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Anatel vai priorizar estudos sobre satélites usados pela Starlink, de Musk

O Comitê de Infraestrutura de Telecomunicações (C-INT) da Anatel definiu que os sistemas de satélites não geoestacionários serão prioridade dos temas de estudo da agência para 2025. 

Satélites de “baixa órbita” circulam em torno do planeta com velocidades de rotação diferentes. São equipamentos usados para prover internet de alta velocidade, conectando regiões de difícil acesso à infraestrutura de telecomunicações tradicional.

Na avaliação da Anatel, o avanço das constelações de satélites não geoestacionários amplia a “complexidade no uso dos recursos de espectro e órbita”. “Esse movimento impõe ao órgão regulador o desafio de conciliar inovação e expansão com a preservação de um ambiente competitivo, seguro e sustentável”, diz o comunicado.

Anatel acredita que constelações vão comprometer a concorrência do setor (Imagem: diegograndi/iStock)

Ambiente competitivo

Em uma reunião, o conselheiro Alexandre Freire ponderou que a concentração de satélites por grandes conglomerados empresariais pode comprometer a dinâmica de concorrência do setor espacial. Isso vai criar, segundo ele, desafios complexos de governança internacional.

“O espaço exterior, enquanto bem comum da humanidade, demanda soluções regulatórias que ultrapassem as fronteiras estatais, sobretudo diante das implicações geopolíticas advindas da ocupação intensiva e estratégica das órbitas”, disse.

Recentemente, a agência aprovou a expansão do sistema da Starlink, que pertence ao bilionário Elon Musk, no Brasil.

Agora, a companhia vai poder lançar mais 7,5 mil satélites. Atualmente, a empresa pode operar 4,4 mil satélites no país até 2027.

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Pessoa segurando celular com logotipo da Starlink na tela na frente de bandeira do Brasil
Starlink foi autorizada a lançar mais 7,5 mil satélites no Brasil (Imagem: Saulo Ferreira Angelo/Shutterstock)

De olho no futuro

Outro ponto debatido na reunião foi a possibilidade de os sistemas passarem a ser usados como armas militares. Por isso, a agência vai priorizar estudos sobre as transformações em curso nesse mercado em parceria com o Comitê de Espectro e Órbita (CEO).

“A Anatel está dedicada a garantir que o Brasil esteja na vanguarda da inovação, segurança e eficiência nas telecomunicações. Nosso objetivo é criar um ambiente regulatório que promova o desenvolvimento sustentável e a proteção das infraestruturas críticas, beneficiando toda a sociedade”, afirmou o conselheiro.

Está prevista ainda a realização de discussões com a participação de diversos órgãos, incluindo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), além de empresas reguladas e representantes da sociedade civil.

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Herança da Guerra Fria: satélite mais antigo em órbita pode retornar para a Terra

O satélite Vanguard 1 completou 67 anos em operação e se tornou o objeto espacial mais antigo a orbitar a Terra. Agora, uma empresa americana propõe um plano para resgatar o artefato que marcou o início da Guerra Fria, de acordo com o site Space.

O satélite entrou em órbita em 17 de março de 1958, logo após o Exército dos EUA lançar o primeiro equipamento do tipo ao espaço, o Explorer 1. Era o auge da rivalidade na corrida espacial com a antiga União Soviética, pioneira na exploração com o lendário Sputnik.

Em 1970, o Explorer 1 reentrou na atmosfera da Terra — mas o Vanguard 1 continuou por lá, e ainda é monitorado pelo Laboratório de Pesquisa Naval (NRL). O equipamento foi o primeiro do tipo a gerar energia usando células solares.

Esfera de alumínio de 15 centímetros tem antena de 91 centímetros (Imagem: NASA)

E por onde anda o Vanguard 1?

Atualmente, o satélite tem uma inclinação de 34,25 graus, com uma órbita elíptica variando de 660 quilômetros no seu perigeu (momento mais próximo da Terra) e 3.822 quilômetros no seu apogeu (momento mais distante da Terra).

O objeto não está transmitindo desde 1964, quando a potência das células solares caiu para baixo do nível necessário para operar o transmissor. Ainda assim, sensores podem ser usados para determinar seu status de rotação ou queda.

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Vanguard 1 foi lançado em março de 1958 do Campo de Mísseis do Atlântico (Imagem: Laboratório de Pesquisa Naval)

Qual é o plano?

A empresa líder em tecnologia avançada nos setores de defesa, civil e de segurança nacional Booz Allen Hamilton é a responsável pela mais recente análise de estudos sobre a viabilidade de recuperação do satélite mais antigo em órbita no planeta.

“Não somos os primeiros a ter essa ideia e esperamos não ser os últimos”, disse Matt Bille, analista de pesquisa aeroespacial da Booz Allen, ao Space. “Mas teremos que esperar para ver se alguma entidade com a capacidade necessária decidirá que o valor para ela compensa o investimento.”

Uma das hipóteses é embarcar em missões de cargas úteis usando uma tecnologia que inspecionaria o satélite com segurança antes de recuperá-lo. O Vanguard 1 poderia ser colocado em uma órbita mais baixa e reembalado na Estação Espacial Internacional.

“Nossa pesquisa indicou possível interesse na condição das células solares, baterias e metais, juntamente com o registro de micrometeoritos ou detritos atingidos por um período tão longo”, afirmou Bille. “Seria um recorde para a recuperação de uma espaçonave exposta.”

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Missão ousada: nave vai reabastecer satélite militar dos EUA

A empresa de serviços e logística em órbita Astroscale anunciou que vai reabastecer um satélite da Força Espacial dos Estados Unidos em uma missão complexa planejada para 2026. A sonda de 300 quilos será lançada a cerca de 35.786 quilômetros acima do equador da Terra.

“Estamos mudando a realidade do que é possível. Esta missão prova que a logística espacial não precisa estar a anos de distância. Somos uma equipe focada com um objetivo: entregar e operar um protótipo operacional de nave espacial para a Força Espacial”, disse Ron Lopez, presidente da Astroscale US.

Conceito da operação de reabastecimento planejada para 2026 (Imagem: Astroscale/Divulgação)

Objetivo da missão

A operação foi anunciada no 40º Simpósio Espacial em Colorado Springs e tem como objetivo abrir caminhos para serviços de reabastecimento no espaço. Além disso, busca trazer “agilidade e flexibilidade operacional adicionais para operações espaciais dinâmicas”.

A nave espacial APS-R Refueler da Astroscale foi projetada para “maior manobrabilidade” e transportará um tanque de hidrazina recarregável.

O líquido contém propriedades similares a amônia e funciona como propelente para satélites artificiais.

Essa será a primeira nave espacial a realizar operações de reabastecimento com esse tipo de composto químico acima do cinturão geoestacionário (GEO), assim como a primeira missão de apoio a uma nave do Departamento de Defesa dos EUA.

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Missão pode abrir caminhos para serviços de reabastecimento no espaço (Imagem: yucelyilmaz/iStock)

De olho no futuro

A Astroscale diz que a missão vai estabelecer um “legado espacial para serviços de reabastecimento escaláveis, um passo crucial para permitir uma manobrabilidade sustentada”.

A empresa fechou uma parceria com a startup Orbit Fab para criar um ecossistema comercial com foco em logística escalável e flexível no espaço. Os satélites Tetra-5 vão transportar uma interface de transferência de fluidos criados pela Orbit Fab para facilitar o reabastecimento.

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POEM-4

Satélite indiano cai do espaço em um mergulho no oceano

Na sexta-feira (4), a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) informou que um de seus satélites foi intencionalmente derrubado no Oceano Índico. O comunicado foi compartilhado em uma publicação no X (antigo Twitter) e esclarece que a reentrada foi controlada. O equipamento estava em órbita desde o fim do ano passado.

A ISRO explicou que a queda não foi causada por falha técnica e que, na verdade, o módulo experimental foi desorbitado propositalmente, encerrando uma missão bem-sucedida. O procedimento foi feito de forma planejada e segura, para garantir que não oferecesse riscos ao meio ambiente nem à população.

A espaçonave em questão era o POEM-4 (sigla em inglês para Módulo Experimental Orbital PSLV-4), lançado no dia 30 de dezembro por um Veículo de Lançamento de Satélite Polar (PSLV), foguete mais utilizado pela Índia em missões orbitais, como parte da missão Experiência de Acoplagem Espacial (SPADEX, na sigla em inglês), que testou tecnologias de acoplamento espacial. 

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Remoção de satélite da órbita reflete preocupação da Índia com lixo espacial

Durante sua operação, o módulo experimental transportou 24 cargas úteis, sendo 14 da própria ISRO e outras 10 de instituições não governamentais. Todos os equipamentos funcionaram corretamente e forneceram dados científicos relevantes. A missão ainda conseguiu realizar, pela primeira vez na história da Índia, um acoplamento autônomo no espaço.

Representação gráfica do PSLV Orbital Experimental Module (POEM-4), satélite da Índia que foi derrubado no oceano. Crédito: ISRO

Após o término dos experimentos, a ISRO decidiu remover o módulo da órbita para evitar o acúmulo de lixo espacial. Com manobras controladas, o estágio superior do foguete foi redirecionado para uma rota de colisão com o mar. Antes da queda, o combustível restante foi liberado, para prevenir explosões ou fragmentações.

O satélite atravessou a atmosfera às 8h03 no horário da Índia (22h33 de 3 de abril, pelo horário de Brasília). Segundo a ISRO, essa operação reforça o compromisso da agência com a segurança espacial. A manobra também demonstra a preocupação em manter o espaço limpo e sustentável para futuras missões.

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Satélite da Rússia lança objeto misterioso no espaço

A Força Espacial dos Estados Unidos anunciou que identificou um objeto misterioso no espaço. Ele teria sido lançado por um satélite russo no dia 18 de março, mas o Kremlin mantém sigilo total sobre o assunto.

Análises indicam que três dispositivos da Rússia, Kosmos 2581, 2582 e 2583, estariam envolvidos no caso. Estes satélites apresentaram um comportamento incomum em suas órbitas a 585 km acima da superfície da Terra. 

Satélites fazem parte de missão secreta da Rússia

  • O trio de satélites foi lançado em fevereiro deste ano em uma missão secreta da Rússia.
  • Uma das suspeitas é de que os equipamentos estivessem realizado operações de potencial proximidade, ou seja, estavam se aproximando de outros objetos no espaço. 
  • As autoridades dos Estados Unidos adicionaram aos registros o novo objeto em órbita após o procedimento.
  • Isso sugere que tenha sido liberado pelo Kosmos 25814.
  • As informações são do portal Space.com.
Rússia teria lançado objeto no mês de março (Imagem: Harvepino/Shutterstock)

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Diversas teorias foram levantadas

O governo da Rússia mantém total mistério sobre as operações de seus satélites e, claro, em relação ao objeto lançado.

Apesar de poder gerar algum temor, especialmente em função das tensões aqui na Terra, missões do tipo costumam ser sigilosas e não são uma exclusividade russa.

Uma das teorias é que o objeto lançado ao espaço tenha finalidade militar. Ele pode servir para inspeção de objetos em órbita ou prática de mira. Também há a possibilidade que o dispositivo seja uma carga útil científica. 

Governo russo mantém sigilo sobre operações espaciais (Imagem: Slasha/Shutterstock)

Os satélites Kosmos foram criados pela antiga União Soviética e hoje são utilizados pela Rússia para várias funções espaciais. Elas incluem, por exemplo, aplicações em programas experimentais, secretos e militares.

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Comunicação quântica: nova era chegou ao Hemisfério Sul

O Hemisfério Sul acaba de registrar um feito histórico: o primeiro link de comunicação quântica. O teste foi realizado por cientistas da África do Sul e da China usando o microssatélite quântico chinês Jinan-1, lançado em órbita baixa da Terra.

Esse foi o mais longo link de satélite quântico intercontinental ultrasseguro do mundo, abrangendo 12.900 km, segundo o artigo publicado na revista científica Nature.

O experimento foi realizado em outubro do ano passado, na cidade de Stellenbosch, na África do Sul, onde as condições ambientais de céu limpo e baixa umidade permitiram a criptografia segura de imagens transmitidas entre estações terrestres de ambos os países.

Sistema utiliza fótons únicos que não podem ser interceptados (Imagem: Sodsai CG/iStock)

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Por que isso importa?

A comunicação quântica é baseada em conceitos de mecânica quântica, garantindo transferência de informações altamente segura. Os cientistas explicam que essa tecnologia fornece segurança inigualável, mesmo contra adversários poderosos.

No estudo, chaves quânticas foram geradas em tempo real por meio da Distribuição Quântica de Chaves (QKD), a uma taxa considerada “excepcional” de 1,07 milhão de bits seguros durante uma única passagem de satélite.

Experimento foi realizado na cidade de Stellenbosch, na África do Sul (Imagem: Urilux/iStock)

O sistema utiliza fótons únicos que não podem ser interceptados, copiados ou medidos sem alterar seus estados quânticos para codificar e transmitir chaves seguras.

A China é líder no estudo da tecnologia de comunicação quântica, com uma rede de fibra terrestre de 2.000 km conectando grandes cidades, de Pequim a Xangai. Os testes têm sido conduzidos pelo renomado físico quântico Prof Jian-Wei Pan.

O especialista esteve à frente do primeiro satélite quântico da China, Micius, e chefiou o link quântico intercontinental de 7.600 km entre a China e a Áustria em 2017.

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Google: rede de satélites que monitora incêndios florestais entra em operação

O primeiro satélite de uma rede financiada pelo Google com o objetivo de monitorar incêndios florestais estabeleceu contato com a Terra. O dispositivo foi lançado da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, nos Estados Unidos.

A rede FireSat utiliza inteligência artificial para analisar dados em tempo real e compará-los com registros históricos. Isso permite diferenciar queimadas reais de interferências, como reflexos de luz ou falhas técnicas. 

Dados poderão ser utilizados por bombeiros do mundo todo

  • Novos lançamentos de satélites da Earth Fire Alliance, organização sem fins lucrativos criada para coordenar o projeto, estão previstos para 2026.
  • A expectativa é que a constelação completa, com mais de 50 unidades, deve estar operando até 2030.
  • Até o momento, o Google investiu US$ 13 milhões (cerca de R$ 73 milhões) no projeto.
  • A ideia é impulsionar o uso da IA na prevenção de incêndios florestais.
  • De acordo com a gigante da tecnologia, os dados do sistema serão disponibilizados gratuitamente para bombeiros e equipes de emergência ao redor do mundo, inclusive no Brasil.
Comparação entre precisão de satélites atuais e da constelação FireSat para vasculhar queimadas e incêndios florestais (Imagem: reprodução/Google)

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Iniciativa promete revolucionar monitoramento de incêndios florestais

Uma série de testes preliminares com fogueiras domésticas demonstrou a alta precisão do sistema. Pesquisadores chegaram a equipar um avião com sensores para avaliar o desempenho e também tiveram resultados positivos.

Segundo o Google, uma das maiores dificuldades no trabalho de combate a incêndios envolve o monitoramento. Imagens de alta resolução costumam ter baixa frequência de atualização, enquanto as atualizações mais rápidas geralmente oferecem baixa definição.

Entrada do Google
Até o momento, o Google investiu US$ 13 milhões no projeto (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Em alguns casos, os dados podem demorar até 12 horas para serem renovados, o que prejudica qualquer tipo de ação contra as queimadas. O novo sistema, no entanto, promete atualizar as imagens a cada 20 minutos, cobrindo qualquer ponto do planeta.

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Ucrânia tem apenas uma opção à Starlink — e pode não ser suficiente

Os governos de Ucrânia e Rússia podem estar a poucos passos de fechar um cessar-fogo. Mas, que fique claro — é uma trégua, e não o encerramento do conflito, que já dura três anos. Isso implica em novas estratégias militares de ambos os lados.

Para os ucranianos, pode ser momento de rever a dependência dos satélites da Starlink. Recentemente, o CEO da empresa, Elon Musk, afirmou que toda a linha de frente de Kiev entraria em colapso caso o sistema fosse desligado, como relatou o Olhar Digital.

“Para ser extremamente claro, não importa o quanto eu discorde da política da Ucrânia, a Starlink nunca será desligada no país. Sem nossa empresa, os russos poderiam bloquear todas as outras comunicações e nós nunca faríamos tal coisa”, enfatizou.

Ações de operadora da constelação OneWeb subiram após ameaça de Musk (Imagem: EvgeniyShkolenko/iStock)

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Ucrânia tem alternativa?

  • A Europa até tem plano de lançar sua própria constelação de satélites, a IRIS². O problema é que a rede com 290 dispositivos financiada pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), além de capital privado, não ficará pronta antes de 2030;
  • Segundo o Ars Technica, a opção que resta ao presidente Volodymyr Zelensky é a constelação OneWeb, -rede de 630 satélites lançados entre 2019 e 2023;
  • Isso representa um décimo do tamanho da megaconstelação Starlink da SpaceX, mas garante conectividade de alta velocidade;
  • A reportagem destaca o histórico conturbado da empresa, que passou por uma série de mudanças de propriedade até ser adquirida pela operadora de satélite francesa Eutelsat, em 2023, por US$ 3,4 bilhões (R$ 19,52 bilhões, na conversão direta);
  • No início do ano, as ações estavam sendo negociadas em baixas históricas a US$ 1,25 (R$ 7,17).;
  • Mas, desde a ameaça de desligamento da Starlink, os papéis da empresa dispararam, aumentando quatro vezes seu valor, segundo o site;
  • Os governos britânico e francês possuem, cada um, pouco mais de 10% da empresa.
Empresa prometeu 40.000 novos terminais de nível militar e padrão para Kiev (Imagem: Nzpn/iStock)

Desafios

Para o diretor de pesquisa da Quilty Analytics, Caleb Henry, que está escrevendo um livro sobre a história da OneWeb e foi consultado pelo Ars Technica, o Exército da Ucrânia poderia encontrar alguns obstáculos caso optasse pelos serviços da companhia.

Os soldados não conseguiriam, por exemplo, montar terminais de usuário em drones, como ocorre com sistemas da Starlink, porque os equipamentos da OneWeb são grandes demais para isso, segundo ele. 

Ainda assim, a empresa tem se movimentado para tentar ocupar um espaço que pode se abrir futuramente. A Eutelsat já tem satélites de baixa altitude implantados na Ucrânia para dar suporte a “comunicações governamentais e institucionais”.

À Bloomberg, a CEO, Eva Berneke, informou que há plano para fornecer 40 mil terminais de nível militar e padrão para Kiev dentro de “alguns meses”. E que a companhia está considerando usar 35 satélites geoestacionários para fornecer “capacidade adicional” sobre o país.

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Foguete reutilizável terá plataforma de pouso no mar; conheça

Uma empresa de sistemas espaciais dos Estados Unidos vai construir no mar uma plataforma de pouso para seu foguete reutilizável com o objetivo de atender a demanda crescente pela implantação de constelações de satélites.

A Rocket Lab já é líder global em serviços de lançamentos espaciais e vai dar mais um passo para consolidar a presença no mercado com o projeto “’Return On Investment”. A plataforma começará a ser construída este ano e estará pronta para uso em 2026.

A barcaça de 122 metros vai passar por modificações que incluem um equipamento autônomo de suporte terrestre para capturar e proteger o foguete, blindagem contra explosões e propulsores de manutenção de estação para posicionamento preciso.

Plataforma foi adquirida de empresa de transporte marítimo (Imagem: Rocket Lab/Divulgação)

Operada na Costa Leste dos EUA, a plataforma está sendo construída sobre a antiga embarcação “Oceanus” — fornecida pela Canal Barge Inc., uma empresa de transporte marítimo de Nova Orleans — e nomeada em homenagem ao titã grego Oceanus, a personificação do rio que os gregos acreditavam que circundava o mundo inteiro.

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Um novo foguete para chamar de seu

O projeto integra um plano maior de lançamento do novo foguete da empresa, o Neutron, feito a partir de carbono reutilizável. O veículo de médio porte — 43 metros — é capaz de implantar cargas úteis de até 15.000 kg e foi projetado não só para transportar satélites, mas também para uso em missões de segurança nacional, bem como exploração lunar e interplanetária.

Novo foguete pode implantar cargas de até 15.000 kg (Imagem: Rocket Lab/Divulgação)

O Neutron pode executar dois perfis de missão: Return To Launch Site (RTLS) para pousos propulsivos no Rocket Lab Launch Complex 3, na Virgínia; e missão reutilizável com manobra Down Range Landing, com pouso na plataforma instalada no mar. O voo de estreia está previsto para o segundo semestre de 2025.

“Estamos trabalhando duro para colocar a Neutron na ativa com um dos cronogramas de desenvolvimento mais rápidos da história para um novo foguete, porque sabemos que as oportunidades de lançamento de médio porte são limitadas e o acesso ao espaço está sendo sufocado”, afirmou o fundador e CEO da Rocket Lab, Sir Peter Beck.

Além do Neutron, a empresa também revelou um novo satélite que pode ser produzido em grandes volumes e adaptado para grandes constelações. O Flatellite promete conectividade segura, de baixa latência, alta velocidade e capacidade de sensoriamento remoto para mercados de segurança nacional, defesa e comerciais.

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