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Como “O Aprendiz” revela uma aproximação da Amazon com Trump

O movimento de aproximação das big techs com o governo de Donald Trump nos Estados Unidos é flagrante. São inúmeros os indícios que apontam nessa direção. E o último deles vem da Amazon – e de um jeito um pouco diferente dos outros.

O serviço de streaming da multinacional de tecnologia acaba de anunciar a inserção de todas as temporadas do reality show The Apprentice em seu catálogo.

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Se você não está ligando o título ao programa, trata-se da série O Aprendiz, um sucesso dos anos 2000 e que era estrelada justamente por Trump. O então empresário se tornou famoso graças ao reality e ao seu bordão que foi repetido no mundo inteiro: “You’re Fired!” (“Você está demitido”).

A primeira temporada de The Apprentice ficará disponível no Prime Video a partir de segunda-feira nos EUA. A Amazon indicou que deve colocar uma nova etapa por semana – ao todo, Trump ficou 14 temporadas à frente do show.

Reality show estreia no catálogo do Prime Video na próxima semana – Imagem: monticello/Shutterstock

Mais afagos

  • Esse é o segundo acordo de destaque que a Amazon fez com a família Trump este ano.
  • Em janeiro, a gigante anunciou que lançaria um documentário “de bastidores” sobre a primeira-dama Melania Trump.
  • Ela será uma produtora executiva desse documentário, e a Amazon disse à época que estava “animada para compartilhar esta história verdadeiramente única”.
  • O fundador da empresa, Jeff Bezos, também fez elogios recentemente ao governo Trump.
  • Afirmou que estava “muito otimista” sobre a administração atual.
  • Lembrando que, assim como outras big techs, a Amazon doou US$ 1 milhão para o fundo inaugural do novo governo.
  • Bezos também promoveu uma mudança importante envolvendo um dos principais jornais do país: o Washington Post, de quem é controlador.
  • A partir de agora, os editoriais do Post passarão a focar mais em temas como liberdades individuais e livre mercado.
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Assim como outros chefões de big techs, Jeff Bezos também se aproximou de Donald Trump – Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock
  • Em termos jornalísticos e políticos, trata-se de uma bomba, uma vez que sinaliza uma aproximação declarada à direita.
  • O movimento levou ao pedido de demissão do editor da página de opinião, David Shipley.
  • Outros funcionários já haviam decidido sair durante a campanha eleitoral, quando Bezos interferiu pessoalmente e barrou um editorial do conselho apoiando a candidatura de Kamala Harris.
  • Para os leitores mais à esquerda, foi um escândalo e o Post já perdeu mais de 250 mil assinantes.
  • Mas Bezos não parece estar preocupado com isso.

Trump e as big techs

O Olhar Digital vem mostrando há muito tempo essa proximidade de Trump com as big techs. E isso vai muito além da relação pessoal que o presidente mantém com o bilionário Elon Musk – o atual chefe do DOGE, o Departamento de Eficiência Governamental.

A Casa Branca do republicano está dominada por nomes do Vale do Silício. Só para citar alguns: Scott Kupor (da Andreessen Horowitz) é diretor do Escritório de Gestão de Pessoal, Sriram Krishnan é consultor sênior de política para Inteligência Artificial e Ken Howery, um cofundador do PayPal, foi indicado para ocupar a embaixada dos Estados Unidos na Dinamarca.

Ao fundo, fotos de ELon Musk (direita) e Donald Trump (esquerda); à frente, parte da bandeira dos EUA tremulando na tela de um smartphone
Elon Musk não foi o único bilionário da tecnologia a se aproximar de Donald Trump – Imagem: bella1105/Shutterstock

A fotografia da posse de Trump também deixou esse desenho muito claro. Na primeira fila da cerimônia estavam CEOs e fundadores das big techs, como Elon Musk (X e Tesla), Mark Zuckerberg (Meta), Sam Altman (OpenAI), Tim Cook (CEO da Apple), Jeff Bezos (fundador e ex-CEO da Amazon) e Sundar Pichai (CEO do Google).

Trump, por sua vez, também anda se manifestando com frequência em defesa dessas empresas de tecnologia. Recentemente, por exemplo, ele criticou os reguladores europeus pela rigidez com a qual eles vêm tratando as big techs americanas.

As informações são do jornal The New York Times.

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OpenAI: nova ferramenta vai facilitar construção de agentes de IA

A OpenAI deu mais um passo em direção aos agentes de IA: a startup lançou nesta terça-feira (11) ferramentas para ajudar desenvolvedores e empresas a criarem seus próprios agentes personalizados. A novidade faz parte da nova API Responses.

Os agentes de IA são sistemas automatizados que podem assumir o controle de determinada atividade, para realizá-la sem intervenção humana. Nesse sentido, a OpenAI já conta com o Deep Research e Operator. Agora, vai liberar a tecnologia que viabiliza essas tecnologias.

OpenAI já conta com agentes de IA, como o Deep Research (Imagem: Divulgação/OpenAI)

OpenAI vai facilitar construção de agentes de IA

A OpenAI já conta com os agentes Deep Research (que compila relatórios de pesquisa) e o Operator (que navega em sites de forma autônoma).

A novidade, anunciada em transmissão ao vivo da empresa e em comunicado, é a API Responses, uma ferramenta que permite que desenvolvedores e empresas desenvolvam agentes de IA personalizados para atividades específicas. Basicamente, a empresa está liberando as ferramentas que permitem a construção dos agentes de IA.

Entre as utilidades da API, é possível treiná-la para realizar pesquisas na web, escanear arquivos e navegar em sites, parecido com o que o Operator já faz.

O chefe de produto da plataforma OpenAI, Olivier Godement, afirmou ao The Verge que a empresa está animada com a novidade, que poderá “fornecer as fundações e os blocos de construção para os desenvolvedores construírem os melhores agentes para seus casos de uso e necessidades”.

A tecnologia substitui a API Assistants da empresa, que deve ser descontinuada no primeiro semestre do ano que vem.

Novidade foi anunciada em live da OpenAI (Imagem: OpenAI)

Como funciona a ferramenta

  • A API Responses vem com ferramentas de pesquisa na web no mesmo modelo que o ChatGPT já usa, permitindo que os desenvolvedores coletem informações em tempo real usando os modelos de linguagem GPT-4o e GPT-4o mini;
  • Outra novidade é um recurso que assume controle do computador para realizar tarefas de forma autônoma, parecido com o que o Operator já faz;
  • O lançamento também pode analisar grandes volumes de documentos. Segundo a OpenAI, a ferramenta pode funcionar como um agente de IA para suporte ao cliente ou FAQ, ou para um assistente de casos jurídicos, ajudando a localizar casos anteriores.

No entanto, segundo um post de blog fornecido ao Tech Crunch, a ferramenta “ainda não é altamente confiável para automatizar tarefas em sistemas operacionais” e é suscetível a cometer erros “inadvertidos”. A OpenAI também lembra que essas são apenas as primeiras interações das ferramentas e que está trabalhando para melhorá-las.

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Ferramenta busca facilitar construção de agentes de IA (Reprodução: Levart Photographer/Unsplash)

Outras novidades da OpenAI

Além da API Responses, a OpenAI anunciou o Agents SDK, uma ferramenta que permite que desenvolvedores organizem o fluxo de trabalho dos agentes de IA.

Nikunj Handa, gerente de produto da equipe de API da OpenAI, explicou ao The Verge como funciona a novidade e qual a relação com a API:

A API Responses é como uma unidade atômica de uso de modelos e ferramentas para fazer uma coisa específica. O Agents SDK faz com que várias dessas unidades atômicas trabalhem juntas para resolver tarefas ainda mais complicadas.

Nikunj Handa, gerente de produto da equipe de API da OpenAI

Basicamente, a integração dos dois promete facilitar para que desenvolvedores e empresas gerenciem todos os seus agentes de IA em prol de um único objetivo.

Tanto o API Responses quanto o Agentes SDK se baseiam em ferramentas já existentes da OpenAI e estão disponíveis no site da startup.

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Microplásticos podem gerar uma crise alimentar global, diz estudo

Os microplásticos já foram identificados em praticamente todos os órgãos humanos, podendo gerar graves problemas de saúde. Este pequenos materiais de menos de cinco milímetros também se espalham pela natureza, em rios, oceanos e até no solo.

E se os riscos ligados a estas substâncias já eram preocupantes, uma nova pesquisa aumenta os temores. Segundo um estudo realizada por pesquisadores da China, Alemanha e Estados Unidos, os microplásticos podem ter um impacto negativo na fotossíntese.

Produção agrícola mundial pode estar em risco

Os cientistas analisaram dados de mais de 150 estudos envolvendo o impacto dos microplásticos. Estes trabalhos anteriores demonstraram que estes materiais chegaram a quase todos os ecossistemas do planeta e agora contaminam plantas e animais, incluindo humanos.

Já na nova pesquisa, a equipe descobriu que as substâncias podem ter um impacto direto na capacidade das plantas realizarem fotossíntese. Eles utilizaram inteligência artificial para confirmar que os microplásticos reduziram a eficiência fotossintética em todos os três tipos de plantas em 7% a 12% e causaram reduções na produção de clorofila.

Microplásticos podem prejudicar a capacidade de fotossíntese das plantas (Imagem: Ostariyanov/Shutterstock)

Isso resultaria em aproximadamente 4% a 14% de perdas de rendimento de safra de milho, trigo e arroz em todo o mundo. Além disso, os materiais seriam responsáveis por até 7% das perdas na produtividade primária líquida aquática global.

O estudo ainda aponta que o problema parece estar piorando, o que afetará ainda mais a produção agrícola mundial. Se esta situação não for revertida, milhões de pessoas podem enfrentar uma condição de insegurança alimentar nas próximas duas décadas. As descobertas foram publicadas em estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

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Amostra de microplásticos na água, armazenados em um pequeno vidro
Presença dos pequenos plásticos já é preocupante (Imagem: MargJohnsonVA/Shutterstock)

Riscos dos microplásticos

  • Os microplásticos são pequenas partículas sólidas de materiais baseados em polímero com menos de cinco milímetros de diâmetro.
  • Além de levar milhares, ou até milhões de anos para se decompor, elas estão espalhadas por todo o planeta, inclusive na própria água potável.
  • Essas substâncias podem ser divididas em duas categorias: primárias e secundárias.
  • Os primários são projetados para uso comercial: são produtos como cosméticos, microfibras de tecidos e redes de pesca.
  • Já os secundários resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.
  • Este tipo de material já foi detectado em diversos órgãos humanos, sendo encontrados no sanguecérebrocoração, pulmões, fezes e até mesmo em placentas.
  • Embora os impactos à saúde humana ainda não sejam totalmente conhecidos, experimentos indicam que as substâncias podem ser consideradas um fator ambiental para a progressão de doenças, como o Parkinson.
  • Recentemente, estudos sugeriram que a exposição aos microplástiscos pode, inclusive, afetar a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo para o declínio da fertilidade.

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Meta testa primeiro chip de IA de fabricação própria

A Meta, dona do Facebook, está testando seu primeiro chip interno para treinamento de sistemas de IA, com o objetivo de reduzir sua dependência de fornecedores como a Nvidia. As informações são da Reuters.

O teste inicial está em andamento e, se for bem-sucedido, a produção será ampliada. A Meta busca, com isso, reduzir custos de infraestrutura, especialmente em IA, para impulsionar seu crescimento. Em 2025, a empresa prevê despesas de até US$ 119 bilhões, incluindo grandes investimentos em IA.

Novo chip vai garantir mais eficiência para a Meta

  • O chip é um acelerador dedicado, projetado especificamente para tarefas de IA, o que pode torná-lo mais eficiente em termos de energia em comparação com as GPUs comuns.
  • A Meta está trabalhando com a TSMC para produzi-lo.
  • Esse chip faz parte da série Meta Training and Inference Accelerator (MTIA), que já teve altos e baixos, incluindo o descarte de um chip anterior.
  • A Meta já usa chips MTIA para inferência, como no sistema de recomendações do Facebook e Instagram.
Com projeto de chip, Meta busca reduzir dependência de fornecedores externos
– Imagem: kovop/Shutterstock

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O plano da Meta é usar seus próprios chips para treinamento até 2026, começando com sistemas de recomendação e, posteriormente, para IA generativa, como o Meta AI.

Embora tenha enfrentado falhas no passado com chips personalizados, a Meta continua sendo um dos maiores clientes da Nvidia, adquirindo bilhões de dólares em GPUs para treinar modelos.

No entanto, há questionamentos sobre a eficiência de continuar a expandir modelos de IA com mais poder de computação.

Logo do Meta AI em um smartphone, que repousa ao lado de um notebook
Meta ainda adquire sua infraestrutura em chips da Nvidia, mas planeja mudança nesse cenário até 2026 (Imagem: Photo For Everything/Shutterstock)

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Salve Games: iniciativa usa IA para promover inclusão social entre jovens

Em palestra realizada durante o Spotlight, evento que celebrou os 20 anos do Olhar Digital, o especialista em inovação e criatividade Alexandre de Maio destacou como a inteligência artificial e os games estão revolucionando não só o mercado audiovisual, mas, também, a educação e a cultura.

Durante sua fala, o empreendedor, que fundou a Salve Games – empresa criada para levar tecnologia e oportunidades a comunidades periféricas – e é um dos sócios do portal Catraca Livre, ressaltou a importância de aproveitar a nova era digital para reduzir desigualdades.

Especialista destacou como a IA e os games estão revolucionando não só o mercado audiovisual, mas, também, a educação e a cultura (Imagem: João Pires de Oliveira Dias Neto)

Leia, a seguir, os principais pontos abordados em sua palestra:

Democratizando a IA na periferia

Há cerca de dois anos, o empresário decidiu usar o conhecimento que já possuía para aproveitar a onda da IA e a democratização no universo dos games. “Decidi montar uma empresa com olhar voltado para a periferia, para a inclusão. Assim nasceu a Salve Games, reunindo amigos e uma equipe de periferia para produzir games e videoclipes com inteligência artificial”, explicou.

Segundo ele, a tecnologia, por si só, pode ampliar desigualdades, mas, se utilizada com a estratégia correta, abre novas portas para pessoas que, normalmente, não teriam acesso a esse mercado. “Toda nova tecnologia tende a causar mais desigualdade, mas a gente usa essa ferramenta para trazer novas pessoas para o mercado e promover inclusão”, ressaltou.

Revolução dos conteúdos audiovisuais e games com IA

  • Segundo Maio, a Salve Games tem investido em diversas ferramentas de IA inovadoras – como Kling, Runway e Pica – para dar vida a projetos audiovisuais e games que chamam a atenção tanto de artistas quanto de grandes gravadoras;
  • “Começamos a usar a IA para produzir vídeos e teasers para as redes sociais. Um exemplo é o trabalho feito para o artista N.P., que está prestes a lançar um novo disco. Para ele, a IA tem facilitado a criação de um visualizer impactante, essencial para quem não dispõe de grandes estruturas de produção”, contou o empreendedor;
  • Além do audiovisual, a empresa já está produzindo mais de oito jogos, inclusive, desenvolvidos em Unreal Engine 5, uma das principais tecnologias para games da atualidade;
  • Um dos projetos que tem ganhado destaque é um game ambientado na periferia, que já atraiu a atenção de uma gravadora internacional;
  • “Um dos jogos que estamos fazendo coloca em evidência um artista com dez a 15 anos de estrada, o Da Lua, que, com o game, finalmente, recebe o destaque merecido”, comentou.

Projetos culturais e educacionais inovadores

Entre os projetos de maior repercussão da empresa de Maio está o “Zumbis dos Palmares”, game que recria o icônico parque dos Palmares no universo do “Fortnite“.

Com o intuito de resgatar a memória de Zumbi dos Palmares e oferecer experiência educativa, o projeto conta com narrativas que ensinam sobre a economia e a política local. “Fomos a Palmares e reconstruímos o local no ‘Fortnite’. O game, desenvolvido em parceria com a Feira Preta, traz modo educativo que permite aos jogadores entenderem a história e a cultura do espaço”, destacou o especialista.

Alexandre de Maio com um microfone na mão direita e falando
Salve Games tem investido em diversas ferramentas de IA inovadoras para dar vida a projetos audiovisuais e games (Imagem: João Pires de Oliveira Dias Neto)

Outro projeto inovador é o “RealFest“, onde a equipe transformou um curso de educação financeira e gestão cultural em experiência interativa dentro do “Fortnite”.

Em parceria com o Banco Pan, o projeto proporcionou aulas presenciais para alunos de periferia convertidas em níveis e desafios no jogo.

Cada aula virou uma fase dentro do game e isso aumentou significativamente o engajamento dos alunos, pois sabiam que a prova final aconteceria de forma interativa no ‘Fortnite’”, explicou.

Olhar para o futuro

A trajetória da Salve Games mostra como a tecnologia pode ser aliada das causas sociais e da educação, abrindo caminhos para que talentos da periferia ganhem visibilidade e acesso a oportunidades antes restritas a grandes centros.

“Estamos num processo de homologação com grandes gravadoras, buscando usar as ferramentas da IA de forma segura e responsável, para que o trabalho de videoclipes e produções audiovisuais seja feito com ética e qualidade”, finalizou o empreendedor.

Essas iniciativas da Salve Games e outras empresas com objetivos similares mudam a realidade de inúmeros jovens, além de descobrir talentos. Essa revolução, segundo o fundador, “vence o processo de usar os games como alavancador de assuntos importantes” e abre novo capítulo na democratização digital no Brasil.

Quem é Alexandre de Maio?

Alexandre de Maio é um dos principais especialistas em inovação e criatividade do Brasil, além de fundador da Salve Games.

Ele compartilha sua expertise sobre como a tecnologia está revolucionando o processo de criação artística, com ênfase no impacto transformador na música e nos videogames. Reconhecido por sua capacidade de integrar inovação com expressão artística, Alexandre de Maio é uma referência no cenário atual de novas tecnologias no entretenimento.

Alexandre de Maio com um microfone na mão direita e falando
Empresário decidiu usar o conhecimento que já possuía para aproveitar a onda da IA e a democratização no universo dos games (Imagem: João Pires de Oliveira Dias Neto)

Spotlight

Como a inteligência artificial vai mudar o futuro do mercado? O evento Spotlight, que celebra os 20 anos do Olhar Digital, trouxe 30 especialistas renomados do setor para responder essa pergunta em diferentes frentes. As palestras e painéis abordaram desde as melhores práticas na geração de conteúdo até técnicas para monetizar seu trabalho.

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União Europeia: Apple e Meta serão multadas por abuso de poder

A Apple e a Meta estão na mira da Comissão Europeia desde o ano passado. Agora, as empresas devem ser multadas por supostas violações da Lei dos Mercados Digitais, uma legislação que busca regular o poder das big techs.

O caso aumenta as discussões em torno do assunto. Isso porque as novas punições acontecem após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertar sobre a interferência da UE nas empresas norte-americanas.

Valor das multas foi descrito como moderado

O valor exato das multas ainda não foi divulgado. No entanto, o fato de serem descritas como “moderadas” sugere que elas podem não atingir o limite máximo estabelecido pela Lei dos Mercados Digitais, que é de até 10% das vendas anuais globais das empresas.

Apple entrou na mira da UE (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

A investigação da Comissão Europeia sobre as supostas violações faz parte de um esforço mais amplo do continente europeu para regular as grandes companhias de tecnologia e sua influência nos mercados digitais. Isso inclui garantir a concorrência justa e prevenir o abuso de poder de mercado.

As multas servem como um alerta para que outras empresas do setor de tecnologia cumpram a nova legislação. E é também um recado claro ao presidente Trump, que tem criticado as normas europeias desde que tomou posse. As informações são da Reuters.

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Ao fundo, desfocada, a bandeira da União Europeia; à direita, pessoa segurando um smartphone, no qual é exibida uma página da Meta
Relação do bloco com a Meta não é nada boa (Imagem: rarrarorro/Shutterstock)

UE busca criar um mercado digital justo e competitivo

  • A Lei dos Mercados Digitais da União Europeia visa criar um mercado digital justo e competitivo, estabelecendo regras e restrições para grandes plataformas online, também conhecidas como “gatekeepers”.
  • Devido ao seu tamanho e influência, as maiores empresas do setor têm o potencial de controlar o acesso a grandes segmentos do mercado digital.
  • A Apple e a Meta fazem parte deste cenário e, por isso, acabaram na mira das autoridades europeias.
  • Nenhuma das big techs se manifestou sobre a punição até o momento.

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ABNT cria norma para promover acessibilidade digital; conheça

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) está lançando a ABNT NBR 17225, norma técnica que trata da acessibilidade em conteúdos e aplicações web.

A novidade foi anunciada nesta terça-feira (11), na sede do Google em São Paulo (SP), com a presença de especialistas e representantes de diversas instituições.

Elaborada pelo Comitê Brasileiro de Acessibilidade (ABNT/CB-040), a norma estabelece requisitos que garantem que sites e plataformas digitais sejam acessíveis a todos, incluindo pessoas com deficiência, com limitações temporárias e situacionais.

Segundo a ABNT, este marco contribui para o cumprimento do artigo 63 da Lei Brasileira de Inclusão (LBI), que determina a acessibilidade em plataformas digitais de órgãos públicos e empresas.

Mario Esper, presidente da ABNT (Imagem: Divulgação/ABNT))

“A ABNT NBR 17225 reforça o compromisso de nossa instituição com a normalização voltada à inclusão e acessibilidade. Esse trabalho une expertise nacional e internacional para definir diretrizes que eliminem barreiras digitais, assegurando o acesso equitativo à informação e aos serviços online”, pontuou Mario Esper, presidente da ABNT.

Desenvolvimento e colaboração com ABNT

  • A criação da ABNT NBR 17225 foi resultado de processo colaborativo que se estendeu por quase dois anos e envolveu 178 especialistas;
  • A iniciativa contou com a coordenação técnica do Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br) e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br);
  • Antes da publicação, o documento foi submetido a Consulta Nacional, visando participação da sociedade e da comunidade técnica.

Reinaldo Ferraz, gerente de projetos do Ceweb.br|NIC.br, afirmou que “o Movimento Web para Todos estima que menos de 3% dos sites brasileiros atendem aos padrões de acessibilidade. Com essa norma, o Brasil se posiciona na vanguarda da acessibilidade digital, adotando diretrizes em consonância com as melhores práticas internacionais”.

Representantes de outras entidades também ressaltaram a importância da norma. Alexandre Munck, superintendente executivo da Fundação Dorina Nowill para Cegos, enfatizou que a iniciativa representa avanço essencial para proporcionar autonomia e equidade na navegação online.

Bernardo Barlach, gerente de parcerias para acessibilidade no Google, apontou o impacto positivo da colaboração entre setores na construção de ambiente digital mais inclusivo.

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Diretrizes e recomendações

A ABNT NBR 17225 reúne 146 diretrizes, distribuídas entre requisitos técnicos e recomendações para áreas, como interação por teclado, uso de imagens, formulários e cores.

Além de orientar desenvolvedores, a norma abrange boas práticas em design, gerenciamento de projetos e produção de conteúdo, ampliando seu alcance para diferentes áreas da criação digital.

O documento também lista itens críticos para a acessibilidade, como as diretrizes para uso de captchas e reconhecimento facial, assegurando que essas tecnologias sejam implementadas sem prejudicar a experiência dos usuários com deficiência.

Botão de teclado com a escrita "accessibility"
Norma também lista itens críticos para a acessibilidade (Imagem: Zerbor/Shutterstock)

Para simplificar a adoção, a norma inclui checklist que permite avaliar o nível de acessibilidade de um site, auxiliando empresas e organizações a se alinharem aos padrões estabelecidos pela ABNT.

O conteúdo completo da ABNT NBR 17225 está disponível gratuitamente no site oficial da instituição.

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Presidente do BC explica como exclusão de chaves Pix vai funcionar

Para evitar golpes, o Banco Central (BC) vai excluir quase dez milhões de chaves Pix ligadas a situações irregulares na Receita Federal. Oito milhões de chaves estão com CPF irregular na base de dados da Receita, enquanto 1,7 milhão estão com CNPJ irregular.

O Banco Central – responsável pelo sistema de transferências – informou que não vai excluir as chaves Pix de pessoas e empresas por falta de pagamento.

Segundo o presidente do BC, Gabriel Galípolo, o que vai mudar é o seguinte: ” (…) ninguém vai poder vincular o nome de uma empresa conhecida a um CNPJ que não seja dessa empresa, ou a um CPF qualquer. Ninguém vai conseguir, por exemplo, vincular o nome de uma igreja, ou de um serviço de streaming, ou de um banco onde você tenha conta, a um CNPJ que não seja dessas instituições para parecer legítimo e aplicar golpes.” (via G1)

Pix vai passar por mudanças em abril de 2025

O sistema de transferências do Banco Central vai passar por mudanças a partir de abril de 2025. Entre as novidades para o Pix, estão previstas atualizações de segurança e ações contra instabilidade.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante evento (Imagem: Pedro França/Agência Senado)

O orçamento de manutenção do Pix para este ano é de R$ 67,6 milhões, segundo o BC. “A alocação de recursos para a manutenção e evolução do parque tecnológico do BC é sempre objeto de priorização pela diretoria”, informou a instituição financeira.

Este orçamento é definido com base num planejamento anual, feito pelo Departamento de Tecnologia e submetido à diretoria do Banco Central.

Ícone do Pix num celular em cima de um notebook
Estão previstas atualizações de segurança e ações contra instabilidade para Pix em 2025 (Imagem: Photo For Everything/Shutterstock)

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Ainda segundo o Banco Central, o “ecossistema do Pix é robusto e resiliente”. “As equipes de manutenção do PIX trabalham em regime 24×7 [24 horas por dias, 7 dias por semana], com cobertura também nos domingos e feriados.”

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Lego “verde”: empresa lança pneus de materiais reciclados

Uma das principais empresas de brinquedos do mundo acaba de dar mais um passo no seu plano de se tornar mais sustentável. O grupo dinamarquês Lego criou uma nova fórmula para os seus pequenos pneus, que, a partir de agora, serão feitos com 30% de materiais recicláveis.

Ok, nem todo conjunto de Lego tem veículos com rodas. A iniciativa, no entanto, é importante, sobretudo para uma multinacional que vende mais de 200 milhões de kits por ano.

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Aqui no Brasil, o Lego é tão forte que ele se tornou sinônimo dos próprios blocos de montar ou de construção. Você não ouve ninguém falar em blocos, mas todo mundo sabe o que é um Lego. É o que em Português chamamos de metonímia.

O grupo dinamarquês tem um plano bastante ambicioso e muito consciente: quer fabricar blocos com materiais mais sustentáveis ​​e reduzir suas emissões de gases do efeito estufa em 37% até 2032. Para isso, a empresa acaba de lançar esse novo composto para seus pneus de brinquedo.

Uma iniciativa importante

  • Pode parecer pouco, mas é um belíssimo passo da companhia.
  • Para você ter uma ideia, a Lego detém o recorde mundial de maior fabricante de pneus de brinquedo.
  • Estamos diante, portanto, de uma iniciativa importante.
  • Mais do que isso: estamos diante de algo que pode servir de inspiração para outras empresas.
  • O nome do novo material é rSEBS (abreviação em Inglês de estireno-etileno-butileno-estireno, com o “r” de reciclagem).
  • Ele é feito a partir de cordas e redes de pesca descartadas combinadas com óleo de motor reciclado.
  • A ideia da gigante dos brinquedos é depender cada vez menos de ingredientes provenientes de combustíveis fósseis.
  • De acordo com o site oficial do Lego, o material reciclado responde por 30% do pneus de borracha da marca.
  • O objetivo da empresa é aumentar esse percentual um dia, além de usar menos plástico na confecção dos seus blocos.
Lego é diversão e beleza, mas também sustentabilidade e compromisso social – Imagem: patat/Shutterstock

Um pouco de história

O Grupo Lego nasceu no dia 10 de agosto de 1932, na Dinamarca, pelas mãos do carpinteiro Ole Kirk Kristiansen. O fundador tinha uma pequena oficina que fabricava brinquedos artesanais de madeira.

E o nome Lego vem desde o começo. É a junção de duas palavras que formam a expressão dinamarquesa “LEg GOdt”, que significa “brincar bem”.

A empresa cresceu bastante de lá para cá e chegou ao Brasil, por exemplo, na década de 1980. Hoje, ela é considerada uma das principais fabricantes de brinquedos do mundo e líder no segmento de brinquedos de montar.

Como já dissemos, a estimativa da marca é de vender cerca de 200 milhões de conjuntos por ano. A fabricação de peças fica na casa dos 100 bilhões de blocos. E a multinacional atua em mais de 40 países, com aproximadamente 25 mil funcionários.

Tudo isso já é bastante relevante. E acaba de ganhar um peso ainda maior pela preocupação ambiental da empresa. Ponto para o Lego.

As informações são do New Atlas.

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Estado americano quer ser o novo Vale do Silício; entenda

Os Estados Unidos podem estar vivendo o nascimento de um novo Vale do Silício. Ou a substituição do atual. O movimento foi identificado pela empresa imobiliária CBRE (que se mudou de Los Angeles para Dallas em 2020).

É exatamente esse o trajeto que centenas de companhias fizeram nos últimos anos. O Texas, onde fica Dallas, recebeu 209 novas sedes de empresas desde 2018. A Califórnia, por sua vez, perdeu 79. E muitas delas são do ramo da tecnologia.

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O termo Vale do Silício é bastante conhecido, mas pouca gente de fora do setor ou dos Estados Unidos sabe onde ele fica realmente. A região é formada por várias cidades da Califórnia, como Palo Alto, Cupertino, Mountain View, Santa Clara e a gigante São Francisco. É o lar de algumas das maiores e mais bem-sucedidas empresas de tecnologia do mundo, mas também de algumas promissoras startups.

Acontece que muitas dessas companhias começaram a deixar a região por causa do alto custo de vida, dos impostos e das várias regulamentações locais.

Ok, essa é uma demanda global dos empresários. Mas por que o Texas no lugar da Califórnia? Quem pode responder essa pergunta é o bilionário Elon Musk.

Um estado mais… flexível

  • Em julho do ano passado, Musk anunciou a mudança de sede da SpaceX de Hawthorne, na Califórnia, para Brownsville, no Texas.
  • No seu perfil no X, o hoje chefe do DOGE atribuiu essa troca a uma nova lei progressista.
  • A verdade, no entanto, é que o buraco é mais embaixo – e o que realmente importa na história é o dinheiro.
  • O Texas oferece uma combinação de impostos muito baixos, cidades com ótima infraestrutura (por causa das indústrias de petróleo e gás), além de regulamentação leve e vastas extensões de espaço plano.
  • Estamos diante, portanto, de um lugar dos sonhos para quem quer construir um data center ou uma nova planta.
  • E tudo isso economizando bastante com a folha salarial.
  • De acordo com a empresa CBRE, uma mudança para o Texas pode ajudar uma companhia a economizar de 15% a 20% em salários de funcionários.
  • Isso contrasta bastante com a Califórnia, que deve inaugurar em breve novos impostos climáticos.
  • Os empresários também reclamam bastante da aprovação de um salário mínimo de US$ 20 por hora para trabalhadores de fast-food.
  • A nova regra levou a uma alta nos custos com alimentação.
Elon Musk já fez suas malas para o Texas, mas ele não é o único – Imagem: Frederic Legrand/Shutterstock

Uma questão política também

Além de todos esses pontos, algo que vem levando (e ainda vai levar) muitos empresários da tecnologia para o Texas é a questão política. Como a gente vem mostrando aqui no Olhar Digital, muitos CEOs de big techs estão alinhados com o governo Donald Trump. E o Texas é um dos principais redutos conservadores dos Estados Unidos.

Só para citar alguns exemplos, Musk já tem no Texas uma fábrica de veículos da Tesla a leste de Austin, a nova sede da SpaceX, num espaço que ele chamou de Starbase, além de uma nova sede para o X, sua plataforma de mídia social.

A Apple também está apostando no estado, com a cidade de Austin já representando a segunda maior concentração de funcionários da fabricante do iPhone fora da sede da empresa em Cupertino, Califórnia.

A Meta e o Google também têm uma presença crescente por lá, e antigos pesos pesados ​​do Vale do Silício, como a Oracle e uma parte da Hewlett-Packard (HP), mudaram suas sedes para o estado dos cowboys.

O Texas tem impostos baixos, boas universidades, uma excelente infraestrutura e cidades lindas, como Dallas, que aparece na foto acima – Imagem: f11photo/Shutterstock

Hoje, o Texas abriga 55 empresas da Fortune 500, a lista da Forbes com as maiores corporações americanas. Trata-se de um recorde entre os estados.

De acordo com dados do Federal Reserve, os empregos em tecnologia no Texas cresceram ao dobro da taxa de outros setores na última década. E esse parece ser um caminho sem volta. Com ou sem Trump reeleito.

As informações são do TechXplore.

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