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Como embate entre Musk e STF pode ajudar a regulação das redes sociais no Brasil

O governo federal quer retomar a pauta da regulação das redes sociais. Para isso, deve tentar uma nova aproximação com o Congresso nas próximas semanas. É o que diz o Secretário de Políticas Digitais da Presidência da República, João Brant, que acredita que as empresas “não assumem qualquer responsabilidade” pelos conteúdos danosos.

A proposta quer justamente responsabilizar as plataformas digitais por conteúdos ilegais e prejudiciais, bem como seus riscos à sociedade. Atualmente, a moderação cabe às próprias companhias, cada uma com políticas próprias para a exclusão.

Especialistas não enxergam um cenário favorável para isso, mas chamam atenção para um fator inesperado: as ações de Trump e o embate entre Elon Musk e o Supremo Tribunal Federal (STF) podem incentivar os países a pressionar por mais soberania.

Atualmente, cada empresa faz sua própria regra (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

Governo tem estratégia para discutir regulação das redes sociais

João Brant falou em palestra na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na semana passada, repercutida pela Agência Brasil. Segundo ele, o governo “está terminando de definir sua posição de mérito e estratégia”.

São três pilares nessa discussão:

Nossa compreensão é que essa regulação precisa equilibrar três coisas: primeiro, a responsabilidade civil das plataformas; segundo, o que a gente chama de dever de prevenção e precaução, que significa a necessidade de atuar preventivamente para que não haja disseminação de conteúdos ilegais e danosos a indivíduos ou a coletividades; e terceiro, que elas atuem na mitigação dos riscos sistêmicos da sua atividade.

João Brant, Secretário de Políticas Digitais da Presidência da República

Atualmente, as empresas que operam no Brasil respondem ao Marco Civil da Internet, de 2014. Ele estabelece que as redes sociais só podem ser responsabilizadas por conteúdos ofensivos ou danosos caso descumpram uma ordem judicial de remoção. A exceção são para conteúdos sexuais não autorizados ou casos de violação de direitos autorais.

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O Projeto de Lei 2.630, conhecido como PL das Fake News, é a principal proposta para regular as plataformas. Ele já foi aprovado pelo Senado e está em análise na Câmara dos Deputados, mas não avança desde o ano passado.

Enquanto isso, cada empresa define suas próprias regras. Brant defende que é necessário mitigar os efeitos das publicações danosas, uma vez que elas têm consequências à sociedade, e impor custos às companhias. Para ele, atualmente as plataformas não assumem qualquer a responsabilidade.

Retrato de Trump e Musk.
Ações de Musk e Trump geram desconfiança… e incentivam países a irem atrás da própria soberania nas redes (Imagem: bella1105/Shutterstock)

Cenário pode não ser favorável… mas Trump pode ajudar

O coordenador do Centro de Referência para o Ensino do Combate à Desinformação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Afonso Albuquerque, acredita que a regulação das redes sociais é fundamental, principalmente em relação à transparência. Ele destaca como as redes sociais têm poder de intervir nos debates nacionais.

Mas não é tão fácil. Albuquerque acredita que o cenário não é favorável para a discussão no Congresso Nacional. Uma ‘ajudinha’ pode vir do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indiretamente. Para o coordenador, as ações de Trump colocam os EUA em oposição a muitos países, que se sentem na necessidade de defender sua soberania em diversos campos… inclusive em relação às plataformas digitais americanas.

Embates entre Elon Musk, dono da rede social X e atual aliado de Trump, e o Supremo Tribunal Federal também ajudaram no avanço do debate:

  • De acordo com Albuquere, Trump, Musk e Zuckerberg (da Meta) foram pouco sutis ao tentar intervir em assuntos internos do Brasil e de outros países;
  • Com isso, eles destacam a necessidade das nações quererem soberania em relação às plataformas americanas;
  • Para Brant, os embates entre Musk e STF criaram um precedente positivo para a regulação das redes sociais no Brasil, já que o mundo inteiro está de olho no que vamos fazer;
  • Já o secretário destacou dois cenários que podem ajudar a própria população a se posicionar a favor da regulação: a proteção de crianças e adolescentes nas redes sociais, e a quantidade de golpes no ambiente digital.

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iPhones e eletrônicos escapam das novas tarifas de Trump (por enquanto)

Em uma reviravolta que traz alívio para consumidores e gigantes da tecnologia, Donald Trump anunciou uma medida que exclui smartphones, computadores e componentes eletrônicos essenciais das controversas tarifas “recíprocas”.

A decisão evita um aumento substancial nos preços de dispositivos como iPhones e surge em meio a um cenário de apreensão, onde consumidores chegaram a correr para lojas, temendo um impacto imediato em seus bolsos.

Recuo temporário?

A medida, divulgada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, abrange uma gama de produtos, incluindo smartphones, laptops, discos rígidos, processadores e chips de memória – itens amplamente fabricados fora dos EUA, cuja produção doméstica exigiria anos para ser estabelecida.

As isenções concedidas derivam de uma regra que impede a sobreposição de tarifas adicionais sobre taxas já existentes, sugerindo que esses produtos podem, em breve, voltar a ser alvo de novas taxações, embora possivelmente em um patamar inferior para a China.

(Imagem: Wongsakorn 2468 / Shutterstock)

Um ponto de atenção especial recai sobre os semicondutores, um setor que Trump sinalizou como alvo de tarifas específicas. A isenção temporária desses componentes indica que a Casa Branca ainda considera a imposição de taxas setoriais, com uma alíquota ainda a ser definida.

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A reação do mercado foi imediata, com empresas como Apple e Samsung Electronics vislumbrando um alívio nas pressões de custos. Contudo, a incerteza paira sobre o futuro, com a possibilidade de novas tarifas no horizonte, mantendo o setor em estado de alerta.

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Pix parcelado pode ter juros menores que o cartão de crédito, diz BC

Pix parcelado, essa é a nova aposta do Banco Central para bombar as compras de fim de ano. O modelo, que contará com uma linha de crédito formal com as instituições financeiras, pode ter taxas de juros interessantes, mas não deve substituir o cartão de crédito. Pelo menos essa é a expectativa do BC.

Essa nova função permitirá ao usuário realizar pagamentos parcelados utilizando crédito, de maneira semelhante ao parcelamento com juros no cartão de crédito. Enquanto o beneficiário receberá imediatamente o valor integral, o pagador poderá dividir o pagamento em parcelas acrescidas de juros.

“Quem paga juros no PIX Parcelado é o consumidor. Contudo, espera-se que os bancos ofertem linhas de crédito em que o valor final do bem no PIX Parcelado, mesmo com a cobrança de taxa de juros, seja menor ou igual ao valor final do bem no parcelado sem juros usando cartão de crédito”, disse o BC ao g1.

(Imagem: Cris Faga/Shutterstock)

Pix parcelado deve aumentar o consumo

De acordo com o BC, essa novidade visa facilitar compras maiores no comércio via Pix e atender usuários sem acesso a outras modalidades de crédito. Além de pagamentos, o Pix parcelado estará disponível para qualquer transferência via Pix.

Esse modelo de transação também serve de alternativa para quem não tem acesso ao cartão de crédito tradicional. Além disso, também pode ser mais prático para o lojista. 

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“No PIX Parcelado, o lojista recebe o valor total do pagamento no momento da venda do bem ou serviço. Logo, por definição, não haverá antecipação nem cobrança de taxa de antecipação para o lojista. Ou seja, o modelo do PIX Parcelado é menos custoso do que o modelo do cartão de crédito para o lojista”, completou órgão.

Alguns bancos já permitem o Pix parcelado, como uma linha de crédito tradicional. Mas o BC vai padronizar o modelo, a partir de setembro desse ano, quando entrar em operação. 

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O mais novo investimento tech da Microsoft é o… papel!

A Microsoft anunciou a compra de 3,7 milhões de toneladas métricas em créditos de remoção de carbono da CO280, uma desenvolvedora de projetos de captura de carbono voltados para a indústria de celulose e papel.

O acordo cobre as emissões estimadas de 12 anos do primeiro projeto da empresa, localizado em uma fábrica na Costa do Golfo, cuja operação está prevista para começar em 2028.

Essa iniciativa faz parte do compromisso da Microsoft de se tornar carbono-negativa até 2030 — ou seja, remover mais carbono da atmosfera do que emite.

Apesar dos investimentos pesados em energia renovável, a empresa ainda gera um volume significativo de emissões (17,1 milhões de toneladas métricas em 2023) e busca compensar parte desse impacto por meio da compra de créditos e tecnologias de remoção de carbono.

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Microsoft aposta em captura de carbono para zerar suas emissões – Imagem: ShU studio/Shutterstock

Mais sobre o projeto da CCO280

O projeto da CO280 é inovador por aproveitar o próprio processo industrial da fábrica: ele captura o dióxido de carbono liberado na queima de madeira na caldeira de recuperação, que normalmente seria devolvido à atmosfera.

Como esse carbono foi previamente absorvido por árvores durante a fotossíntese, a captura é considerada uma remoção efetiva de carbono da atmosfera.

A tecnologia será implementada em parceria com a SLB Capturi, uma joint venture entre a SLB (ex-Schlumberger) e a Aker Carbon Capture, utilizando um processo baseado em aminas.

O CO₂ capturado será transportado por 64 km até um aquífero salino subterrâneo para armazenamento permanente.

Fábricas levam parte da receita

  • Nesta primeira fase, a planta deve capturar 40% do carbono biogênico e 30% das emissões totais da fábrica.
  • A CO280 já planeja uma segunda fase que dobrará a capacidade de captura.
  • O modelo de negócio é estruturado em joint ventures com as fábricas, que recebem parte da receita gerada com a venda dos créditos de carbono, atualmente vendidos por cerca de US$ 200 por tonelada.

Além da Microsoft, a CO280 já forneceu créditos de remoção para a Frontier, um fundo de mercado formado por empresas como Stripe, Google, Meta e Shopify, que investem em tecnologias de remoção de carbono.

Tecnologia em fábrica de papel para remover milhões de toneladas de CO₂ da atmosfera (Imagem: 3rdtimeluckystudio / Shutterstock)

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Amazon mais cara? Tarifas de Trump podem impactar no bolso, alerta CEO

Andy Jassy, CEO da Amazon, alertou para a possibilidade de aumento nos preços dos produtos vendidos na plataforma. A declaração foi feita na última quinta-feira (10) durante entrevista à CNBC, na qual o executivo apontou as tarifas de importação de Donald Trump como a principal causa do impacto econômico.

Segundo Jassy, a gigante do comércio eletrônico está avaliando as mudanças nos custos da empresa, causadas pela guerra tarifária, e fará o possível para manter os preços. No entanto, ele acredita que os vendedores terceirizados, responsáveis por 60% do volume de vendas da Amazon, não terão a mesma capacidade de absorver os custos adicionais e, consequentemente, repassarão o aumento para os consumidores.

“Entendo que, dependendo do país, não há uma margem extra para absorver esses custos. Acredito que tentarão repassar o custo”, afirmou Jassy durante a entrevista.

Amazon busca alternativas

Temendo o aumento de preços, alguns consumidores da Amazon anteciparam suas compras, estocando produtos antes da implementação das tarifas. A própria Amazon adotou uma estratégia semelhante, realizando “compras estratégicas de estoque” para se proteger dos impactos econômicos.

Além disso, a empresa está buscando renegociar os preços com seus fornecedores, a fim de evitar aumentos que seriam repassados aos clientes. A diversificação dos fornecedores para a construção de data centers de IA também é uma medida da Amazon para evitar a dependência de um único mercado.

Guerra tarifária afeta vendedores terceirizados, muitos dos quais são chineses ou compram seus produtos da China. O aumento das tarifas torna os produtos importados mais caros, o que pode levar ao aumento dos preços para os consumidores. (Imagem: BongkarnGraphic/Shutterstock)

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Cancelamento de pedidos

Apesar das medidas tomadas pela Amazon, a Bloomberg noticiou que a empresa cancelou pedidos de diversos produtos fabricados na China e em outros países asiáticos. A medida, tomada após a entrada em vigor das novas tarifas, visa evitar custos extras.

A guerra tarifária entre Estados Unidos e China, com a recente atualização das tarifas sobre produtos chineses atingindo 145%, pode ter um impacto significativo não só na economia global, mas também no bolso do consumidor.

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Para derrubar a Microsoft, Google oferece descontos para o governo dos EUA

O Google anunciou um novo acordo com a Administração de Serviços Gerais dos Estados Unidos (GSA) que prevê descontos de até 71% no pacote de aplicativos corporativos Google Workspace para agências federais. As informações são da Reuters.

A medida pode gerar até US$ 2 bilhões em economia caso seja adotada amplamente por todo o governo.

Gestão de Trump está focada em economizar

A iniciativa surge em meio ao esforço do governo do ex-presidente Donald Trump de reduzir gastos públicos, liderado pela equipe de reforma administrativa conhecida como DOGE (Departamento de Eficiência Governamental), apoiada por Elon Musk.

Uma das frentes desse movimento é revisar contratos e otimizar os custos operacionais das agências públicas, muitas das quais estão sendo enxugadas ou reformuladas.

Segundo a GSA, o novo modelo de precificação é baseado em volume nacional — ou seja, válido para todo o governo federal — e não mais em acordos isolados por agência, como era feito anteriormente. Isso promete facilitar a adesão e ampliar o impacto financeiro positivo para os cofres públicos.

O Google oferece seus softwares para agências federais dos Estados Unidos (Imagem: JHVEPhoto/Shutterstock)

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O que o Google pretende

  • O objetivo do Google com o acordo é claro: enfraquecer o domínio da Microsoft no setor de software governamental.
  • Em 2021, a empresa de Redmond detinha cerca de 85% desse mercado nos EUA, de acordo com dados da consultoria Omdia.
  • O Google, por sua vez, vem investindo em inteligência artificial para fortalecer o Workspace, que agora integra funcionalidades impulsionadas pelo seu modelo de IA Gemini.

Embora o Google Workspace já esteja presente em algumas instituições federais — como o Laboratório de Pesquisa da Força Aérea, que utiliza a plataforma desde 2021 —, a expectativa é que os descontos incentivem uma adoção muito mais ampla.

O acordo com a GSA é válido até 30 de setembro e pode representar uma oportunidade estratégica para o Google ganhar espaço em um setor historicamente difícil de penetrar.

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Google colabora com um dos objetivos de Trump, que é cortar gastos públicos – Imagem: Evan El-Amin/Shutterstock

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iPhone fabricado nos EUA não deve virar realidade; entenda os motivos

O presidente dos EUA, Donald Trump, gostaria de ver iPhones sendo fabricados nos Estados Unidos como um símbolo do sucesso de sua política tarifária e de seu compromisso com o retorno da produção industrial ao país.

A Casa Branca chegou a afirmar que o investimento de US$ 500 bilhões prometido pela Apple nos próximos quatro anos seria um indicativo de que isso é possível. Porém, especialistas afirmam que essa meta é altamente improvável no curto prazo, conforme relata um artigo da Bloomberg.

EUA carecem da infraestrutura e mão de obra que se encontra na Ásia

  • A produção do iPhone exige um ecossistema complexo de fornecedores, instalações gigantescas e mão de obra altamente treinada — fatores que hoje só existem, em escala, na Ásia.
  • A China, em especial, lidera esse processo com mega fábricas que funcionam como pequenas cidades, abrigando centenas de milhares de trabalhadores.
  • Nos EUA, faltam tanto infraestrutura quanto profissionais qualificados para esse tipo de operação.
  • Além disso, a Apple já está apostando na Índia como sua principal alternativa à China, com uma nova megafábrica que deve produzir dezenas de milhões de iPhones por ano.
  • Embora o Brasil também tenha uma pequena linha de montagem, ela atende apenas modelos mais antigos.
Plano de Trump enfrenta a complexidade da produção da Apple, que continua apostando na Ásia (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

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China ainda oferece as melhores condições

A Apple argumenta que a razão para manter a produção na China não é salarial, mas sim a concentração de conhecimento técnico. O CEO Tim Cook já afirmou que é possível reunir milhares de engenheiros especializados em um único local na China — algo inviável nos EUA atualmente.

Automatizar toda a produção, como alguns sugerem, também é inviável. O design do iPhone muda constantemente, o que exige uma reconfiguração rápida das linhas de montagem — algo que ainda depende do trabalho humano.

Mesmo países como a Tailândia, Vietnã e Malásia, onde a Apple produz outros dispositivos, ainda não oferecem escala ou infraestrutura para competir com a China na produção de iPhones.

No momento, as fábricas indianas devem ajudar a Apple a contornar tarifas e manter o fornecimento para o mercado norte-americano, mas a dependência da Ásia continua forte — e a produção nos EUA permanece uma meta distante.

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Apple mantém produção de iPhones concentrada na Ásia por causa de escala, especialização e infraestrutura (Imagem: Wongsakorn 2468/Shutterstock)

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ChatGPT: OpenAI decreta o fim do GPT-4

A OpenAI anunciou nesta semana que vai substituir o GPT-4 pelo GPT-4o, atual sistema padrão do ChatGPT. Com isso, o modelo de linguagem será oficialmente aposentado.

A mudança foi anunciada no site da OpenAI e acontecerá a partir de 30 de abril. Apesar dos usuários comuns perderem acesso ao modelo, a desenvolvedora informou que o GPT-4 seguirá disponível através da API da empresa (para desenvolvedores).

GPT-4 é o atual modelo padrão do ChatGPT (Imagem: Gargantiopa/ Shutterstock)

GPT-4o é “sucessor natural” do GPT-4

O GPT-4 foi lançado em março de 2023. Ele estava disponível no ChatGPT e no Copilot, chatbot da Microsoft. Algumas das versões do modelo de linguagem tinham recursos multimodais, ou seja, também processavam imagens e texto, algo até então inédito nos modelos da OpenAI.

Na publicação, a desenvolvedora destacou que o GPT-4o superou o GPT-4 em “escrita, codificação, STEM e muito mais”, o tornando um “sucessor natural”.

Atualizações recentes aprimoraram ainda mais o acompanhamento de instruções, a resolução de problemas e o fluxo de conversação do GPT-4o, tornando-o um sucessor natural do GPT-4.

OpenAI, em publicação no site

De acordo com o TechCrunch, a aposentadoria do modelo acontece após o lançamento de várias novidades no ChatGPT. Já segundo o engenheiro reverso Tibor Blaho, que monitora os códigos das empresas, a OpenAI estaria preparando uma nova família de modelos chamada GPT-4.1.

A desenvolvedora também se prepara para lançar os modelos de raciocínio o3 e o o4-mini.

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Logo da OpenAI em um smartphone na horizontal
OpenAI estaria preparando o lançamento de mais modelos de IA (Imagem: jackpress / Shutterstock.com)

Modelo se envolveu em polêmicas

A trajetória do GPT-4 foi marcada por polêmicas:

  • Segundo o CEO da OpenAI, Sam Altman, ele teria custado mais de US$ 100 milhões para ser treinado. Mas, no final daquele mesmo ano, foi substituído pelo GPT-4 Turbo, mais rápido e mais barato;
  • O GPT-4 motivou um problema que até hoje perturba a desenvolvedora: editoras e jornais, como o The New York Times, a acusam de treinar o modelo usando dados protegidos por direitos autorais sem consentimento;
  • Até hoje, a OpenAI se defende dizendo que a “doutrina do uso justo” a isenta de responsabilidade. Essa “doutrina” estabelece que o material protegido pode ser usado sem autorização em situações específicas, como comentários, reportagens ou para fins de pesquisa, ensino e estudo.

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Meta: julgamento pode tirar WhatsApp da empresa; entenda

A Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos iniciará na próxima segunda-feira, 14 de abril, um julgamento antitruste que pode dissolver a Meta. A big tech é acusada de monopolizar ilegalmente o mercado de redes sociais ao comprar o Instagram e o WhatsApp.

A ação não é nova e começou no primeiro governo de Donald Trump. Agora, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, tenta se aproximar da gestão do republicano e dissuadi-lo do julgamento – algo que, até agora, não aconteceu.

Além de Zuckerberg, outros líderes da big tech, do Instagram e WhatsApp devem depor.

Meta enfrentará julgamento antitruste por aquisição do WhatsApp e Instagram

O processo está marcado para começar na segunda-feira (14), com expectativa de durar alguns meses. O governo dos Estados Unidos argumenta que as aquisições do Instagram, em 2012 (por US$ 1 bilhão), e do WhatsApp, em 2014 (por US$ 19,3 bilhões), eliminaram possíveis ameaças ao domínio da Meta no mercado.

Ação começou no primeiro governo Trump (Imagem: JarTee / Shutterstock)

A ação foi movida na primeira gestão de Trump e continuou no governo Biden, como parte de um quadro maior de como as leis antitruste devem ser aplicadas. Essa onda de processos também atingiu o Google (relembre aqui).

O julgamento deve contar com depoimentos de Zuckerberg e outros líderes seniores da empresa, como a ex-COO Sheryl Sandberg, o CTO Andrew Bosworth, o CMO Alex Schultz e o CPO Chris Cox. Empresas de mídia social rivais, como Snap, Pinterest e TikTok, também participarão.

Zuckerberg tenta convencer Trump a desistir da ação

A Meta se defende da acusação de monopólio argumentando que foi ela quem ajudou as empresas a se tornarem grandes nomes do setor. E nesse caminho, enfrentou muita concorrência.

A big tech também mexe as peças ‘fora de campo’. Zuckerberg tem tentado se aproximar do atual governo de Trump. Primeiro, a empresa anunciou o fim do programa de verificação de fatos dizendo que “trabalharia com o presidente Trump para pressionar os governos de todo o mundo” contra censura nas redes sociais. Depois, compareceu à posse do republicano, ao lado de outros executivos do setor da tecnologia.

Segundo o The Verge, nos últimos dias Zuckerberg tentou fazer com que Trump desistisse do processo pessoalmente. O presidente da FTC, Andrew Ferguson, indicou que obedeceria uma ordem vinda de cima… mas, até agora, o julgamento está mantido para segunda-feira.

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Empresa nega as acusações (Imagem: mundissima/Shutterstock)
  • Na primeira etapa do processo, o juiz responsável pelo caso vai determinar se a Meta violou a lei antitruste ao comprar o Instagram e o WhatsApp;
  • As alegações partem do pressuposto que, na época das compras, o Instagram tinha apenas 30 milhões de usuários e o WhatsApp tinha 450 milhões;
  • Hoje, as duas acumulam bilhões de usuários e são algumas das principais receitas da big tech;
  • O Instagram mais ainda, devido à receita de anúncios que chega a US$ 10 bilhões, em conjunto com o Facebook.

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Julgamento é forte

Rebecca Haw Allensworth, professora de antitruste da Faculdade de Direito de Vanderbilt, disse ao The Verge que a FTC tem um “dos mais fortes casos de tecnologia apresentados nos últimos cinco anos”. Essa força vem da evidência de uma suposta intenção anticompetitiva da Meta ao comprar o Instagram e WhatsApp.

Isso porque, em 2012, Zuckerberg teria mandado uma mensagem para o então diretor financeiro da Meta dizendo que “as redes são estabelecidas e, se cresceram em grande escala, poderão nos causar muitos transtornos”. A mensagem poderia indicar que ele já estava ciente da posição competitiva.

No entanto, a real intenção do executivo para a compra não é o único fator a ser levado em conta para declarar a Meta culpada ou não, o que dificulta o julgamento.

O que sabemos é que a big tech deve se defender, já que o Instagram é uma importante fonte de receita. Além disso, Instagram e WhatsApp são importantes na implementação do sistema de inteligência artificial Meta AI, que a big tech considera como um importante passo na corrida de IA.

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Siri continua a dar dor de cabeça para jurídico da Apple

Ações judiciais apresentadas no Canadá e nos Estados Unidos acusam a Apple de enganar consumidores ao divulgar atualizações da Siri que ainda não estão disponíveis. Não são as primeiras ações a alegarem isso. E provavelmente não serão as últimas.

Segundo um dos processos, protocolado num tribunal federal da Califórnia, a empresa teria violado leis de propaganda enganosa e concorrência desleal.

Quem comprou iPhone 16 esperando Siri turbinada com IA alega se sentir enganado pela Apple

Os autores da ação alegam que não teriam comprado um iPhone 16 (ou que não teriam aceitado pagar tanto) se soubessem que os recursos prometidos em 2024 não estariam prontos até agora.

Apple anunciou atualizações na Siri durante a WWDC 2024, em junho de 2024 (Imagem: Apple/YouTube)

Uma queixa parecida foi apresentada recentemente na província canadense de Colúmbia Britânica, segundo o Vancouver Sun.

Esta não é a primeira vez que a empresa é processada pelo mesmo motivo. Em março, uma ação semelhante foi registrada na Califórnia. As ações coletivas podem ser unificadas, caso avancem na Justiça.

No geral, as ações pedem que a Apple indenize compradores do iPhone 16 que se sentiram enganados. Os valores ainda serão definidos em julgamento. Até agora, os advogados da Apple não se pronunciaram sobre os processos, segundo o MacRumors.

Propaganda da Siri turbinada com IA

A Apple promoveu as futuras novidades da Siri em eventos, em seu site, na TV — com comercial estrelado pela atriz Bella Ramsey (Game of Thrones, Last of Us), inclusive — e em outras mídias.

Imagem de anúncio da Apple sobre atualização da Siri com a atriz Bella Ramsey sorrindo e segurando um iPhone
Parte da campanha da Apple sobre atualizações na Siri foi um comercial com a atriz Bella Ramsey (Imagem: Apple)

Os recursos da Siri turbinada foram apresentados pela primeira vez na conferência WWDC 2024, em junho de 2024, como parte do pacote de novidades da Apple Intelligence (relembre aqui). Na época, a empresa prometeu que as funcionalidades seriam lançadas até junho de 2025.

No entanto, a Apple declarou, em março de 2025, que precisaria de mais tempo. Agora, a previsão é que os recursos sejam lançados apenas “no decorrer do próximo ano”. Ou seja, recursos anunciados em 2024 que eram para 2025 agora ficaram para 2026.

Tela de um iPhone com um texto explicativo sobre a integração da Siri com o Apple Intelligence
Tudo indica que Siri turbinada com IA vai ficar disponível apenas no iOS 19 (Imagem: PixieMe/Shutterstock)

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Inicialmente, os recursos eram esperados com a chegada do iOS 18.4, lançado na semana passada. Agora, tudo indica que só ficarão disponíveis no ciclo do iOS 19.

As melhorias prometidas incluem uma Siri mais inteligente, capaz de entender o contexto pessoal do usuário, identificar o que está na tela e controlar aplicativos de forma mais precisa. A ver quando esses recursos vão sair das páginas de roteiro para anúncios.

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