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Cientistas criam anel de lula ‘digital’ com impressora 3D – e ele é comestível!

Em 2023, cientistas criaram anéis de lula totalmente veganos usando uma impressora 3D. Na época, a versão “digital” – feita com uma pasta de microalgas e proteínas de feijão mungo verde – chegou a ser preparada em um evento da American Chemical Society (ACS), mas, apesar de saborosa, a invenção estava longe da textura ideal. Agora, a equipe diz ter encontrado a fórmula perfeita.

Entenda:

  • Cientistas usaram impressão 3D para criar anéis de lula veganos;
  • Uma versão do fruto do mar “digital” havia sido apresentada em 2023, mas a textura não estava próxima à do alimento verdadeiro;
  • A equipe, então, testou diferentes receitas, e recentemente divulgou uma nova fórmula;
  • A nova versão não apenas se aproxima da lula real em questão de mastigabilidade, mas também a supera em teor proteico.
Anéis de lula 3D ganharam nova receita. (Imagem: ACS Food Science & Technology)

A equipe vinha trabalhando para encontrar uma forma de deixar o sabor, o conteúdo nutricional e, principalmente, a textura do anel de lula 3D o mais próximo possível do fruto do mar verdadeiro. Os esforços levaram à criação de uma nova receita, e o processo foi detalhado em um artigo na ACS Food Science & Technology.

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Equipe testou novas receitas do anel de lula 3D

Como descrito no estudo, os pesquisadores fizeram alguns ajustes na receita e nos parâmetros de impressão para solucionar a questão da textura da lula ao ser empanada e frita. Foram testadas versões com diferentes medidas de feijão mungo verde, microalgas em pó, espessante (goma gelana) e gordura (óleo de canola).

Usando uma impressora 3D de alimentos, a equipe criou anéis de lula de cerca de 4,5 centímetros de largura e, ao contrário da versão anterior, congelou o conteúdo durante a noite. No dia seguinte, os anéis veganos foram fritos.

Lula 3D é mais proteica que fruto do mar verdadeiro. (Imagem: Poornima Vijayan)

Anel de lula “digital” tem mais proteínas que o verdadeiro

Uma vez pronta, a versão vegana foi analisada em laboratório. Os resultados mostraram que a receita cujo resultado final mais se assemelhava à lula verdadeira – em fatores de mastigabilidade – continha 1,5% de espessante, 2% de gordura e 10% de microalgas.

Além disso, a equipe ainda descobriu que a versão 3D pode contar com um teor proteico de 19%, maior do que a lula real, com 14%.

“Esta pesquisa demonstra o potencial da impressão 3D para transformar proteínas vegetais sustentáveis, como feijão-mungo e microalgas, em análogos de frutos do mar com textura comparável. Nossos próximos passos envolvem entender a aceitação do consumidor e dimensionar a formulação para aplicações mais amplas”, diz Poornima Vijayan, autora principal do estudo, em comunicado.

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Não é só whey: pesquisa aponta melhores proteínas pós-treino

Construir um shape não é das missões mais fáceis. É preciso disciplina, comprometimento, treino pesado e muita, mas muita comida.

É consenso na comunidade científica que o “combustível” que faz os músculos se desenvolverem é a proteína. Proteínas são conjuntos de aminoácidos presentes em todos os seres vivos – sejam de origem animal ou vegetal.

E aqui surge uma dúvida que todo praticante de exercício tem (seja ele marombeiro ou não): mas será que existe uma proteína melhor do que a outra? Segundo um estudo que acaba de ser publicado nos Estados Unidos, a resposta é não.

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Pesquisadores da Universidade de Illinois chegaram a essa conclusão após acompanhar a rotina e a dieta de 40 pessoas fisicamente ativas.

Durante o período de testes, eles comeram a mesma quantidade de proteína, só que de diferentes fontes. Alguns tomaram o famoso Whey Protein, outros comeram carne bovina, suína ou frango. Tiveram até mesmo aqueles que consumiram proteína de soja ou de ervilha.

E o resultado mostrou que todas elas tiveram exatamente o mesmo efeito.

Nem só de Whey vive o “maromba”: outras fontes de proteína também são eficientes no ganho muscular – Imagem: Madeleine Steinbach/Shutterstock

Um pouco mais sobre o estudo

  • Dos 40 participantes, 28 eram homens e 12 mulheres (todos com idades entre 20 e 40 anos).
  • Antes dos testes, eles foram submetidos a uma dieta padrão para deixar os corpos em condições iguais ou similares.
  • Em seguida, eles receberam planos alimentares aleatórios, sejam veganos ou onívoros de nove dias.
  • A dieta onívora continha pelo menos 70% de proteína animal e incluía carne bovina, suína, frango, laticínios e ovos.
  • A dieta vegana, por sua vez, deu atenção especial ao teor de aminoácidos, para garantir que as proteínas vegetais fossem completas e comparáveis ​​às fontes animais.
  • No geral, os participantes consumiram cerca de 1,1 a 1,2 gramas de proteína por quilo de peso corporal diariamente.
  • Durante esse período, todos realizaram exercícios de fortalecimento muscular com pesos a cada três dias no laboratório.
  • Após todo esse processo, os cientistas realizaram biópsias dos músculos das pernas dos participantes.
  • E, na comparação com o estágio inicial, eles perceberam que não houve diferença na forma como o músculo sintetizou as diferentes fontes de proteína nas dietas.
Carne vermelha, frango e ovos são proteínas, mas todos esses vegetais também são fontes ricas dessa substância – Imagem: 5PH/Shutterstock

Mais considerações

Os cientistas afirmaram que o resultado os surpreendeu. Eles esperavam um desempenho melhor da proteína de origem animal, mas não foi isso que os exames apontaram.

Eles também perceberam que a distribuição dessas proteínas durante o dia não fez diferença. Explico: o estudo mostrou pessoas que comeram uma, duas, três ou cinco refeições por dia com proteína tiveram o mesmo índice de melhora muscular.

Isso, segundo os cientistas, indica que, mais do que a divisão desses alimentos, o que mais importa é a quantidade total ingerida.

Vale destacar que esse é um estudo científico sobre o assunto. Existem vários outros que dizem coisas diferentes. O ideal, portanto, é que você siga aquilo que o seu médico ou nutricionista recomenda.

Você pode ler o novo estudo na íntegra na revista Medicine and Science in Sports and Exercise.

As informações são do New Atlas.

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Nem carne, nem frango ou peixe: essa proteína está associada à longevidade

Os países onde mais se consome proteínas vegetais, como grão de bico, tofu e ervilha, têm maior expectativa de vida. Esta é a conclusão de um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália.

O trabalho analisou dados demográficos e de abastecimento de alimentos de 101 nações entre 1961 e 2018. O objetivo era entender se o tipo de proteína que a população consumia tinha algum impacto na longevidade.

Resultados diferentes em crianças e adultos

  • De acordo com a pesquisa, as dietas ricas em proteínas e gorduras de origem animal, como carne, ovos e laticínios, reduziram as taxas de mortalidade infantil.
  • No entanto, o resultado foi diferente quando analisada as populações adultas.
  • Nestes cenários, foram as proteínas vegetais que aumentaram a expectativa de vida geral.
  • Alguns exemplos deste hábito foram apontados pelos cientistas: Okinawa, no Japão, Ikaria, na Grécia e Loma Linda, na Califórnia, estão entre os maiores consumidores destes produtos e apresentam os melhores índices de longevidade.
  • Além da importância para a saúde, as conclusões também reforçam a importância da preservação do planeta, uma vez que as proteínas vegetais causam menos impactos ambientais.
  • O estudo foi publicado na revista Nature Communications.
Proteínas vegetais aumentam longevidade (Imagem: 5PH/Shutterstock)

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Dietas tiveram resultados diferentes na saúde das populações

Para entender o impacto das dietas proteicas à base de plantas e animais na longevidade humana, os pesquisadores analisaram dados disponíveis publicamente sobre o suprimento de 101 países em um período de 60 anos.

Os dados incluíram a quantidade de alimentos produzidos por nação, juntamente com os níveis de calorias, proteínas e gorduras disponíveis para consumo.

Os países estudados representaram uma variedade de sistemas alimentares, incluindo locais onde o consumo de proteína de origem animal é maior, como Austrália, Estados Unidos, Suécia e Argentina. Outras áreas, por sua vez, têm o consumo de alimentos à base de plantas mais prevalente, como Paquistão e Indonésia.

Dietas baseadas em proteína vegetal reduzem riscos de problemas cardíacos (Imagem: Ahmet Misirligul/Shutterstock)

Para comparar o impacto do abastecimento de alimentos na expectativa de vida, os pesquisadores corrigiram os dados para levar em consideração as diferenças de riqueza e tamanho da população entre os países. Dessa forma, descobriram que os locais onde a disponibilidade geral de proteínas vegetais era maior tinham expectativas de vida relativamente mais altas.

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