas no mercado.

Vale lembrar que o documento foi elaborado pelos Estados Unidos. A China não confirmou nada.

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Centenas de aviões da Boeing podem ir para manutenção por motivo inusitado

Pousos de emergência são ocorrências raras na aviação. Eu, por exemplo, não conheço ninguém que tenha passado por isso, embora já tenha visto inúmeras notícias sobre o assunto.

Normalmente, o piloto adota esse tipo de procedimento após detectar uma falha técnica na aeronave, após identificar condições meteorológicas extremamente adversas ou por problemas graves de saúde.

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Um episódio desses aconteceu recentemente nos Estados Unidos. O motivo, porém, não foi nenhum dos citados acima. Segundo informa a FAA (Administração Federal de Aviação do país), um Boeing 737 teve que interromper a viagem após um passageiro ficar preso no banheiro.

O órgão não informou a rota nem a data ou hora desse voo – relatou apenas o episódio. E o que pode parecer trágico (ou cômico) também deve se tornar caro, uma vez que a falha pode se repetir em centenas de outras aeronaves.

O que aconteceu no voo

  • Sim, um pouso de emergência pode irritar bastante um passageiro.
  • Pior ainda se foi você quem ficou preso no banheiro.
  • Segundo o relato da FAA, o problema foi uma trava quebrada.
  • A pessoa presa até chamou os comissários, mas eles também não conseguiram desobstruir a porta.
Usar o banheiro do avião não é uma experiência das mais agradáveis; pior ainda se isso levar a um pouso de emergência – Imagem: shisu_ka/Shutterstock
  • Segundo a agência, o pouso não programado foi a melhor decisão possível.
  • Isso porque o passageiro corria risco de sofrer ferimentos graves no caso de uma turbulência – ou ele mesmo podia passar mal lá dentro.
  • O caso atípico deve levar a uma mega revisão de aeronaves da Boeing nos EUA.
  • A FAA recomendou a todas as companhias aéreas do país (que contam com alguns modelos de aviões da empresa) que façam avaliações em suas travas nos banheiros.
  • E isso custa dinheiro.

Efeito-cascata

A notificação da agência inclui unidades do Boeing 737-700, 737-800, 737-900, 737-900ER, 737 Max 8 e 737 Max 9. De acordo com o site da fabricante, existem 3.461 aviões desses tipos no país e dois terços teriam travas defeituosas.

Ou seja, estamos falando de um universo de 2.612 aeronaves.

Estimativas de especialistas indicam que todo esse processo pode custar algo em torno de US$ 3,4 milhões (R$ 19,9 milhões). Isso inclui o preço da mão de obra e das trincas: cada uma é avaliada em US$ 481 (cerca de R$ 2.800).

Boeing 737-800 no ar
A Boeing é uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo – Imagem: Kevin Porter/iStock

A FAA identificou ao menos quatro tipos de travas com defeitos. Isso não significa que elas vão quebrar, mas existe o risco de acontecer a mesma coisa do voo do pouso de emergência.

Por ora, a Administração Federal de Aviação fez apenas uma recomendação pela troca. E as companhias têm até o fim de maio para dar um parecer sobre o assunto. Tudo isso graças a um passageiro preso no banheiro…

As informações são do Business Insider.

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Internet em risco? O que dizem Anatel e governo sobre cabos submarinos

Um relatório da Anatel alerta para riscos relacionados aos cabos submarinos que conectam o Brasil à internet global. O documento foi elaborado recentemente junto ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI).

Procurada pelo Olhar Digital, a Anatel disse que “o GSI classificou o documento como de acesso restrito” (texto na íntegra no final desta matéria). No entanto, o Tele.Síntese teve acesso ao relatório. E, segundo o site, o documento aponta ser urgente criar zonas de proteção para essas infraestruturas.

Relatório do GSI e da Anatel sobre cabos submarinos destaca vulnerabilidades

O relatório, assinado em março de 2025, destaca vulnerabilidades em pontos de aterragem. Esses podem ser confundidos com bueiros e estão expostos a obras civis em áreas urbanas e praias.

Fortaleza, onde fica a Praia do Futuro, é um dos maiores centros do mundo para cabos submarinos (Imagem: Fábio Lima/Wikimedia Commons)

Atualmente, o Brasil tem 16 cabos submarinos ativos. Fortaleza (CE) é um dos maiores centros do mundo para esse tipo de estrutura, com mais de dez data centers na Praia do Futuro (lembra dela?). Outras cidades com presença significativa são Praia Grande (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA).

O documento cita que 87% dos incidentes com cabos no mundo ocorrem por conta de ações humanas – por exemplo: pesca, ancoragem de navios e obras no mar. Embora menos frequentes, sabotagens e espionagem também são consideradas ameaças reais.

O que fazer, então?

Como resposta, a Anatel e o GSI sugerem que o Brasil siga exemplos da Austrália e Nova Zelândia, onde existem zonas de proteção com regras claras sobre o uso do solo e do mar. As autoridades recomendam incluir o tema nas licenças urbanas e offshore, além de estimular parcerias entre governos e empresas.

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Anatel e o GSI sugerem que o Brasil crie zonas de proteção para cabos submarinos (Imagem: Vismar UK/Shutterstock)

O relatório também pede que operadoras, reguladores e órgãos licenciadores sejam notificados com urgência. A ideia é garantir que todos os envolvidos participem das discussões e ajudem a implementar medidas de proteção o quanto antes.

No total, o relatório lista 17 recomendações. Entre elas, estavam:

  1. Garantir que qualquer incidente que afete cabos submarinos e Estações de Aterragem (CLS) seja detectado e notificado às autoridades competentes, com uso de sistemas automatizados e centralizados de alerta precoce;
  2. Implementar salvaguardas físicas nas beach manholes (BMHs), CLSs e nos sistemas de gerenciamento de redes, como câmeras, sensores e barreiras físicas;
  3. Evitar pontos únicos de falha por meio de redundância adequada nos serviços essenciais das CLSs e fortalecer o monitoramento contínuo;
  4. Atualizar dados de geolocalização e enterrar cabos em águas rasas sempre que possível;
  5. Realizar exercícios de segurança, mapeamentos e avaliações periódicas de vulnerabilidades, segundo boas práticas internacionais.
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Disposição dos cabos submarinos que chegam a Fortaleza, no Ceará (Imagem: Reprodução/Submarine Cable Map)

Para reforçar as recomendações, as equipes visitaram locais estratégicos no Brasil e em Portugal. Em Fortaleza, o foco foi a Praia do Futuro; no Rio, a operação da Claro; e em Praia Grande, as instalações de empresas como V.tal, Telxius e Cirion.

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O Olhar Digital contatou a Anatel para checar informações e esmiuçar detalhes sobre o relatório. A resposta foi a seguinte:

“O GSI classificou o documento como de acesso restrito, portanto não é possível compartilhá-lo. A ideia é que a Agência utilize as recomendações do relatório como subsídio na atuação normativa futura.”

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Internet de Elon Musk, Starlink pode ter mais concorrência

As Forças Armadas da Alemanha estão planejando construir sua própria constelação de satélites. O objetivo é garantir uma alternativa à Starlink, da SpaceX, do bilionário Elon Musk, segundo o site alemão Handelsblatt.

Inicialmente, o cronograma para que o sistema entre em operação é 2029. Um porta-voz do Ministério da Defesa alemão confirmou a existência do plano à reportagem, mas detalhes sobre custos e logística ainda são confidenciais por questão de “segurança nacional”.

“Várias opções estão sendo exploradas para o desenvolvimento potencial de constelações para atender à crescente necessidade de reconhecimento espacial por meio de capacidades nacionais”, afirmou.

Militares alemães não querem depender de satélites de comunicação da SpaceX (Imagem: ssi77/Shutterstock)

Plano ousado

Conhecidas como Bundeswehr, as Forças Armadas alemãs pretendem lançar os satélites para fins de comunicação e, futuramente, sensoriamento remoto, de acordo com a reportagem.

O custo da operação pode chegar a 10 bilhões de euros, de acordo com um especialista consultado pelo site. Atualmente, a Bundeswehr opera apenas dez satélites no espaço.

O projeto ocorreria paralelamente ao acordo da União Europeia, do qual o país é membro, que prevê o lançamento de uma constelação de 290 satélites de comunicação. O contrato de concessão de 12 anos pretende colocar novos equipamentos em órbita até 2030, como relatou o Olhar Digital.

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Internet via satélite é um foco do setor militar. Crédito: Jacques Dayan/Shutterstock

A guerra por trás de tudo isso…

O interesse da Bundeswehr por uma alternativa à Starlink também está associada à invasão da Rússia na Ucrânia. A guerra evidenciou a dependência do Exército ucraniano ao sistema da SpaceX, que opera os satélites de comunicações militares no país.

A única opção viável para o presidente Volodymyr Zelensky é a constelação OneWeb, uma rede de 630 satélites, o que representa um décimo do tamanho da megaconstelação Starlink da empresa de Musk.

Recentemente, o governo da Itália confirmou o lançamento de 38 satélites pelo grupo aeroespacial e de defesa italiano Leonardo com fins militares e civis, incluindo IA. 

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Inteligência artificial liga para gentilezas? Estudo responde

Pesquisadores da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, avaliaram se o uso de palavras como “por favor” e “obrigado” podem influenciar a resposta da inteligência artificial. E eles descobriram que sim.

“A linguagem educada na comunicação humana frequentemente gera maior conformidade e eficácia, enquanto a grosseria pode causar aversão, o que afeta a qualidade da resposta “, afirma o estudo, divulgado pelo jornal El Tiempo.

De maneira geral, os acadêmicos identificaram que os modelos refletem características da comunicação humana, seguindo normas de polidez mundialmente conhecidas. O nível da educação, no entanto, variou de acordo com o idioma.

“Nossas descobertas destacam a necessidade de considerar a polidez no processamento de linguagem natural intercultural e no uso de LLMs.”

LLMs estudados responderam melhor a um nível moderado de polidez (Imagem: Alex Cristi/iStock)

O que podemos aprender com o estudo?

Em inglês, os LLMs estudados responderam melhor a um nível moderado de polidez, enquanto em japonês, um alto nível de polidez era mais benéfico. Ou seja, os prompts podem ter absorvido padrões culturais durante seus treinamentos, considerando diferentes contextos e populações.

“Avaliamos o impacto da polidez nos prompts em LLMs em tarefas de inglês, chinês e japonês. Descobrimos que prompts indelicados frequentemente resultam em desempenho ruim, mas a linguagem excessivamente polida não garante melhores resultados”, afirmam.

Ainda segundo a reportagem, os pesquisadores tentaram criar um guia para equilibrar o nível de gentileza considerando variações linguísticas, mas a tarefa foi considerada “muito complexa”.

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Campus da Universidade Cornell, nos Estados Unidos (Imagem: arlutz73/iStock)

A IA do futuro

Recentemente, o Olhar Digital relatou a criação da ONG AI Futures Project, que tenta desvendar como o mundo será nos próximos anos, conforme sistemas de IA cada vez mais poderosos são desenvolvidos.

A entidade elaborou um relatório em que sugere que as IAs continuarão a melhorar a ponto de serem agentes totalmente autônomas. Além disso, traz projeções de uma “rebelião” dos modelos de linguagem em 2027, ano em que os sistemas estariam mais aptos para diversas funções do que os próprios seres humanos.

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Chip de IA da Huawei avança para substituir GPUs da Nvidia na China

A Huawei deve iniciar já no próximo mês o envio em larga escala do chip de inteligência artificial Ascend 910C para clientes chineses. De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, algumas unidades já foram entregues antecipadamente, e a previsão é que o novo modelo se torne peça-chave para suprir a demanda por GPUs no país, especialmente após as recentes restrições dos Estados Unidos à venda de chips da Nvidia para empresas chinesas.

A medida coincide com o aumento da procura por alternativas domésticas ao chip H20, da própria Nvidia, que passou a necessitar de licença de exportação para ser comercializado na China. A pressão vem do governo dos EUA, sob a administração do presidente Donald Trump, que tenta restringir o avanço tecnológico chinês, principalmente no campo da IA com potencial uso militar.

Ascend 910C é aposta da Huawei para ocupar espaço deixado pela Nvidia na China (Imagem: Huawei / Divulgação)

Chip 910C: evolução arquitetônica e desempenho competitivo

  • O Ascend 910C é uma GPU que representa uma evolução arquitetônica em relação ao modelo anterior, o 910B.
  • Segundo fontes da Reuters familiarizadas com o projeto, o novo chip combina dois processadores 910B em um único pacote, utilizando técnicas avançadas de integração.
  • Com isso, o componente atinge desempenho comparável ao poderoso chip H100, da Nvidia.
  • Além de dobrar a capacidade de processamento e de memória em relação ao seu antecessor, o 910C oferece melhorias incrementais, como suporte aprimorado para cargas de trabalho de IA diversificadas.
  • No entanto, especialistas apontam que o chip não representa um avanço revolucionário, mas sim uma otimização importante diante do cenário atual.

Mercado chinês busca autonomia em hardware de IA

Com a proibição da venda de chips como o B200 e o H100 à China desde 2022, empresas chinesas de tecnologia e startups como Moore Threads e Iluvatar CoreX intensificaram o desenvolvimento de soluções locais. A nova limitação imposta à Nvidia com o H20 abre espaço para que o 910C da Huawei se torne o principal hardware de referência para desenvolvedores de modelos de IA e aplicações de inferência no país, segundo Paul Triolo, consultor da Albright Stonebridge Group.

No fim de 2024, a Huawei já havia começado a distribuir amostras do 910C e a aceitar pedidos de encomenda. A empresa, no entanto, se recusou a comentar publicamente sobre o cronograma de entrega e as especificações técnicas do chip, classificando as informações como especulações.

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Produção e envolvimento de fornecedores

Ainda não está claro quais empresas estão responsáveis pela fabricação principal do 910C, mas fontes da Reuters indicam que a SMIC, fabricante chinesa de chips, está utilizando seu processo N+2 de 7 nanômetros para produzir alguns dos principais componentes. Apesar disso, a taxa de rendimento das peças ainda é considerada baixa.

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Fabricante chinesa, SMIC estaria produzindo alguns dos principais componentes (Imagem: Ascannio / Shutterstock.com)

Outra parte dos chips 910C inclui semicondutores produzidos anteriormente pela TSMC para a empresa chinesa Sophgo, segundo fontes ligadas à cadeia de produção. A TSMC afirmou que não fornece componentes à Huawei desde setembro de 2020 e que segue todas as normas regulatórias. O Departamento de Comércio dos EUA, por sua vez, investiga a atuação da TSMC no fornecimento indireto à Huawei após identificar chips da Sophgo em processadores 910B.

A Huawei, por sua vez, reiterou que não utiliza chips da Sophgo fabricados pela TSMC. A Sophgo não comentou o caso até o momento.

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Uber é acusada de cobrar assinatura sem consentimento de usuários

A Uber está sendo processada pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) por supostamente inscrever consumidores em seu plano de assinatura Uber One sem autorização. Segundo a agência, a empresa de transporte teria utilizado práticas enganosas para atrair usuários e dificultado o cancelamento da cobrança recorrente.

A ação judicial, movida nesta segunda-feira (21), alega que a Uber usou promessas de economia e informações pouco claras para induzir consumidores a assinarem o serviço. A FTC solicita que a Justiça aplique uma medida permanente para impedir que a empresa continue com essas práticas, além de buscar uma indenização financeira para os clientes afetados.

Plano de assinatura Uber One é alvo de ação judicial nos Estados Unidos (Imagem: Tada Images / Shutterstock.com)

Acusações envolvem inscrição automática e cancelamento dificultado do Uber One

  • De acordo com a FTC, ao se cadastrar na plataforma, os usuários eram induzidos a acreditar que economizariam US$ 25 por mês, mas essa estimativa não considerava a mensalidade de US$ 9,99 cobrada pelo Uber One.
  • Além disso, informações relevantes sobre a assinatura eram apresentadas em letras pequenas e apagadas, dificultando a leitura e compreensão.
  • O órgão também relatou casos de clientes que foram cobrados antes mesmo do fim do período de teste gratuito ou até mesmo antes da data prevista para cobrança.
  • Em alguns relatos, consumidores disseram nunca ter criado uma conta na Uber e ainda assim foram surpreendidos por débitos no cartão.
  • No momento do cancelamento, o processo também teria sido dificultado.
  • Segundo a FTC, usuários eram instruídos a entrar em contato com o suporte ao cliente, mas não recebiam meios claros de contato.
  • Há ainda reclamações de cobranças feitas após o pedido de cancelamento, enquanto o cliente aguardava retorno da empresa.

Uber nega acusações e diz que processo é claro e rápido

Em resposta, a empresa contestou as acusações e afirmou que não realiza cobranças sem o consentimento dos usuários. A empresa também defendeu que o processo de cancelamento da assinatura é simples e pode ser feito diretamente pelo aplicativo em menos de 20 segundos.

“Estamos desapontados com a decisão da FTC de prosseguir com essa ação, mas confiantes de que os tribunais confirmarão que os processos de inscrição e cancelamento do Uber One são claros, simples e seguem a legislação”, afirmou Noah Edwardsen, porta-voz da Uber.

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Logo da Uber em um smartphone preso no painel de um carro
Uber nega acusações e afirma que processos de inscrição e cancelamento no Uber One são claros (Imagem: DenPhotos / Shutterstock.com)

A empresa ainda divulgou declarações de ex-funcionários da FTC que atuaram como conselheiros durante a investigação. Tim Muris, ex-presidente do órgão e atual conselheiro jurídico da Uber, criticou a abertura do processo e disse que ele se baseia em “mal-entendidos sobre os fatos e a lei”.

O caso segue em tramitação na Justiça dos EUA, e pode trazer impactos para a atuação da Uber no modelo de assinatura nos próximos meses.

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Dividir o Google só ajuda a China, diz empresa em defesa

O Google voltou ao tribunal nesta segunda-feira (21) para a fase de definição das punições após ter sido condenado por monopólio no mercado de buscas online. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos propôs medidas como a separação do navegador Chrome e a abertura dos dados de busca da empresa para concorrentes.

Em resposta, o Google passou a adotar um discurso centrado em segurança nacional e liderança tecnológica, defendendo que a fragmentação da empresa enfraqueceria a posição dos Estados Unidos na corrida global contra a China.

Google argumenta que forçar a venda do Chrome pode prejudicar a competição dos Estados Unidos frente à China (Imagem: OnePixelStudio / Shutterstock.com)

A companhia afirma que as propostas do governo colocam em risco a inovação americana justamente em um momento decisivo para o avanço da inteligência artificial. Em publicação oficial, o Google mencionou a chinesa DeepSeek como uma das concorrentes emergentes no setor e alertou que interferências regulatórias desse porte “conteriam o desenvolvimento da IA” no país.

Google argumenta que está na linha de frente da inovação

De acordo com Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios do Google, a proposta do Departamento de Justiça levaria à criação de um comitê governamental para supervisionar o design e a evolução dos produtos da empresa. “Isso atrasaria a inovação americana em um ponto crítico. Estamos em uma corrida global acirrada com a China pela próxima geração de liderança tecnológica, e o Google está na linha de frente das empresas americanas que estão realizando descobertas científicas e tecnológicas”, escreveu.

A companhia também afirma que obrigar o compartilhamento de dados de busca — como termos digitados, cliques e resultados — não apenas geraria riscos à cibersegurança, como também aumentaria os custos de dispositivos para os consumidores. O navegador Chrome, alvo central da proposta de separação, é defendido como uma ferramenta aberta que serve de base para outros navegadores e garante liberdade de acesso à internet.

Imagem para ilustrar tutorial acerca do Google Chrome
Departamento de Justiça dos Estados Unidos quer a venda do Google Chrome (Imagem: 2lttgamingroom / Shutterstock.com)

Julgamento continua até maio

  • A atual fase do processo tem duração prevista de três semanas e vai até o dia 9 de maio.
  • O foco é definir quais serão as consequências práticas da decisão judicial anunciada em agosto de 2024, quando o Google foi considerado culpado por manter práticas monopolistas nas buscas online.
  • O juiz Amit Mehta, responsável pelo caso, deve emitir sua decisão sobre as penalidades em agosto deste ano. A empresa já sinalizou que pretende recorrer da sentença.
  • O Google também tenta equilibrar seu posicionamento: busca mostrar que é essencial para a inovação norte-americana, sem dar margem à interpretação de que impede a concorrência.
  • Parte da defesa deve destacar o papel da empresa na evolução da IA, incluindo a pesquisa “Transformers”, que serviu de base técnica para ferramentas como ChatGPT, Perplexity e Anthropic.

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Concorrência defende mais opções ao usuário

Enquanto o Departamento de Justiça alega que os acordos comerciais do Google ainda reforçam seu monopólio, empresas concorrentes defendem maior liberdade de escolha para os usuários. A Perplexity, por exemplo, afirmou em comunicado que o ideal seria permitir que fabricantes de smartphones possam oferecer diferentes mecanismos de busca aos clientes, sem receio de sanções financeiras ou restrições de acesso.

“Os consumidores merecem os melhores produtos, não apenas os que pagam mais por espaço”, declarou a empresa, argumentando que a diversidade de opções deve ser o principal critério para definir os vencedores no mercado de buscas online.

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