GLM Digital: Seu portal para um universo de descobertas online. Navegue por uma seleção cuidadosamente curada de produtos que inspiram e facilitam o seu dia a dia. Mais que uma loja, somos um ponto de encontro digital onde qualidade, variedade e uma experiência de compra intuitiva se unem para transformar seus desejos em realidade, com a conveniência que só o online pode oferecer.
Um novo estudo das universidades de Surrey, no Reino Unido, e Hamburgo, na Alemanha, marca um avanço no desenvolvimento de robôs sociais: agora, esses sistemas podem ser treinados para interações humanas sem supervisão direta de pessoas.
A pesquisa foi apresentada na Conferência Internacional sobre Robótica e Automação (ICRA), promovida pelo IEEE.
Simulação avaliou atenção dos robôs
A equipe desenvolveu um modelo de simulação que permite aos robôs preverem o foco de atenção de humanos em ambientes sociais, imitando com precisão o movimento dos olhos.
Isso foi possível com o uso de um robô humanoide e a aplicação de um modelo de previsão de trajetória visual testado em dois bancos de dados públicos.
Segundo a professora Di Fu, coautora do estudo, a tecnologia permite avaliar se o robô está “prestando atenção às coisas certas”, mesmo em cenários caóticos e imprevisíveis, tornando-a promissora para uso em áreas como educação, saúde e atendimento ao cliente.
Pesquisa mostra que máquinas conseguem aprender comportamentos sociais de forma autônoma (Imagem: Stock-Asso/Shutterstock)
Para validar o sistema, os pesquisadores compararam as previsões do modelo com mapas reais de atenção humana, garantindo que os resultados simulados correspondessem ao comportamento observado no mundo real.
Isso reduz a necessidade de testes com humanos nas fases iniciais, tornando o processo de desenvolvimento mais rápido e escalável.
A pesquisa aponta para um futuro em que robôs sociais — como os já conhecidos Pepper e Paro — poderão ser treinados com mais eficiência, ampliando sua utilidade em interações cotidianas complexas.
Novo sistema usa simulações realistas para ensinar robôs a prever o comportamento humano – Imagem: MikeDotta / Shutterstock
Em 6 de maio, durante uma exposição de robótica em Boston (EUA), Daniela Rus — uma das maiores especialistas do mundo em inteligência artificial (IA) e robótica — alertou que a empolgação em torno de robôs humanoidesestá muito à frente da realidade, conforme revelado no Technology Review.
Apesar do entusiasmo crescente entre investidores e previsões otimistas, como a do Bank of America, que estima um bilhão de humanoides até 2050, a tecnologia ainda enfrenta sérias limitações técnicas e práticas.
Robôs pouco efetivos em tarefas
Rus exemplificou a falta de bom senso dos robôs atuais ao mostrar um vídeo no qual um humanoide molha um ser humano ao seguir, literalmente, a ordem de “regar”;
Além da cognição limitada, especialistas apontam outras barreiras;
Os robôs ainda possuem alto consumo de energia, complexidade de fabricação e desempenho ainda restrito a ambientes controlados.
Tecnologia dos robôs humanoides ainda enfrenta falhas básicas, enquanto empresas prometem revoluções e atraem bilhões em investimentos (Imagem: Reprodução/Google DeepMind)
Investimentos bilionários… ou não?
Enquanto isso, a startup Figure AI, uma das mais comentadas do setor, levantou investimentos bilionários e anunciou parceria com a BMW.
No entanto, um artigo da Fortune indicou que a colaboração seria mais modesta do que divulgado — o que gerou reação dura da empresa, com ameaças legais por difamação.
Para os roboticistas, o ceticismo é natural. O ritmo real da adoção tecnológica raramente acompanha o entusiasmo do mercado financeiro. Afinal, como lembram os especialistas, o sucesso em laboratório está longe de garantir escala no mundo real.
Empolgação sobre os robôs supera suas capacidades reais, e especialistas alertam que a adoção em massa ainda é um sonho distante (Imagem: Reprodução/Figure)
Uma equipe suíço-italiana criou o RoboCake, um bolo de casamento robótico comestível. A inovação faz parte do projeto RoboFood, que visa desenvolver uma nova geração de robôs comestíveis e alimentos inteligentes.
O RoboCake apresenta dois ursinhos de pelúcia robóticos totalmente comestíveis com sabor de gomas de romã, feitos de gelatina, xarope e corantes. “Eles são animados por um sistema pneumático interno: quando o ar é injetado por meio de canais dedicados, suas cabeças e braços se movem”, explica o pesquisador Bokeon Kwak.
Eles também desenvolveram a primeira bateria recarregável comestível, feita de vitamina B2, quercetina, carvão ativado e chocolate, para dar um “toque gourmet”. Essas baterias, seguras para consumo, podem ser usadas para acender as velas de LED no bolo”, explica o pesquisador Valerio Galli.
“O primeiro sabor que você sente ao comê-las é chocolate amargo, seguido por um toque picante surpreendente, devido ao eletrólito comestível em seu interior, que dura alguns segundos.”
Baterias comestíveis de chocolate amargo (Imagem: EPFL/Divulgação)
O que é o RoboFood?
O RoboFood é um projeto de pesquisa de quatro anos, com um investimento de 3,5 milhões de euros e financiado pela União Europeia. Lançado em 2021, reúne cientistas da Escola Politécnica Federal de Lausanne, do Instituto Italiano de Tecnologia, da Universidade de Bristol e da Universidade de Wageningen.
A iniciativa combina ciência alimentar e robótica de uma forma radicalmente nova para criar robôs comestíveis e alimentos robotizados para conservação de alimentos, nutrição de emergência, medicina humana e veterinária ou novas experiências culinárias.
Ursinhos são animados por um sistema pneumático interno (Imagem: EPFL/Divulgação)
Por um bem maior
O RoboCake está sendo apresentado na Expo 2025 Osaka, no Japão, por chefs confeiteiros e cientistas de alimentos envolvidos no projeto. Os profissionais acreditam que a fusão de robótica e alimentação pode oferecer grandes vantagens no futuro, com destaque para o desperdício de alimentos.
“Robôs comestíveis poderiam ser usados para entregar alimentos em áreas ameaçadas, entregar medicamentos de maneiras inovadoras a pessoas com dificuldade de engolir ou a animais, ou até mesmo monitorar alimentos e seu frescor usando sensores que podem ser ingeridos”, afirmou Dario Floreano, coordenador do projeto RoboFood.
“Essa colaboração interdisciplinar abre caminho para experiências gastronômicas interativas e deliciosas, nos lembrando que a comida é um recurso precioso e possivelmente reduzindo a compulsão alimentar.”
A robótica está cada vez mais presente no noticiário. E não é para menos: a Goldman Sachs estima que que o mercado global dos modelos humanoides valerá 38 bilhões de dólares até 2035. Elon Musk, dono da Tesla, prevê que o robô Optimus poderia gerar mais de 10 trilhões de dólares em receita para a empresa.
Entre pesquisas acadêmicas, conceitos e apostas do mercado, a gente vem publicando tecnologias curiosas – e algumas delas viralizaram.
Pensando nisso, o Olhar Digital fez um top 10 de robôs mais diferentões que encontramos e mostramos em nosso site recentemente.
Confira!
Optimus é aposta da Tesla! (Imagem: Divulgação/Tesla)
10 – Sem componentes eletrônicos!
Em décimo lugar, temos esse modelo criado com impressão 3D sem componentes eletrônicos. E ele anda! O robô foi desenvolvido por cientistas da Universidade da Califórnia. E qual é o segredo para se movimentar? Um cartucho de gás comprimido permite que ele percorra superfícies como grama ou areia e até ande debaixo d’água.
9 – Robô ‘abelha’
Se você avistar, no futuro, alguns pequenos pontos brancos voando por aí, eles provavelmente devem ser os robôs que estão em nono lugar da nossa lista. De acordo com os cientistas da Universidade de Berkeley, este é o menor robô voador sem asas do mundo. O minúsculo corpo de polímero mede apenas 9,4 mm de largura e também saiu de uma impressora 3D.
8 – Um ajudante para o seu lar
O oitavo colocado talvez seja o seu favorito. Quem aí não gostaria de um ajudante em casa? Essa é a proposta do Neo Gamma, da empresa norueguesa 1X, que conta com apoio da OpenAI, a startup por trás do ChatGPT. Ele é o sucessor do Neo Beta, que você já conheceu aqui no OD. O robô pode andar com uma marcha humana natural e balanço de braço, agachar-se para pegar coisas do chão e sentar-se em cadeiras.
7 – Robô ginasta
Já havíamos apresentado a vocês o robô humanoide Atlas, da Boston Dynamics, totalmente elétrico, que vem dando passos significativos em direção à autonomia. Ele realiza tarefas de forma independente e surpreende com sua capacidade de movimentação. O Atlas já é praticamente um ginasta – o que dá a ele o sétimo lugar em nosso ranking.
6 – Robôs realistas (até demais)
A sexta posição é dividida entre os irmãos da Engineered Arts, Ameca e Azi. Eles têm expressões muito realistas, que talvez até te causem um certo espanto.
4 – Robô fofinho da Estação Espacial Internacional
Por falar em espaço, esse simpático robô passou aqui no OD recentemente. O quarto lugar é do Int-Ball2, que fica a bordo da Estação Espacial Internacional. Desenvolvido pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão, a JAXA, o robô é um assistente silencioso e eficiente. Enquanto os astronautas se concentram em suas missões científicas e técnicas, ele paira livremente pela estação, registrando tudo em fotos e vídeos de alta qualidade.
3 – Robô mais feio do mundo (ou, pelo menos, que eu já vi)
A medalha de bronze dá calafrios e fez muito sucesso em nosso site e nas nossas redes sociais. Estamos falando do Protoclone. De acordo com a startup Clone Robotics, ele é o “primeiro androide bípede musculoesquelético do mundo”.
O lançamento em si é fenomenal. A empresa conseguiu desenvolver um humanoide capaz de realizar 200 tipos de movimentos independentes. E muitos desses movimentos são similares aos dos seres humanos. O problema é que o robô parece ter saído de um filme de terror.
Mas, coitado… não podemos julgar um livro pela capa.
Com pernas mecânicas e visual inspirado nas motocicletas da marca, o veículo é feito para ser montado como um animal mesmo. Ele é movido por um motor a hidrogênio de 150 cilindradas. O projeto une robótica avançada, inteligência artificial e energia limpa. Um design inovador digno de pódio!
E que rufem os tambores do Olhar Digital!
1 – Robô líquido no estilo “O Exterminador do Futuro”
A medalha de ouro vai para o robô líquido da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul! Ele bombou em nosso site e nas nossas redes sociais. O modelo lembra muito o vilão de O Exterminador do Futuro 2, o T-1000. Uma das habilidades dele é de se deformar para atravessar espaços pequenos.
O segredo da invenção está no envolvimento por partículas hidrofóbicas, ou seja, que repelem a água – e que são extremamente densas.
Podendo se mover livremente sobre a água ou superfícies sólidas, o robô líquido atravessa barras de metal, suporta quedas de alto impacto e compressão extrema, transporta substâncias e se funde com outros robôs líquidos.
Ainda, mesmo após se dividir, ele é capaz de recuperar a forma original completamente.
Durante uma série de experimentos com o robô líquido, os cientistas descobriram que é possível controlar a velocidade dos movimentos com ultrassom – o que o torna promissor em áreas como a biomedicina, com aplicações na administração direcionada de medicamentos no corpo humano, por exemplo.
É realmente impressionante! A diferença é que esse robozinho com certeza será usado para o bem. Fizemos uma reportagem para o Olhar Digital News mostrando, confira!
Um fotógrafo pessoal que simplesmente flutua e registra todos os trabalhos feitos… no espaço. Parecido com uma bola de futebol e tendo dois belos e simpáticos olhos azuis, o Int-Ball2 é um robô bem curioso a bordo da Estação Espacial Internacional.
O nome tem a ver com “Internal Ball Camera-2”, sendo um companheiro dos astronautas para documentar as tarefas diárias fora da Terra. Desenvolvido pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão, a JAXA, o robô é um assistente silencioso e eficiente. Enquanto os astronautas se concentram em suas missões científicas e técnicas, ele paira livremente pela estação, registrando tudo em fotos e vídeos de alta qualidade.
Os trabalhos do colega robótico aliviam a carga para os astronautas, que precisavam parar suas atividades para ajustar câmeras ou posicioná-las corretamente. Agora, os controladores na Terra também são beneficiados para acompanhar o que acontece na estação espacial. O Int-Ball2 deixa esse trabalho totalmente automatizado – o que significa mais tempo para ciência, experimentos e exploração – e menos preocupação com “selfies espaciais”.
As capacidades do vigia da estação
O robô flutuante é operado remotamente por controladores da JAXA na Terra, mas também tem “mente própria”. Ele usa uma unidade de medição inercial, ou IMU, desenvolvida pela Epson, além de sistemas avançados de mapeamento visual, para navegar pela estação sem bater em nada. Já quando a bateria está acabando, o Int-Ball2 retorna sozinho à sua base de carregamento e se conecta de forma autônoma.
A própria Nasa reconhece o papel fundamental do robozinho japonês. Nos detalhes do experimento, a agência cita que “o tempo da tripulação é um dos recursos mais valiosos na Estação Espacial Internacional, e muitas tarefas simples e repetitivas poderiam ser automatizadas. Isso libera tempo da tripulação para atividades mais importantes”.
Então, da próxima vez que você vir imagens incríveis do laboratório orbital, lembre-se: pode ser que elas tenham sido capturadas por um fotógrafo especial… que não precisa nem de traje espacial!
Cientistas do MIT e de duas universidades de Hong Kong desenvolveram um microrrobô inovador que salta usando uma combinação de mola e asas articuladas — uma abordagem que consome muito menos energia do que o voo tradicional.
Pesando menos de 1 grama e com cerca de 5 cm de altura, o robô experimental substitui a locomoção aérea contínua por saltos coordenados, auxiliados por batidas de asas inspiradas em insetos.
O estudo sobre esse projeto foi publicado na revista Science Advances.
Como o robô alça “voo”:
O funcionamento do robô é engenhoso: ao tocar o solo, uma haste com mola de fibra de carbono comprime e armazena energia, que é liberada no salto seguinte.
As asas, ativadas por músculos artificiais, fornecem sustentação extra.
Durante os testes, o robô alcançou saltos de até 20 cm de altura e se deslocou lateralmente a uma velocidade de até 30 cm por segundo — tudo isso com 64% menos consumo energético do que um drone convencional voando a mesma distância.
Um sistema externo de rastreamento identifica o próximo ponto de pouso e ajusta a orientação do robô no ar para garantir saltos precisos, mesmo em superfícies irregulares ou escorregadias.
Por ter uma grande eficiência energética, estima-se que o robô possa transportar 10 vezes o peso de um robô voador convencional do mesmo tamanho – Imagem: MIT
A equipe demonstrou sua eficácia em ambientes como grama, gelo, vidro molhado e terrenos inclinados, provando sua versatilidade em missões fora do comum.
Com sua eficiência energética e capacidade de adaptação, os pesquisadores agora planejam torná-lo completamente autônomo, integrando bateria, sensores e sistema de navegação.
O objetivo é utilizá-lo em tarefas de alto risco, como buscas em áreas de desastres ou exploração de ambientes perigosos. No vídeo abaixo, é possível ver o dispositivo realizando seu voo.
Gigantes da tecnologia americana, como Tesla e Nvidia, estão se apressando no desenvolvimento de robôs humanoides, considerados essenciais para a economia futura.
Esses robôs, que combinam inteligência artificial e design humanoide, têm o potencial de ocupar empregos industriais e de serviços.
Embora Tesla, com o robô Optimus, lidere os esforços nos EUA, enfrenta forte concorrência da China, onde empresas como Unitree Robotics e Agibot estão superando os rivais americanos em termos de preços e produção em larga escala.
Com modelos como o Optimus, os EUA lideram o setor de robôs humanoides, mas concorrência da China ja preocupa (Imagem: Divulgação/Tesla)
China avança com apoio do governo local
A China, com uma cadeia de suprimentos robusta e apoio governamental, está avançando rapidamente, com patentes de robôs humanoides e grandes players como Xiaomi e fabricantes de veículos elétricos, como BYD, já envolvidos.
O governo chinês tem incentivado o desenvolvimento da robótica, visando a produção em massa até 2025, e especialistas preveem que a adoção de robôs humanoides nas linhas de produção e serviços crescerá nos próximos anos.
O custo de fabricação ainda é alto, mas empresas chinesas como a Unitree estão oferecendo preços mais acessíveis, o que pode acelerar a adoção global.
As informações são da CNBC, que ouviu analistas do setor.
A China, que domina a cadeia de suprimentos de componentes essenciais, está posicionada para liderar o mercado, colocando os EUA em risco de perder a competição.
A previsão é que, até 2030, as vendas de robôs humanoides globais atinjam 1 milhão de unidades anuais, com 3 bilhões de robôs operando até 2060.
Robôs humanoides, turbinados por IA, são aposta da industria tecnologia para ocupar diversas tarefas no futuro (Imagem: sdecoret/Shutterstock)
Cientistas da Universidade de Tecnologia de Delft e da EPFL (Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Lausanne) desenvolveram um robô quadrúpede capaz de correr como um cachorro, sem a necessidade de motores.
Essa inovação, publicada na revista científica Nature Machine Intelligence, combina mecânica avançada com tecnologia orientada por dados, podendo abrir caminho para robôs mais eficientes em termos de energia.
De acordo com Cosimo Della Santina, professor assistente da Universidade de Delft, robôs quadrúpedes comerciais têm sido limitados pela ineficiência energética, restringindo seu tempo de operação. “Nosso objetivo era otimizar a mecânica do robô para imitar a eficiência dos sistemas biológicos”, afirma ele.
Pesquisadores buscaram projetar um robô quadrúpede com mecânica otimizada, sem sofrer com limitações energéticas vistas em outros modelos – Imagem: Universidade de Tecnologia de Delft
Movimentos projetados com análise de cães reais
Inspirados por fenômenos naturais, como a maneira como um peixe morto pode nadar devido à mecânica passiva de seu corpo, a equipe usou aprendizado de máquina para analisar os movimentos de cães e projetar a estrutura do robô.
Usando dados sobre a movimentação canina, eles posicionaram molas, cabos e tandems, permitindo que o robô se movesse apenas pelo impulso de uma esteira, sem motores.
Embora o robô funcione passivamente, ele possui motores para lidar com situações como subir escadas ou desviar de obstáculos, mas esses motores são usados minimamente, graças ao design mecânico otimizado.
A inovação do projeto oferece um avanço importante na robótica, com o potencial de criar robôs quadrúpedes mais eficientes e adaptáveis a diferentes ambientes. A equipe acredita que, ao melhorar a mecânica e a cognição, é possível desenvolver robôs mais inteligentes e energeticamente sustentáveis.
Pesquisadores das universidades de Michigan, nos Estados Unidos, e da Southern University of Science and Technology, na China, apresentaram uma inovação na área da robótica. A nova tecnologia permite que robôs com pernas usem skates de forma autônoma.
Isso é possível graças a uma estrutura baseada em aprendizado por reforço. Segundo a equipe, estes dispositivos podem ser utilizados no futuro em serviços como entregas urbanas e locomoção automatizada.
Sistema permite movimentações mais suaves
De acordo com o estudo, o grande diferencial é o Discrete-Time Hybrid Automata Learning (DHAL).
Este sistema permite que os robôs identifiquem e executem transições de movimento sem precisar de segmentação manual.
Em outras palavras, os dispositivos podem aprender a interagir com o ambiente de maneira mais fluida e intuitiva.
Isso tudo sem precisar de ajustes constantes por parte dos programadores.
As descobertas foram descritas em artigo publicado na ArXiv.
Os pesquisadores responsáveis pelo trabalho explicam que a dinâmica híbrida permite que os robôs alternem entre movimentos suaves e mudanças abruptas, como acontece quando um objeto em movimento interage com diferentes superfícies. No caso do skate, os dispositivos precisam aprender a empurrar, deslizar e equilibrar-se para conseguir avançar.
O sistema DHAL identifica automaticamente esses momentos e ajusta os movimentos para uma performance mais eficiente. Já os métodos atuais atuam por meio de segmentação antes de regredir o fluxo contínuo, o que dificulta a realização de movimentos suaves.
Robôs andando de skate são resultado de novo sistema inovador (Imagem: ArXiv)
Os cientistas acreditam que os sistemas dinâmicos híbridos podem modelar tarefas de robótica como a locomoção de robôs com pernas. Por isso, eles pretendem expandir a pesquisa para outras aplicações, como manipulação hábil de objetos, tornando os equipamentos mais autônomos e eficientes, permitindo que realizem tarefas complexas sem necessidade de constante supervisão humana.
A Nvidia, gigante da tecnologia conhecida por seus avanços em inteligência artificial (IA), anunciou durante a GTC 2025 o lançamento do Isaac GR00T N1, um modelo de código aberto projetado para revolucionar o desenvolvimento de robôs humanoides.
Com a afirmação de seu fundador e CEO, Jensen Huang, de que “a era da robótica generalista chegou”, a Nvidia sinaliza um marco na evolução da IA e da robótica.
Como é o novo robô humanoide da Nvidia
O GR00T N1 destaca-se por sua capacidade de agilizar o desenvolvimento de robôs humanoides, oferecendo um modelo pré-treinado, mas altamente personalizável.
Sua arquitetura de sistema duplo, inspirada na cognição humana, permite que os robôs combinem ações rápidas e intuitivas com raciocínio complexo e planejamento estratégico.
Iniciativa da Nvidia conta com o apoio de grandes nomes da robótica, como Boston Dynamics, Agility Robotics, Mentee Robotics e Neura Robotics. (Imagem: Divulgação/Nvidia)
Essa combinação possibilita a execução de tarefas que exigem adaptabilidade e aprendizado contínuo, como demonstrado pelo robô humanoide NEO Gamma da 1X, que realizou tarefas de organização autônoma utilizando o modelo GR00T N1.
A tecnologia por trás do GR00T N1 é um avanço significativo no campo da robótica. O “Sistema 1”, como a Nvidia o denomina, opera como um modelo de ação de pensamento rápido, similar aos reflexos humanos, enquanto o “Sistema 2” utiliza um modelo de linguagem de visão para raciocinar e planejar ações complexas.
A capacidade de personalizar o comportamento e as capacidades do robô através de pós-treinamento com dados específicos abre um leque de possibilidades para aplicações em diversos setores, desde a assistência doméstica até a indústria.
A iniciativa da Nvidia conta com o apoio de grandes nomes da robótica, como Boston Dynamics, Agility Robotics, Mentee Robotics e Neura Robotics, que tiveram acesso antecipado ao modelo GR00T N1. A disponibilização dos dados de treinamento e cenários de avaliação do GR00T N1 através do Hugging Face e do GitHub reforça o compromisso da Nvidia com a democratização da tecnologia e o fomento à inovação na área da robótica.