Zíper “automático”? Veja protótipo que promete revolucionar a indústria

Que atire a primeira pedra quem nunca esqueceu um zíper aberto. Seja na hora de sair de casa, depois de usar o banheiro ou até mesmo naquele rodízio de comida que você exagerou um pouquinho. Esses pequenos lapsos de memória são bastante comuns – e quase sempre constrangedores.

Sim, as pessoas costumam ficar mais atentas depois que isso acontece (muito embora essa atenção não dure tanto tempo).

O que fazer, então, para resolver de vez o problema? A solução definitiva pode vir do Japão.

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A empresa nipônica YKK desenvolveu um zíper que fecha sozinho. Um zíper automático. Ou autopropelido – chame como quiser. O segredo está nos puxadores, que receberam um pequena engrenagem para juntar as duas partes.

O Grupo YKK (de Yoshida Kogyo Kabushikikaisha) é o maior fabricante de zíperes do mundo. Pode olhar nas calças jeans aí da sua casa – muitas delas terão essas 3 letrinhas.

A companhia divulgou vídeos do protótipo nas redes sociais. E o Olhar Digital mostra agora para você.

Como funciona esse zíper?

  • É possível ver o zíper fechando uma estrutura com mais de 5 metros de altura.
  • Algo que precisaria de uma escada ou algum maquinário para acontecer.
  • A empresa afirma que, inicialmente, prevê apenas o uso industrial para o protótipo.
  • Mas isso não impede a YKK de inserir futuramente essa tecnologia em itens de vestuário.
  • Para isso acontecer, no entanto, serão necessárias várias adaptações.
  • Nesse outro vídeo, por exemplo, é possível perceber que os funcionários acionam o zíper por meio de um botão – e ele está conectado a um fio.
  • O protótipo utiliza uma engrenagem helicoidal giratória que se enrola entre os dentes de cada lado e puxa o zíper.
  • Isso acaba aumentando bastante o tamanho do puxador.

Algumas adaptações

O tamanho do puxador: esse é o primeiro ponto que a YKK deve adaptar. É preciso criar uma engrenagem menor para colocar essa tecnologia em zíperes de roupas, por exemplo.

Além disso, ninguém gostaria de se conectar a um fio somente para fechar as calças. Ou seja, o ideal seria colocar uma bateria como fonte de energia.

Por fim, e muito importante, a YKK precisaria pensar em um sistema de segurança para evitar eventuais acidentes. Sim, é exatamente isso que você pensou. Ninguém quer ficar preso ao zíper…

Vale destacar que todas essas adaptações devem demorar bastante para acontecer – se acontecerem. A YKK, líder do segmento no mundo, não parece ter pressa em lançar o produto. O Olhar Digital segue acompanhando.

As informações são do The Verge.

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roupas

Deserto do Atacama vira lixão de roupas de grife

A indústria da moda é a segunda maior poluidora do mundo, ficando atrás apenas do setor petrolífero. E um exemplo claro deste gravíssimo problema pode ser verificado no deserto do Atacama, localizado no Chile.

De acordo com um relatório da Global Fashion Agenda, mais de 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis foram descartadas nos últimos anos na região. Mas uma iniciativa tenta diminuir estes impactos ambientais.

Peças podem levar cerca de 200 anos para se decompor

  • Mais de 59 mil toneladas de roupas não vendidas, devolvidas ou com defeitos chegam todos os anos ao porto de Iquique, localizado em uma zona de importação livre de impostos no norte do Chile.
  • Aquelas que não são vendidas ou reaproveitadas terminam descartadas ilegalmente no deserto. 
  • Este verdadeiro lixão desafia um decreto do governo do Chile que proíbe que os produtos sejam destinados a aterros sanitários comuns.
  • As roupas não são biodegradáveis e possuem componentes químicos altamente inflamáveis.
  • Além disso, o tecido predominante dessas peças é o poliéster, que leva cerca de 200 anos para se decompor.
Milhares de roupas de grife são descartadas no deserto (Imagem: reprodução/Re-commerce Atacama)

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Roupas são recolhidos e distribuídas gratuitamente

Para alertar sobre esta situação, a Fashion Revolution Brasil e a Desierto Vestido, uma organização chilena, estão recolhendo as roupas abandonadas no deserto do Atacama. As peças são coletadas, higienizadas e, depois, disponibilizadas neste site.

As roupas pode ser escolhidas gratuitamente, pagando-se apenas o frete. O transporte é realizado por uma empresa que compensa a pegada de carbono gerada no processo, para não produzir mais impacto ambiental.

Iniciativa visa distribuir roupas descartadas no deserto (Imagem: reprodução/Re-commerce Atacama)

A iniciativa é um verdadeiro sucesso e todos os produtos oferecidos já foram “adquiridos”. Um novo lote deve ser disponibilizado nos próximos dias. Além de distribuir as roupas e limpar o deserto, o projeto quer envolver a sociedade nas discussões sobre o descarte irregular.

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