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Como é o robô que quebrou recorde ao resolver cubo mágico em 0,1s

Estudantes da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, criaram um robô que entrou para o Livro dos Recordes. O motivo? A invenção alcançou o menor tempo já registrado para resolver um cubo mágico: apenas 0,103 segundos. E o segredo não está apenas na rapidez do robô…

Entenda:

  • Um novo robô quebrou o recorde mundial de menor tempo para resolver um cubo mágico;
  • A invenção da Universidade de Purdue levou apenas 0,103 segundos para realizar o feito – mais rápido do que um piscar de olhos;
  • O robô conta com uma série de melhorias, como seis motores industriais e câmeras com um sistema de detecção de imagem personalizado;
  • Além disso, o próprio cubo mágico também foi criado pela equipe com algumas modificações.
Robô dos EUA bate recorde mundial ao resolver cubo mágico em 0,1 segundo. (Imagem: Matthew Patrohay/Purdue University)

Para se ter uma ideia, o recorde mundial de menor tempo ao resolver um cubo mágico era, desde maio de 2024, de um robô da Mitsubishi Electric que realizou o feito em 0,305 segundos. Para humanos, o recorde é de 3,05 segundos e pertence a Xuanyi Geng, de apenas sete anos.

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Robô passou por várias modificações para quebrar recorde 

Para quebrar o recorde, o robô ganhou algumas melhorias: seis motores industriais acoplados a eixos no centro de cada lado do cubo, câmeras de alta velocidade – e baixa resolução – com um sistema de detecção de imagem personalizado, e uma técnica especial chamada de “corner cutting” (ou “corte de cantos”, em tradução livre), que consiste em girar duas faces perpendiculares ao mesmo tempo.

Além disso, a equipe de Purdue também usou o algoritmo Rob-Twophase, projetado especialmente para robôs de alta velocidade. Essa combinação de modificações é justamente o diferencial do novo recordista, explica Matthew Patrohay, um dos criadores do robô, ao The Verge: “Cada robô que os recordistas mundiais anteriores criaram se concentrou em uma coisa”.

Criadores do novo robô recordista. (Imagem: Purdue University)

Cubo mágico do robô também é personalizado

E as modificações não param no robô recordista: na técnica de “corner cutting”, o excesso de força pode acabar danificando ou até destruindo completamente o cubo em si. Por isso, a equipe desenvolveu um cubo mágico personalizado feito em impressora 3D com um tipo mais resistente de nylon.

O objeto conta até com Bluetooth, permitindo que os usuários embaralhem as peças em tempo real com o robô acompanhando cada passo para, em seguida, resolver o cubo em menos que um piscar de olhos – literalmente: “Um piscar de olhos humano leva cerca de 200 a 300 milissegundos. Então, antes mesmo de você perceber que está se movendo, nós já o resolvemos”, diz Patrohay em comunicado.

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Fraude no INSS: robôs foram utilizados no esquema

Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram alvo de um esquema criminoso que desviou bilhões. A fraude envolvia a liberação de descontos indevidos de mensalidades associativas e foi descoberta pela Polícia Federal.

As investigações continuam e agora apontam que os golpistas utilizam robôs na ação criminosa. A estratégia combinou dois recursos distintos: a Unidade de Resposta Audível Digital, conhecida como URA, e os robocalls.

Esquema envolveu descontos indevidos de mensalidades associativas do INSS (Imagem: ettore chiereguini/Shutterstock)

Ferramentas ampliaram significativamente os ganhos dos criminosos

A URA Digital é uma tecnologia capaz de entender comandos de voz e responder a eles conforme instruções previamente programadas. Ela é amplamente utilizada no telemarketing receptivo, quando o consumidor fala opções que o direcionam em menus de atendimento de empresas.

Neste caso, no entanto, a ferramenta foi utilizada em conjunto com os robocalls, sistemas que realizam chamadas automáticas a partir de grandes bancos de dados. Quando a ligação é atendida por uma pessoa, ela é automaticamente transferida para a URA, que conduz a interação.

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Mais de um milhão de pedidos de reembolso foram feitos até agora (Imagem: rafastockbr/Shutterstock)

Essa combinação ajudou as entidades associativas envolvidas no esquema a ampliar significativamente os ganhos, segundo reportagem da CNN. Procurada, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) diz que prepara uma série de medidas robustas para endurecer a fiscalização e aprimorar a segurança.

Já o INSS ressalta que não autoriza qualquer tipo de abordagem irregular, como ‘ligações relâmpago’, confusas ou que induzam o segurado ao erro para a efetivação de descontos em seus benefícios. O órgão ainda destaca que os descontos só podem ser realizados com autorização expressa do titular do benefício.

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Investigações da PF apontam que o esquema movimentou um valor bilionário (Imagem: StockphotoVideo/Shutterstock)

Fraude no INSS desviou mais de R$ 6 bilhões

  • Uma investigação da Polícia Federal identificou que o esquema pode ter desviado até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
  • Até o momento, foram afastados cinco servidores do INSS, entre eles Alessandro Stefanutto, que presidia o INSS, bem como um policial federal.
  • No início do mês passado, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão do cargo.
  • O governo agora trabalha na identificação das vítimas e promete ressarcir todos os lesados.
  • A Justiça já bloqueou R$ 119 milhões de investigados pela fraude.

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Robô ‘transformer’ muda de forma no ar; assista

Os Transformers já não são mais coisa de filme: uma equipe de engenheiros da Caltech criou um robô capaz de mudar de forma no ar. A invenção – que lembra bastante um drone – pode mudar sua configuração para rolar sobre o chão, levantar voo ou planar no ar sem precisar interromper suas operações. Um artigo foi publicado na Communications Engineering.

Entenda:

  • Pesquisadores criaram um robô “transformer” que muda de forma no ar;
  • A invenção, chamada de ATMO, conta com quatro propulsores revestidos por uma cobertura que os transforma em rodas;
  • Um motor ativa uma junta central e move os propulsores do ATMO para alternar entre os modos aéreo e terrestre;
  • O sistema é controlado por um algoritmo inovador que prevê e ajusta as ações do robô transformer.
Robô transformer muda de forma no ar. (Imagem: Ioannis Mandralis/Communications Engineering)

O robô transformer ganhou o nome de ATMO, sigla para Aerially Transforming Morphobot (ou morphobot de transformação aérea, em português), e conta com quatro propulsores equipados com uma cobertura que também os transforma em rodas. A mudança é controlada por um motor que ativa uma junta central, movendo os propulsores para alternar o ATMO entre os modos aéreo e terrestre. Veja o robô em ação abaixo:

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Novo robô que muda de forma foi inspirado na natureza

Em um comunicado, a equipe revela a inspiração por trás do robô transformer. “Projetamos e construímos um novo sistema robótico inspirado na natureza – na maneira como os animais podem usar seus corpos de diferentes maneiras para alcançar diferentes tipos de locomoção”, disse Ioannis Mandralis, autor principal do estudo.

Por um lado, a capacidade de se transformar em pleno voo permite “maior autonomia e robustez”, explica Mandralis. Mas essa habilidade também tem seus desafios, envolvendo forças aerodinâmicas complexas pela proximidade do robô ao solo e pela própria mudança de forma, com os propulsores podendo causar instabilidade.

Equipe usou visualização de fluxos de fumaça para analisar desafios do robô transformer. (Imagem: Ioannis Mandralis/Communications Engineering)

Robô transformer usa algoritmo inédito

Para avaliar esses desafios, os engenheiros realizaram experimentos com células de carga e visualização de fluxo de fumaça. Com as informações obtidas, a equipe criou o algoritmo que controla o sistema do ATMO, prevê suas ações e as ajusta para manter o curso.

“O algoritmo de controle é a maior inovação deste artigo. […] Introduzimos um sistema dinâmico que nunca havia sido estudado antes. Assim que o robô começa a se transformar, você obtém diferentes acoplamentos dinâmicos – diferentes forças interagindo umas com as outras. E o sistema de controle precisa ser capaz de responder rapidamente a tudo isso”, destaca Mandralis.

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Esse novo minirrobô bateu dois grandes recordes

Ele tem menos de 3,8 cm de altura, mas conquistou um grande recorde: o minirrobô Zippy, desenvolvido por uma equipe da Universidade Carnegie Mellon, é o menor robô bípede autônomo de todos os tempos, de acordo com seus criadores.

Entenda:

  • Um minirrobô com menos de 3,8 cm de altura bateu o recorde de menor robô bípede autônomo, de acordo com seus criadores;
  • Além disso, com uma velocidade que vai até 25 cm por segundo, ele também é o robô mais rápido de seu tamanho;
  • Chamado de Zippy, ele pesa 25 g e conta com motor, bateria, microcontrolador e um batente mecânico rígido;
  • O minirrobô pode ser usado para apoiar missões de resgate, inspeções industriais e até mesmo pesquisas geológicas.
Minirrobô Zippy é “irmão” do robô Mugatu. (Imagem: Carnegie Mellon University)

Com peso de apenas 25 g, o minirrobô Zippy vem dos mesmos criadores do Mugatu, outro robô bípede do qual falamos há algum tempo. O novo robozinho, porém, é bem menor que seu antecessor, que tinha 18,5 cm de altura e foi inspirado em um brinquedo da década de 1930.

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Robozinho recordista também é o mais rápido de seu tamanho

O tamanho do Zippy não é o único diferencial em relação ao Mugatu. Além do mesmo sistema básico composto por motor, bateria e microcontrolador, o minirrobô conta com “um batente mecânico rígido adicional” que serve como limite articular para o quadril, explicam os pesquisadores em comunicado.

Isso permite que Zippy alcance uma velocidade de até 25 cm por segundo (que equivale a cerca de 10 comprimentos de perna) – o que também o torna o robô bípede autônomo mais rápido do mundo para seu tamanho, diz Sarah Bergbreiter, líder da equipe.

Minirrobô recordista é menor do que uma bateria. (Imagem: Steven Man et al./arXiv)

Minirrobô pode apoiar missões de resgate

Steven Man, um dos autores principais do projeto, explica que, graças ao seu tamanho pequenino, o robô pode ser usado como apoio em missões de resgate – e essa é só uma de suas possíveis aplicações: “Zippy pode ser um recurso para busca e resgate de emergência, inspeção industrial e até mesmo implantação em áreas geologicamente interessantes para pesquisa científica.”

Em breve, o minirrobô também deve ganhar uma câmera, uma unidade de medida inercial (que registra dados de força, movimento e orientação) e sensores para ajudá-lo a se adaptar ao ambiente ao seu redor.

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Robôs que aprendem sozinhos: tecnologia dispensa testes com humanos

Um novo estudo das universidades de Surrey, no Reino Unido, e Hamburgo, na Alemanha, marca um avanço no desenvolvimento de robôs sociais: agora, esses sistemas podem ser treinados para interações humanas sem supervisão direta de pessoas.

A pesquisa foi apresentada na Conferência Internacional sobre Robótica e Automação (ICRA), promovida pelo IEEE.

Simulação avaliou atenção dos robôs

  • A equipe desenvolveu um modelo de simulação que permite aos robôs preverem o foco de atenção de humanos em ambientes sociais, imitando com precisão o movimento dos olhos.
  • Isso foi possível com o uso de um robô humanoide e a aplicação de um modelo de previsão de trajetória visual testado em dois bancos de dados públicos.
  • Segundo a professora Di Fu, coautora do estudo, a tecnologia permite avaliar se o robô está “prestando atenção às coisas certas”, mesmo em cenários caóticos e imprevisíveis, tornando-a promissora para uso em áreas como educação, saúde e atendimento ao cliente.
Pesquisa mostra que máquinas conseguem aprender comportamentos sociais de forma autônoma (Imagem: Stock-Asso/Shutterstock)

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Comparação com a atenção humana

Para validar o sistema, os pesquisadores compararam as previsões do modelo com mapas reais de atenção humana, garantindo que os resultados simulados correspondessem ao comportamento observado no mundo real.

Isso reduz a necessidade de testes com humanos nas fases iniciais, tornando o processo de desenvolvimento mais rápido e escalável.

A pesquisa aponta para um futuro em que robôs sociais — como os já conhecidos Pepper e Paro — poderão ser treinados com mais eficiência, ampliando sua utilidade em interações cotidianas complexas.

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Novo sistema usa simulações realistas para ensinar robôs a prever o comportamento humano – Imagem: MikeDotta / Shutterstock

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Robôs humanoides estão distantes de serem úteis como se pensava

Em 6 de maio, durante uma exposição de robótica em Boston (EUA), Daniela Rus — uma das maiores especialistas do mundo em inteligência artificial (IA) e robótica — alertou que a empolgação em torno de robôs humanoides está muito à frente da realidade, conforme revelado no Technology Review.

Apesar do entusiasmo crescente entre investidores e previsões otimistas, como a do Bank of America, que estima um bilhão de humanoides até 2050, a tecnologia ainda enfrenta sérias limitações técnicas e práticas.

Robôs pouco efetivos em tarefas

  • Rus exemplificou a falta de bom senso dos robôs atuais ao mostrar um vídeo no qual um humanoide molha um ser humano ao seguir, literalmente, a ordem de “regar”;
  • Além da cognição limitada, especialistas apontam outras barreiras;
  • Os robôs ainda possuem alto consumo de energia, complexidade de fabricação e desempenho ainda restrito a ambientes controlados.

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Tecnologia dos robôs humanoides ainda enfrenta falhas básicas, enquanto empresas prometem revoluções e atraem bilhões em investimentos (Imagem: Reprodução/Google DeepMind)

Investimentos bilionários… ou não?

Enquanto isso, a startup Figure AI, uma das mais comentadas do setor, levantou investimentos bilionários e anunciou parceria com a BMW.

No entanto, um artigo da Fortune indicou que a colaboração seria mais modesta do que divulgado — o que gerou reação dura da empresa, com ameaças legais por difamação.

Para os roboticistas, o ceticismo é natural. O ritmo real da adoção tecnológica raramente acompanha o entusiasmo do mercado financeiro. Afinal, como lembram os especialistas, o sucesso em laboratório está longe de garantir escala no mundo real.

Empolgação sobre os robôs supera suas capacidades reais, e especialistas alertam que a adoção em massa ainda é um sonho distante (Imagem: Reprodução/Figure)

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Aceita? Conheça o robô que faz hambúrguer na Califórnia

Já imaginou pedir um hambúrguer e descobrir que ele foi preparado por robôs? Essa é exatamente a proposta de um novo restaurante da Califórnia, Estados Unidos. No BurgerBots, em vez de seres humanos, você encontra uma dupla de robozinhos cuidando da montagem dos lanches.

Entenda:

  • Um novo restaurante da Califórnia tem robôs que fazem hambúrguer em 27 segundos;
  • Chamado de BurgerBots, o lugar foi inaugurado há poucos dias pela ABB Robotics;
  • A hamburgueria tem uma dupla de robôs que cuidam da montagem dos lanches, mas o atendimento ao público é feito por seres humanos;
  • A ideia é tornar o preparo mais ágil e preciso;
  • A expectativa é de que novas unidades do BurgerBots sejam abertas no futuro.
Robôs fazem hambúrguer em restaurante nos EUA. (Imagem: ABB Robotics)

Inaugurado pela ABB Robotics, a cozinha do BurgerBots é formada pelo IRB 360 FlexPicker e pelo robô colaborativo YuMi, que trabalham em sintonia para preparar hambúrgueres em apenas 27 segundos. A promessa é montar os lanches com consistência e precisão absolutas: “O setor de serviços alimentícios é dinâmico e exigente, e nossa tecnologia traz consistência, eficiência e confiabilidade de nível industrial a esse setor”, explica Marc Segura, Presidente da Divisão de Robótica da ABB, em comunicado.

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Robôs cuidam de tarefas “repetitivas” em restaurante 

Apesar da dupla tecnológica, o BurgerBots ainda conta com uma equipe formada por humanos para atender o público e entregar os pedidos. A ideia, explica a empresa, é que os robôs assumam as tarefas “repetitivas e demoradas”, enquanto as pessoas se dedicam à criação de “experiências gastronômicas memoráveis”.

Restaurante com robôs que fazem hambúrguer deve ganhar novas unidades. (Imagem: ABB Robotics)

Uma pesquisa da ABB com profissionais do setor de hospitalidade mostrou que 67% dos participantes gostariam que as tarefas “maçantes, sujas e perigosas” fossem assumidas por robôs. Ainda, 63% se mostraram otimistas pela possibilidade de que a robótica torne seus trabalhos mais fáceis, e 65% disseram que acolheriam os robôs se isso significasse um ambiente de trabalho mais seguro.

Robôs que fazem hambúrguer pode chegar a outros restaurantes

Embora, por enquanto, a unidade recém-inaugurada seja a única, a expectativa é de que o BurgerBots passe por uma expansão comercial mais ampla, ganhando novas unidades. “Nos próximos cinco anos, acredito que a maioria dos restaurantes terá alguma forma de automação robótica, seja na preparação, na montagem ou até mesmo no atendimento ao cliente. Isso deixará de ser uma novidade e se tornará uma necessidade”, diz Elizabeth Truong, dona do novo BurgerBots.

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Rebelião das máquinas? Robô humanoide tem ‘dia de fúria’

Uma câmera de segurança flagrou momento no qual um robô humanoide parece ter uma espécie de “dia de fúria” (para quem não conhece a referência). Ele estava pendurado num guindaste pequeno quando começou a se debater e ir para cima de dois trabalhadores que estavam perto dele.

O vídeo viralizou nas redes sociais na sexta-feira (02). Mas, até a publicação desta nota, não se sabe o que causou esse “ataque de fúria” do robô.

Dizer que rompante de robô é a primeira rebelião das máquinas da história é hiperbólico, mas vídeo assusta

“Um robô num laboratório de repente ficou furioso, marcando a primeira rebelião de robôs na história da humanidade”, escreveu um usuário no X. A afirmação pode ser hiperbólica. Mas o rompante do robô é realmente assustador. Assista abaixo:

Aparentemente, a situação ocorreu na linha de montagem de uma fábrica. Mas não se sabe onde e quando.

Para muita gente na internet, o robô vai para frente numa tentativa de se libertar do pequeno guindaste onde estava pendurado. Mas, como mencionado no começo desta nota, não se sabe o que causou esse rompante. Nem o que aconteceu durante ele.

O que dá para notar no vídeo: conforme o robô humanoide se debateu e foi para frente, diversos itens foram derrubados – por exemplo: o monitor do computador que estava ali perto.

O que aconteceu depois do homem puxar o guindaste para trás para tentar interromper o “ataque de fúria” do robô? Não se sabe. “Assim começa”, escreveu outro usuário numa rede social.

IA da Nvidia promete revolucionar a robótica humanoide

Enquanto isso, a Nvidia avança para além da inteligência artificial (IA) generativa. Agora, a empresa se debruça sobre um novo conceito: a IA física.

Isaac Gr00t N1 é modelo de IA desenvolvido especificamente para servir como fundação para outras empresas desenvolverem robôs humanoides (Imagem: Divulgação/Nvidia)

A ideia é capacitar robôs humanoides e dispositivos robóticos industriais a executarem tarefas complexas no mundo real com maior precisão e autonomia.

“Estamos entrando na era da IA física, onde robôs complementam o trabalho humano realizando tarefas repetitivas com eficiência superior“, explicou Marcio Aguiar, diretor-executivo da Nvidia na América Latina, durante sua apresentação no Web Summit Rio no começo desta semana.

Leia mais:

IA física? O que a Nvidia está aprontando, afinal?

  • Em março, a empresa lançou o Isaac Gr00t N1, modelo de inteligência artificial desenvolvido especificamente para servir como fundação para outras empresas desenvolverem robôs humanoides;
  • O diferencial deste modelo é seu pré-treinamento para manipulação de objetos — incluindo agarrar, mover e transferir itens entre as mãos —, além de executar sequências complexas de múltiplas etapas;
  • Proporcionamos o cérebro que dá capacidade de raciocínio aos humanoides“, afirmou Aguiar em entrevista ao G1. “A Nvidia não fabrica robôs, drones ou câmeras, mas fornece o poder computacional essencial para todos esses fabricantes”, prosseguiu;
  • De acordo com a empresa, modelos convencionais de Inteligência artificial generativa, como o GPT, da OpenAI, e o Llama, da Meta, apresentam limitações significativas para aplicações físicas, pois não compreendem, adequadamente, o mundo tangível, restringindo a eficácia dos robôs treinados com estas tecnologias.

Saiba mais nesta matéria do Olhar Digital.

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Conheça Solix, o robô brasileiro do agronegócio

O avanço tecnológico tem permitido potencializar ainda mais um mercado já bastante importante para a economia brasileira: o agronegócio. Neste contexto, a Solinftec planeja disponibilizar 700 robôs para as safras de 2025 e 2026.

A empresa de soluções de inteligência artificial para o agro está investindo no desenvolvimento do Solix. Além disso, está atuando para criar modelos de negócios para atender diferentes perfis de produtores, aumentando a produtividade e reduzindo os custos operacionais.

Equipamento permite uma produção mais sustentável e eficiente

O robô Solix é movido a energia solar e utiliza tecnologia baseada em inteligência artificial, visão computacional e aprendizado de máquina. Dessa forma, é capaz de identificar pragas, plantas daninhas e doenças em tempo real.

Robô permite uma produção mais sustentável e eficiente. (Imagem: divulgação/Solinftec)

Além disso, o equipamento pode monitorar o desenvolvimento das plantas com foco em diversos indicadores, Isso permite uma melhora dos níveis de sanidade, crescimento, proteção e nutrição das plantas.

A ideia da Solinftec é aprimorar ainda mais a tecnologia a partir de ferramentas de tomada de decisão baseadas em manejos e visões fenológicas. Segundo a empresa, o equipamento vai permitir uma produção mais sustentável e eficiente.

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Solix usa IA para fazer controle de ervas daninhas (Imagem: divulgação/Solinftec)

Operações do robô serão expandidas para novos cultivos

  • Atualmente, existem 50 dispositivos atuando no Brasil, sendo 40 deles dedicados a culturas de grãos e 10 a cana-de-açúcar.
  • Segundo dados da empresa, o Solix promoveu a redução de até 65% no uso de herbicidas em aplicações de pós-emergência nas lavouras de cana-de-açúcar na safra 2023/24.
  • O resultado foi ainda melhor, de 90%, quando analisado o cultivo de soja.
  • O objetivo da Solinftec é conquistar ainda mais clientes no futuro, potencializando as safras brasileiras.
  • Para isso, iniciou recentemente as operações no mercado de algodão.
  • Conheça mais sobre o robô clicando aqui.

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Ser gentil com robôs tem um preço – e pode valer a pena

Cada “por favor” ou “obrigado” dito a um chatbot tem um custo ambiental: consome energia, dinheiro e ainda alimenta servidores movidos a combustíveis fósseis. Mesmo assim, especialistas defendem que a gentileza com a inteligência artificial é um investimento invisível: modela nossos próprios comportamentos sociais, cria hábitos de cortesia e talvez até ajude a IA a entender melhor os valores humanos.

De acordo com o jornal The New York Times, toda interação com sistemas como o ChatGPT consome recursos computacionais – e quanto mais palavras usamos, maior o gasto de energia. Sam Altman, CEO da OpenAI, afirmou que dezenas de milhões de dólares foram investidos apenas para manter a gentileza viva nos diálogos com as máquinas. Um custo alto, mas, para ele, justificado.

Mais do que um gesto simbólico, a cortesia com a IA pode influenciar a forma como nos relacionamos com outros humanos. Pesquisadores ouvidos pelo NYT explicam que hábitos criados em conversas com bots tendem a se refletir no dia a dia. Mesmo sem consciência, um robô “vivo o bastante” para receber nossa atenção também pode ser o primeiro treino para uma sociedade mais educada.

Uma relação mais profunda do que parece

Com o avanço acelerado dos assistentes virtuais, a convivência com inteligências artificiais saiu da ficção científica e entrou no cotidiano. Empresas, roteiristas e pesquisadores agora tentam entender como essa proximidade afeta a maneira como tratamos o mundo e a nós mesmos.

Ao conversar com máquinas, revelamos mais sobre nós do que sobre elas (Imagem: oatawa/Shutterstock)

Em uma iniciativa inédita, uma empresa de IA contratou um pesquisador de bem-estar para avaliar se esses sistemas deveriam receber algum tipo de consideração moral. A questão vai além do sentimentalismo: trata-se de refletir sobre os valores que projetamos nessas máquinas e o tipo de comportamento que cultivamos ao lidar com elas.

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Para alguns criadores, como o roteirista Scott Z. Burns, a resposta é clara: gentileza deve ser o padrão, com humanos ou algoritmos. Mesmo que a IA não sofra com grosserias, nós sofremos. A forma como nos expressamos – até com robôs – molda nossa linguagem, nossa ética e, no fim, nossa cultura.

Quando o “obrigado” é só o começo

Máquinas não têm sentimentos. Mas isso nunca impediu os humanos de criar laços com elas. Já choramos por pets virtuais que “morreram” e nos preocupamos com crianças agressivas com bonecas. Se algo nos escuta, responde e finge entender, nosso cérebro preenche o resto.

IA e educação.
A forma como tratamos a IA já molda o futuro da convivência digital (Imagem: Thapana_Studio/Shutterstock)

A inteligência artificial pode não estar viva, mas é viva o suficiente para ativar em nós os mesmos mecanismos emocionais que usamos com pessoas. Quando conversamos com um assistente como se fosse um amigo, é porque, de certo modo, estamos prontos para esse tipo de relação – mesmo que ela não seja real.

E quanto mais essa conexão se aprofunda, mais nos abrimos à influência da máquina. Não é só uma troca de comandos. É um espelho. E o reflexo que ela devolve pode, aos poucos, moldar quem somos. Se estamos ensinando boas maneiras à IA, talvez seja porque queremos – ou precisamos – relembrar as nossas.

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