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O que parecia ser apenas um achado qualquer, se tornou uma importante evidência para uma investigação no Reino Unido. A partir da localização de um iPad, a polícia desvendou uma série de delitos cometidos por uma rede de crime organizado internacional.
O dispositivo foi encontrado enterrado sob 2,5 centímetros de areia na margem do rio Tâmisa. Ele serviu como prova para a condenação de três pessoas no Tribunal Central Criminal, conhecido como Old Bailey, em Londres.
Dados do iPad foram recuperados pelas autoridades
O dispositivo foi encontrado por um policial com um detector de metais em novembro do ano passado.
O iPad estava coberto de lama, pois havia ficado submerso por mais de cinco anos.
A perícia conseguiu limpar o dispositivo e abrir o compartimento do chip, que ainda continha um cartão SIM da operadora Vodafone.
Os dados das chamadas telefônicas que foram recuperados forneceram evidências contundentes sobre três homens: Louis Ahearne, Stewart Ahearne e Daniel Kelly.
Cada um deles foi considerado culpado e as sentenças vão ser anunciadas em 25 de abril.
Equipamento ficou submerso por mais de cinco anos (Imagem: divulgação/Polícia de Londres)
As investigações apontaram que o trio estava envolvido na tentativa de assassinato de um dos assaltantes à mão armada mais conhecidos do Reino Unido. Apenas um mês antes, os irmãos Ahearne e Kelly roubaram um vaso da dinastia Ming, do século XIV, de um museu na Suíça.
Eles também levaram uma taça de vinho estilo doucai e uma tigela de porcelana. Somados, os objetos tinham um valor total segurado de 2,8 milhões de libras. Na pressa para fugir, no entanto, Stewart raspou a barriga contra as laterais do buraco que a gangue havia feito na porta de madeira da frente, deixando vestígios do seu DNA. Já Louis foi flagrado por câmeras de segurança filmando dentro e fora do museu no dia anterior ao roubo.
Louis Ahearne (à esquerda), Daniel Kelly (no centro) e Stewart Ahearne (à direita) foram condenados pela justiça britânica (Imagem: divulgação/Polícia de Londres
Poucos dias depois de voltar ao sudeste de Londres com as peças roubadas, o trio começou a tentar se desfazer dos itens que haviam roubado. Os irmãos embarcaram para Hong Kong com Kelly para tentar vender um dos itens em uma casa de leilões.
A casa de leilões avisou a polícia de Londres, que conseguiu enviar policiais disfarçados de negociantes de arte para capturar outros membros de gangues em uma operação secreta, enquanto dois deles tentavam vender outro item roubado que estava escondido em uma bolsa.
A Microsoft anunciou, na terça-feira (25), dois agentes de inteligência artificial (IA) novos para o Microsoft 365 Copilot. Um foi chamado de Analyst (“analista”, em tradução livre), enquanto o outro recebeu o nome de Researcher (“pesquisador”). Ambos “raciocinam” para responder.
Os dois agentes novos usam modelos de IA da OpenAI, startup desenvolvedora do ChatGPT. E, segundo a Microsoft, entregam análise de dados e pesquisas profundas feitas na internet – essas com as fontes listadas, diga-se.
Analyst e Researcher do Microsoft 365 combinam Copilot com IA da OpenAI
O agente Analyst é baseado no modelo o3-mini da OpenAI. Ele fornece aos usuários insights abrangentes a partir de dados brutos em minutos, de acordo com comunicado publicado pela Microsoft.
Analyst fornece aos usuários do Microsoft 365 Copilot insights a partir de dados brutos (Imagem: Microsoft/YouTube)
Feito para atuar como especialista em dados, o Analyst usa “raciocínio” para atender comandos (prompts) complexos. Os usuários podem acompanhar sua “cadeia de pensamento” em tempo real para aprender com os processos. E checá-los.
Já o agente Researcher funciona de maneira semelhante aos recursos Deep Research da OpenAI e do Google. Isto é, vasculha grandes quantidades de informações na web e gera relatórios.
Além disso, o agente da Microsoft é alimentado pelo modelo Deep Research da OpenAI combinado a “capacidades avançadas de orquestração e pesquisa profunda” do Microsoft 365 Copilot.
O Researcher do Microsoft 365 Copilot vasculha grandes quantidades de informações na web e gera relatórios (Imagem: Microsoft/YouTube)
Na prática, o Researcher pode buscar contexto nos dados do trabalho do usuário – por exemplo: e-mails, arquivos, conversas. Quando combinado a informações disponíveis na web, o agente pode criar relatórios personalizados.
Segundo a Microsoft, o Researcher poderia criar um relatório trimestral abrangente para um cliente, combinando informações dos seus aplicativos e sites de notícias externos.
A Apple estaria planejando criar recursos inéditos para seus AirPods. Os fones de ouvido da empresa passariam a ter câmeras com sistema de inteligência artificial (IA), detecção de certas biometrias, além de sensores para identificar problemas de saúde. É o que sugere um relatório do Patently Apple, obtido pelo Laptop Mag.
Os AirPods rastreariam frequência cardíaca e temperatura corporal, por exemplo, e teriam “noção” do ambiente ao redor do usuário. As métricas coletadas seriam analisadas por aprendizado de máquina para apontar eventuais doenças.
Sensores definiram o condicionamento físico como uma linha de base, como o quão firme uma pessoa anda e seus padrões de respiração. A partir desses comportamentos, os fones poderiam servir para medir padrões anormais de caminhada, ranger de dentes ou estalos nas articulações, segundo a reportagem.
Fones da Apple poderiam indicar padrões anormais do usuário para indicar problemas de saúde (Imagem: Framesira/Shutterstock)
Como relatado pelo Olhar Digital, a inclusão das câmeras não teria como função principal captar imagens. O componente seria semelhante ao receptor Face ID presente nos iPhones.
Apesar do registro da patente, a tecnologia pode levar anos para ser implementada — se é que isso vai acontecer;
A prática é comum entre empresas do setor e muitas das ideias não chegam ao público, ficando apenas no papel;
Além disso, todo assunto de saúde de clientes depende de aprovação de agências reguladoras, como a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos.
No ano passado, por exemplo, o recurso de aparelho auditivo do AirPods Pro 2 teve que passar pelo crivo do FDA antes de ser lançado ao mercado. A análise envolveu estudo com 118 pessoas para determinar se a tecnologia fornece melhorias sem efeitos adversos.
No Brasil, a Anvisa liberou os testes no início do ano. A ferramenta é destinada a pessoas com 18 anos ou mais com perda auditiva leve a moderada. Os modelos disponíveis atualmente custam de R$ 1.499 a R$ 1.999.
Airpods Pro 2 foi lançado no Brasil em 2024 (Imagem: Roman Larchikov/Shutterstock)
Em Atlanta (EUA), um projeto de moradias geminadas pode se tornar marco no design moderno graças ao uso intensivo de inteligência artificial (IA)em todas as etapas do processo, como mostra uma matéria do Fast Company.
A Cove Architecture, especializada em consultoria de IA para arquitetos, usou suas ferramentas para otimizar desde o planejamento e design até a conformidade regulatória e seleção de materiais.
Os cofundadores da empresa, Sandeep Ahuja e Patrick Chopson, dizem que a IA foi usada para acelerar muito o projeto de Atlanta, alcançando redução de 60% nos cronogramas de design, estimativas de custo em estágio inicial que atingiram 95% de precisão e corte de 40% nas despesas de iteração de design. “Em vez de levar seis meses, estamos fazendo isso em um mês“, diz Ahuja.
Projeto de moradias em Atlanta contaram com IA para ser concluído mais rapidamente (Imagem: Cove Architecture)
IA na arquitetura: mais produtividade e criatividade
A IA foi aplicada, por exemplo, na análise de códigos de zoneamento e parâmetros locais, permitindo que a equipe economizasse tempo com tarefas complexas e repetitivas, liberando espaço para a criatividade;
Da mesma forma, em outro projeto do Studio Tim Fu, as ferramentas de IA ajudaram a garantir que o design atendesse a requisitos rigorosos de preservação histórica na Eslovênia.
Nesse contexto, o uso da IA possibilitou a criação de projeto de luxo em contexto restrito.
O uso de IA no design não substitui os arquitetos humanos, mas os apoia, tornando o processo mais ágil e permitindo maior foco na parte criativa. Para Tim Fu, a IA se torna um “cocriador livre-pensador“, colaborando no processo de design de maneira fluida.
Tanto a Cove Architecture quanto outros designers acreditam que essa abordagem híbrida, que combina criatividade humana e eficiência da IA, será o futuro da arquitetura, permitindo escalar projetos de forma inovadora e eficiente.
Impacto da IA, visto em muitos setores do mercado de trabalho, passa a ser notado também na arquitetura (Imagem: Cove Architecture)
O Napster, famoso na virada do século por permitir o compartilhamento gratuito de músicas na internet, foi adquirido por US$ 207 milhões (R$ 1,17 bilhão, na conversão direta) pela empresa 3D Infinite Reality, segundo informações da CNBC.
O serviço, encerrado em 2001 devido a batalhas legais, será, agora, integrado ao metaverso. A Infinite Reality planeja criar espaços virtuais 3D para fãs de música participarem de shows e festas de audição, além de possibilitar a venda de produtos físicos e virtuais.
Adquirido por nova empresa, Napster será parte do metaverso (Imagem: 360b/Shutterstock)
Napster teve ascensão e queda rápidas
O CEO da Infinite Reality, John Acunto, destacou a importância de criar espaços conectados para influenciadores e criadores musicais;
O Napster, lançado em 1999, revolucionou a troca de arquivos MP3, mas logo foi processado pela indústria musical por permitir o compartilhamento ilegal de músicas;
Após a falência, o serviço foi comprado por vários proprietários e, desde 2016, opera como um serviço de streaming de música.
Agora, com a nova aquisição, o Napster, que possui licenças para milhões de faixas, se unirá à tecnologia Web3 e à blockchain da Infinite Reality, permitindo experiência mais interativa e social para fãs e artistas.
A ideia é construir espaços virtuais para que os músicos possam criar experiências únicas para seus fãs. A Infinite Reality, fundada em 2019, também tem adquirido outras empresas e, recentemente, levantou US$ 3 bilhões (R$ 17,09 bilhões) em financiamento.
A aquisição do Napster visa transformar a plataforma de streaming de música em ambiente imersivo e inovador, onde música e metaverso se encontram.
Décadas atrás, o Napster era popular na internet por dar acesso a músicas gratuitamente, mas violando direitos autorais (Imagem: Northfoto/Shutterstock)
Julian Kelly, diretor de hardware da Google Quantum AI, acredita que a computação quântica estará pronta para aplicações práticas em apenas cinco anos, com capacidade para resolver problemas que os computadores tradicionais não conseguem.
Em entrevista à CNBC, Kelly destacou que as primeiras aplicações incluirão simulações de física avançada e, possivelmente, geração de novos tipos de dados.
A tecnologia de computação quântica tem ganhado destaque, especialmente após o anúncio de avanço em correção de erros pelo Google em dezembro de 2024, o que indicaria caminho para computadores quânticos funcionais. Apesar disso, a tecnologia ainda enfrenta desafios.
Em alguns anos, é possível que sejamos capazes executar aplicações práticas que não podem ser calculadas em computadores comuns (Imagem: Wright Studio/Shutterstock)
Obstáculos para superar para a previsão do Google estar certa
O computador quântico mais avançado do Google possui 105 qubits, o que estaria longe de ser suficiente;
Especialistas afirmam que serão necessários um milhão ou mais para aplicações práticas;
Diferentemente dos computadores tradicionais, que operam com bits (0 ou 1), os qubits quânticos funcionam com base em probabilidades, acessando as leis fundamentais da física.
A computação quântica pode, eventualmente, ajudar a treinar modelos de inteligência artificial (IA), embora essa aplicação seja vista como especulativa. Recentemente, empresas, como Microsoft e Nvidia, também entraram na corrida pelo desenvolvimento da tecnologia.
Em fevereiro, a Microsoft apresentou chip quântico inovador, enquanto a Nvidia, que não fabrica processadores quânticos, organizou evento focado no potencial da tecnologia.
No entanto, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, questionou o tempo necessário para que computadores quânticos úteis cheguem ao mercado, reconhecendo a complexidade do campo.
Apesar de desafios que ainda precisam ser superados, a computação quântica vem ganhando mais destaque (Imagem: metamorworks/Shutterstock)
Construir um computador quântico funcional é o sonho de muitas empresas. As gigantes Google, Amazon e Microsoft estão em corrida com outras companhias, como Rigetti, IonQ e Quantum Computing, para viabilizar o tão sonhado projeto.
A mais nova a entrar nessa corrida é a Nvidia. A companhia de chips gráficos pretende construir um centro de pesquisas em Boston (EUA), segundo o CEO da empresa, Jensen Huang.
Jensen Huang prepara a empresa que fundou para a era quântica (Imagem: Reprodução/YouTube/Nvidia)
Muitas empresas estão entrando de cabeça nessa corrida. Conforme o especialista e diretor e sócio do Boston Consulting Group, Matt Langione, à CNBC, “o aumento na empolgação, agora, é impulsionado por convergência de avanços tecnológicos, financiamento e caminhos mais claros para aplicações no mundo real”.
O dinheiro investido na pesquisa também chama a atenção. “Segundo algumas estimativas, mais de US$ 50 bilhões [R$ 284,93 bilhões, na conversão direta] foram destinados às tecnologias quânticas — das quais a computação quântica é uma delas — por governos ao redor do mundo”, disse Langione.
Diferente dos PCs clássicos, que usam bits (0 ou 1), essas máquinas usam qubits;
Esse pequeno componente pode estar em 0, 1 ou em ambos ao mesmo tempo, graças a fenômeno chamado superposição;
Este é um fenômeno que permite que a matéria esteja em mais de um estado ao mesmo tempo;
Enquanto um bit tradicional faz um cálculo por vez, um qubit em superposição explora múltiplas soluções ao mesmo tempo. Isso dá ao computador quântico poder de processamento muito maior.
Essa nova tecnologia promete revolucionar a indústria da informática, pois sua capacidade de realizar milhões de cálculos de uma vez pode ajudar em pesquisas, segurança digital e logística. O poder de realizar simulações que essas máquinas possuem é incomparável aos modelos atuais.
Computadores convencionais podem realizar cerca de 100 milhões de contas por segundo. Enquanto isso, com os qubits, máquinas quânticas conseguem ultrapassar a barreira dos bilhões. Isso acontece graças aos pequenos componentes em estado de superposição que fazem o poder operacional crescer de forma exponencial.
Computadores quânticos tem capacidade de processamento exponencial (Crédito: Bartlomiej K. Wroblewski/Shutterstock)
Computação quântica x convencional
“Problemas futuros que serão resolvidos por computadores quânticos sempre serão solucionados por meio de configurações híbridas, em que um computador clássico executa a parte do algoritmo no qual ele é mais eficiente, e um computador quântico realiza a parte do algoritmo em que os computadores quânticos são mais eficientes”, disse o especialista.
Os computadores quânticos são ideais para resolver problemas complexos, como simulações químicas, otimizações com muitas variáveis e realizar muitas tarefas ao mesmo tempo, como criptografia.
Já os computadores clássicos seguem mais eficientes em tarefas cotidianas e bem definidas, como processar textos, navegar na internet, gerenciar bancos de dados e controlar sistemas. No futuro, os dois tipos devem atuar juntos, cada um executando a parte do trabalho em que é mais eficaz.
Elon Musk pretendia modernizar a administração pública estadunidense, mas suas medidas drásticas de corte orçamentário, especialmente no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, desencadearam cenário de caos ecológico.
Escargots gigantes, besourosasiáticos e outras espécies invasoras, agora, ameaçam o equilíbrio dos ecossistemas e a economia do país, segundo o Jeux Video.
Decisões tomadas pelo DOGE ameaçam equilíbrio ecológico do país (Imagem: hyotographics/Shutterstock)
Recentemente, Musk enaltecia a eficácia do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), onde os funcionários, supostamente, trabalham 120 horas semanais.
Essa intensidade extrema, embora tenha permitido cortes orçamentários significativos, também provocou uma série de falhas críticas, como a divulgação acidental de informações confidenciais e a demissão seguida de uma contratação emergencial de especialistas em segurança nuclear.
No entanto, o recorte mais impactante ocorreu no DOGE, onde, em fevereiro, seis mil funcionários foram dispensados – entre eles, numerosos especialistas: inspetores, biólogos e até adestradores de cães treinados para detectar pragas.
Essa decisão provocou verdadeiro terremoto na segurança alimentar e na proteção do setor agrícola estadunidense.
Sistema de Musk está em colapso?
As equipes responsáveis pela proteção e quarentena de plantas sofreram grandes perdas;
Centenas de inspetores foram demitidos, o que reduziu, drasticamente, o controle sobre as importações agrícolas;
Nos portos de Los Angeles e Miami – pontos de entrada cruciais para produtos importados – o contingente de funcionários de quarentena caiu 35%, enquanto a equipe de detecção de contrabando foi reduzida em 60%;
O resultado foi o caos nas inspeções: os prazos de liberação de mercadorias aumentaram, causando desperdício de alimentos perecíveis e potencial disparada nos preços dos produtos nos supermercados.
Derek Copeland, ex-treinador do National Dog Detection Training Center, alerta que a diminuição das equipes pode comprometer a capacidade do país de identificar ameaças biológicas, como o caracol africano gigante e o besouro asiático com chifres longos. Segundo ele, a instalação dessas espécies pode dizimar plantações e desequilibrar os ecossistemas locais, gerando prejuízos econômicos incalculáveis.
Mike Lahar, especialista em regulamentação aduaneira, complementa: “Uma única falha na detecção de uma praga pode aniquilar plantações inteiras, afetando toda a cadeia de abastecimento alimentar.”
Os contêineres que não passam pela inspeção se acumulam, bloqueando tanto alimentos quanto outros bens essenciais, agravando a situação para consumidores e empresas.
Enquanto a administração defende os cortes como busca por maior eficiência, a realidade aponta para cenário desastroso.
Alguns senadores republicanos, antes favoráveis ao programa de detecção canina, permanecem em silêncio, e dois juízes federais já determinaram a reintegração de alguns funcionários, decisão que a Casa Branca classificou como “absurda e inconstitucional”.
O DOGE anunciou suspensão de 45 dias nas demissões, mas sem garantir a recontratação dos afetados. Em meio a essa instabilidade, cresce o temor de que uma crise semelhante à pandêmica se instale, comprometendo o abastecimento e elevando os preços dos alimentos.
Joe Hudicka, veterano na cadeia de suprimentos, prevê escassez de determinados produtos, enquanto Kit Johnson, especialista em conformidade comercial, adverte para possível “catástrofe agrícola” se as inspeções não retornarem aos níveis necessários.
Duas hipóteses circulam para explicar esse fiasco administrativo, conforme apontado pela Wired. A primeira sugere que o DOGE nunca teve a intenção de aprimorar a eficiência governamental, mas, sim, de desmantelar agências para facilitar a privatização e o acesso a dados sensíveis.
O caos e a redução das regulamentações abririam caminho para que empresas privadas assumissem setores estratégicos, como defesa, agricultura e segurança.
A segunda hipótese defende que Musk e sua equipe acreditam genuinamente na missão proposta, mas carecem das habilidades necessárias para administrar um aparato estatal.
Essa postura, típica da “arrogância” do Vale do Silício, parte do princípio de que dominar softwares é o suficiente para gerir as complexidades do governo.
Caos e redução das regulamentações abririam caminho para que empresas privadas assumissem setores estratégicos, como defesa, agricultura e segurança dos EUA (Imagem: photosince/Shutterstock)
Consequências para os EUA e possíveis repercussões globais
Independentemente da causa, as implicações dessa política podem ser devastadoras, tanto do ponto de vista econômico quanto geopolítico.
A demissão de milhares de funcionários elevou o desemprego e desestabilizou setores cruciais. A segurança alimentar e a proteção da agricultura estão seriamente comprometidas, num momento em que a cadeia de abastecimento já enfrenta desafios com a gripe aviária e tensões comerciais com a China.
Se essa situação não for rapidamente revertida, os Estados Unidos poderão enfrentar crise agrícola sem precedentes, com efeitos que se estenderão para além de suas fronteiras.
A experiência de Elon Musk com a administração pública, marcada por cortes abruptos e falhas operacionais, pode representar alto custo para toda a nação.
Em janeiro de 2024, Noland Arbaugh, que ficou paralisado abaixo dos ombros após grave acidente de mergulho em 2016, protagonizou marco na ciência aplicada à interface cérebro–computador.
Mesmo ciente dos riscos, Arbaugh decidiu participar de estudo inovador que poderia transformar sua vida ao restaurar parte da sua autonomia, permitindo que ele interaja com dispositivos eletrônicos por meio do pensamento.
O Olhar Digital já falou do rapaz aqui, aqui, aqui e aqui. Abaixo, vamos rememorar o caso e ver como Arbaugh está se sentindo atualmente. Ele bateu um papo com a BBC. Veja a seguir.
Noland Arbaugh foi o primeiro paciente da Neuralink a receber um chip no cérebro (Imagem: Reprodução/X/Neuralink)
O implante, desenvolvido pela Neuralink, já não é novidade exclusiva de outras iniciativas similares, mas a associação com o bilionário Elon Musk atraiu atenção especial.
Durante o procedimento, o chip detecta os impulsos elétricos gerados quando o usuário imagina movimentos – como a simples intenção de mover os dedos – e os converte em ações digitais, por exemplo, para movimentar o cursor na tela.
Arbaugh compartilhou com a BBC sua surpresa ao perceber que seus pensamentos efetivamente se traduziam em comandos, possibilitando, inclusive, jogar videogames e partidas de xadrez, algo que, antes, parecia impossível após sua lesão.
“Eu não sabia o que esperar, parecia coisa de filme de ficção científica. Mas ver meus neurônios disparando e controlando o computador foi, sem dúvida, transformador“, afirmou.
Natural do Arizona (EUA), Arbaugh enfrentava, diariamente, a realidade de depender de outras pessoas para tarefas básicas, sentindo-se privado de controle e intimidade;
Seu desejo de retomar a independência o levou a aceitar os desafios do implante, mesmo sabendo que, se os resultados não fossem positivos, os dados coletados ajudariam a aprimorar a tecnologia;
“Se tudo der certo, posso ajudar como participante da Neuralink. Se algo der errado, o aprendizado será imenso“, declarou;
Enquanto a promessa de autonomia desperta entusiasmo, o campo da neurotecnologia também levanta questões delicadas sobre privacidade;
Especialistas, como o professor de neurociência Anil Seth, da Universidade de Sussex (Inglaterra), alertam que a captação de sinais cerebrais pode abrir uma porta para o acesso não autorizado às emoções e pensamentos mais íntimos, comprometendo a privacidade pessoal.
Embora o procedimento tenha sido considerado “marco significativo” por profissionais da área, ele não ocorreu sem contratempos.
Em um episódio, um problema técnico causou a desconexão parcial do implante, deixando Arbaugh sem o controle desejado. Após ajustes realizados por engenheiros, a conexão foi restabelecida e aprimorada, mas o incidente destacou as limitações e os desafios inerentes a essa tecnologia emergente.
A Neuralink, contudo, não é a única empresa investindo em dispositivos que conectam o cérebro à tecnologia. Empresas, como a Synchron, com seu dispositivo Stentrode, estão desenvolvendo soluções menos invasivas, utilizando a veia jugular para acessar as áreas motoras do cérebro, demonstrando a diversidade de abordagens para auxiliar pessoas com deficiências neurológicas.
No dia da cirurgia, Arbaugh passou por mais baterias de exames; Elon Musk foi conferir de perto (Imagem: Reprodução/Neuralink)
Futuro ainda em construção
Apesar de os estudos e os implantes ainda estarem em fases experimentais, Arbaugh se mantém otimista. Em suas conversas com a BBC, ele expressou a esperança de que, futuramente, a tecnologia permita controlar não só computadores, mas, também, cadeiras de rodas ou, até, robôs humanoides, ampliando, significativamente, o leque de possibilidades para pessoas com paralisia.
Com compromisso de participar do estudo por seis anos, o jovem ressalta que sua experiência é apenas o começo. “Estamos aprendendo tanto sobre o cérebro, que o que hoje parece impossível pode se tornar realidade amanhã“, concluiu.
Em cenário digital em constante transformação, o comportamento dos consumidores modernos apresenta velocidade e fluidez inéditas.
Pesquisa e inovação definem a nova rotina, que se desenrola entre pesquisas, interações por meio do scroll, streaming de conteúdos e o comércio online – quatro ações que, muitas vezes, ocorrem simultaneamente e estão remodelando as estratégias de negócios em diversos setores.
Segundo o Google, pesquisa e inovação definem a nova rotina (Imagem: Melnikov Dmitriy/Shutterstock)
Era da busca: searching
Hoje, o ato de pesquisar evoluiu para além das simples consultas em motores de busca. Ferramentas, como o Gemini e o Google Lens, estão facilitando a descoberta de produtos e serviços de maneira intuitiva e personalizada.
Com mais de cinco trilhões de pesquisas realizadas anualmente e um bilhão de usuários mensais alcançados por soluções de inteligência artificial (IA) (segundo dados do Google), o consumidor espera respostas imediatas e relevantes para suas demandas.
Essa revolução na busca digital transforma a experiência do usuário, que passa a contar com recursos avançados que direcionam desde a inspiração até a decisão de compra.
Scroll: a vitrine moderna
O scroll, ou rolar a tela, assumiu o papel de vitrine digital, onde os consumidores encontram inspiração e novidades;
Na prática, essa ação é comparada a “olhar vitrines” e revela comportamento dinâmico: mesmo sem intenção imediata de comprar, o usuário se deixa envolver por conteúdos criativos e bem posicionados;
Dados da gigante das buscas mostram que 83% dos consumidores utilizam diariamente plataformas, como Google e YouTube, onde a descoberta de produtos e a ampliação do interesse acontecem de forma integrada;
Formatos variados – dos vídeos curtos do YouTube Shorts, que alcançam bilhões de visualizações diárias, a conteúdos mais longos – garantem que a experiência se adeque aos diversos perfis de público, especialmente entre os jovens.
O consumo de conteúdo por meio do streaming transcende o simples ato de assistir a filmes ou ouvir músicas. Plataformas, como o YouTube e serviços de TV conectada oferecem experiências interativas, em que o espectador pode transitar de descoberta passiva para engajamento ativo.
Essa modalidade é marcada por consumo contínuo e personalizado, que possibilita conexão mais profunda com a marca e reforça a confiança do consumidor na hora de transformar a inspiração em ação. Com público que assiste a mais de um bilhão de horas de vídeo diariamente, o streaming se mostra como ferramenta indispensável para quem busca autenticidade e valor agregado.
Shopping: revolução do comércio online para o consumidor
A experiência de compra online nunca foi tão integrada e multifacetada. Os consumidores modernos visitam diversos sites antes de tomar uma decisão e a influência digital é decisiva nesse processo.
Dados revelam que, globalmente, as pessoas realizam mais de um bilhão de compras diárias por meio da Pesquisa Google, segundo a empresa.
Além disso, as recomendações de influenciadores e criadores de conteúdo no YouTube elevam a confiança do usuário, que se mostra 98% mais propenso a confiar nessas fontes em comparação com outras mídias sociais.
Essa convergência de descoberta e decisão de compra reforça a importância de estratégias integradas para as marcas que desejam captar a atenção e converter o interesse em vendas.
Estudos recentes, como o “Search Anatomy” e o “Beyond Industries”, apresentados no Think with Google (plataforma online que fornece dados e insights para ajudar empresas a tomar decisões estratégicas), destacam a complexidade e a riqueza da jornada do consumidor brasileiro.
Experiência de compra online nunca foi tão integrada e multifacetada (Imagem: monticello/Shutterstock)
A evolução da Busca, o impacto das interações visuais e a crescente importância do streaming e do comércio digital evidenciam que as fronteiras tradicionais entre setores estão se dissolvendo, segundo a big tech. Para prosperar nesse ambiente, empresas precisam adotar marketing multimodal que vá além do core business, conectando ativos e oportunidades para transformar desejos em ações concretas.
Nesse contexto, a comunicação deixa de ser simples diálogo para se tornar grande conversa, onde a tecnologia e a inteligência artificial guiam os consumidores por universo repleto de opções, garantindo segurança e inspiração a cada clique.
Esta análise detalha como as mudanças no comportamento digital estão impulsionando novas estratégias de mercado e reafirma a importância de acompanhar de perto essas tendências para manter a relevância e a competitividade no cenário global.