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Como a IA pode transformar submarinos em satélites do oceano

Uma das maiores inovações tecnológicas da história da humanidade aconteceu no século passado. O uso de satélites para as mais variadas finalidades alterou para sempre os rumos da humanidade.

Essa tecnologia redefiniu a maior parte da estrutura de comunicação do mundo todo. Eles são utilizados para fins militares, diplomáticos, políticos e também em nosso dia-a-dia, como nos celulares, televisão e GPS.

Agora, segundo o portal New Atlas, um novo tipo de submarino integrado com IA pode ser o novo candidato a ser causa de uma nova revolução. A inteligência artificial agora tem a capacidade de se unir a veículos marítimos autônomos para criar frotas inteligentes de sensores móveis. Estas frotas serão capazes de redefinir a inteligência naval enquanto rastreiam ameaças nos oceanos.

Satélites mudaram a história da humanidade

Falando um pouco mais sobre o uso militar e político dos satélites. Durante a primeira metade do século passado, especialmente no período das Guerra Mundiais, era praticamente impossível reunir informações sobre outros países, principalmente sobre aqueles considerados inimigos, ou aqueles extremamente fechados.

Helsing quer revolucionar os oceanos Imagem: Helsing/Divulgação

Os serviços de inteligência precisavam se apegar a qualquer mínima pista sobre um país inimigo para tentar descobrir alguma informação útil. Essa realidade mudou com o advento dos satélites durante a Guerra Fria, funcionando como quase que literais olhos em territórios rivais, eles foram os principais responsáveis pela quebra do sigilo de nações antes consideradas impenetráveis.

Empresa quer revolucionar os oceanos

Agora, uma companhia alemã planeja fazer o mesmo com os oceanos. A Helsing deseja fazer algo parecido, porém em menor escala. A proposta da empresa com sede em Munique é criar uma frota de submarinos integrados com IA que vão monitorar as rotas marítimas, ajudando a proteger cabos de comunicação e internet, tubulações e extratoras de gás e petróleo.

A Helsing revelou um novo sistema de vigilância submarina baseado em seus produtos: a plataforma de software Lura e o planador subaquático SG-1 Fathom.

Submarino vai usar IA para mapear oceano
Submarino vai usar IA para mapear oceano Imagem: Helsing/Divulgação

Com base em décadas de dados acústicos, o sistema Lura usa IA para identificar ameaças e sons subaquáticos em tempo real. O LAM (Grande Modelo Acústico, da sigla em inglês) funciona de forma parecida com as IAS de texto, como o ChatGPT. Ele reconhece até embarcações individuais por suas assinaturas sonoras, sendo bem mais eficiente que um operador de sonar humano.

A Helsing quer digitalizar os oceanos com monitoramento constante e IA, superando sistemas como o SOSUS. O Lura/Fathom visa detectar ameaças submarinas com precisão, operando em rede e permitindo que um único operador gerencie centenas de veículos.

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Silencioso e eficiente, o Fathom é pequeno (195 cm, 60 kg) e ideal para missões longas, mesmo sendo lento (2 nós). Sua profundidade e alcance permanecem confidenciais. A IA da Helsing promete transformar a vigilância subaquática na Europa e além.

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Descoberta origem do megatsunami que chocou o mundo em 2023

Em 2023, um sinal sísmico anormal foi captado globalmente e persistiu por nove dias, oscilando a cada 90 segundos. Um mês depois, um evento igual apareceu e durou uma semana. Esse fenômeno intrigou cientistas ao redor do mundo, até que um grupo de pesquisadores trouxe uma solução inédita para o mistério.

Dois estudos de 2024 sugeriram que esses eventos teriam sido produzidos por uma dupla de tsunamis causados por deslizamentos de terra que criaram um seiche — uma “onda estacionaria” — que ressoou no Fiorde de Dickson, na Groenlândia. Os choques abalaram a crosta terrestre com intensidade o suficiente para serem detectados em outros continentes. Porém, nenhuma observação direta foi feita, apenas modelos numéricos e simulações.

Visão aérea do fiorde de Dickson, na Groenlândia. (Imagem: NASA)

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Satélite moderno revelou tsunami

Em um novo estudo, pesquisadores de Oxford realizaram as primeiras observações com dados do satélite da missão Surface Water Ocean Topography (SWOT), lançado em 2022 pela NASA. O grupo utilizou informações de altimetria – medição feita pela gravação do tempo necessário para um pulso de radar sair de um satélite, ir para a Terra e retornar ao equipamento.

Com a técnica, a equipe mediu com precisão a superfície da água e pôde mapear a elevação das ondas no fiorde em diversos momentos após os tsunamis. Os mapas demonstraram declives transversais claros, com dois metros de diferença, que ocorreram em direções opostas, mostrando que a água se movia para frente e para trás através do canal.

“A análise com SWOT é um divisor de águas para o estudo de processos oceânicos em regiões como fiordes, onde os satélites anteriores tinham dificuldade de enxergar”, disse Thomas Monahan, autor do estudo e estudante na Universidade e Oxford, em um comunicado.

Visualização dos efeitos globais dos tsunamis no fiorde de Dickson de 2023 produzida pelo pesquisador Stephen Hicks

Para provar sua teoria, a equipe conectou essas observações com pequenas movimentações da crosta terrestre a milhares de quilômetros do local. Com isso, eles puderam reconstruir as características da onda, mesmo em períodos não captados pelo satélite.

A equipe também calculou as condições climáticas e de maré para comprovar que esses fatores não influenciaram o resultado das observações. Assim, o grupo pôde entender a origem do fenômeno que chacoalhou o mundo por nove dias em 2023.

“Este estudo é um exemplo de como a próxima geração de dados de satélite pode solucionar fenômenos que permaneceram um mistério no passado. Agora, conseguiremos obter novas percepções sobre eventos oceânicos extremos, como tsunamis, tempestades e ondas gigantes”, concluiu o professor Thomas Adcock, do departamento de Engenharia de Oxford.

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Satélite flagra maior iceberg do mundo encalhado perto de ilha

O satélite Copernicus Sentinel-3 tirou foto do maior iceberg do mundo, o A23a. Na imagem – capturada em 5 de abril e divulgada nesta sexta-feira (02) – o blocão de gelo aparecia encalhado a 73 km da remota ilha Geórgia do Sul.

A “câmera” que capturou a imagem foi o Instrumento de Cor do Oceano e da Terra (Ocean and Land Colour Instrument) a bordo do satélite, segundo comunicado publicado pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

Maior iceberg do mundo cobre área com mais de três mil quilômetros quadrados

Estima-se que o A23a cubra uma área de 3.460 quilômetros quadrados – o dobro de Piracicaba, no interior de São Paulo, por exemplo. Ainda para efeito de comparação, a área da ilha Geórgia do Sul é de 3.528 quilômetros quadrados.

Na imagem, a ilha pode ser vista apenas despontando por entre a cobertura de nuvens. Embora seu tamanho não seja visível de forma nítida, ela é um pouco maior do que o iceberg. Veja abaixo:

Apesar de parecer pequeno na imagem, o iceberg A23a ocupa área semelhante à de uma grande cidade do interior de São Paulo (Imagem: ESA)

Não é a primeira vez que o iceberg aparece no site da ESA. A agência espacial divulgou uma imagem do A23a em dezembro de 2023, quando ele se desprendeu do fundo do oceano e foi empurrado pelas correntes para longe da Antártida.

Desintegração do maior iceberg do mundo

O A23a começou a se desintegrar. Por isso, muitos blocos menores de gelo são visíveis no oceano azul-escuro, particularmente ao norte do iceberg.

Talvez você não tenha visto na primeira versão da imagem colocada nesta matéria. E talvez ainda não consiga ver os blocos ao salvar a imagem ou abrir ela numa nova guia para dar zoom. Mas dá para ter uma noção na versão abaixo.

Foto de satélite do maior iceberg do mundo
Graças à resolução altíssima da imagem capturada pelo satélite, é possível dar zoom e ver “bloquinhos” de gelo saindo do iceberg A23a (Imagem: ESA)

No entanto, se você for do tipo bem curioso que gosta de ver as coisas por conta própria, dá para dar muito zoom na imagem publicada no site da ESA. Muito zoom mesmo. Aí, sim, você vai conseguir ver os “bloquinhos” saídos do iceberg.

A desintegração é típica de icebergs que alcançam latitudes tão ao norte. Ela acontece por conta das temperaturas mais quentes do mar e pelas condições climáticas.

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Curiosidades sobre a ilha Geórgia do Sul:

  • A Geórgia do Sul é uma ilha montanhosa com 170 quilômetros de extensão e uma cordilheira central com 2.935 metros de altura;
  • Ela fica no Oceano Atlântico Sul, a cerca de 1,4 mil quilômetros a leste das Ilhas Malvinas e a nordeste da ponta da Península Antártica;
  • É a maior ilha do arquipélago Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, que é território britânico ultramarino – isto é, faz parte do Reino Unido, mas fica fora da ilha principal da Grã-Bretanha;
  • Abriga uma rica biodiversidade, incluindo pinguins e focas, além de uma estação de pesquisa do British Antarctic Survey.

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Novo satélite pode revelar segredos da Amazônia

A Amazônia é fundamental para o nosso planeta. Maior floresta tropical do mundo, ela é responsável por armazenar bilhões de toneladas de gás carbônico, o que ajuda a reduzir os impactos das mudanças climáticas.

No entanto, calcular a real capacidade deste bioma, composto por mais de um trilhão e meio de árvores, sempre foi praticamente impossível. Um cenário que pode mudar a partir do lançamento de um novo satélite da Agência Espacial Europeia (ESA).

Capacidade de armazenamento de carbono pela Amazônia será calculada

  • O dispositivo usa um sistema especial de radar para descobrir o que está escondido sob a copa de árvores.
  • Segundo a ESA, o equipamento pode ajudar a entender melhor a importância das florestas tropicais no armazenamento de carbono, bem como os impactos do desmatamento.
  • O satélite foi lançado de uma base em Kourou, na Guiana Francesa, e sobrevoou a Amazônia.
  • Ele foi apelidado de “space brolly” (guarda-chuva espacial, no português) devido a sua enorme antena de 12 metros de diâmetro, que enviará os sinais a serem analisados.
  • A Agência Espacial Europeia afirma que estas informações permitirão saber, pela primeira vez, e com alta precisão, a quantidade de carbono que é armazenado na floresta.
  • As informações são da BBC.
Satélite vai ajudar a entender melhor a importância das florestas tropicais no armazenamento de carbono, bem como os impactos do desmatamento (Imagem: ESA)

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Satélite pode analisar o que está debaixo das copas das árvores

Atualmente, os cientistas analisam as árvores individualmente para determinar a capacidade de armazenamento de gás carbônico, o que torna a tarefa extremamente complexa e demorada. A maioria dos radares existentes no espaço só consegue captar o topo das florestas, não penetrando nas camadas mais profundas destes biomas.

Agora, o novo satélite poderá vencer este desafio. O equipamento conta com uma antena que utiliza um radar de banda-P, que tem um comprimento de onda muito longo e permite ver dentro das florestas, além de revelar os galhos e troncos ocultos pela copa.

Satélite conta com sistema altamente tecnológico que pode realizar varreduras nas árvores (Imagem: ESA)

A tecnologia possibilita vasculhar as árvores repetidas vezes, analisando pequenos pedaços e montando uma imagem de quanto material lenhoso está presente no local. Este pode ser usado como um indicador da quantidade de dióxido de carbono armazenado nas florestas.

Apesar das novas potencialidades do satélite da Agência Espacial Europeia, as medições em solo continuarão a serem feitas normalmente. Este trabalho servirá para verificar e validar os dados enviados do espaço.

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Amazon quer competir com a SpaceX, mas o caminho até lá é longo

Você já leu por aqui: a Amazon entrou no ramo da conectividade global, ao lançar os primeiros 27 satélites do Projeto Kuiper, parte do ambicioso plano de construir uma constelação com mais de 3.200 satélites para fornecer internet de alta velocidade no planeta todo.

O lançamento, feito pela United Launch Alliance (ULA), marca o primeiro envio operacional da empresa, que já havia testado protótipos em 2022.

Apesar do avanço, os maiores obstáculos da iniciativa estão em terra firme: a Amazon precisa acelerar drasticamente sua produção, conforme relata o Wall Street Journal.

Fabricação de satélites aquém da demanda

  • A meta é alcançar até cinco satélites por dia em sua fábrica próxima a Seattle, mas atualmente está fabricando cerca de um por dia.
  • Para manter sua licença junto à Comissão Federal de Comunicações (FCC), a empresa deve ter 1.600 satélites em órbita até julho de 2026.
  • O Projeto Kuiper, que já recebeu mais de US$ 10 bilhões em investimentos, entra em um mercado competitivo, com rivais como a Starlink da SpaceX — que já tem mais de 7.000 satélites ativos — e projetos semelhantes na China, Europa e Canadá.
Amazon aposta alto em rede global, mas enfrenta alguns entraves – Imagem: Tada Images / Shutterstock

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Prazo difícil de cumprir

Embora a Amazon preveja iniciar o serviço aos clientes ainda em 2025, analistas duvidam que o prazo com a FCC será cumprido. Caso contrário, a empresa pode ter sua autorização reduzida, comprometendo a capacidade do sistema.

Enquanto isso, empresas parceiras como ULA, Arianespace e Blue Origin correm para aumentar a frequência de lançamentos e viabilizar a missão da Amazon de se tornar uma potência em conectividade via satélite.

Foguete prestes a decolar
A Amazon enviou os seus primeiros satélites para o espaço (Imagem: Divulgação/United Launch Alliance)

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Foguete sofre acidente em lançamento de satélite

Nesta terça-feira (29), às 10h37 (pelo horário de Brasília), a empresa Firefly Aerospace, dos EUA, realizou o sexto lançamento do foguete Alpha, a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, em meio a uma densa neblina. No entanto, o voo não saiu como planejado: após a separação dos estágios, o segundo módulo apresentou um comportamento anormal.

Pouco depois da separação, o segundo estágio pareceu cair ou desviar da rota, mas tentou se corrigir. A Firefly confirmou que houve um impacto no bico do motor do módulo durante a separação. Esse dano comprometeu a trajetória do foguete, que acabou entrando em uma órbita mais baixa do que a prevista inicialmente.

O lançamento fazia parte da missão “Message in a Booster”, que tinha como objetivo levar ao espaço um satélite experimental chamado LM 400. O satélite foi desenvolvido pela Lockheed Martin e deveria ser colocado na órbita baixa da Terra (LEO, na sigla em inglês). A missão busca testar um novo modelo de satélite que pode ser usado em diferentes aplicações.

De acordo com um comunicado da Firefly, está sendo conduzida uma investigação para entender exatamente o que causou a falha. A empresa está trabalhando em conjunto com a Lockheed Martin, a Força Espacial dos EUA e a Administração Federal de Aviação (FAA). O objetivo é garantir que futuros lançamentos não enfrentem o mesmo problema.

O segundo estágio do foguete Alpha, da Firefly Aerospace, parece cair ligeiramente durante o lançamento da missão “Message in a Booster”, em 29 de abril de 2025. Crédito: Firefly Aerospace/NSF via YouTube

O lançamento desta terça-feira era o primeiro de até 25 previstos dentro de um contrato assinado entre a Firefly e a Lockheed Martin. Ao longo de cinco anos, a Firefly deve realizar diversas missões para levar cargas úteis ao espaço, como satélites de comunicação, observação e uso militar ou civil.

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Foguete Alpha já passou por falhas anteriores

O satélite LM 400, usado nesta missão, é uma plataforma versátil desenvolvida para mostrar a capacidade da Lockheed Martin de oferecer um “barramento” – estrutura básica – que pode ser adaptado para diferentes missões. Ele pode abrigar sensores de radar, câmeras, antenas de comunicação e outros equipamentos, operando em variadas órbitas ao redor da Terra.

O foguete Alpha, usado nesse lançamento, tem dois estágios e mede quase 30 metros de altura. Ele é capaz de transportar até 1.030 kg de carga útil para a órbita baixa. Apesar de ser um modelo relativamente novo, o Alpha já passou por falhas anteriores. Em dezembro de 2023, por exemplo, uma carga foi entregue na órbita errada.

Mesmo assim, a Firefly tem conseguido avançar no setor espacial. Em março deste ano, a empresa conseguiu pousar com sucesso o módulo lunar Blue Ghost na superfície da Lua.

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Foguete europeu lança satélite de monitoramento florestal

Nesta terça-feira (29), a Agência Espacial Europeia (ESA) lançou um satélite para monitorar as florestas tropicais do planeta. Batizado de Biomass, o equipamento foi levado ao espaço pelo foguete Vega-C, que decolou às 6h15 (horário de Brasília) do Espaçoporto Europeu de Kourou, na Guiana Francesa.

A operação foi transmitida ao vivo no YouTube, pelo canal oficial da Arianespace, empresa responsável pelo foguete.

Esse lançamento marca a quarta missão do Vega-C e a segunda desde a falha registrada em 2022. Na ocasião, uma anomalia no segundo estágio comprometeu a missão. Em dezembro de 2023, no entanto, o foguete voltou a operar com sucesso, colocando em órbita outro satélite europeu – e abriu caminho para o envio do Biomass.

Quarto lançamento do foguete Vega-C: envio do satélite Biomass, de monitoramento de florestas, para a órbita da Terra. Crédito: ESA

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Como o satélite Biomass vai monitorar florestas ao redor do mundo 

O novo satélite será posicionado em uma órbita a 666 km da superfície da Terra. O processo de inserção nessa órbita leva cerca de 57 minutos. Depois disso, o Biomass passará por uma fase de testes e ajustes antes de iniciar sua missão principal, que deve durar no mínimo cinco anos.

Durante esse período, o satélite usará um radar especial chamado SAR (sigla em inglês para Radar de Abertura Sintética) para estudar florestas em diversas regiões do mundo. O instrumento é capaz de atravessar as copas das árvores e coletar dados sobre a altura, a estrutura e a densidade da vegetação.

Essas informações permitem medir a quantidade de carbono armazenado nas florestas, um dado fundamental para o combate às mudanças climáticas. O Biomass também ajudará a monitorar a perda de áreas verdes e os impactos disso na biodiversidade.

Segundo um comunicado da ESA, a missão faz parte do programa Earth Explorers, voltado ao estudo das transformações ambientais no planeta. Os dados gerados deverão apoiar políticas de conservação e uso sustentável das florestas. O satélite foi desenvolvido por mais de 50 empresas lideradas pela Airbus UK.

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Esses aparelhos são compatíveis com a internet da Starlink

A Starlink vai começar a oferecer serviços gratuitos de internet via satélite no Brasil a partir de julho deste ano. O benefício, no entanto, vale para determinados modelos de smartphones, que poderão ser conectados mesmo em regiões isoladas.

Inicialmente, a empresa de Elon Musk vai permitir envio e recebimento de mensagens de texto, compartilhamento de localização e acesso a canais de emergência. Futuramente, é esperada a inclusão de chamadas de voz e navegação na internet.

Conexão depende da instalação de um kit Starlink Mini (Imagem: bella1105/Shutterstock)

O serviço gratuito poderá ser usado apenas se o usuário estiver em área sem cobertura de empresas de telefonia convencionais. Os dispositivos compatíveis são:

  • Apple: iPhone 14, iPhone 15, iPhone 16;
  • Google: Pixel 9;
  • Motorola: Razr (2024), Razr Plus (2024), Moto Edge, Moto G Power 5G (2024);
  • Samsung: Galaxy A14 até A54, Galaxy S21 até S25, Galaxy Z Flip 3 até Z Flip 6.

Os dispositivos devem estar atualizados com as versões mais recentes de seus sistemas operacionais para que a tecnologia funcione. Segundo a Starlink, novos modelos poderão ser incorporados à lista após atualizações de hardware.

Planos pagos

Para quem tiver interesse em contratar o serviço, a empresa oferece planos para atender diversas situações (valores informados em abril de 2025).

  • Residencial: com dados ilimitados e localização fixa, plano é indicado para assistir filmes, acessar jogos, realizar chamadas, entre outros. Valor: R$ 236/mês;
  • Viagem: cobertura em todo o país, acesso em movimento, indicado para viagens internacionais, motorhomes, pessoas que levam um estilo de vida nômade ou que trabalham de qualquer lugar. Valor: R$ 315/mês (50GB) ou R$ 576/mês (ilimitado);
  • Comercial: há também serviços para empresas, mas ainda sem disponibilidade no Brasil.

A conexão depende da instalação de um kit Starlink Mini, que está disponível por R$ 1,79 mil. O pacote inclui roteador Wi-Fi embutido, consumo de energia reduzido, entrada de energia CC e velocidades de download acima de 100 Mbps.

“A Starlink Mini é um kit compacto e portátil que cabe facilmente em uma mochila e que foi projetado para fornecer internet de alta velocidade e baixa latência em qualquer lugar”, diz a empresa.

Leia mais:

  • Acesse o site oficial da Starlink;
  • Insira seu endereço no campo: “Endereço de uso do Serviço”;
  • Clique em “Pedir agora”;
  • Escolha o plano desejado;
  • Insira dados pessoais: seu nome, sobrenome, telefone (incluindo o DDD) e e-mail;
  • Informe dados de pagamento.

O tempo de entrega varia de uma a duas semanas, segundo a Starlink e a instalação é feita em poucos minutos. O cliente tem direito a um teste pelo período de 30 dias e pode desistir do produto se não estiver satisfeito com o serviço.

Celular com logotipo da Starlink na tela
Cobertura no Brasil será limitada a partir de julho deste ano (Imagem: Ssi77/Shutterstock)

Em São Paulo, a cobertura atingiu a capacidade máxima, segundo a empresa, mas é possível reservar uma vaga na lista de espera e receber uma notificação assim que o serviço estiver disponível novamente.

“Observe que nós não temos como fornecer um prazo estimado para a disponibilidade do serviço, mas nossas equipes estão trabalhando o mais rápido possível para ampliar a capacidade da constelação de satélites. Dessa forma, poderemos continuar a expandir a cobertura para mais clientes ao redor do mundo”, informa o site.

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Internet de Elon Musk, Starlink pode ter mais concorrência

As Forças Armadas da Alemanha estão planejando construir sua própria constelação de satélites. O objetivo é garantir uma alternativa à Starlink, da SpaceX, do bilionário Elon Musk, segundo o site alemão Handelsblatt.

Inicialmente, o cronograma para que o sistema entre em operação é 2029. Um porta-voz do Ministério da Defesa alemão confirmou a existência do plano à reportagem, mas detalhes sobre custos e logística ainda são confidenciais por questão de “segurança nacional”.

“Várias opções estão sendo exploradas para o desenvolvimento potencial de constelações para atender à crescente necessidade de reconhecimento espacial por meio de capacidades nacionais”, afirmou.

Militares alemães não querem depender de satélites de comunicação da SpaceX (Imagem: ssi77/Shutterstock)

Plano ousado

Conhecidas como Bundeswehr, as Forças Armadas alemãs pretendem lançar os satélites para fins de comunicação e, futuramente, sensoriamento remoto, de acordo com a reportagem.

O custo da operação pode chegar a 10 bilhões de euros, de acordo com um especialista consultado pelo site. Atualmente, a Bundeswehr opera apenas dez satélites no espaço.

O projeto ocorreria paralelamente ao acordo da União Europeia, do qual o país é membro, que prevê o lançamento de uma constelação de 290 satélites de comunicação. O contrato de concessão de 12 anos pretende colocar novos equipamentos em órbita até 2030, como relatou o Olhar Digital.

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Internet via satélite é um foco do setor militar. Crédito: Jacques Dayan/Shutterstock

A guerra por trás de tudo isso…

O interesse da Bundeswehr por uma alternativa à Starlink também está associada à invasão da Rússia na Ucrânia. A guerra evidenciou a dependência do Exército ucraniano ao sistema da SpaceX, que opera os satélites de comunicações militares no país.

A única opção viável para o presidente Volodymyr Zelensky é a constelação OneWeb, uma rede de 630 satélites, o que representa um décimo do tamanho da megaconstelação Starlink da empresa de Musk.

Recentemente, o governo da Itália confirmou o lançamento de 38 satélites pelo grupo aeroespacial e de defesa italiano Leonardo com fins militares e civis, incluindo IA. 

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Sol em fúria: cientistas estão preocupados com o próximo ciclo solar

Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR), Colorado, EUA, estão convencidos de que o clima espacial — especialmente ao redor da Terra — se intensificará nas próximas décadas, com erupções e tempestades solares mais frequentes.

A equipe revisou dados de satélite que medem a densidade de partículas energéticas próximas do planeta. São prótons expelidos pelo vento solar que ficam “presos” em cinturões de radiação graças ao campo magnético da Terra.

Nos últimos 45 anos, a densidade das partículas apresentou uma tendência crescente até atingir seu pico em 2021. De acordo com a pesquisa, publicada na revista Space Weather, a densidade começou a cair logo após o atual ciclo solar ganhar força.

Pesquisa analisou prótons expelidos pelo vento solar que ficam “presos” em cinturões de radiação (Imagem: rasslava/iStock)

O que isso quer dizer?

Os dados corroboram a hipótese de um fenômeno conhecido como Ciclo de Gleissberg, em que a atividade solar oscila em um padrão de aproximadamente 100 anos. O motivo por trás da intensidade de cada ciclo, no entanto, ainda é desconhecido.

“Normalmente, ao longo de quatro ciclos solares, a intensidade da atividade solar aumenta”, disse Kalvyn Adam, ex-pesquisador do NCAR e principal autor do novo estudo, ao site Space.com. “Depois, ela atinge seu pico e, em seguida, diminui ao longo de mais quatro ciclos solares.”

As medições mais recentes apontam que o atual ciclo, o 25º desde o início dos registros, pode ter atingido seu ponto mais baixo. “Isso significaria que o próximo conjunto de ciclos solares será mais ativo”, disse Adams.

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Como isso nos afeta?

Com a atividade solar mais intensa, o campo magnético do Sol deverá produzir mais manchas solares, ejetando plasma quente da atmosfera. É essa a origem dos prótons que ficam aprisionados na Terra. Mas um efeito contrário — e até positivo — pode surgir daí.

Densidade das partículas apresentou uma tendência crescente até atingir seu pico em 2021 (Imagem: murat4art/iStock)

“Se houver mais atividade solar, mais calor e mais energia entrarão em nossa atmosfera”, explicou Adams à reportagem. “Se nossa atmosfera receber mais calor e energia, ela se expandirá. À medida que a atmosfera se expande, os prótons colidirão com essa atmosfera expandida e, eventualmente, sairão.”

Em um primeiro momento, a densidade será benéfica para satélites que orbitam o planeta, já que a radiação estará mais fraca e não afetará com tanta rapidez os dispositivos eletrônicos.

Mas há um porém nessa história. A frequência de tempestades solares deverá ser maior, e o aquecimento da atmosfera poderá “engrossar” gases ao redor da Terra, aumentando o arrasto de satélites em órbita baixa. 

Em maio do ano passado, uma poderosa tempestade solar derrubou a altitude de dezenas de satélites de uma só vez, como lembra o estudo. O risco de colisões orbitais foi excepcionalmente alto, já que os operadores tiveram de responder às pressas.

Quais os efeitos que uma tempestade solar causa na Terra?

Os efeitos que pode causar na Terra são variados. Alguns dos mais comuns incluem:

  • Auroras: As tempestades solares aumentam a atividade auroral, resultando em auroras mais intensas e visíveis em latitudes mais baixas do que o normal. As auroras boreais ocorrem no hemisfério norte, enquanto as auroras austrais ocorrem no hemisfério sul.
  • Interferência em Comunicações: As partículas carregadas emitidas pelo Sol podem causar interferência em comunicações por rádio de alta frequência e sistemas de navegação por satélite, afetando redes de comunicação e sistemas de posicionamento global.
  • Danos a Satélites: A radiação solar intensa pode danificar eletrônicos e componentes de satélites em órbita terrestre, causando falhas temporárias ou permanentes em sistemas de comunicação, navegação e meteorologia por satélite.
  • Falhas em Redes Elétricas: Tempestades solares severas podem induzir correntes elétricas nos sistemas de transmissão de energia elétrica da Terra, potencialmente causando falhas e danos em transformadores e equipamentos de distribuição de energia.
  • Riscos para Astronautas e Aeronaves: Durante tempestades solares intensas, a radiação solar aumentada pode representar um risco maior para astronautas em órbita terrestre e para tripulações de aeronaves em altitudes elevadas, aumentando o risco de exposição à radiação.
  • Distúrbios em GPS: A interferência causada por tempestades solares pode afetar a precisão e a confiabilidade dos sistemas de navegação por satélite, como o GPS (Sistema de Posicionamento Global), levando a erros de posicionamento e temporariamente interrompendo o serviço em algumas áreas.

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