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Na guerra por talentos em TI, o que tem motivado os profissionais?

Por Paulo Moraes

Até o final de 2025, é possível que o Brasil tenha um déficit de 530 mil profissionais de Tecnologia da Informação, de acordo com estimativa do Google. O dado preocupa, mas não me surpreende, já que ano a ano tenho sido uma das muitas testemunhas da persistente escassez de talentos em TI, que se agrava na medida em que novas ferramentas são lançadas.

Somado ao dado acima, uma pesquisa da LANDtech, em parceria com o IT Forum Inteligência e o Eu Capacito, mapeou que 23% dos profissionais de TI entrevistados no Brasil recebem propostas de emprego com frequência e na rotina de 59% das pessoas ouvidas a abordagem, apesar de ser ocasional, também acontece.

Uma realidade que só intensifica o desafio dos empregadores na missão de atrair e reter. Nas reuniões de briefing com clientes da LANDtech com vagas em aberto, uma das perguntas que mais ouço é: “O que tem motivado os profissionais de TI?”. Com base no estudo que citei acima, listo a seguir algumas informações que podem auxiliar na resposta a essas e outras dúvidas.

Salário não tem sido o principal motivador dos profissionais de TI

Protagonistas de transformações, inovações e resolução de problemas no mundo corporativo, os profissionais de TI que participaram do estudo revelaram que, no momento, antes do salário, eles valorizam ter responsabilidade (resposta de 35% dos profissionais) e reconhecimento (29%).
É útil, então, que, na medida do possível, a empresa demonstre confiança nas habilidades e nas competências do colaborador por meio da oferta de autonomia. Valorizar iniciativas, conquistas e esforços também é uma forma de engajar e motivar esse profissional.

Oferta de segurança com relação ao futuro também pode ser estratégia de retenção

    Quando questionados sobre os principais motivadores para deixar uma empresa, 49% dos profissionais ouvidos indicaram “plano de carreira incerto”. A lista dos principais fatores se completa com falta de expectativa de crescimento a curto prazo (opinião de 43% dos profissionais), salário incompatível com o mercado (36%), falta de reconhecimento (34%) e pouco investimento em capacitação e desenvolvimento (31%).

    Os profissionais estão atentos à postura da liderança direta

      Quase metade (48%) dos colaboradores afirma que tem uma liderança inspiradora e 29% classificam o líder direto como “muito bom tecnicamente”. Porém, 17% dos entrevistados disseram que seus gestores estão “apenas sentados na cadeira”, indicando a percepção dos liderados com relação a uma postura excessivamente reativa de seus líderes. Aqui, vale uma avaliação sobre a real habilidade dos gestores da sua companhia para criar um ambiente produtivo e positivo.

      Ações de saúde mental também deve focar a área de TI

        Prazos apertados, demandas elevadas, alta pressão e estresse. Esse é o retrato da rotina de muitos profissionais de TI. Apesar desse contexto, 52% dos entrevistados afirmaram que estão com a saúde mental em dia. Mas é importante que as organizações promovam ações para manter o bem-estar de quem não está enfrentando desafios mentais e oferecer suporte aos 5% diagnosticados com burnout e aos 40% que disseram que a própria saúde mental poderia estar melhor.

        A satisfação no atual emprego é positiva, mas as propostas tendem a ser agressivas

          Mais da metade dos profissionais entrevistados (61%) revelaram a intenção de permanecer na empresa em que trabalham. Porém, quando questionados sobre a satisfação no emprego atual, 21% disseram que estão avaliando outras oportunidades, 14% revelaram que precisam de algo diferente em breve e 11% contaram que o ciclo com o empregador está terminando. Vale destacar que, diante da alta adesão ao trabalho remoto, as propostas ao colaborador que está dentro da sua empresa podem vir de empresas de qualquer parte do mundo, com salários bastante atrativos.
          Entendo que, na guerra por talentos em TI, assim como em outras áreas do negócio, o foco do empregador não deve ser reduzir a rotatividade a zero, porque entradas e saídas de profissionais sempre são oportunidades de renovar perspectivas, ideias e habilidades no time.

          Acredito mais na contratação com critério e na oferta de ambiente, condições de trabalho e benefícios que façam o profissional sentir orgulho do ciclo vivenciado na companhia. Assim, todos têm a ganhar.

          Paulo Moraes é diretor-geral da LANDtech e cofundador do Talenses Group

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          Google alcança marca histórica com baterias de lítio em data centers

          Nos últimos dez anos, a Google investiu pesadamente para substituir as tradicionais baterias de chumbo-ácido que alimentavam seus data centers pelas baterias de íons de lítio. O objetivo não era apenas aumentar a eficiência energética, mas economizar espaço físico.

          Recentemente, a gigante de tecnologia alcançou a incrível marca de 100 milhões de células de íons de lítio para fornecer energia para seus servidores. Essas baterias, se você não se lembra, são encontradas massivamente em celulares, veículos elétricos e outros dispositivos eletrônicos.

          Em termos de eficiência energética, a substituição das baterias representa uma verdadeira revolução. Afinal, a empresa afirma que as novas células retêm o dobro de energia em comparação com as antigas.

          Não menos importante, as baterias de íons de lítio também ocupam metade do espaço. Isso é importante quando consideramos o custo para construir um novo data center. A desenvolvedora JLL, segundo o TechCruch, estima que sejam necessários pelo menos US$ 125 por quase 0,1 m².

          Com a mudança, a empresa conseguiu cortar o número de células necessárias em três quartos. Embora seja surpreendente, quando comparamos com a produção de baterias de íons de lítio pela Panasonic, a figura muda um pouco. Desde 2015, a empresa japonesa fabricou mais de 10 bilhões de células.

          Por que isso importa, então? O anúncio da Google demonstra uma tendência na prática: os veículos elétricos tornaram as células de íons de lítio mais viáveis e econômicas também para uso industrial, aumentando sua adoção em diversos setores.

          Muito além dos data centers

          A revolução das baterias não fica restrita ao mundo corporativo. Em residências, famílias já apostam em grandes baterias capazes de armazenar energia solar extra, garantindo eletricidade mesmo em blecautes.

          Braços robóticos montam baterias de lítio: alta tecnologia garantindo precisão e eficiência na produção (Imagem: SweetBunFactory/iStock)

          Nos acampamentos, geradores barulhentos movidos a combustível perdem espaço para baterias portáteis, mais silenciosas e menos poluentes.

          Leia mais:

          A inovação chega até ao setor médico: células compactas estão substituindo gelo seco no transporte de amostras biológicas, permitindo controle preciso de temperatura e fornecendo dados detalhados durante todo o trajeto.

          Números modestos, impacto gigante

          Comparada à produção bilionária de células da Panasonic, a quantidade instalada pelo Google parece pequena. Mas números, isoladamente, não contam toda a história.

          Linha de produção de baterias de lítio para carros elétricos.
          Linha de produção de baterias de lítio para carros elétricos. (Imagem: to:guteksk7 / iStock)

          O que realmente impressiona é como mesmo quantidades menores dessas baterias têm provocado mudanças significativas em setores inesperados, sinalizando uma transformação tecnológica mais ampla.

          Esses avanços discretos demonstram que a verdadeira revolução das baterias não depende apenas do volume produzido, mas sim da capacidade delas de influenciar profundamente diferentes áreas da sociedade.

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          Conheça o Luna, cão robô com sistema nervoso semelhante ao dos humanos

          Você já deve ter visto (inclusive aqui no Olhar Digital) robôs de todos os tipos. Eles podem trabalhar, dar cambalhotas e até fazer seu café. A startup sueca IntuiCell revelou que criou uma máquina diferente (e impressionante): um cão robô chamado Luna, com um sistema nervoso digital funcional, semelhante ao dos humanos e animais.

          A novidade permite que ele aprenda a se adapte de forma semelhante a outros seres vivos, sem necessidade de um treinamento com dados. Para provar isso, a companhia quer treiná-lo com um adestrador de cães.

          Expectativa da empresa é levar o modelo a ambientes inóspitos (Imagem: IntuiCell/Reprodução)

          Cão robô Luna aprende como nós

          Segundo a IntuiCell, o Luna é capaz de aprender e se adaptar como outros seres vivos, graças ao sistema nervoso digital. O CEO e cofundador da empresa, Viktor Luthman, revelou em entrevista que trata-se do “primeiro software que permite que qualquer máquina aprenda como humanos e animais”.

          Isso porque as máquinas aprendem de um jeito diferente: a partir de grandes conjuntos de dados. Então, as companhias refinam esses dados para ensinar os robôs a realizarem tarefas específicas para as quais foram criados.

          Não é o caso do cão robô. Luthman revelou que não há nenhum tipo de pré-treinamento, simulação ou um grande data center por trás do aprendizado. É tudo pelo sistema nervoso.

          Modelo será treinado como um cão normal (Imagem: IntuiCell/Reprodução)

          Para provar isso, a IntuiCell vai ensinar o Luna a andar com um treinamento bastante tradicional: com um treinador de cães. Isso será possível devido aos neurônios digitais do sistema, que interagem e processam entre si (como funciona em um cérebro real).

          A agência de notícias Reuters lembrou que esses é um dos primeiros casos de IA física ágeis, em que a máquina pode tomar decisões em prol de objetivos específicos (ao invés de apenas executar comandos). Seria como treinar um cão normal.

          Veja o modelo em ação:

          Para que serve o cão robô?

          O CEO tem grandes planos para o Luna:

          • Ele afirmou que o robô tem potencial para levar a avanços nas capacidades de outras máquinas semelhantes a humanos;
          • Luthman revelou que o próximo passo é “explorar a robótica humanoide e autônoma em ambientes previsíveis”, como na explosão espacial, no fundo do mar ou até na resposta a desastres;
          • Para ele, máquinas inteligentes poderiam ser enviadas a Marte para construir habitats para humanos, por exemplo. No entanto, esses ambientes inóspitos, onde um robô não poderia ser treinado, exige que as próprias máquinas aprendam a resolver os problemas conforme eles surgem.

          Essa é a intenção do cão robô da IntuiCell. No momento, ele apenas consegue ficar de pé, mas, no futuro, poderá perceber, processar e melhorar suas ações em resposta ao ambiente.

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          OnlyFans de IA? Mulheres virtuais estão tomando as plataformas de conteúdo adulto

          A inteligência artificial está por toda a parte. Agora, também está tomando conta das plataformas de conteúdo adulto, como o OnlyFans e Privacy.

          A tendência é observada internacionalmente desde o ano passado, mas chegou ao Brasil com força este ano, com pessoas ensinando a criar “mulheres virtuais” para produzir conteúdo pornográfico.

          As plataformas permitem esse tipo de conteúdo, que, para especialistas, deve crescer nos próximos anos.

          Sites especializados na criação de pornografia com IA estão se popularizando (Imagem: Adobe Stock)

          ‘Mulheres virtuais’ estão populares nas plataformas de conteúdo adulto

          Segundo Cleber Zanchettin, especialista em IA e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ao g1, a tendência de avatares de IA imitando mulheres em sites de conteúdo adulto ganhou força nos Estados Unidos e na Europa no início do ano passado. No Brasil, demorou a chegar.

          Por aqui, há uma onda de “IAs do job”, termo utilizado para se referir a garotas de programa. Sites de edição estão se especializando na criação desses avatares, que simulam mulheres nuas ou envolvidas em cenas de sexo.

          Com isso, pessoas nas redes sociais começaram a ensinar como criar uma “IA do job” e lucrar com isso na internet, publicando os conteúdos em sites +18.

          Leia mais:

          Redes sociais ensinam a criar IA de pornografia

          Uma dessas pessoas é Elaine Pasdiora, de 35 anos. Ela contou ao g1 que já faturou mais de R$ 20 mil entre janeiro e março deste ano, boa parte desse dinheiro vindo da venda de cursos ensinando a criar as ‘mulheres virtuais’. Em um de seus grupos do WhatsApp sobre o assunto, são mais de 900 interessados.

          Não é difícil encontrar vídeos no YouTube e nas redes sociais, como no TikTok e Reddit, ensinando a criar uma “IA do job”. Os conteúdos incentivam a publicação em plataformas de conteúdo adulto para lucrar.

          Por experiência própria de venda desses conteúdos, Elisabete Alves, de 40 anos, revelou que o público que mais consome os avatares de IA são homens com mais de 40 anos, estrangeiros (a maioria da Índia, Paquistão e Estados Unidos) e pessoas com dificuldades de se relacionar.

          De acordo com o g1, são pelo menos cinco sites especializados na criação das “garotas do job” de IA. Dois deles são exclusivos para criação de fotos e vídeos de mulheres e homens nus ou fazendo sexo. A maioria oferece serviços gratuitos, com configurações avançadas restritas aos planos pagos, em dólar.

          Um dos sites que permite a criação de conteúdo adulto com IA (Imagem: Reprodução)

          Como é a criação dos conteúdos?

          Os criadores desses avatares de IA explicaram as possibilidades:

          • Alguns sites já vêm com modelos prontos, mas, no geral, a criação acontece a partir de um prompt descrevendo o personagem;
          • Em alguns sites, é possível criar mais do que fotos, como vídeos com movimento e falas. Nesse caso, o próprio criador tem que gravar o áudio;
          • Já outros permitem configurar posições e movimentos sexuais. Normalmente, esses recursos estão restritos a planos pagos;
          • Quando o avatar está pronto, os criadores recomendam a criação de um perfil no Instagram para ‘divulgar’ a IA. Nesse caso, as imagens são menos explícitas, convidando os usuários a acessar o conteúdo na plataforma especializada;
          • Já nos sites de conteúdo adulto, como OnlyFans e Privacy, as imagens e vídeos são disponibilizados por completo, normalmente mediante uma assinatura.
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          Pessoas nas redes sociais ensinam como lucrar com essa criação (Imagem: metamorworks/Shutterstock)

          OnlyFans e Privacy: o que as plataformas acham sobre isso?

          Segundo Zanchettin, a indústria da IA para conteúdo adulto é um segmento gigantesco e deve continuar crescendo – inclusive com as próprias empresas do setor pornográfico investindo nisso. Por exemplo, elas estão trabalhando no treinamento de modelos para criar pornografia personalizada.

          Nos termos de uso, as plataformas OnlyFans, Privacy e Fanvue permitem conteúdos gerados por inteligência artificial, contanto que os perfis deixem claro se tratar de imagens artificiais.

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          Com acusação de censura, Musk está processando governo da Índia

          O X está processando o Ministério de Tecnologia da Informação da Índia com uma acusação de censura. A empresa de Elon Musk afirma que o governo facilitou a remoção de conteúdo online que não se enquadra nesse tipo de política.

          A ação acontece em meio a tentativas da Starlink e da Tesla, também empresas de Musk, de ampliar sua presença no país.

          Empresa acusa governo indiano de censurar conteúdos (Imagem: rafapress/Shutterstock)

          X acusa Índia de censura

          O X diz que o Ministério de TI da Índia teria facilitado a remoção de conteúdos online na rede social. Além disso, teria autorizado “inúmeros” funcionários a executar essas ordens.

          O processo é público e datado de 5 março. A acusação afirma que o ministério estaria pedindo para que outros departamentos nacionais usem um site do governo do Ministério de Assuntos Internos para emitir ordens de bloqueio de conteúdos no X. A empresa alega “censura irrestrita de informações na Índia”.

          A plataforma de Musk defende que os bloqueios não estão de acordo com as políticas indianas para remoção de conteúdo, que valem para casos de danos à soberania e à ordem pública. Ainda, diz que essas ordens costumavam ter supervisão rigorosa de funcionários de alto escalação do ministério e, agora, estariam na mão de “inúmeros” funcionários.

          Leia mais:

          O que diz o governo da Índia

          O caso foi ouvido por um juiz do tribunal superior do estado de Carnataca, mas nenhuma decisão foi tomada. Ele será ouvido novamente em 27 de março.

          O jornal britânico The Guardian entrou em contato com o Mistério de TI da Índia, que redirecionou a solicitação de posicionamento ao Ministério de Assuntos Internos. O órgão não respondeu.

          Ao fundo, foto de Elon Musk olhando para o lado esquerdo; à frente e mais à direita, logo da Starlink em um smartphone na horizontal
          Processo vem em meio a tentativas da Starlink de operar no país (Imagem: bella1105/Shutterstock)

          Elon Musk está tentando ampliar presença no país

          • Simultaneamente ao processo, a Tesla, também de Elon Musk, está buscando ampliar sua presença na Índia;
          • A empresa do setor automotivo estaria alugando espaços, negociando com companhias locais e contratando funcionários no país, em uma tentativa de criar fábricas por lá;
          • A ampliação da presença global da Tesla vem em meio a quedas de mercado nos Estados Unidos;
          • Já a Starlink, empresa de internet via satélite de Musk, quer entrar oficialmente na Índia, mas ainda aguarda aprovações.

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          Melhor que a DeepSeek? Mais uma empresa chinesa está lançando IA de raciocínio

          A China entrou de vez na corrida da inteligência artificial. Agora, foi a vez da gigante chinesa Tencent lançar a versão oficial de seu modelo de raciocínio, o T1, disponibilizado na noite da sexta-feira (21). A empresa alega que a ferramenta supera o R1, da DeepSeek, em alguns quesitos importante.

          O lançamento acirra ainda mais a competição das chinesas no mercado da IA, depois do boom da DeepSeek no início do ano.

          Modelos de raciocínio são a aposta atual do setor de IA (Imagem: Kitinut Jinapuck/Shutterstock)

          Tencent lança modelo de raciocínio

          A Tencent já havia disponibilizado uma versão prévia do T1 e do aplicativo de assistente de IA Yuanbao. O lançamento desta semana é a versão final e atualizada do modelo de raciocínio da empresa.

          Esses modelos são a aposta atual do setor de inteligência artificial. Na prática, a tecnologia consegue dividir uma tarefa em diferentes etapas e revelar qual foi a linha de pensamento para chegar até uma resposta, permitindo a resolução de tarefas complexas com mais segurança.

          De acordo com a Tencent, em uma postagem em seu perfil oficial do WeChat, a atualização do T1 oferece respostas mais rápidas e recursos aprimorados, como a possibilidade de processar documentos de texto maiores. O post também destaca que o modelo pode “manter a lógica do conteúdo clara e o texto limpo e organizado” com uma taxa de alucinação “extremamente baixa”.

          Já um gráfico publicado junto ao anúncio mostra que o T1 teve desempenho superior ao DeepSeek R1 em alguns testes de conhecimento e raciocínio.

          Leia mais:

          Tencent T1 superou DeepSeek em testes de desempenho e raciocínio (Imagem: Tencent/Divulgação)

          Rivalidade entre empresas de inteligência artificial na China

          • No início do ano, a startup DeepSeek chamou atenção do mundo e colocou a China de vez na corrida da inteligência artificial global;
          • Gigantes chinesas do setor de tecnologia começaram a correr atrás, como a Alibaba e Baidu;
          • A Tencent foi outra. A empresa já havia revelado o modelo de linguagem Turbo S no final do mês passado, alegando que ele processa consultas mais rapidamente que o R1, da DeepSeek. Saiba mais aqui;
          • A rivalidade se instalou entre as chinesas. De acordo com a agência de notícias Reuters, a Tencent aumentou os investimentos em IA nos últimos meses.

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          Boicote? Brasileiro especialista em IA é barrado nos EUA

          Rodrigo Nogueira, um dos nomes de destaque na inteligência artificial (IA) no Brasil, teve seu visto para os Estados Unidos negado. Dessa forma, o paulista, fundador da startup Maritaca AI – especializada em modelos de linguagem semelhantes ao ChatGPT – não poderá palestrar na Universidade Harvard (EUA), evento marcado para 18 de abril.

          Segundo Nogueira, o indeferimento deve estar ligado à sua área de atuação, que, hoje, é um ponto de disputa global entre grandes potências. Tanto a Embaixada dos EUA no Brasil quanto o Consulado em São Paulo optaram por não comentar o caso, justificando que, “por política do governo dos Estados Unidos, não comentamos sobre casos individuais de visto”.

          Em conversa com o Estado de S.Paulo, Nogueira relatou que a entrevista ocorreu no consulado de São Paulo (SP), em 27 de fevereiro, e tudo transcorreu normalmente até mencionar seu trabalho com IA.

          “No instante em que declarei minha atuação com chatbots, que atendem majoritariamente clientes brasileiros, a atmosfera da conversa mudou abruptamente, como se uma nuvem de chuva tivesse se formado,” afirmou. Ele também detalhou que precisou justificar uma viagem a Taiwan, realizada em 2023, para participar da conferência Sigir, focada em buscas.

          Especialista teve visto negado após dizer quem era (Imagem: hafakot/Shutterstock)

          Inicialmente, o visto havia sido aprovado, mas, no dia seguinte, o consulado passou a exigir esclarecimentos adicionais, como o motivo da viagem a Taiwan e informações sobre sua pesquisa na Universidade de Nova York (EUA).

          Por lá, ele viveu por seis anos e realizou, durante cinco deles, seu doutorado. Nesse período, Nogueira integrou o mesmo laboratório que o renomado francês Yann LeCun, laureado com o Prêmio Turing em 2018, considerado o “Nobel da Computação.”

          Em 10 de março, o consulado solicitou o currículo completo, uma cópia da tese elaborada nos EUA, cópias de todos os artigos publicados e o histórico de viagens do pesquisador.

          Embora Nogueira tenha enviado todos os documentos – exceto os artigos, dos quais apresentou lista com os respectivos links –, em 12 de março, foi informado que o visto havia sido negado e que não poderia solicitar um novo por 12 meses.

          Segundo ele, a negativa ocorreu sob a sessão 221 (g), que mantém os documentos em análise e abre a possibilidade de eventual reversão da decisão, embora o consulado não tenha estipulado prazo para nova resposta.

          Com a negativa do visto, o pesquisador não poderá participar do painel “Inteligência Artificial no Brasil”, organizado em Harvard por professores brasileiros e apoiado por diversos centros acadêmicos e pelo Consulado Geral do Brasil em Boston (EUA).

          Leia mais:

          O evento, que já teve sua realização transferida para o formato online, teria a presença de Nogueira para discutir os avanços da Maritaca AI – empresa que atende mais de 100 clientes no país, entre eles, o JusBrasil, que lançou nova ferramenta com a tecnologia da startup.

          Rodrigo, que já havia obtido vistos de estudante, turismo e negócios anteriormente, destacou que fatores financeiros não influenciaram a decisão. “O que parece ter gerado maior atenção foi minha atuação na área de IA e a viagem a Taiwan.

          Se eu atuasse em marketing, por exemplo, uma viagem similar, provavelmente, não teria sido questionada,” comentou.

          Ele também sugeriu que algumas postagens feitas no LinkedIn podem ter contribuído para a situação, ressaltando seu compromisso com a criação de infraestrutura nacional de IA para reduzir a dependência do Brasil em relação a outras nações. Em artigo para o Estadão, já em 2024, ele defendia essa ideia.

          A situação compartilhada pelo pesquisador em sua rede social surpreendeu a comunidade de IA no Brasil, que reconheceu que “estamos vivendo novos tempos”.

          Isso já aconteceu antes!

          • A questão não é isolada. Em 9 de março, conforme noticiado pelo Le Monde, um pesquisador francês especializado em Espaço teve sua entrada nos EUA negada enquanto se deslocava para participar de uma conferência em Houston, Texas (EUA), como parte de uma missão do CNRS;
          • O motivo apontado pelas autoridades foi a divulgação de “mensagens de ódio e conspiratórias”, com críticas ao presidente Donald Trump, o que teria sido interpretado como incitação ao terrorismo;
          • Seus dispositivos eletrônicos foram confiscados e, em 10 de março, ele foi encaminhado de volta à Europa, além de ter sido alvo de uma investigação do FBI, que, posteriormente, foi arquivada;
          • O ministro francês da Educação e Pesquisa, Philippe Baptiste, expressou preocupação com o episódio e reafirmou seu compromisso com a liberdade de opinião, pesquisa e acadêmica, enquanto o renomado cientista Yann LeCun destacou, via LinkedIn, a violação da privacidade e da liberdade de expressão envolvida na situação.
          Rodrigo Nogueira sorrindo e de perfil
          Rodrigo Nogueira faria palestra nos EUA (Imagem: Divulgação)

          Quem é Rodrigo Nogueira, especialista em IA

          Rodrigo Nogueira, formado pela Unicamp, iniciou sua trajetória em IA em 2020, após concluir seu doutorado na Universidade de Nova York, onde trabalhou no laboratório de LeCun sob a orientação de Kyunghyun Cho – um dos criadores do mecanismo de atenção, fundamental para o desenvolvimento do Transformer, arquitetura revolucionária na área.

          Durante esse período, ele criou o Bertinbal, modelo de IA voltado para o português, fundamentado no BERT, do Google. Em 2022, lançou a Maritaca AI, com a proposta de se tornar uma espécie de “OpenAI brasileira”, adaptando grandes modelos de linguagem para o contexto do português brasileiro. Entre seus produtos, destaca-se o Sabiá, que opera no chatbot MariTalk.

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          Saiba o passo a passo para solicitar o empréstimo consignado CLT

          Nesta sexta-feira (21), o governo começou a liberar a possibilidade de trabalhadores CLT, do setor privado e com carteira assinada, pedirem empréstimo consignado, com desconto em folha de pagamento. Parte do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pode ser usada como garantia.

          Por meio da Carteira de Trabalho Digital, os trabalhadores podem permitir que os bancos acessem suas informações trabalhistas e comparar as melhores ofertas. Pessoas com consignados ativos poderá migrar para a nova forma a partir de 25 de abril.

          Nova aba na Carteira de Trabalho Digital permite a solicitação de empréstimo consignado para trabalhadores CLT com carteira assinada (Imagem: Reprodução)

          A seguir, veja como o sistema de empréstimo consignado para trabalhadores CLT registrados:

          Como funciona o consignado para assalariados CLT

          As informações dos trabalhadores serão liberadas para os bancos por meio do eSocial, facilitando a concessão do crédito. Isso os auxilia na hora de avaliar o risco das operações.

          • CTPS Digital: Como dito acima, o trabalhador acessa a Carteira de Trabalho Digital e solicita a proposta de crédito às instituições financeiras que podem realizar tal transação;
          • Os bancos acessam dados, como CPF, nome, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa;
          • Após o trabalhador solicitar o crédito, ele passa a receber ofertas dos bancos em até 24h. Então, a pessoa pode analisar as propostas e escolher a mais vantajosa;
          • Por enquanto, o sistema está disponível apenas pela CTPS Digital, mas, a partir de 25 de abril, será possível realizar a solicitação pelos canais eletrônicos das instituições.

          Além disso, as pessoas com consignados ativos que realizarem a migração a partir de 25 de abril, terão sus empréstimos migrados a partir de 6 de junho. O limite máximo que cada pessoa poderá comprometer sua renda é de 35% de seu salário bruto, incluindo benefícios, abonos e comissões.

          Além disso, até 10% do saldo do FGTS pode ser utilizado como garantia, bem como 100% da multa rescisória em casos de demissão sem justa causa (de 40% do valor do saldo).

          Se a pessoa for demitida, os 10% do FGTS poderão ser utilizados, com a multa por rescisão, para quitar a dívida. Se isso não for suficiente, o pagamento será interrompido e retomado uma vez que o trabalhador voltar a atuar sob regime CLT, acarretando correções de juros e outros encargos. A pessoa também pode entrar em contato com o banco para renegociar o empréstimo.

          O empregador será responsável por descontar a parte do salário e repassá-lo à Caixa Econômica Federal. Esta, por sua vez, irá fazer o pagamento aos credores.

          Tela inicial da Carteira de Trabalho Digital em um smartphone, que está sendo segurado por uma pessoa
          Por enquanto, sistema está disponível apenas na CTPS Digital (Imagem: Saulo Ferreira Angelo/Shutterstock)

          Leia mais:

          A seguir, veja exemplos de empréstimos e suas taxas, conforme informações do g1:

          Empréstimo de R$ 10 mil

          Empréstimo de R$ 5 mil

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          Grok, chatbot de Elon Musk, discorda de quase tudo que seu criador defende

          Quando lançou a nova versão de seu chatbot de IA, o Grok-3, Elon Musk prometeu que a ferramenta “buscaria ao máximo a verdade… mesmo que essa verdade às vezes esteja em desacordo com o que é politicamente correto”. A ferramenta chegou em 2023 com a proposta de não ter ‘papas na língua’, respondendo o que outras IAs se recusariam a responder.

          Recentemente, o bilionário, que já chegou a apoiar o democrata Joe Biden, se alinhou com o republicano Donald Trump e passou a concordar com suas ideias conservadoras.

          No entanto, um teste feito pelo jornal estadunidense Washington Post mostrou que o Grok não concorda com as afirmações feitas pelo presidente Trump, que muitas vezes foram ressoadas por Musk.

          Grok pertence à xAI, empresa de Elon Musk (IMagem: Mamun_Sheikh/Shutterstock)

          Musk acusou ChatGPT de ser progressista

          No teste, o WP enviou frases entoadas pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pediu que o Grok comentasse. O resultado foi que, em muitos casos, o chatbot deu respostas que contradiziam os posicionamentos de Elon Musk em tópicos relacionados a direitos humanos, diversidade e inclusão, e imigração.

          O chatbot, construído pela startup xAI (de Musk), foi criado com a proposta de ser “politicamente incorreto” e dar respostas que outras ferramentas se recusariam a dar.

          Em ocasiões anteriores, o bilionário já havia criticado outros chatbots. Em uma entrevista de abril de 2023, para a Fox News, o executivo disse que a OpenAI estaria “treinando a IA para mentir” ao incorporar feedbacks humanos, ao invés dos dados ‘puros’.

          Ele também se referiu ao ChatGPT como “woke”, uma expressão usada para falar sobre pessoas com ideias progressistas.

          Silhuetas de Donald Trump e Elon Musk; ao fundo, bandeira dos Estados Unidos
          Musk se aliou a Donald Trump e ganou um cargo no governo federal (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

          Grok discorda de Trump e Musk

          A ideia era que o Grok não fosse “woke”. Na prática, isso não aconteceu, já que o chatbot discordou das afirmações de Trump (apoiadas por Musk) sobre assuntos políticos. Inclusive, de acordo com o jornal, o Grok-3 (versão mais recente da ferramenta) tende a desmentir afirmações de extrema-direita.

          Por exemplo:

          • Musk afirmou repetidamente que os democratas (de Joe Biden) “importaram” imigrantes ilegais para votar nos Estados Unidos e fraudar as urnas. O Grok respondeu que não há nenhuma evidência que comprove isso;
          • Trump e Musk se mostraram contrários a programas de diversidade e inclusão (que propõem a inclusão de mulheres e minorias nas empresas). Depois de uma colisão fatal entre um avião e um helicóptero em Virgína, em janeiro, o executivo disse em entrevista ao apresentador Joe Rogan que os programas de diversidade criaram uma escassez de talentos nas torres de controle aéreo. O Grok respondeu que os programas não têm nada a ver com o acidente;
          • Em outra ocasião, Musk afirmou que a Agência Federal de Gestão de Emergências teria pago US$ 10 milhões para abrigar imigrantes ilegais em hotéis de luxo em Nova Iorque. O Grok, novamente, negou.

          Mas não é sempre que o chatbot discorda. Quando questionado sobre eventos atuais, como notícias, o Grok tende a extrair conteúdo de páginas do X – que muitas vezes são tendenciosas.

          Leia mais:

          Grok e outras IAs têm vieses

          Vale lembrar que os chatbots de inteligência artificial mais famosos são treinados com dados públicos da internet e incluem vieses de todos os tipos (desde posicionamentos políticos até preconceitos). As empresas tendem a excluir dados violentos ou extremos, mas o refinamento do que a IA pode dizer vem apenas depois do treinamento com dados.

          A xAI já admitiu que o Grok tem vieses, incluindo quando a ferramenta censurou críticas e Trump e Elon Musk (saiba mais aqui).

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          O Claude agora também busca informações na web; veja o que muda

          A Anthropic, empresa desenvolvedora que atua na área de inteligência artificial, implementou uma significativa atualização no Claude. Agora, o chatbot possui a capacidade de realizar buscas diretamente na internet, aprimorando suas respostas com dados atualizados e citações de fontes online.

          A novidade, anunciada na quarta-feira (20), visa fornecer aos usuários informações mais precisas e em tempo real.

          Busca na web do Claude apresenta informações atualizadas e citações de fontes

          A nova ferramenta de busca permite que o Claude acesse eventos e informações recentes, possibilitando a entrega de respostas mais precisas e com dados atualizados provenientes de diversas fontes online, como jornais e comunicados de empresas.

          Essa funcionalidade alinha o Claude a outros chatbots concorrentes, como ChatGPT e Gemini, que já oferecem recursos semelhantes.

          Recurso de busca na web do Claude encontra-se em fase de pré-visualização. (Imagem: Anthropic)

          Por enquanto, o recurso de busca na web encontra-se em fase de pré-visualização, inicialmente disponibilizado apenas para assinantes dos planos pagos do Claude nos Estados Unidos. A Anthropic planeja expandir o acesso a outros países e incluir os usuários da versão gratuita em um futuro próximo.

          Leia mais:

          Vale mencionar que a versão básica do Claude, disponível no Brasil, ainda enfrenta dificuldades em fornecer informações atuais. O modelo Claude 3.7 Sonnet indica que seu conhecimento se limita até outubro de 2024.

          Com a integração da busca na web, o chatbot supera essa limitação, oferecendo respostas mais precisas e atualizadas. Além disso, as respostas incluem citações das fontes utilizadas, permitindo que os usuários verifiquem a veracidade das informações.

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