whatsapp-instagram-1024x682

Startup brasileira aposta em IA para mudar o jeito que você compra imóveis

Mais de 1,5 milhão de brasileiros já interagiram com a Lais, uma inteligência artificial voltada ao mercado imobiliário.

Criada pela startup brasileira Lastro, a ferramenta conversa com cerca de 250 mil pessoas por mês por meio do WhatsApp, ajudando na busca, atendimento e gestão de imóveis em mais de 700 imobiliárias espalhadas pelo país.

Fundada em 2021 em São Paulo por Allan Paladino e seu sócio, José Thomaz Pereira, a Lastro nasceu com o objetivo de levar tecnologia para uma área ainda pouco digitalizada.

Inicialmente, desenvolveram um software tradicional para facilitar processos de locação, mas os desafios eram muitos: excesso de documentos, dados desestruturados e exceções a cada caso. Allan conversou com o Olhar Digital e contou sobre a trajetória da startup.

Startup usa o WhatsApp para trazer praticidade ao setor imobiliário (Imagem: BigTunaOnline/Shutterstock)

Leia Mais:

A virada veio em 2022, quando os fundadores começaram a experimentar o GPT-3 da OpenAI. “A gente se empolgou muito com a tecnologia e viu que ela era perfeita para os desafios do mercado imobiliário: comunicação, documentos, análise de imóveis, tudo isso a IA faz melhor que sistemas tradicionais”, conta Allan.

O lançamento do ChatGPT confirmou o potencial e a Lastro abandonou o antigo produto, mergulhando de cabeça na inteligência artificial. Nasceu assim a Lais, uma assistente virtual personalizada que funciona diretamente no WhatsApp das imobiliárias.

O que é a Lais, assistente de IA da Lastro

  • Mais do que um chatbot comum, ela entende áudios, responde dúvidas complexas, sugere imóveis com base em preferências, entre outras funções.
  • Para o corretor, é capaz de entregar informações cruciais: o que o cliente quer, seu perfil, orçamento, preferências e horários — tudo isso já filtrado e estruturado.
  • Além de atender clientes interessados em alugar ou comprar, a Lais também ajuda as imobiliárias com outras tarefas, como atualizar a base de imóveis com os proprietários, captar novos imóveis e resolver demandas de inquilinos.

“Antes, as equipes perdiam um ou dois dias por mês para checar se os imóveis ainda estavam disponíveis. Agora, com a Lais, isso leva poucos minutos”, explica Allan.

Os impactos são mensuráveis. Imobiliárias que antes conseguiam converter apenas 60 visitas mensais com mil leads, passaram a fazer até 100 com a tecnologia — um aumento de mais de 60% na conversão. “A Lais virou um braço direito do corretor”, define Allan.

Inteligência de mercado

A ferramenta também gera inteligência de mercado. A plataforma da Lastro permite às imobiliárias ver quais bairros estão em alta, que tipos de imóveis têm mais demanda e até identificar descompassos entre oferta e procura.

Se muita gente busca apartamentos de dois quartos, por exemplo, a empresa pode ajustar suas campanhas ou buscar mais imóveis com esse perfil. Entre os planos futuros da startup, o principal é expandir o papel da Lais ao longo de toda a jornada do cliente.

Lais, ferramenta de IA voltada para o mercado imobiliário, sugere imóveis com base nas preferências do usuário – Imagem: Divulgação

“Hoje, a Lais para de atuar depois que a visita é marcada, mas ainda há muito o que ela pode fazer: tirar dúvidas pós-visita, ajudar na proposta, orientar sobre seguros e financiamentos. A gente quer que ela acompanhe o cliente e o corretor do começo ao fim”, afirma Allan.

O post Startup brasileira aposta em IA para mudar o jeito que você compra imóveis apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_1733089475-e1696278437187

Como o Airbnb virou dor de cabeça para um dos países mais visitados do mundo

A Espanha é um destino turístico em alta. O país atraiu 98 milhões de visitantes no ano passado, ficando atrás apenas da França. Apesar de positivo, este aumento no número de turistas também tem causado um efeito bastante negativo.

Com a maior procura de viajantes, também há uma maior quantidade de casas listadas em plataformas como o Airbnb. Um cenário que tem causado uma verdadeira crise de moradias em cidades como Madri, Barcelona e Valência.

Anúncios no Airbnb viraram alvos das autoridades

  • No início deste mês, o Ministério dos Direitos Sociais, Assuntos do Consumidor e Agenda 2030 da Espanha exigiu a remoção de quase 66 mil anúncios de aluguel de imóveis no Airbnb.
  • A alegação é que eles violam os regulamentos de acomodação turística.
  • Segundo o órgão, a maioria das listagens visadas não respeitou as regras existentes ao não fornecer um número de licença, informar um dado errado ou não indicar a natureza legal do proprietário.
  • O Airbnb prometeu combater anúncios ilegais, mas destacou que irá recorrer da decisão.
  • Ainda acusou as autoridades espanholas de “usar uma metodologia indiscriminada” e ressaltou que muitas das moradias oferecidas na plataforma não precisam de licença.
  • As informações são da CNN.
Plataforma irá recorrer da decisão do governo espanhol (Imagem: Ink Drop/Shutterstock)

Leia mais

Espanha enfrenta sério déficit habitacional

Há muito mais em jogo do que uma simples discussão sobre as regras de aluguel de imóveis. Isso porque o preço por metro quadrado do aluguel de casas aumentou 85% em toda a Espanha na última década, com o turismo e o aluguel sazonal sendo considerados como os principais fatores desta elevação de preços.

Atualmente, existem 400 mil unidades habitacionais de uso turístico no país, de acordo com os dados mais recentes do Departamento de Estatística espanhol. Já o Banco da Espanha estima que o déficit habitacional do país esteja entre 400 mil e 450 mil moradias.

airbnb
Airbnb tem sido apontado como o principal causador do aumento no preço dos imóveis no país (Imagem: AlesiaKan/ Shutterstock)

Este cenário explica as ações adotadas pelo governo contra os aluguéis. Um entendimento que é apoiado pelo Supremo Tribunal de Madri, que ordenou que o Airbnb retirasse imediatamente 5.800 anúncios de aluguel de imóveis localizados em regiões como Andaluzia, Madri, Catalunha, Valência, Ilhas Baleares e País Basco.

Ao mesmo tempo, a Câmara Municipal de Barcelona anunciou que não renovará as licenças de habitação para apartamentos turísticos após 2028. Isso significa que mais de 10 mil moradias terão que ser disponibilizadas para a população.

O post Como o Airbnb virou dor de cabeça para um dos países mais visitados do mundo apareceu primeiro em Olhar Digital.

image-30-1024x648

Conheça o novo aplicativo do Google que faz IA funcionar sem internet

Na semana passada, o Google lançou discretamente o AI Edge Gallery, um novo aplicativo experimental que permite executar modelos de inteligência artificial (IA) localmente em smartphones.

Disponível inicialmente para Android — com versão para iOS em breve — o app dá acesso a diversos modelos da plataforma Hugging Face, capazes de gerar imagens, responder perguntas, editar códigos e mais, tudo offline, sem necessidade de conexão à internet.

Com isso, o Google oferece alternativa mais privada e acessível, ideal para quem prefere não enviar dados a servidores remotos ou quer usar IA sem depender de conexão Wi-Fi ou celular.

Leia mais:

Acima, as telas de configurações iniciais do aplicativo em um dispositivo Android (Imagem: Google)

Aplicativo do Google possui diversas funcionalidades

  • Os modelos são processados diretamente pelo hardware dos dispositivos compatíveis, embora o desempenho varie conforme o poder de processamento e o tamanho do modelo utilizado;
  • O AI Edge Gallery, descrito pelo Google como uma “versão Alfa experimental“, pode ser baixado via GitHub e funciona sob a licença aberta Apache 2.0, permitindo uso comercial ou pessoal;
  • A interface do app traz atalhos para funções, como “Perguntar Imagem” e “Chat de IA”, além de um Prompt Lab, onde o usuário pode testar tarefas, como reescrever ou resumir textos, com ajustes personalizados de comportamento dos modelos.

Projeto colaborativo

O Google incentiva desenvolvedores a experimentarem a ferramenta e enviarem feedbacks, reforçando o caráter aberto e colaborativo do projeto. Essa iniciativa representa um passo importante rumo à IA local e acessível, ampliando o controle do usuário sobre suas interações com a tecnologia.

Com função de chat e outros recursos, aplicativo experimental executa modelos diretamente no celular e convida a comunidade a testar e contribuir (Imagem: Google)

O post Conheça o novo aplicativo do Google que faz IA funcionar sem internet apareceu primeiro em Olhar Digital.

jovens-rede-sociais-1024x723

Designer do iPhone quer “nova era” da tecnologia com foco humano

O designer do iPhone, Jony Ive, afirmou que seu novo dispositivo com inteligência artificial (IA), criado em parceria com a OpenAI, nasce da convicção de que “a humanidade merece algo melhor“.

Ive, que liderou o design da Apple por décadas, disse sentir-se responsável por alguns dos efeitos negativos não intencionais da tecnologia moderna, como o impacto dos smartphones e das redes sociais no bem-estar das pessoas.

Dispositivo com “valores humanos”

  • Em entrevista ao Financial Times, Ive evitou revelar detalhes sobre o projeto, mas afirmou que o dispositivo será guiado por valores humanos e buscará oferecer uma experiência tecnológica mais saudável;
  • Ele destacou sua frustração com a atual relação das pessoas com a tecnologia e afirmou que seu objetivo agora é “tentar ser útil“, aprendendo com os erros do passado;
  • A iniciativa ganhou força após a OpenAI adquirir a startup de hardware de Ive, a LoveFrom io, por US$ 6,4 bilhões (R$ 36,32 bilhões).
Após vender sua startup para a OpenAI, designer promete dispositivo que prioriza bem-estar e rompe com excessos da era dos smartphones (Imagem: Rawpixel.com/Shutterstock)

Leia mais:

O CEO da OpenAI, Sam Altman, chamou o protótipo desenvolvido de “a tecnologia mais incrível que o mundo já viu“. Rumores indicam que o dispositivo será compacto, sem tela e usado no pescoço, com produção prevista para 2027.

iPhone: viúva de Steve Jobs admite danos da tecnologia sobre jovens

Ao lado de Ive, Laurene Powell Jobs, viúva de Steve Jobs, também expressou preocupação com os efeitos da tecnologia em jovens, mas afirmou que confia no propósito positivo do novo projeto.

“Basta olhar para os estudos realizados com adolescentes e sobre ansiedade em jovens, e o aumento das necessidades de saúde mental, para entender que seguimos em frente. Certamente, a tecnologia não foi projetada para ter esse resultado. Mas esse é o resultado lateral”, disse ela.

openAI
Nova parceria entre Jony Ive e OpenAI quer reinventar o dispositivo pessoal (Imagem: Vitor Miranda/Shutterstock)

O post Designer do iPhone quer “nova era” da tecnologia com foco humano apareceu primeiro em Olhar Digital.

Captura-de-tela-2025-06-03-122202-1024x562

Xiaomi bate recorde de lucro com venda de smartphones

A Xiaomi superou as expectativas do mercado e teve forte desempenho no primeiro trimestre deste ano, encerrado em 31 de março. A receita atingiu 111,3 bilhões de yuans (R$ 87 bilhões), um aumento de 47,4% em relação ao ano anterior. O lucro líquido ajustado atingiu 10,7 bilhões yuans (R$ 8,4 bilhões), alta de 64,5%.

O crescimento foi observado em todos os segmentos de negócios, com destaque para a receita de smartphones, que aumentou 8,9% em relação ao ano anterior, para 50,6 bilhões de yuans (R$ 39,8 bilhões).

A receita de produtos de estilo de vida e internet das coisas (IoT) subiu 58,7% em relação ao ano anterior, para 32,3 bilhões de yuans (R$ 25,4 bilhões), com remessas recordes de máquinas de lavar e refrigeradores, enquanto as vendas de condicionadores de ar subiram 65%.

Lançamento do Xiaomi 15 Ultra impulsionou vendas na China (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

Xiaomi de volta ao topo

  • Os smartphones Xiaomi recuperam o primeiro lugar na China continental após uma década, com 18,8% de participação no mercado, segundo comunicado divulgado pela empresa;
  • O preço médio de venda dos smartphones atingiu 1.211 de yuans (R$ 954) no primeiro trimestre de 2025, um recorde histórico;
  • As vendas do Xiaomi 15 Ultra, lançado em fevereiro, cresceram 90% em comparação com seu antecessor no mesmo período;
  • Já as remessas globais de smartphones atingiram 41,8 milhões de unidades, alcançando um crescimento ano a ano por sete trimestres consecutivos;
  • De acordo com a Canalys, a Xiaomi manteve sua posição entre os três principais fabricantes globais pelo 19º trimestre consecutivo, com uma participação de mercado global de 14,1%. 

A chinesa avalia que investimentos no segmento premium de smartphones foram o principal fator para o bom desempenho. Na China, smartphones com preços acima de três mil yuans (R$ 2,3 mil) representaram 25,0% das vendas totais da empresa no período.

Leia mais:

Ilustração de chip Xring O1, da Xiaomi
Empresa quer fortalecer ecossistema de chips nos próximos cinco anos (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

De olho nas tendências

Com posição consolidada no mercado de smartphones e dispositivos IoT, a Xiaomi anunciou que vai focar os investimentos no seu ecossistema de chips, inteligência artificial (IA) e sistema operacional.

As receitas dessas novas iniciativas atingiram 18,6 bilhões de yuans (R$ 14,6 bilhões), com destaque para a entrega de 75.869 unidades da série Xiaomi SU7. A empresa manteve a meta de atingir 350 mil unidades vendidas neste ano.

Em maio, a Xiaomi revelou seu chip proprietário de 3 nm Xiaomi XRING O1, que já foi incorporado a smartphones e tablets — e atende a ambição da companhia de construir vantagem tecnológica de longo prazo em IA.

O grupo planeja investir 200 bilhões de yuans (R$ 15 bilhões) em P&D nos próximos cinco anos, fortalecendo a capacidade de propriedade intelectual, com mais de 43 mil patentes em todo o mundo atualmente.

O post Xiaomi bate recorde de lucro com venda de smartphones apareceu primeiro em Olhar Digital.

anatel-drone-1024x529

Anatel: operação em centros de Amazon, Mercado Livre e Shopee confisca 3,3 mil produtos

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou o balanço da operação realizada em depósitos de Mercado Livre, Amazon e Shopee no combate a dispositivos piratas.

A ação ocorreu entre os dias 26 e 27 de maio em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás e Bahia, visando remover, do mercado, dispositivos de telecomunicações piratas.

Drones também foram alvo da operação (Imagem: Reprodução/Anatel)

Balanço final da operação da Anatel com Mercado Livre, Amazon e Shopee

  • Entre produtos lacrados, 1,7 mil estavam nos centros de distribuição da Amazon, 1,5 mil nos do Mercado Livre e 72 nos da Shopee;
  • Essas mercadorias receberam um lacre de plástico nos sacos de armazenamento visando evitar adulteração ou perda;
  • Entre esses produtos, estão TV Box, drones, celulares, baterias, roteadores, entre outros;
  • O conselheiro da Anatel e patrocinador das ações do Plano de Ação de Combate à Pirataria do órgão regulador, Alexandre Freire, comentou a respeito do comportamento de empresas que atuam no varejo online:
    • “Não se pode transferir ao consumidor a responsabilidade de identificar se um produto eletrônico é seguro ou não. Marketplaces e outras plataformas de comércio digital têm o dever de coibir a venda de produtos não homologados, que representam riscos sérios à segurança do consumidor e à integridade das redes de telecomunicações.”

Leia mais:

Por sua vez, Gesiléa Teles, superintendente de Fiscalização da autarquia, informou que a operação foi tranquila e obteve 100% de colaboração das equipes das três varejistas, além de ter alertado que a ausência do selo da Anatel nesses produtos “não é um detalhe, é um alerta. Por que ainda vemos, com tanta frequência, produtos irregulares sendo oferecidos livremente? Combater a venda de equipamentos não conformes exige compromisso e ação concreta das plataformas. A omissão pode comprometer vidas e corroer a confiança do consumidor no ambiente digital”.

O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, disse que “essa operação reforça o compromisso contínuo da agência reguladora de telecomunicações em proteger o consumidor. A Anatel tem um longo histórico de combate à pirataria, tendo já retirado do mercado cerca de 8,4 milhões de produtos irregulares desde 2018”.

Se você obter um produto de telecomunicação irregular e não homologado, a Anatel orienta que você entre em contato com o vendedor e peça a troca ou devolução da mercadoria.

Caso ele se recuse ou haja dificuldades para resolver a questão de forma simples, o consumidor pode registrar uma denúncia nos canais oficiais da autarquia.

Drone em cima de uma mesa branca
Entre produtos lacrados, 1,7 mil estavam nos centros de distribuição da Amazon, 1,5 mil nos do Mercado Livre e 72 nos da Shopee (Imagem: ReproduçãoAnatel)

Combate a sites e aplicativos piratas será reforçado no Brasil

Um levantamento da Associação Brasileira de TV por Assinatura aponta que cerca de 30% dos internautas fazem uso de algum tipo de conteúdo pirata. Além de alimentar esta atividade criminosa, a prática provoca um prejuízo de R$ 15 bilhões por ano.

Leia a matéria completa aqui

O post Anatel: operação em centros de Amazon, Mercado Livre e Shopee confisca 3,3 mil produtos apareceu primeiro em Olhar Digital.

Gemini_Generated_Image_yppwn3yppwn3yppw-1024x752

Amazon Fire TV Stick ajuda a pirataria? Entenda

Um estudo da agência britânica Enders Analysis, divulgado na sexta-feira (30), aponta o Amazon Fire TV Stick como um dos principais facilitadores da pirataria digital, sendo responsável por prejuízos bilionários à indústria audiovisual.

Segundo o levantamento, o dispositivo da Amazon, originalmente concebido para streaming legal, pode ser facilmente modificado (jailbreak) para reproduzir conteúdo protegido por direitos autorais, funcionando, na prática, como uma TV Box pirata.

Aparelho funcionaria como verdadeira TV Box pirata (Imagem gerada por IA/Gabriel Sérvio/Olhar Digital)

O relatório, intitulado “Pirataria de vídeo: grandes empresas de tecnologia claramente não querem resolver o problema”, critica não apenas a Amazon, mas, também, Google, Microsoft e Meta por sua postura passiva diante do combate à pirataria.

A Enders Analysis denuncia que os sistemas de Digital Rights Management (DRM) de Google (Widevine) e Microsoft (PlayReady) estão obsoletos e comprometidos em vários níveis de segurança. A última grande atualização do PlayReady ocorreu em dezembro de 2022. Já o Facebook é citado por permitir anúncios que promovem transmissões ilegais em sua plataforma.

O estudo foca no mercado europeu, mas ressalta que a pirataria de conteúdo via streaming é um problema global, especialmente com a popularização de eventos ao vivo, como esportes.

Leia mais:

Detalhes da pesquisa que liga o Fire TV Stick à pirataria

  • Segundo a Sky Group, 59% dos consumidores de conteúdo pirata no Reino Unido em 2024 utilizaram um Fire TV Stick e o dispositivo seria responsável por cerca de metade da pirataria no país;
  • O diretor de operações da empresa, Nick Herm, afirmou, em fevereiro, que a Amazon não tem colaborado com a intensidade esperada;
  • Tom Burrows, chefe de direitos globais do DAZN, definiu, na mesma época, a situação como “quase uma crise para a indústria de direitos autorais do esporte”;
  • A pirataria também é impulsionada pela incerteza econômica e pelos altos custos de serviços de streaming. A BBC traz que, para assistir a todos os jogos da Premier League na temporada 2023/2024, por exemplo, torcedores britânicos precisaram desembolsar cerca de US$ 1.171 (R$ 6,64 mil, na conversão direta);
  • O aumento nos preços e a restrição de compartilhamento de contas também contribuem para esse cenário.

Apesar de a pirataria parecer alternativa mais acessível, o relatório alerta para os riscos: usuários podem ter seus dados pessoais expostos e dispositivos comprometidos com malwares.

Em resposta enviada ao ArsTechnica sobre o tema, a Amazon declarou que trabalha com parceiros do setor e autoridades para combater a pirataria.

A empresa informou estar implementando medidas, como a desativação do acesso remoto via Android Debug Bridge (ADB), reforço dos sistemas de DRM e emissão de alertas sobre riscos legais.

A longo prazo, a Amazon pretende substituir o sistema operacional Android do Fire TV Stick pelo Vega OS, baseado em Linux, que não permite a instalação de aplicativos piratas no formato APK.

Páginas de internet de Google, Meta, Amazon, Microsoft e Apple
Google, Meta e Microsoft também foram citadas pela pesquisa (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

O que dizem as citadas

O Olhar Digital entrou em contato com Amazon, Google, Meta e Microsoft e aguarda retorno.

O post Amazon Fire TV Stick ajuda a pirataria? Entenda apareceu primeiro em Olhar Digital.

dados-pessoais-1-1024x683

Você faria? Brasileiros poderão ganhar dinheiro vendendo dados pessoais

A Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência), vinculada ao governo federal, anunciou no mês passado um programa piloto em que brasileiros poderão vender seus dados pessoais e lucrar com isso. O projeto funciona em parceria com a empresa privada DrumWave, da Califórnia.

A lógica é simples: indivíduos já disponibilizam seus dados para diversas empresas sem receber nada por isso. Com o projeto, os brasileiros podem decidir se querem ou não ceder suas informações pessoais. E se optarem por ceder, receberão por isso.

A iniciativa foi anunciada durante o Rio Web Summit e é a primeira deste tipo a nível nacional no mundo inteiro. A esperança dos envolvidos é que o programa vá para frente por se tratar de uma parceria público-privada.

Iniciativa propõem que, em vez de ceder dados de graça, usuários ganhem dinheiro pelas informações cedidas (Imagem: Kitinut Jinapuck/Shutterstock)

Piloto vai deixar brasileiros venderem dados pessoais

Desde 2023, um projeto de lei classifica dados como propriedade pessoal, permitindo que cada pessoa decida o que quer fazer com eles. Isso é bem comum na internet, onde usuários liberam acesso a informações pessoais através de formulários, cookies e outras permissões de sites.

O piloto anunciado no mês passado é uma parceria entre a Dataprev, empresa estatal que fornece soluções de tecnologia para o governo, e a empresa de monetização de dados DrumWave. O objetivo é deixar que os próprios brasileiros gerenciem seus dados, podendo vendê-los, se quiserem.

Inicialmente, o programa está sendo testado com um grupo selecionado de pessoas, que usarão uma carteira de dados chamada dWallet para pedir empréstimos consignados. Quando eles solicitarem novos empréstimos, os dados serão coletados pelas carteiras, em uma espécie de “poupança de dados”. Eles ficam armazenados e as empresas podem fazer ofertas para comprar essas informações.

Segundo o site Rest of World, funciona como cookies na internet. Só que, nesse caso, se o usuário aceitar ceder os dados, recebe por isso. O pagamento é creditado na própria carteira e pode ser transferido para uma conta bancária.

Passaporte brasileiro, carteira de identidade, CPF e registro de eleitor em fundo branco
No caso do projeto piloto, usuários poderão escolher se querem ou não aceitar proposta das empresas para comprar dados pessoais (Imagem: Nagasima / Shutterstock)

Para que serve o projeto de venda de dados?

Brittany Kaiser, cofundadora da Own Your Data Foundation e consultora do conselho da DrumWave, afirmou ao site que, atualmente, “as pessoas não ganham nada com os dados que compartilham”. A iniciativa as recompensaria por isso.

Para Kaiser, seria uma forma de inserir as pessoas no mercado de dados, que movimenta bilhões por ano, com expectativa de crescimento no futuro. No entanto, por ora, pessoas ‘físicas’ não participam disso.

Rodrigo Assumpção, presidente da Dataprev, também defendeu o piloto em comunicado em abril. Para ele, essa iniciativa pode “lançar as bases para um modelo de propriedade de dados que promova a inclusão financeira e redefina a economia digital sob uma perspectiva mais justa”.

deep learning
Por enquanto, projeto ainda está em fase piloto (Imagem: NicoElNino/Shutterstock)

Vender dados pessoais é recomendável? Especialistas têm dúvidas

Especialistas em proteção de dados no Brasil chamaram atenção para algumas preocupações ligadas ao projeto:

  • A venda de dados tornaria essas informações pessoais uma espécie de commodity, podendo, inclusive, elevar o preço desses ativos;
  • Isso tornaria os dados inacessíveis para empresas menores e até órgãos do governo com orçamento reduzido;
  • O projeto também poderia aumentar a exclusão digital do país, afetando principalmente pessoas em situação de vulnerabilidade.

Quem chamou atenção para essa última hipótese foi Pedro Bastos, pesquisador da Data Privacy Brasil:

Vamos pedir para metade do país que não sabe ler decidir se seus dados podem ser comprados mediante uma determinada taxa. Pessoas em situação de vulnerabilidade dirão que sim, e isso poderá ser usado contra elas.

Pedro Bastos, pesquisador da Data Privacy Brasil, ao Rest of World

Leia mais:

E no resto do mundo?

  • Projetos de venda de dados já apareceram em outros países, como nos Estados Unidos. No entanto, por lá, a ideia não chegou a decolar no governo.
  • No Oriente Médio, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos criaram sua própria infraestrutura de comercialização de dados, apoiada pelo governo;
  • Já na China, empresas podem tratar dados como ativos;
  • Aqui no Brasil, a esperança é que o projeto vá para frente por se tratar de uma parceira público-privada.

O post Você faria? Brasileiros poderão ganhar dinheiro vendendo dados pessoais apareceu primeiro em Olhar Digital.

inteligencia-artificial-legislacao-1024x683

Advogados estão usando o ChatGPT – e isso pode ser um perigo

Casos de advogados sendo punidos por usarem inteligência artificial para redigir petições com informações falsas têm se tornado cada vez mais frequentes, e um artigo recente do The Verge falou sobre a situação.

Em geral, o problema ocorre quando profissionais utilizam modelos de linguagem como o ChatGPT para pesquisas jurídicas ou redação, sem verificar se as citações e jurisprudências realmente existem.

Em um caso de 2024, por exemplo, a juíza Kathryn Kimball Mizelle retirou dos autos uma moção com nove “alucinações jurídicas”, apresentadas pelos advogados do jornalista Tim Burke.

Chatbots são alternativa para aliviar demandas altas de trabalho

  • Apesar dos riscos, muitos continuam recorrendo à IA, motivados pela sobrecarga de trabalho e pela promessa de eficiência.
  • Ferramentas como Westlaw e LexisNexis já integram IA em suas plataformas.
  • Um estudo da Thomson Reuters revelou que 63% dos advogados já usaram IA e 12% a utilizam regularmente, especialmente para organizar informações e economizar tempo.
Avanço da IA no setor jurídico expõe dilemas entre produtividade, competência técnica e dever ético de verificação – Imagem: Sansert Sangsakawrat / iStock

Leia Mais:

Uso de IA por advogados precisa ser mais responsável

Especialistas como Andrew Perlman, reitor da Faculdade de Direito da Universidade Suffolk, defendem que a IA pode ser uma aliada valiosa — desde que seu uso seja criterioso.

Ele alerta que os advogados ainda devem verificar todas as informações produzidas por essas ferramentas, assim como fariam com um estagiário ou associado júnior.

Em resposta ao uso crescente da tecnologia, a Ordem dos Advogados dos EUA emitiu orientações sobre o uso responsável de IA, reforçando a necessidade de domínio técnico mínimo e atenção à confidencialidade.

A expectativa é que, no futuro, o uso competente de IA se torne não apenas comum, mas essencial na advocacia.

Uso de ferramentas como ChatGPT sem a verificação adequada leva a petições com erros e sanções (Imagem: CoreDesignKEY/iStock)

O post Advogados estão usando o ChatGPT – e isso pode ser um perigo apareceu primeiro em Olhar Digital.

criar-ia-meta-ai-studio-1024x576

Meta quer usar IA para revolucionar publicidade até 2026

A inteligência artificial pode ser fundamental para potencializar a publicidade. É exatamente por isso que a Meta vai permitir que anunciantes usem suas ferramentas de IA para criar e direcionar os anúncios nas plataformas.

De acordo com reportagem do Wall Street Journal, a companhia de Mark Zuckerberg planeja que isso se torne realidade até o final de 2026. Lembrando que a maior parte da receita da empresa vem justamente da venda de anúncios.

Tecnologia pode impulsionar receitas com publicidade

  • Juntos, os aplicativos da Meta contam com 3,43 bilhões de usuários ativos únicos em todo o mundo.
  • Isso significa que existe um grande mercado em potencial e que já é explorado.
  • No entanto, a otimização desta propaganda pode aumentar (e muito) as receitas dos anunciantes, assim como da própria big tech.
  • A Meta também planeja permitir que os usuários vejam diferentes versões do mesmo anúncio em tempo real, com base em fatores como geolocalização.
Meta quer aproveitar potencialidades da IA para lucrar mais (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

Leia mais

IA simplificaria todo o processo

Atualmente, as ferramentas de IA já ajudam a criar variações de anúncios personalizados, fundos de imagem e ajustes automatizados para anúncios em vídeo. Todos estes processos tornam a publicidade mais lucrativa.

Com a novidade, uma marca poderia fornecer uma imagem de produto e um orçamento, e a IA da Meta geraria o anúncio, incluindo imagem, vídeo e texto. Depois, determinaria a segmentação do usuário no Instagram e no Facebook com sugestões de orçamento.

Zuckerberg quer facilitar a criação de anúncios (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

O presidente executivo da Meta, Mark Zuckerberg, afirmou que os anunciantes precisam de produtos de inteligência artificial que forneçam “resultados mensuráveis em escala” em um futuro não tão distante. Ele acrescentou que o objetivo da empresa é criar um balcão único de IA em que as empresas possam definir metas, alocar orçamentos e deixar que a plataforma cuide da logística.

O post Meta quer usar IA para revolucionar publicidade até 2026 apareceu primeiro em Olhar Digital.