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Rover Perseverance está fotografando esse labirinto em Marte – entenda o motivo

Quem acompanhou as fotos do rover Perseverance em Marte deve ter notado a presença de um labirinto. O objeto, claro, não faz parte da paisagem natural do Planeta Vermelho, mas é importante para a permanência do veículo por lá.

A função principal do labirinto é calibrar a ferramenta Scanner de Ambientes Habitáveis com Raman e Luminescência para Compostos Orgânicos e Químicos do Perseverance, conhecida pela sigla SHERLOC. Esse é um dos dez instrumentos que acompanham o rover em sua missão solitária.

A sigla não é à toa: o SHERLOC tem como função procurar compostos orgânicos em Marte que possam indicar vida passada no Planeta Vermelho. Uma tarefa bastante complexa, que exige precisão (e calibração) constantes.

Atmosfera de Marte Crédito: ESA / DLR / FUBerlin / AndreaLuck, CC BY 3.0

Ferramenta procura vida em Marte

Para localizar seus alvos, o SHERLOC fica no braço robótico de 2,1 metros do Perseverance. Dessa forma, ele pode analisar as rochas marcianas e verificar se há chances de o Planeta Vermelho ter abrigado vida microbiana no passado.

“Os alvos de calibração atendem a vários propósitos, incluindo principalmente refinar a calibração do comprimento de onda do SHERLOC, calibrar o espelho do scanner a laser e monitorar o foco e o estado de saúde do laser”, disse Kyle Uckert, pesquisador principal adjunto do SHERLOC no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, ao Space.com.

Perseverance com redemoinho
Ao fundo, é possível observa rum redemoinho de poeira (“dust devil” em inglês) (Imagem: NASA/JPL-Caltech/MSSS)

Qual a função do labirinto?

Ok, entendemos como o equipamento funciona, mas como o labirinto o calibra? “O SHERLOC tem como objetivo resolver quebra-cabeças, e que melhor quebra-cabeça do que um labirinto?”, diz Uckert.

Basicamente, a função do labirinto é calibrar o posicionamento do espelho do scanner a laser e caracterizar o foco do laser, o que exige um alvo com respostas espectrais nitidamente contrastantes. Até o desenho de Sherlock Holmes no centro do labirinto tem uma função específica.

Labirinto do Perseverance
Detalhe do Sherlock Homes (Crédito da imagem: NASA/JPL-Caltech)

“Os mapas espectrais do SHERLOC conseguem identificar as linhas cromadas de 200 micrômetros de espessura e a silhueta de Sherlock Holmes de 50 micrômetros de espessura no centro do labirinto”, observa Uckert.

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Já a parte inferior do labirinto é composta por materiais usados em trajes espaciais, como Teflon, Gore-Tex e Kevlar.

Aliás, as referências a Sherlock Holmes não param por aí. Uma das ferramentas do SHERLOC, que o auxilia a capturar fotos de seus alvos, chama-se Sensor Topográfico Grande Angular para Operações e Engenharia – cuja sigla em inglês é, adivinhe só: WATSON.

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Redemoinho aparece em foto inédita de rover da NASA em Marte

O rover Perseverance da NASA tirava sua foto comemorativa de 1500 dias em Marte quando um inesperado redemoinho apareceu ao fundo. Ele estava na área “Witch Hazel Hill”, na borda da cratera Jezero, local que tem explorado nos últimos cinco meses.

O Sol estava alto no horizonte, o que proporcionou uma boa iluminação, permitindo que o vórtice de poeira, a cinco quilômetros de distância, pudesse ser captado pela câmera. A fotografia também permitiu que a equipe de engenharia da missão pudesse conferir a situação da máquina. O grupo analisou o acumulo de poeira e condição dos instrumentos.

Ao fundo, é possível observar um redemoinho de poeira (“dust devil” em inglês) (Imagem: NASA/JPL-Caltech/MSSS)

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Rover tira “selfie” em Marte

A nova “selfie” é uma junção de 59 fotos tiradas com a câmera WATSON (Sensor Topográfico de Grande Angular para Operações e Engenharia), localizado na ponta do braço robótico do rover. A imagem mostra o equipamento de sensoriamento remoto da máquina olhando para a câmera.

Há também uma versão com o sensor olhando para baixo, observando o poço de “Bell Island”. Essa variação necessitou de três fotos a mais para ser gerada.

“Para conseguir essa aparência de selfie, cada imagem do WATSON precisa ter seu próprio campo de visão. Isso significa que tivemos que fazer 62 movimentos precisos do braço robótico. O processo todo leva cerca de uma hora, mas vale a pena”, disse Megan Wu, cientista de imagens da missão, em um comunicado.

“Ter o redemoinho de poeira ao fundo a torna um clássico. Esta é uma ótima foto”, comentou Wu. (Imagem: NASA/JPL-Caltech/MSSS)

O desgaste da Perseverance é um sinal de sua longa jornada por Marte. Até o momento da imagem, o rover viajou por mais de 36 quilômetros e coletou 37 rochas e pedregulhos.

“Após 1.500 sóis, podemos estar um pouco empoeirados, mas nossa beleza vai além da superfície. Todos os nossos sistemas e subsistemas estão funcionando perfeitamente, e nossos incríveis instrumentos continuam a fornecer dados que alimentarão descobertas científicas nos próximos anos”, concluiu Art Thompson, gerente de projetos do Perseverance.

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Esta rocha única encontrada em Marte intriga a NASA

O rover Mars 2020 da NASA encontrou uma rocha que tem intrigado a agência espacial estadunidense. Chamado de “Skull Hill”, o objeto foi identificado em 11 de abril durante jornada pela parte inferior da “Witch Hazel Hill“, na borda da cratera Jezero, em Marte.

A imagem foi captada no local conhecido como “Porto Anson” e mostra grande rocha de cor distinta das demais, em tom mais escuro. A suspeita é que tenha se originado em outro lugar e transportada até o ponto atual em um movimento denominado “float” (flutuar, em português).

Rover Perseverance avistou uma textura curiosa em uma rocha também em Marte (Imagem: Divulgação/NASA)

De onde ela veio? A NASA já sabe?

  • Segundo a NASA, as cavidades em Skull Hill podem ter se formado pela erosão de clastos da rocha ou pela erosão do vento;
  • Outra hipótese é que se trata de uma rocha ígnea erodida de um afloramento próximo ou ejetada de uma cratera de impacto;
  • “Na Terra e em Marte, ferro e magnésio são alguns dos principais constituintes das rochas ígneas, que se formam a partir do resfriamento de magma ou lava. Essas rochas podem incluir minerais de cor escura, como olivina, piroxênio, anfibólio e biotita”, diz o artigo;
  • A equipe ainda está trabalhando para entender melhor de onde elas vieram e como chegaram ali. E isso vai incluir medições da composição química desses flutuadores de tons mais escuros vistos em Skull Hill.

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Descobertas similares

A cor escura de Skull Hill lembra os meteoritos encontrados na cratera Gale pelo rover Curiosity, em 2016. A NASA confirmou que se tratava de um objeto espacial de ferro-níquel caído do céu do Planeta Vermelho.

“Meteoritos de ferro-níquel são classe comum de rochas espaciais encontradas na Terra e exemplos anteriores já foram observados em Marte, mas este, chamado ‘Rocha Ovo’, é o primeiro em Marte examinado com um espectrômetro de disparo a laser”, informou a agência à época.

Mais recentemente, o rover Perseverance avistou uma textura curiosa em uma rocha também em Marte. A superfície parecia ser composta por centenas de esferas cinza-escuras, com milímetros de tamanho — que pode ser observada também em Skull Hill. Sua origem ainda está sendo estudada.

Cor escura de Skull Hill lembra os meteoritos encontrados na cratera Gale pelo rover Curiosity, em 2016 (Imagem: Divulgação/NASA)

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Um rover para chamar de seu? Agora você pode ter um

Uma startup de Cingapura criou um mini rover que pode ser controlado de qualquer lugar do mundo via redes celulares 4G. O modelo EarthRover foi criado pela FrodoBots e é utilizado por diversos laboratórios de robótica, como UC Berkeley, Universidade do Texas (Austin) e Universidade Nacional de Cingapura.

O robô ainda está em estágio inicial, com testes do protótipo sendo feitos em mais de 40 cidades ao redor do mundo, incluindo Londres, Perth, Taipei, Manila, Madri, Wuhan, Palo Alto, entre outras, para atestar bom desempenho em ambientes de terreno reais.

Todos os modelos são equipados com GPS (Imagem: FrodoBots/Divulgação)

Características do mini rover

O EarthRover Zero é construído em alumínio e atinge velocidades de até 3,4 km/h enquanto transmite vídeos ao vivo de câmeras frontais e traseiras elevadas. Os usuários podem se comunicar com pessoas que interagirem com o rover graças a um microfone e um alto-falante integrados.

O robô requer um cartão SIM 4G e pode ser manipulado através de controle de jogo, volante ou teclado conectado a um computador. A depender da qualidade da internet, há um atraso de comunicação de menos de um segundo, segundo a empresa.

A bateria do rover de 4,5 kg dura até cinco horas por carga. A pré-encomenda está disponível por preço promocional de US$ 299 (valor original é de US$ 399), com envio previsto para julho. 

Robô requer um cartão SIM 4G para funcionar remotamente (Imagem: FrodoBots/Divulgação)

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Outros modelos

O EarthRover Mini + pesa apenas 1,5 kg e é equipado com câmeras que ficam mais próximas do solo. A autonomia da bateria é de quatro horas. O valor da pré-encomenda no valor promocional é de US$ 199, com previsão de entrega para maio.

Já o modelo Mini é equipado apenas com uma câmera frontal e está disponível com desconto por US$ 149. O robô foi projetado para iniciantes em hardware. “Opere remotamente a partir de um navegador no desktop ou celular, ou conecte sua conta OpenAI e diga ao seu robô o que fazer”, diz o site da empresa.

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Coisa de filme! Conheça o Eagle, jipinho lunar futurista

A Lunar Outpost revelou seu rover lunar chamado “Eagle” durante o 40º Simpósio Espacial da Space Foundation. O visual do jipinho para andar na Lua é digno de filme de ficção científica. Mas o que impressiona mesmo vai além da sua aparência.

O desenvolvimento do Eagle se baseou em testes com astronautas da NASA no Centro Espacial Johnson, segundo A.J. Gerner, da Lunar Outpost, ao Space.com. “Oito astronautas — até mesmo com trajes pressurizados completos — avaliaram o design, e o feedback deles está presente no veículo.”

Entrada larga e controles espelhados agradam astronautas que testaram rover Eagle

Um dos pontos que mais agradaram os astronautas foi a entrada frontal, larga e de fácil acesso, mesmo com os volumosos trajes espaciais.

Assentos tem controles de forma de qualquer um dos tripulantes possa assumir o comando (Imagem: Brett Tingley/Future)

O Eagle, na configuração apresentada, tem dois assentos com controles redundantes e espelhados. Isso permite que qualquer um dos tripulantes assuma o comando.

  • Cada lado do rover é operado por uma alavanca que comanda quatro motores independentes;
  • Cada roda gira de forma autônoma, o que possibilita manobras como girar sobre o próprio eixo ou se mover lateralmente, no “crab walk” (“andar de caranguejo”, em tradução livre).
Tela na parte de dentro do rover lunar Eagle, da Lunar Outpost
Assentos têm tela multifuncional na altura dos olhos; elas mostram informações importantes aos astronautas (Imagem: Brett Tingley/Future)

Cada assento também é equipado com uma tela multifuncional na altura dos olhos. Essas telas combinam imagens de câmeras e sensores da própria Lunar Outpost.

Essas câmeras e sensores serão essenciais para explorações em regiões escuras e profundas da Lua, como as crateras do polo sul, onde pode haver gelo escondido.

“A ideia é ampliar a percepção da tripulação”, disse Gerner. “E as telas colocam todas essas informações bem na frente deles.”

Estrutura para missões

Ilustração conceitual do rover lunar Eagle, da Lunar Outpost, na Lua com um astronauta dentro dele, pilotando-o, e outro fora, na parte de trás
Eagle pode ser pilotado por astronautas, por controladores na Terra ou funcionar de forma autônoma (Imagem: Divulgação/Lunar Outpost)

Para as missões científicas, o Eagle vem com compartimentos de ferramentas e recipientes refrigerados para transporte de amostras lunares. Cada compartimento tem uma prateleira ajustável até a altura do peito. Também há suportes extras para ferramentas e espaços de armazenamento na parte traseira.

O rover pode ser pilotado por astronautas, por controladores na Terra ou até de forma autônoma, sem presença humana na Lua.

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Próximos passos

A expectativa da Lunar Outpost é colocar o Eagle na superfície lunar até o fim da década, como apoio à missão Artemis 5 da NASA.

No entanto, ele concorre com dois outros modelos, da Intuitive Machines e da Venturi Astrolab, numa seleção que pode render um contrato de até US$ 4,6 bilhões (aproximadamente R$ 27 bilhões).

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Nasa encontra algo sem explicação em Marte; veja!

Desde 2014, o rover Curiosity, desenvolvido pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, realiza investigações no Monte Sharp, uma montanha localizada no coração da cratera Gale, em Marte, onde o equipamento pousou em 2011.

Em poucas palavras:

  • O rover Curiosity, da NASA, chegou em Marte em 2011;
  • Três anos depois, o equipamento começou a explorar o Monte Sharp, que fica no centro da cratera Gale, onde ele pousou;
  • Há pouco tempo, o rover cruzou o canal Gediz Vallis, que pode ser um antigo leito de rio;
  • Lá, encontrou pedras com cristais de enxofre, que ninguém sabe a origem.

O canal Gediz Vallis é uma região rica em pedras que pode ter sido um antigo leito de rio, de acordo com algumas teorias. Ao atravessar o local, o rover capturou imagens incríveis da área, que foram reunidas em uma panorâmica de 360 graus – revelando formações marcianas notáveis, como Kukenán Butte, Pinnacle Ridge e Texoli Butte, além da borda distante da cratera Gale.

O Curiosity capturou este panorama de 360 graus enquanto estava estacionado abaixo do cume de Gediz Vallis (visto à direita), uma formação que preserva o registro de um dos últimos períodos úmidos vistos nesta parte de Marte. Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS

A origem do canal Gediz Vallis ainda é um mistério. Cientistas sugerem que ele pode ter sido formado por diferentes processos, como fluxos de água, ventos intensos ou até deslizamentos de terra que trouxeram materiais do Monte Sharp para a região. O estudo das rochas e formações ali presentes é essencial para entender a história geológica do planeta.

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Enxofre em Marte intriga cientistas

Uma descoberta intrigante do Curiosity foram pedras brancas no canal, que, ao serem esmagadas, revelaram cristais amarelos de enxofre em seu interior. Na Terra, o enxofre está normalmente associado a fontes termais e vulcões, mas essas características nunca foram observadas em Marte. O achado levantou uma série de questões, já que os cientistas ainda não sabem como o elemento chegou até ali.

Uma rocha muito semelhante à quebrada pelo rover Curiosity, fotografada nove dias após a descoberta do enxofre. Crédito: NASA / JPL-Caltech / MSSS

Ashwin Vasavada, cientista do projeto Curiosity, explicou em um comunicado que a equipe tem muitos dados, mas ainda precisa resolver o enigma. Para investigar a origem do enxofre em Marte, serão necessários mais estudos e modelagens detalhadas da geologia do planeta.

Enquanto isso, o rover continua sua missão pelo canal Gediz Vallis, recolhendo mais amostras e buscando novas pistas sobre o passado de Marte nas rochas dessa região – que são uma verdadeira cápsula do tempo, guardando vestígios de um antigo rio que pode ter existido no planeta há bilhões de anos.

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