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Não é só whey: pesquisa aponta melhores proteínas pós-treino

Construir um shape não é das missões mais fáceis. É preciso disciplina, comprometimento, treino pesado e muita, mas muita comida.

É consenso na comunidade científica que o “combustível” que faz os músculos se desenvolverem é a proteína. Proteínas são conjuntos de aminoácidos presentes em todos os seres vivos – sejam de origem animal ou vegetal.

E aqui surge uma dúvida que todo praticante de exercício tem (seja ele marombeiro ou não): mas será que existe uma proteína melhor do que a outra? Segundo um estudo que acaba de ser publicado nos Estados Unidos, a resposta é não.

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Pesquisadores da Universidade de Illinois chegaram a essa conclusão após acompanhar a rotina e a dieta de 40 pessoas fisicamente ativas.

Durante o período de testes, eles comeram a mesma quantidade de proteína, só que de diferentes fontes. Alguns tomaram o famoso Whey Protein, outros comeram carne bovina, suína ou frango. Tiveram até mesmo aqueles que consumiram proteína de soja ou de ervilha.

E o resultado mostrou que todas elas tiveram exatamente o mesmo efeito.

Nem só de Whey vive o “maromba”: outras fontes de proteína também são eficientes no ganho muscular – Imagem: Madeleine Steinbach/Shutterstock

Um pouco mais sobre o estudo

  • Dos 40 participantes, 28 eram homens e 12 mulheres (todos com idades entre 20 e 40 anos).
  • Antes dos testes, eles foram submetidos a uma dieta padrão para deixar os corpos em condições iguais ou similares.
  • Em seguida, eles receberam planos alimentares aleatórios, sejam veganos ou onívoros de nove dias.
  • A dieta onívora continha pelo menos 70% de proteína animal e incluía carne bovina, suína, frango, laticínios e ovos.
  • A dieta vegana, por sua vez, deu atenção especial ao teor de aminoácidos, para garantir que as proteínas vegetais fossem completas e comparáveis ​​às fontes animais.
  • No geral, os participantes consumiram cerca de 1,1 a 1,2 gramas de proteína por quilo de peso corporal diariamente.
  • Durante esse período, todos realizaram exercícios de fortalecimento muscular com pesos a cada três dias no laboratório.
  • Após todo esse processo, os cientistas realizaram biópsias dos músculos das pernas dos participantes.
  • E, na comparação com o estágio inicial, eles perceberam que não houve diferença na forma como o músculo sintetizou as diferentes fontes de proteína nas dietas.
Carne vermelha, frango e ovos são proteínas, mas todos esses vegetais também são fontes ricas dessa substância – Imagem: 5PH/Shutterstock

Mais considerações

Os cientistas afirmaram que o resultado os surpreendeu. Eles esperavam um desempenho melhor da proteína de origem animal, mas não foi isso que os exames apontaram.

Eles também perceberam que a distribuição dessas proteínas durante o dia não fez diferença. Explico: o estudo mostrou pessoas que comeram uma, duas, três ou cinco refeições por dia com proteína tiveram o mesmo índice de melhora muscular.

Isso, segundo os cientistas, indica que, mais do que a divisão desses alimentos, o que mais importa é a quantidade total ingerida.

Vale destacar que esse é um estudo científico sobre o assunto. Existem vários outros que dizem coisas diferentes. O ideal, portanto, é que você siga aquilo que o seu médico ou nutricionista recomenda.

Você pode ler o novo estudo na íntegra na revista Medicine and Science in Sports and Exercise.

As informações são do New Atlas.

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Esta pode ser a cura para a calvície!

Pesquisadores da Austrália e de Cingapura anunciaram uma descoberta que pode deixar a cura para a calvície mais próxima. Eles descobriram o mecanismo responsável pela interrupção do crescimento do cabelo.

Em um novo estudo, a equipe identificou que as células-tronco do folículo piloso (HFSCs) precisam de uma proteína específica para que o crescimento capilar ocorra. Quando os níveis desta substância estão reduzidos, no entanto, este processo falha.

HSFCs ficam vulneráveis sem a proteína

  • A proteína em questão é a MCL-1.
  • De acordo com os cientistas, o estresse, envelhecimento, medicamentos contra o câncer ou até fatores genéticos podem causar a redução da quantidade destas substâncias no organismo.
  • Quando isso acontece, os HSFCs ficam vulneráveis e sobrecarregados na tentativa de promover o crescimento do cabelo.
  • Em casos extremos, eles também podem morrer, acentuando a calvície.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature Communications.
Uma proteína pode ser a responsável pela queda de cabelo (Imagem: New Africa/Shutterstock)

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Descobertas podem servir para criar tratamentos mais eficazes contra a calvície

Durante o trabalho, os pesquisadores demonstraram que o mau funcionamento do MCL-1 em camundongos causou a perda de pelos. A equipe ainda observou que os HFSCs ainda ficaram vivos por algum tempo, mas logo ficaram sobrecarregados e morreram.

Até agora, não se sabia que as células-tronco do folículo piloso eram tão frágeis e vulneráveis sem a proteção da proteína. O novo estudo, entretanto, abre novas possibilidades para proteger essas células e, por sua vez, prevenir a queda de cabelo.

Calvície é um problema que atinge milhões de pessoas, especialmente homens (Imagem: Oleg Elkov/Shutterstock)

De acordo com os pesquisadores, o “estudo avança na nossa compreensão de como a sobrevivência das células-tronco e a regeneração dos tecidos são orquestradas”. Isso pode ter implicações importantes no desenvolvimento de tratamentos mais eficazes contra a calvície.

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Insetos servem como fonte de proteína em projeto na África

A fome afeta milhões de pessoas ao redor do planeta e está relacionada com crises econômicas, conflitos armados e mudanças climáticas. Em 2023, por exemplo, foram mais de 700 milhões de subnutridos, o que corresponde a cerca de uma em cada 11 pessoas do mundo. 

Alguns dos países mais afetados ficam na África. E é por isso que um projeto utiliza gafanhotos como uma fonte de proteínas em Uganda. A iniciativa é liderada pela ONG Mothers Against Malnutrition and Hunger (Mamah).

Gafanhotos são criados em cativeiro

As ações são realizadas junto às comunidades locais e têm como objetivo garantir que os insetos estejam disponíveis o ano inteiro, por meio da criação desses animais em cativeiro. Isso porque estes animais costumam sumir em algumas épocas do ano.

ONG usa insetos para alimentar população na África (Imagem: divulgação/Mamah)

Integrantes da ONG explicam que os insetos são comestíveis e possuem muita proteína. E que os habitantes do local não costumam ter acesso a outras opções de alimentos, como carne, frango e ovos, por exemplo.

Dessa forma, a iniciativa possibilita que milhares de pessoas superem a insegurança alimentar a partir de uma produção própria. Lembrando que em algumas partes da África é comum comer insetos e outros animais que não fazem parte da “dieta” brasileira.

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Iniciativa da ONG usa insetos como fonte de proteína (Imagem: divulgação/Mamah)

Benefícios já podem ser observados

  • Já são 13 anos de projeto e os responsáveis pela ONG afirmam que melhorias significativas já foram observadas.
  • Além do combate a desnutrição, com crianças cada vez mais altas e fortes, a iniciativa também serve para resolver um outro problema.
  • Os níveis de presença escolar e redução do abandono da escola melhoraram no país.
  • Isso está ligado a uma melhor alimentação, uma vez que os ambientes escolares de Uganda não costumam oferecer merendas para os alunos.
  • As informações são da Agência Brasil.

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Novo método transforma esgoto em proteína e hidrogênio verde

Pesquisadores desenvolveram um método para processar e transformar o lodo de esgoto em energia renovável e proteína para animais. A tecnologia utiliza partes mecânicas, eletrólise e bactérias para decompor os restos lamacentos que poluem o planeta.

A ONU-Habitat, um dos programas da Organização das Nações Unidas (ONU), estimou que mais de 100 milhões de toneladas de lodo seco se acumulam no mundo todo a cada ano. Esse composto obstrui sistemas de tratamento e seu processamento custa bilhões.

Em sua composição, há matéria orgânica, nutrientes como nitrogênio e fósforo e uma mistura de metais pesados. O conjunto é espesso, demora para se de compor, queimá-lo pode liberar gases tóxicos e fazer sua decomposição leva meses. Além disso, o risco de contaminação é alto, o que dificulta sua manipulação e uso.

Depósito de lodo de esgoto. (Imagem: Rose Duda / Shutterstock)

A ONU estima que cerca de 2,5 bilhões de pessoas viverão em cidades até 2050. Com o crescimento das metrópoles e das indústrias, o esgoto também aumentará.

“A geração cada vez maior de lodo de esgoto em megacidades coloca um fardo substancial nos sistemas de tratamento de resíduos. A estrutura complexa e resiliente do lodo torna os métodos convencionais de pré-tratamento e recuperação biológica demorados, ineficientes em termos de energia e ambientalmente onerosos”, escreveram os pesquisadores.

Esgoto pode ser útil

Em busca de solução, cientistas da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, desenvolveram um sistema que transforma o lodo de esgoto em dois recursos valiosos: proteína unicelular, que serve como ração animal, e hidrogênio verde. O estudo está na revista Nature Water.

O método tem três estágios:

  • Primeiro, os técnicos responsáveis colocam o lodo em um moedor mecânico com um pouco de catalisador alcalino. A máquina tritura a substância no nível molecular, facilitando a extração de componentes úteis, ao mesmo tempo que retém os metais pesados para descarte seguro.
  • O material dissolvido passa por um processo de eletrólise alimentada por energia solar. No anodo, a matéria orgânica é oxidada para produzir ácidos graxos, principalmente o acético. No catodo, as moléculas de água se quebram, formando hidrogênio verde.
  • No fim, o ácido acético e outros componentes servem de alimentos para micróbios. Essas bactérias transformam o composto em proteína, que cuidadores podem usar para nutrir animais.

“Esperamos que nosso método proposto mostre a viabilidade de gerenciar resíduos de forma sustentável e mudar como o lodo de esgoto é percebido — de resíduo para um recurso valioso que apoia energia limpa e produção sustentável de alimentos”, disse o doutor Zhao Hu, um dos autores da pesquisa, em comunicado.

Pesquisadores da Universidade Tecnológica de Nanyang que participaram do projeto. Na foto: Professor Li Hong, Prof. Zhou Yan e Dr Zhao Hu.
Pesquisadores da Universidade Tecnológica de Nanyang que participaram do projeto. Na foto: Professor Li Hong, Prof. Zhou Yan e Dr Zhao Hu. (Imagem: NTU Singapore)

Resultados surpreenderam os cientistas

Mais de 91% do carbono orgânico no lodo foi recuperado e convertido em produtos úteis, sendo 63% dele transformado em proteína unicelular. As emissões de CO₂ se apresentaram 99,5% menores em relação a outras técnicas de decomposição do material lamacento vindo de esgotos.

A etapa alimentada por energia solar atingiu uma eficiência energética de 10%, gerando até 13 litros de hidrogênio por hora. Isso é cerca de 10% mais eficiente em termos de energia do que os métodos convencionais de geração de hidrogênio verde.

Proteína unicelular que serve de alimento para animais
Proteína unicelular resultante do processo serve de alimento para animais. (Imagem: NTU Singapore)

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“Nosso processo movido a energia solar demonstra como podemos enfrentar vários desafios de uma vez – transformando um resíduo difícil em energia limpa e proteína nutritiva”, comentou o professor Zhou Yan, da Universidade de Nanyang.

O grupo projetou todas as máquinas necessárias para o sistema funcionar em um formato modular e adaptável. Desde a eletrólise até as bactérias, tudo pode ser integrado em sistemas de tratamento já existentes. Segundo o grupo, com mais pesquisas, logo cidades pequenas e grandes poderão aplicar a tecnologia em suas estruturas.

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