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Guerra dos chips: TSMC projeta lucro recorde

As sanções impostas pelos Estados Unidos contra a China e a aplicação de tarifas comerciais globais da Casa Branca geram preocupações no mercado de chips semicondutores. Mesmo assim, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) está otimista.

Esta gigante do setor produz mais de 90% dos microchips avançados do mundo, que alimentam desde smartphones e inteligência artificial até armas. E, de acordo com o presidente-executivo da companhia, Che-Chia Wei, as incertezas globais têm pouco impacto sobre as operações da empresa.

Tarifas de Trump criam incertezas globais, inclusive no setor de tecnologia (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

TSMC não tem sido impactada diretamente pelas tarifas

Segundo Wei, as tarifas têm algum impacto sobre a TSMC, mas não diretamente. Isso se deve ao fato de que estas taxas são impostas aos importadores e não aos exportadores, caso da empresa de Taiwan. Entretanto, elas podem causar o aumento de preços no futuro, impactando a demanda.

Apesar disso, ele garantiu que a demanda por inteligência artificial continua forte e aumentando em praticamente todo o mundo. Por isso, o presidente-executivo da empresa espera que a receita e os lucros da TSMC atinjam novos recordes neste ano.

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Empresa tem como clientes as gigantes Apple e Nvidia (Imagem: Jack Hong/Shutterstock)

A companhia registrou um crescimento robusto nas vendas no trimestre de abril a junho. Isso se deve à demanda contínua por IA e chips de computação de alto desempenho, bem como pela maior busca de produtos pelos clientes para aumentar o estoque e se antecipar às tarifas de Donald Trump. As informações são do The Wall Street Journal.

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EUA querem impedir acesso da China aos semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
  • Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.

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Gigante dos chips avalia ter “megafábrica” nos Emirados Árabes

A Taiwan Semiconductor Manufacturing Co., conhecida também como TSMC, maior fabricante mundial de chips avançados, está avaliando construir uma megafábrica nos Emirados Árabes Unidos (EAU), semelhante ao complexo que está erguendo no Arizona.

O projeto, chamado de “gigafábrica”, depende do aval dos Estados Unidos, dado o envolvimento estratégico e os riscos geopolíticos, segundo informa a Bloomberg.

As negociações começaram no governo Biden, mas estagnaram diante de exigências consideradas excessivas por Abu Dhabi — como garantias de soberania dos EUA sobre a instalação e acesso prioritário à produção em momentos de crise.

A retomada das conversas ocorre sob a presidência de Donald Trump, com envolvimento de autoridades americanas e representantes da MGX, veículo de investimento ligado à liderança dos EAU.

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Possível expansão da TSMC nos Emirados Árabes preocupa autoridades americanas (Imagem: JHVEPhoto/iStock)

Emirados Árabes querem virar centro estratégico de IA

  • A instalação seria parte do esforço dos Emirados para se posicionarem como potência em inteligência artificial no Oriente Médio, apesar da atual carência de mão de obra qualificada.
  • O país oferece, porém, vasta infraestrutura, recursos energéticos e capital.
  • A TSMC já visitou os EAU para estudar a viabilidade técnica do projeto.

Ideia não é bem aceita nos Estados Unidos

Nos EUA, o plano enfrenta resistência. Alguns membros do governo Trump temem que a nova fábrica enfraqueça o projeto da TSMC no Arizona, apoiado com US$ 6,6 bilhões do governo americano.

Também há preocupações com segurança nacional, devido aos vínculos dos Emirados com a China e à instabilidade regional envolvendo o Irã.

A proposta, ainda não oficializada, reflete o dilema estratégico de Washington: equilibrar a expansão tecnológica americana no exterior com a proteção de seus interesses econômicos e geopolíticos.

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Projeto ambicioso pode transformar o Golfo Pérsico em polo de semicondutores (Imagem: Jack Hong/Shutterstock)

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Guerra dos chips: EUA proíbem venda de tecnologia para a China

O governo Trump ordenou que empresas americanas de software para design de semicondutores, como Synopsys, Cadence e Siemens EDA, suspendam a venda de suas tecnologias a grupos chineses. As informações são do Financial Times.

A medida, comunicada por cartas do Departamento de Comércio dos EUA, visa dificultar o avanço da China no desenvolvimento de chips de inteligência artificial.

A nova diretriz marca mais uma ofensiva dos EUA na disputa tecnológica com a China e segue restrições anteriores à exportação de chips avançados da Nvidia.

O setor de software de automação de projetos eletrônicos (EDA) é essencial para projetar chips de última geração, embora represente uma fatia modesta da indústria de semicondutores.

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Empresas de software como Synopsys e Siemens EDA são orientadas a suspender exportações – Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock

Empresas lucravam com vendas para a China

  • As empresas afetadas concentram cerca de 80% do mercado chinês de EDA.
  • A Synopsys, por exemplo, obteve quase US$ 1 bilhão em vendas na China em 2024 — cerca de 16% da receita total — e viu suas ações caírem 9,6% após o anúncio.
  • A Cadence perdeu 10,7%. Já a Siemens confirmou que o setor foi informado das novas restrições.

Possíveis consequências

A ação ocorre em meio a uma trégua comercial frágil entre EUA e China e pode ameaçar negociações em andamento. Analistas alertam que a medida pode acelerar o fortalecimento de empresas chinesas de EDA, cujas ações subiram mais de 10% na quinta-feira.

O impacto também pode afetar fusões, como a compra da Ansys pela Synopsys, atualmente sob análise regulatória.

Silhuetas de Xi Jinping e Donald Trump na frente de bandeiras da China e dos Estados Unidos, respectivamente
Governo Trump amplia restrições para conter avanço tecnológico chinês; ações despencam após anúncio (Imagem: amagnawa1092/Shutterstock)

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Nvidia testa apetite do mercado com supermáquina de IA

A Nvidia divulgou nesta quarta-feira (28) os resultados do primeiro trimestre do ano fiscal de 2026, encerrado em 27 de abril.

Os números ficaram acima do esperado, impulsionados por crescimento de 73% nas vendas de sua divisão de data centers em relação ao ano anterior, sendo que o lucro líquido da empresa aumentou 26%, para US$ 18,8 bilhões (106,96 bilhões, na conversão direta), enquanto a receita total cresceu 69%.

Novo produto definirá futuro da Nvidia

Embora os impactos das restrições dos EUA à exportação de chips estejam em foco, analistas como Kevin Cook, da Zacks Investment Research, acreditam que o ponto-chave será a estreia do GB200 NVL72, supermáquina de IA com 72 GPUs e preço de US$ 3 milhões, conforme revela o TechCrunch.

  • Segundo Cook, o desempenho nas entregas desse novo produto — essencial para grandes data centers e projetos de IA — será mais determinante para o futuro da Nvidia do que qualquer efeito imediato das tensões geopolíticas.
  • Ele estima que, mesmo com alta demanda, as entregas no trimestre devem ficar abaixo de 5.000 unidades.
  • Ainda assim, caso o CEO Jensen Huang projete 10.000 unidades para o segundo trimestre, isso representaria um impulso de US$ 30 bilhões em receita potencial.
Nvidia pode lucrar até US$ 30 bi com novo chip GB200 (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

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Demanda pode ser duradoura

Para Cook, o mercado está atento a um possível comportamento de atualização frequente por parte das empresas, semelhante ao dos consumidores com novos iPhones — o que poderia garantir à Nvidia um ciclo contínuo de vendas.

Já as restrições à China, embora relevantes no curto prazo, não devem comprometer a demanda global, dada a forte presença da Nvidia entre os principais hiperescaladores e iniciativas como o projeto Stargate no Oriente Médio.

“Enquanto ouvirmos que as entregas devem ser estáveis ou excepcionais, flutuações na receita serão secundárias. O vento está a favor para o restante do ano”, conclui Cook.

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Supermáquina da Nvidia vira foco dos investidores às vésperas de balanço trimestral (Imagem: Chung-Hao Lee/Shutterstock)

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TSMC: ábrica “mais estratégica do mundo” está surgindo no deserto do Arizona

Entre os cactos do Arizona (EUA), a gigante taiwanesa TSMC está construindo a Fab 21, uma das fábricas mais avançadas do planeta, dedicada à produção de chips semicondutores de última geração, como mostra a BBC News.

Responsável por cerca de 90% dos chips avançados usados em iPhones, computadores e sistemas de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT, a TSMC transfere parte de sua tecnologia crítica de Taiwan para os Estados Unidos — num movimento geopolítico e econômico que pode redefinir a indústria global.

Com apoio de Trump e sob o impacto de tarifas, TSMC transfere tecnologia de ponta para os EUA (Imagem: Anna Moneymaker/Shutterstock)

Com investimento adicional de US$ 100 bilhões (R$ 564.67 bilhões, na conversão direta) e incentivos do governo estadunidense por meio da Lei dos Chips, a expansão da fábrica representa um marco na estratégia dos EUA para diminuir a dependência de Taiwan e conter o avanço tecnológico da China.

Projeto da TSMC é símbolo da gestão de Trump

  • O presidente dos EUA, Donald Trump, vê o projeto como símbolo de sua política econômica nacionalista, embora a iniciativa também tenha sido apoiada pela administração do ex-presidente Joe Biden;
  • A instalação, altamente protegida e tecnologicamente sofisticada, fabrica chips com estruturas de apenas quatro nanômetros e bilhões de transistores;
  • Todo o processo, que pode envolver até quatro mil etapas, exige ambiente mais limpo que uma sala de cirurgia, com máquinas de litografia fornecidas por empresas europeias, como a ASML.

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EUA não quer depender de tecnologia asiática, mas é difícil

Enquanto os EUA tentam criar cadeias de suprimento de semicondutores “não vermelhas” — livres de influência chinesa —, especialistas alertam que a interdependência global continua sendo um fator inevitável.

A cadeia envolve componentes e materiais de dezenas de países, o que torna difícil isolar qualquer etapa produtiva.

Ainda assim, a fábrica da TSMC no Arizona se consolida como peça central na corrida por soberania tecnológica, evidenciando as tensões entre globalização e protecionismo em um mundo cada vez mais moldado por chips.

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Fábrica da TSMC no Arizona coloca os Estados Unidos no centro da indústria de chips e desafia a supremacia asiática (Imagem: Jack Hong/Shutterstock)

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Guerra dos chips: governo Trump avalia mudar as regras globais no setor

O governo Trump está analisando mudanças na regra de exportação de chips de inteligência artificial herdada da gestão Biden, com foco na eliminação do sistema que divide o mundo em três níveis de acesso aos semicondutores, conforme informações exclusivas da Reuters.

Segundo fontes próximas ao processo, a ideia é substituir o modelo atual por um regime global de licenciamento baseado em acordos bilaterais entre governos — uma abordagem que reforça a estratégia comercial do atual presidente.

A norma em vigor, chamada de Estrutura para Difusão de Inteligência Artificial, foi emitida pelo Departamento de Comércio dos EUA em janeiro, nos últimos dias da gestão Biden.

Ela restringe o acesso internacional a chips de IA avançados e certos pesos de modelos, visando manter a superioridade tecnológica dos EUA e de seus aliados, especialmente frente à China. A regra entra em vigor no próximo dia 15 de maio. Hoje, a diretriz divide os países em três níveis.

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Estratégia do governo Trump visa usar semicondutores como ferramenta geopolítica (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

Níveis de acesso aos chips dos EUA

  • Nível 1: inclui aliados como Japão, Reino Unido e Taiwan, com acesso irrestrito;
  • Nível 2: cerca de 120 países com limites de importação;
  • Nível 3: países “preocupantes”, como China, Rússia e Irã, com acesso bloqueado.

Integrantes do governo avaliam que o novo modelo com acordos entre países facilitaria o uso dos chips americanos como moeda de troca em negociações comerciais.

A proposta também estuda reduzir o limite de exceção para licenciamento: atualmente, pedidos abaixo do equivalente a 1.700 chips H100 da Nvidia não precisam de licença — esse teto poderia cair para 500 chips.

Medida não é bem vista por empresas do ramo

A medida é alvo de críticas de grandes empresas como Nvidia e Oracle, além de parlamentares republicanos, que alegam que a regra pode empurrar países para a tecnologia chinesa. Sete senadores enviaram carta ao Departamento de Comércio pedindo a revogação da norma.

Embora o governo Trump diga querer tornar a regra “mais forte e mais simples”, especialistas alertam que a eliminação dos níveis pode torná-la mais complexa.

Ilustração de mapa do mundo com elementos de chips
Nova abordagem substituiria classificação por níveis por controle via acordos entre governos (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

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Guerra dos Chips: restrições dos EUA contra China aumentam

O governo Trump intensificou as restrições à exportação de chips avançados para a China, mirando diretamente empresas como Nvidia e AMD. As informações são do Wall Street Journal.

As novas medidas — as mais rigorosas até agora — sinalizam que os EUA pretendem barrar qualquer progresso chinês em inteligência artificial (IA) que dependa de tecnologia americana.

Impacto das restrições

  • A decisão interrompe o envio de chips de alto desempenho, como o H20 da Nvidia e o MI308 da AMD, impactando severamente as vendas dessas empresas no mercado chinês.
  • Só a Nvidia vendeu cerca de US$ 12 bilhões em chips H20 para a China no último ano fiscal, o que representa 70% das suas vendas no país.
  • A reação foi imediata: as ações das empresas caíram cerca de 7% e o mercado global sentiu o impacto.

A medida ocorre em meio ao avanço da startup chinesa DeepSeek, que chamou atenção global ao criar modelos potentes de IA com menor poder computacional — um sinal de que a China poderia reduzir sua dependência de chips estrangeiros.

Mesmo diante das restrições, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, viajou a Pequim, onde se encontrou com líderes chineses, inclusive o fundador da DeepSeek. Huang afirmou que o mercado chinês segue sendo “muito importante” e reconheceu os impactos das novas sanções.

Nova rodada de sanções revela estratégia para frear o avanço da inteligência artificial chinesa – Imagem: William Potter/Shutterstock

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O endurecimento das regras visa limitar o acesso chinês à tecnologia de ponta usada para treinar e operar modelos de IA. Autoridades americanas alertam que permitir esse acesso é como “dar as ferramentas” para um competidor direto. “Se vão competir conosco, que seja com as próprias ferramentas”, disse o Secretário de Comércio, Howard Lutnick.

Mudança de fornecedores

Em resposta, empresas chinesas correram para garantir pedidos antes do bloqueio. A Nvidia recebeu US$ 18 bilhões em encomendas nos primeiros meses de 2025, número que supera toda a receita anual da empresa na China no ano anterior.

Agora, sem acesso aos chips americanos, empresas como Alibaba e ByteDance deverão recorrer a alternativas locais como Huawei e Cambricon, alinhadas com o esforço do governo chinês de fortalecer a produção doméstica de semicondutores.

Analistas estimam que a Nvidia terá prejuízos de cerca de US$ 5,5 bilhões com a medida, enquanto a AMD pode perder até US$ 800 milhões.

A tensão crescente adiciona um novo capítulo à disputa tecnológica entre EUA e China — uma guerra fria digital com implicações globais.

Celular exibindo logomarca da Nvidia na tela na frente de outra tela exibindo bandeira dos Estados Unidos
Setor de tecnologia reage com queda nas ações e corrida de gigantes chinesas por alternativas locais (Imagem: Algi Febri Sugita/Shutterstock)

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Duas gigantes teriam acordo para fabricar chips em conjunto

A Intel e a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC) chegaram a um acordo preliminar para formar uma joint venture visando operar as instalações de fabricação de chips da Intel, conforme informou o site The Information.

As negociações entre as duas gigantes de semicondutores foram supostamente iniciadas pela administração Trump, como parte de um esforço para revitalizar a Intel, que tem enfrentado desafios de fabricação nos últimos anos. A TSMC estaria disposta a assumir uma participação de 20% na nova empresa.

Trump tem criticado Taiwan por “roubar” a indústria de chips dos EUA e pressionado para que a fabricação avançada de chips seja trazida de volta aos Estados Unidos. O plano coincide com o anúncio recente da TSMC de investir pelo menos US$ 100 bilhões em instalações de fabricação nos EUA.

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Apesar do acordo preliminar, a proposta de joint venture encontra resistência de alguns executivos da Intel, preocupados que a parceria possa afetar o desenvolvimento da tecnologia de fabricação própria da empresa e resultar em demissões em massa.

Diante de uma crise, Intel poderia recuperar prestígio com a joint venture e a ajuda da TSMC, que vive bom momento – Imagem: Hepha1st0s/Shutterstock

Existem ainda desafios sobre como as duas empresas integrarão suas operações, dado que utilizam modelos diferentes de equipamentos e materiais de produção.

Empresas despistam sobre o possível acordo

  • A Intel não comentou oficialmente sobre o assunto, enquanto a TSMC se recusou a fazer declarações.
  • A TSMC também enfrenta pressões para transferir mais produção de Taiwan para os EUA, especialmente devido a preocupações com possíveis interrupções no fornecimento de tecnologia crítica em caso de conflito com Pequim.
  • A empresa já prometeu investir mais de US$ 65 bilhões em três fábricas no Arizona, com uma delas iniciando a produção no final de 2024.

Apesar da pressão crescente, os semicondutores foram isentos das tarifas comerciais anunciadas por Trump, embora ele continue a pressionar a TSMC e outros fabricantes sobre a falta de produção nos Estados Unidos.

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Trump pressiona por mais produção de semicondutores nos EUA, e a TSMC tem planos de investir em instalações no país (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

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Guerra dos chips: o mundo depois das tarifas de Trump

A isenção de tarifas de Donald Trump para os semicondutores oferece um alívio temporário, mas a indústria enfrenta um impacto substancial devido às tarifas sobre eletrônicos, conforme relata o Wall Street Journal.

As importações diretas de chips dos EUA, que totalizaram US$ 82 bilhões no ano passado, estão isentas, mas a maioria dos chips é importada de forma indireta. Eles são produzidos e embalados no exterior, inseridos em eletrônicos enviados aos EUA e outros mercados, onde ficam sujeitos a tarifas de até 49%.

Isso significa que muitos chips feitos nos EUA acabam sendo enviados para países como Taiwan ou China para montagem final antes de serem reexportados.

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Preços mais altos para muitos produtos que contêm chips ameaçam afetar a demanda – Imagem: deepadesigns / Shutterstock

Obstáculos para obter lucros

  • O impacto é significativo: os preços mais altos dos produtos tendem a reduzir a demanda por chips, resultando em menor crescimento e lucros para os fabricantes.
  • As ações de grandes empresas, como Apple e Dell, caíram substancialmente.
  • Além disso, as tarifas não incentivam os fabricantes a aumentar a produção nos EUA, pois os chips ainda precisam ser exportados e reimportados para montagem.
  • Empresas com forte presença nos EUA, como Texas Instruments e Analog Devices, também não ganham vantagem, já que seus concorrentes estrangeiros estão isentos das tarifas.

A indústria pode enfrentar cancelamentos de pedidos, antecipando queda na demanda devido aos preços elevados. Eletrônicos de consumo e servidores de inteligência artificial, como os da Nvidia, devem ser os mais impactados.

Embora as empresas ainda não tenham emitido alertas de lucros, a situação continua incerta. A indústria pode tentar negociar com o governo para reduzir as tarifas, mas, dada a postura de Trump, mais tarifas parecem prováveis, o que poderia agravar ainda mais a crise.

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Semicondutores estão isentos das tarifas de Trump, mas outros produtos que são usados nos chips não estão (Imagem: Anna Moneymaker/Shutterstock)

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Do tamanho de um grão de arroz: menor microcontrolador do mundo é lançado

A corrida pela miniaturização na indústria de semicondutores acaba de alcançar um novo patamar. A Texas Instruments (TI), gigante americana do setor, anunciou a criação do menor microcontrolador (MCU) do mundo, um chip que mede apenas 1,38 mm², equivalente ao tamanho de um grão de arroz.

Essa conquista representa um avanço significativo em relação ao recorde anterior, superando-o em 38%, e abre um leque de possibilidades para o desenvolvimento de dispositivos eletrônicos cada vez menores e mais eficientes.

Novo chip é compacto e potente

Apesar de seu tamanho diminuto, o novo microcontrolador da TI não decepciona em termos de desempenho. Equipado com uma CPU Arm Cortex-M0+, capaz de operar a até 24 MHz, o chip oferece poder de processamento suficiente para uma ampla gama de aplicações.

Além disso, conta com 1 KB de SRAM e até 6 KB de memória, e um conversor analógico-digital de 12 bits com três canais, seis pinos de entrada/saída de uso geral e suporte a interfaces como UART, SPI e I²C.

Novidade é ideal para aplicações em dispositivos médicos vestíveis, como monitores de saúde e implantes, onde o espaço é um recurso crítico. (Imagem: AntonKhrupinArt / Shutterstock.com)

Embora essas especificações possam parecer modestas em comparação com os chips encontrados em computadores e smartphones, elas são perfeitamente adequadas para as aplicações de nicho para as quais o microcontrolador foi projetado.

Aplicações do setor médico aos wearables

A miniaturização extrema do novo microcontrolador da TI o torna ideal para aplicações em dispositivos médicos vestíveis, como monitores de saúde e implantes, onde o espaço é um recurso crítico.

Além disso, o chip pode impulsionar a inovação em outros segmentos, como fones de ouvido sem fio, sensores e dispositivos de Internet das Coisas (IoT).

A capacidade de integrar recursos avançados em um espaço tão pequeno permite desenvolver produtos mais compactos, eficientes e com maior autonomia de bateria.

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A empresa planeja disponibilizar o novo microcontrolador a um preço acessível, a partir de US$ 0,16 por unidade para pedidos de mil unidades. Essa estratégia visa democratizar o acesso à tecnologia e incentivar a adoção do chip em uma ampla gama de aplicações.

Embora os consumidores finais possam não perceber imediatamente o impacto dessa inovação, o menor microcontrolador do mundo tem o potencial de impulsionar o desenvolvimento de uma nova geração de dispositivos eletrônicos, mais inteligentes, conectados e integrados ao nosso dia a dia.

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