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OpenAI e Microsoft já foram grandes aliadas, mas tudo mudou

A aliança entre Sam Altman, CEO da OpenAI, e Satya Nadella, CEO da Microsoft, antes considerada uma das mais estratégicas do setor de tecnologia, passa por sua fase mais conturbada, como explica o Wall Street Journal.

O relacionamento, iniciado com entusiasmo e cooperação, está agora marcado por desconfianças, disputas por poder e planos divergentes para o futuro da inteligência artificial.

A parceria começou em 2018 após um encontro casual entre os dois executivos em uma conferência nos EUA. Pouco depois, em 2019, a Microsoft investiu US$ 1 bilhão na OpenAI, obtendo acesso exclusivo à sua tecnologia e se tornando sua fornecedora oficial de infraestrutura em nuvem.

Com o lançamento do ChatGPT em 2022, a OpenAI acelerou a corrida pela IA generativa. A Microsoft colheu os frutos, triplicando o valor de suas ações e reposicionando-se como líder em inovação. O investimento foi ampliado para mais de US$ 10 bilhões em 2023.

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Contratações polêmicas e o surgimento de projetos paralelos minaram a confiança entre os CEOs – Imagem: Muhammad Alimaki/Shutterstock

Tensões Crescentes

Apesar do sucesso conjunto, o relacionamento entre as empresas se deteriorou nos bastidores. Sam Altman quer mais poder computacional e chips de ponta da Microsoft para acelerar o desenvolvimento de modelos de IA ainda mais avançados.

A Microsoft, por outro lado, reclama de atrasos na entrega de códigos e vê com ceticismo a ambição da OpenAI de alcançar a chamada AGI (inteligência artificial geral) em breve.

Além disso, a Microsoft passou a investir em soluções alternativas e contratou Mustafa Suleyman (ex-DeepMind) para liderar um projeto de modelos internos de IA — uma jogada que minou ainda mais a confiança entre as partes.

Tensões específicas entre as empresas

  • A Microsoft pode bloquear a tentativa da OpenAI de se reestruturar como empresa com fins lucrativos.
  • A OpenAI pode restringir o acesso da Microsoft à sua tecnologia mais avançada.
  • A Microsoft frustrou-se com atrasos no desenvolvimento do modelo “Strawberry”, considerado promissor.
  • Sam Altman surpreendeu Nadella ao anunciar um projeto bilionário com SoftBank e Oracle — algo que lembra um plano inicialmente idealizado com a Microsoft.

No auge da parceria, não era incomum que Altman e Nadella trocassem várias mensagens seguidas por dia. Hoje, se comunicam apenas por chamadas semanais agendadas. A suspensão de projetos conjuntos, como o ambicioso data center, evidencia o distanciamento crescente.

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Tensão crescente enquanto suas IAs avançaram afastou Satya Nadella de Altman – Imagem: QubixStudio/Shutterstock

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Futuro da IA na Microsoft? DeepSeek eleito como novo padrão por Nadella

A Microsoft, sob a liderança de Satya Nadella, demonstra otimismo em relação ao modelo DeepSeek R1. Segundo declarações da alta cúpula da empresa, sua eficiência notável e otimização estabeleceu um novo patamar para os padrões de excelência na IA.

A empresa, em um movimento audacioso, estabelece o modelo DeepSeek R1 como referência para o futuro de suas iniciativas de IA, sinalizando uma transformação profunda em sua abordagem tecnológica.

Em um encontro exclusivo com colaboradores, a alta liderança da Microsoft delineou os contornos dessa nova fase. O DeepSeek R1, com sua eficiência computacional otimizada e equipe enxuta, exemplifica o potencial de inovação e agilidade que a empresa busca cultivar.

DeepSeek como modelo para a Microsoft

A adoção do DeepSeek R1 como padrão, segundo Nadella, não se limita à excelência técnica, mas abrange a capacidade de transformar pesquisa de ponta em produtos de sucesso, exemplificada pela ascensão do modelo à posição de destaque na App Store.

Esse feito contrasta com o desempenho do Copilot, que, apesar dos investimentos robustos da Microsoft, ainda busca consolidar sua presença no mercado.

Sucesso do DeepSeek contrasta com a trajetória do Copilot, que ainda não alcançou o mesmo patamar de popularidade. (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

A Microsoft, buscando impulsionar a adoção do Copilot, aposta no desenvolvimento de modelos como o Muse, treinado em jogos do Xbox, para criar experiências de IA interativas e inovadoras. Atraindo um público mais amplo e explorando o potencial da IA na criação de conteúdo.

O desafio da Microsoft na arena da IA vai além da criação de aplicativos populares. A empresa busca agilidade e adaptabilidade para acompanhar a rápida evolução tecnológica. Jay Parikh, líder do grupo de engenharia CoreAI da Microsoft, enfatiza a importância da velocidade na busca pela inovação, inspirando-se no exemplo do DeepSeek.

O investimento maciço da Microsoft em data centers, visando suportar as demandas da IA, reflete a confiança da empresa no potencial transformador da tecnologia. Nadella projeta um futuro em que todas as aplicações incorporarão IA, impulsionando a demanda por infraestrutura de nuvem e serviços relacionados.

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Microsoft estabelece o modelo DeepSeek R1 como referência para o futuro de suas iniciativas de IA. (Imagem: QINQIE99/Shutterstock)

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Paralelamente à expansão da IA, a Microsoft reafirma seu compromisso com a sustentabilidade, buscando alcançar a neutralidade de carbono até 2030. Brad Smith, vice-presidente da empresa, reconhece o impacto da IA no consumo de energia, mas expressa otimismo na capacidade da Microsoft de superar os desafios e atingir seus objetivos ambientais.

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