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NASA revela imagens de raios vistos do espaço; confira

Tempestades carregadas de raios e trovões não são nenhuma raridade, mas, graças à NASA, agora temos a chance de observá-las de uma nova perspectiva: astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) revelaram imagens impressionantes de raios vistos de cima, diretamente do espaço.

Entenda:

  • Astronautas da NASA revelaram imagens fascinantes de raios vistos do espaço;
  • As fotos foram capturadas na Estação Espacial Internacional, a 400 quilômetros acima da superfície da Terra;
  • Para fotografar o fenômeno impressionante, a equipe usou uma técnica de imagem desenvolvida por um veterano da NASA.
Raios vistos do espaço. (Imagem: Nichole Ayers/NASA)

Em maio, as astronautas Anne McClain e Nichole Ayers – tripulantes da Expedição 73 da NASA – usaram seus perfis no X (antigo Twitter) para compartilhar as fotos fascinantes capturadas nas regiões do Alabama e da Georgia, nos EUA, a 400 quilômetros acima da superfície da Terra.

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Equipe usou técnica de astronauta da NASA para fotografar raios do espaço

Técnica de veterano da NASA foi usada para tirar fotos de raios no espaço. (Imagem: Nichole Ayers/NASA)

As imagens dos raios foram capturadas com uma técnica de imagem desenvolvida por Don Pettit, astronauta veterano da NASA. “As fotos são tiradas a 120 frames por segundo [fps], e os flashes que você vê duram apenas um frame”, explica McClain na legenda da publicação. “Rápido e furioso, mas também uma visão incrível!”

Um fenômeno de cores “hipnotizantes”

Raios vistos de cima possuem cores impressionantes. (Imagem: Anne McClain/NASA)

As fotos de Ayers foram tiradas da janela do laboratório da Estação Espacial, de acordo com a astronauta – que descreveu as cores do fenômeno como “hipnotizantes”. “Estou tão impressionada com a vista que temos daqui de cima dos sistemas climáticos da Terra – alguns dos quais são tão grandes que até me chamaram a atenção durante nossa caminhada espacial!”

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“Relâmpago” vermelho raro acima das nuvens é fotografado na China

Uma descarga elétrica rara e intensa, chamada “sprite vermelho”, iluminou o céu noturno na cidade de Shannan, no Tibete, sudoeste da China, entre sábado (31) e domingo (1). Diferentemente do relâmpago comum, que vai das nuvens ao chão, esse fenômeno dispara para a parte alta da atmosfera, acima das nuvens, por isso é difícil de ser visto da Terra.

O evento foi registrado por um jovem astrofotógrafo chinês, Dong Shuchang, que usou uma câmera de alta velocidade. As imagens mostram os relâmpagos vermelhos alaranjados iluminando o céu estrelado como fogos de artifício, criando um espetáculo visual impressionante.

Fotógrafo premiado explica como registrou o fenômeno na China

Em entrevista à TV chinesa CCTV, Dong, de 27 anos, disse que não foi sorte, mas sim planejamento. Ele estudou a previsão do tempo e analisou imagens de satélite para escolher o melhor local e horário para a captura. “Fui para as montanhas de Shannan, encontrei um ponto a mais de cinco mil metros e apontei minha câmera para o sul. Tinha certeza de que não haveria muitas nuvens atrapalhando”.

Sprite vermelho fotografado no Tibete, região autônoma dentro da China. Crédito: Dong Shuchang/WEIBO

A câmera de Dong gravou 120 quadros por segundo, o que permitiu captar não somente o brilho do sprite, como também detalhes raros de se observar. Ele revelou que nessa ocasião, pela segunda vez, conseguiu fotografar um tipo ainda mais raro de sprite, chamado “sprite fantasma”, um evento de relâmpago vermelho que dura pouquíssimo tempo.

Dong já é reconhecido internacionalmente. Em 2021, ganhou o prêmio de Fotógrafo de Astronomia do Ano pelo Observatório Real de Greenwich, na Inglaterra, com uma foto de eclipse solar chamada “O Anel de Ouro”. Ele é o mais jovem a receber esse prêmio no mundo da astronomia.

“O Anel de Ouro”, fotografia de Dong Shuchang premiada em 2021. Crédito: Dong Shuchang

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O que são sprites?

Sprites são um tipo de evento luminoso transiente (TLE) que ocorre entre 50 e 100 km de altura, quase na borda do espaço, bem diferente dos relâmpagos comuns que caem perto das nuvens. Eles podem ter formatos variados, como o famoso “sprite água-viva”, que tem filamentos vermelhos parecidos com tentáculos.

A cor vermelha é causada pela reação da descarga elétrica com o nitrogênio da atmosfera, que produz esse brilho avermelhado. Apesar do tamanho, esses fenômenos duram muito pouco, entre 10 e 100 milésimos de segundo, o que dificulta a observação a olho nu e a captura de imagens.

Uma imagem de um sprite vermelho fotografado a partir da Estação Espacial Internacional (ISS) em 2023. Crédito: ESA/DTU/ A. Mogensen

Já foram vistos sprites em quase todos os continentes, menos na Antártica. A maior ocorrência é sobre os EUA, na região do “Corredor dos Tornados”, famosa por tempestades violentas. 

Segundo a NASA, o fenômeno foi documentado acidentalmente pela primeira vez em gravações de fita de vídeo terrestres na noite de 6 de julho de 1989. Observações em vídeo do ônibus espaciais adquiridas de 1989 a 1991 forneceram 17 exemplos adicionais para confirmar a existência dos sprites.

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Raríssimo! Veja tempestade de “duendes vermelhos” iluminar os céus do Himalaia

Uma dupla de astrofotógrafos conseguiu uma tarefa difícil: registrar uma tempestade de duendes vermelhos. Esse fenômeno atmosférico acontece a altitudes de 50 a 90 quilômetros e cada raio dura apenas milissegundos, tornando ainda mais difícil de capturá-los. Os fotógrafos conseguiram capturar mais de 100 deles no céu do Himalaia.

Além dos duendes vermelhos, a dupla presenciou algo inédito: o primeiro caso registrado na Ásia de um brilho verde conhecido como “sprites fantasmas”.

Análise dos duendes vermelhos e sprites fantasmas registrados no Himalaia (Imagem: Advances in Atmospheric Sciences/Reprodução)

Veja como foi a tempestade de duendes vermelhos

Duendes vermelhos são raios avermelhados luminosos enormes, com até 40 quilômetros de diâmetro, que acontecem em altitudes de 50 a 90 quilômetros. Eles são difíceis de serem registrados, porque duram milissegundos.

Trata-se de um fenômeno atmosférico que acontece na mesosfera terrestre, quando cargas elétricas interagem com nitrogênio. A intenção cria os raios avermelhados.

A dupla de astrofotógrafos chineses Angel An e Shuchang Dong conseguiu algo impressionante: capturar mais de 100 desses raios no céu. O registro aconteceu perto do Lago Pumoyongcuo, no Planalto Tibetano do Sul, na cordilheira do Himalaia.

Assista o registro, divulgado pelo site IFLScience:

Além dos duendes vermelhos, a dupla também fotografou outros tipos de raios e jatos secundários, incluindo o primeiro caso registrado na Ásia de um “sprite fantasma”, um raio de aparência verde.

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Tesmpestade no Himalaia pode ser uma das mais intensas da Terra

As observações desta ocasião foram relatadas em um estudo publicado na revista Advances in Atmospheric Sciences nesta semana.

O professor Gaopeng Lu, da Universidade de Ciência e Tecnologia da China e coautor do trabalho, revelou que o evento “foi realmente notável” e possibilitou descobertas. Segundo ele, a análise dos raios revelou que as tempestades na região do Himalaia têm “potencial de produzir algumas das descargas elétricas atmosféricas superiores mais complexas e intensas da Terra”, podendo competir com as tempestades registradas nas costas europeias e nas planícies americanas.

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Duendes vermelhos já foram registrados em outros locais do mundo (Imagem: Thanasis Papathanasiou via NASA)

Mas o estudo teve uma grande desafio antes de chegar nessa conclusão:

  • Os registros não têm marcação de tempo suficientemente precisa para analisar os duendes vermelhos e outros raios em detalhes;
  • Para garantir a precisão, a equipe teve que combinar os tempos do vídeo com a localização do campo estelar;
  • Em seguida, tiveram que sincronizar isso com as trajetórias de satélites em órbita, para obter os tempos exatos da ocorrência dos raios;
  • Foi uma abordagem pouco ortodoxa, mas ajudou a equipe a melhorar a medição do tempo das descargas elétricas, possibilitando uma análise mais precisa.

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Raro relâmpago gigante sobre a Terra é fotografado do espaço

Uma imagem impressionante capturada na Estação Espacial Internacional (ISS) revelou um raro “jato gigante” de relâmpago se estendendo por mais de 80 km acima da costa dos EUA. Esse fenômeno, que dispara descargas elétricas para cima das nuvens, foi registrado em 19 de novembro de 2024, mas só agora veio a público.

O registro foi descoberto pelo fotógrafo Frankie Lucena, especialista em fenômenos atmosféricos, no banco de imagens da NASA Gateway to Astronaut Photography of Earth. Lucena encontrou quatro registros do evento e compartilhou um deles com a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com na última semana. A localização exata do jato ainda não foi confirmada, mas especialistas acreditam que tenha ocorrido próximo ao litoral de Nova Orleans.

Imagem de plano aberto fotografada por um astronauta não identificado em 19 de novembro de 2024 mostra o “jato gigantesco” no canto superior direito. Crédito: Gateway to Astronaut Photography of Earth/NASA

Como se formam os “jatos gigantes” de relâmpagos

Jatos gigantes são relâmpagos que sobem das tempestades em direção à alta atmosfera, emitindo um brilho azulado devido ao nitrogênio presente nessa camada. Eles duram menos de um segundo e podem alcançar a ionosfera, a cerca de 80 quilômetros de altitude. Por isso, são considerados os relâmpagos mais altos já registrados na Terra.

Além da altura impressionante, esses raios também são extremamente poderosos. Um dos mais intensos já medidos ocorreu em Oklahoma, em 2018, e liberou uma energia 60 vezes maior que a de um relâmpago comum, atingindo temperaturas superiores a 4.400°C.

Provável local onde o relâmpago gigante se formou. Crédito: Frankie Lucena via Spaceweather.com

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Nas imagens recentes, é possível ver tentáculos avermelhados no final do jato. Essas descargas elétricas se assemelham a um outro fenômeno atmosférico, conhecido como “sprite“, que tem formato de água-viva e ocorre acima das tempestades. No entanto, de acordo com o explicado por especialistas ao site EarthSky.com,  jatos gigantes e sprites são fenômenos distintos.

Esse tipo de raio só foi identificado em 2001, e desde então, poucas dezenas de registros fotográficos foram feitos. Ainda assim, os cientistas acreditam que ocorram até mil jatos gigantes invisíveis por ano. A maioria das imagens foi capturada do espaço, mas há registros feitos por passageiros de aviões sobrevoando tempestades.

O estudo desses jatos pode ajudar a entender melhor as interações entre tempestades e a atmosfera superior. Pesquisadores continuam analisando novos registros para desvendar os mecanismos que impulsionam esse fenômeno raro e fascinante.

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