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Este sintoma no sono pode ser um alerta para a demência; entenda os sinais

Sonhar é mais normal do que você imagina. Especialistas na área afirmam que a gente passe cerca de um terço da nossa vida dormindo (levando em conta uma média de 8 horas de sono por dia). E, dentro desse período de sono, a estimativa é que sonhemos durante 2 horas, ou seja, 25% do tempo.

É importante destacar que a ciência ainda não tem todas as respostas sobre os sonhos. Alguns pesquisadores dizem que eles ajudam a consolidar memórias. Outros sugerem que o sonho é importante para o aprendizado. Mas não há uma resposta definitiva.

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Por que sonhamos? Como o cérebro cria os sonhos? Qual o papel eles desempenham em nossas vidas e em nossa saúde? O neurologista Abidemi Otaiku foi atrás dessas respostas e, durante seus estudos, fez uma descoberta impressionante: ter pesadelos frequentes na meia-idade ou na velhice pode estar associado a um risco aumentado de desenvolver demência.

A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, responsável por 60 a 70% dos casos – Imagem: LightField Studios/Shutterstock

Os sonhos, o cérebro e a nossa saúde

  • Abidemi Otaiku acredita que os nossos sonhos podem revelar uma quantidade surpreendente de informações sobre a saúde do nosso cérebro.
  • No artigo em questão, ele analisou dados de três grandes estudos americanos sobre saúde e envelhecimento.
  • Eles incluíam mais de 600 pessoas com idades entre 35 e 64 anos e 2.600 pessoas com 79 anos ou mais.
  • Todos os participantes não tinham demência no início do estudo e foram acompanhados por uma média de nove anos para o grupo de meia-idade e cinco anos para os participantes mais velhos.
  • Uma das perguntas do questionário era sobre a frequência com que os participantes tinham pesadelos e sonhos ruins.
  • E o neurologista descobriu que as pessoas de meia-idade que sofriam com pesadelos toda semana tinham quatro vezes mais probabilidade de sofrer declínio cognitivo (um precursor da demência) na década seguinte.
  • Entre os mais velhos, a chance de ter um diagnóstico do tipo dobrava.
  • O estudo também revelou que a conexão entre os pesadelos e os sinais precoces de demência eram mais presentes em homens do que em mulheres.
  • Para elas, os dados não apontaram nenhuma diferença estatística relevante.
  • Você pode ler a pesquisa na íntegra no periódico eClinicalMedicine.
De acordo com o estudo, além de te acordarem durante a noite, os pesadelos também podem ser um mau indício para o nosso cérebro – Imagem: Sergey Mironov/Shutterstock

Próximos passos

É importante destacar que esse é apenas uma teoria sobre a doença. O próprio pesquisador afirma que são necessários novos estudos para confirmar a hipótese. E para avançar com as descobertas.

Abidemi Otaiku trabalha com duas hipóteses para essa relação: ou os pesadelos frequentes podem ser um dos primeiros sinais de demência ou eles seriam um dos causadores desse problema.

Em artigo no site The Conversation, o especialista indicou quais serão os próximos passos:

“Os próximos passos da minha pesquisa incluirão investigar se pesadelos em jovens também podem estar associados a um risco aumentado de demência. Isso poderá ajudar a determinar se os pesadelos causam demência ou se são apenas um sinal precoce em algumas pessoas”, disse o pesquisador.

“Também pretendo investigar se outras características dos sonhos, como a frequência com que nos lembramos dos nossos sonhos e o quão vívidos eles são, também podem ajudar a determinar a probabilidade de as pessoas desenvolverem demência no futuro”, concluiu Otaiku.

Ilustração de mulher dormindo em cama suspensa no céu
A ciência ainda não sabe muito sobre o mundo dos sonhos, mas novos estudos devem trazer grandes avanços nos próximos anos – Imagem: Yuganov Konstantin/Shutterstock

Texto feito com base em uma reportagem do Olhar Digital de 18/07/2024.

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Como a cafeína afeta o sono? Ciência investiga o impacto cerebral

O café é praticamente indispensável para milhões de pessoas ao redor do mundo: há quem não consiga começar o dia sem uma xícara pela manhã ou voltar ao ritmo após o almoço sem uma dose extra de cafeína.

Sabemos como o café — ou, mais especificamente, a cafeína — ajuda a nos manter despertos. Mas um novo estudo da Universidade de Montreal (UdeM), no Canadá, investigou os efeitos dessa substância no momento em que mais precisamos desligar: o sono.

Vale lembrar que, embora o café seja a principal bebida que pensamos quando falamos em consumo de cafeína, a substância também aparece em diversas outras bebidas comuns na vida moderna: chá, alguns refrigerantes e energéticos também contém cafeína.

Por isso, mesmo quem nunca bebeu café pode ter o sono afetado pela cafeína — basta consumir certos tipos de chá, refrigerantes ou energéticos.

O que a ciência descobriu sobre a cafeína e o sono

O estudo da Universidade de Montreal foi liderado pelo pesquisador Philipp Thölke, do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Computacional (CoCo Lab) da UdeM, e co-liderada pelo diretor do laboratório, Karim Jerbi, professor de psicologia e pesquisador do Mila — Instituto de IA do Quebec. Julie Carrier, professora de psicologia do sono e envelhecimento do Centro de Pesquisas Avançadas em Medicina do Sono da UdeM, também atuou no estudo com sua equipe.

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Os cientistas usaram inteligência artificial e eletroencefalografia (EEG) para estudar os efeitos da cafeína no sono, e observaram que o consumo da substância altera a complexidade dos sinais cerebrais durante o sono — mantendo o cérebro em um estado de maior atividade. Esse efeito foi mais pronunciado em adultos jovens do que em pessoas mais velhas.

Cafeína mantém cérebro ativo mesmo durante o sono

Para o estudo, os pesquisadores analisaram registros da atividade cerebral noturna de 40 adultos saudáveis usando eletroencefalograma. Os dados foram analisados a partir de duas noites diferentes: em uma, eles consumiram cápsulas de cafeína três horas e depois uma hora antes de se deitar. Na outra, alguns receberam um placebo nos mesmos horários.

Xícara de café / Crédito: worradirek (shutterstock/reprodução)

“A cafeína estimula o cérebro e o empurra para um estado de criticidade, no qual ele fica mais desperto, alerta e reativo. Embora isso seja útil durante o dia para a concentração, esse estado pode interferir no descanso à noite: o cérebro não conseguiria relaxar nem se recuperar adequadamente,” explicou Carrier.

O consumo de cafeína também gerou outras alterações no ritmo elétrico do cérebro durante o sono, segundo os pesquisadores. Ao atenuar oscilações mais lentas, como ondas relacionadas ao sono profundo e restaurador, a substância também estimulou atividades em ondas relacionadas à vigília e ao engajamento mental.

Estudos futuros devem aprofundar os efeitos da cafeína em cérebros jovens

Os efeitos são ainda maiores na população mais jovem. O estudo notou resposta maior à cafeína em jovens adultos — entre 20 e 27 anos — do que entre pessoas na faixa etária entre os 41 e 58 anos.

“Os receptores de adenosina diminuem naturalmente com a idade, reduzindo a capacidade da cafeína de bloqueá-los e de melhorar a complexidade cerebral, o que pode explicar em parte o efeito reduzido da cafeína observado em participantes de meia-idade”, disse Carrier.

Os pesquisadores destacam a necessidade de estudos mais aprofundados para entender melhor como a cafeína afeta o cérebro em diferentes faixas etárias — especialmente entre os mais jovens, que parecem ser mais sensíveis aos seus efeitos.

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Só mais 5 minutinhos: ativar a soneca faz bem ou faz mal ao sono?

A tentação de dormir “só mais cinco minutos” após o despertador tocar é comum, mas especialistas em sono divergem sobre os reais efeitos desse hábito.

Para a Dra. Rebecca Robbins, da Divisão de Sono do Hospital Brigham and Women’s, o botão de soneca pode prejudicar o sono ao interromper estágios importantes como o REM — essencial para a memória e o raciocínio.

Segundo o estudo que ela coassinou, esse sono fragmentado após o primeiro alarme é de baixa qualidade e pouco restaurador.

Opinião entre especialistas diferem

  • Por outro lado, o Dr. Justin Fiala, da Northwestern Medicine, sugere que o impacto do botão de soneca pode variar conforme o cronótipo de cada pessoa.
  • Notívagos, por exemplo, podem se beneficiar desse período extra de sono leve como uma transição mais suave de estágios mais profundos do sono para o despertar — especialmente quando precisam acordar muito cedo.
  • Os notívagos são as pessoas com capacidade de ficarem mais ativos durante a noite, ou que têm um estilo de vida noturno.

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Estudo sugere que a função soneca fragmenta o sono e atrasa o despertar — mas nem todo mundo é afetado da mesma forma – Imagem: Monkey Business Images / Shutterstock

Sono bem regulado é sempre essencial

Apesar das diferentes opiniões, há um consenso: manter horários de sono regulares é mais importante do que depender de alarmes ou sonecas. A consistência ajuda a reduzir a “inércia do sono” — aquela sensação de confusão e lentidão ao acordar — e melhora a qualidade geral do descanso.

Para quem quer abandonar o botão de soneca, especialistas recomendam ajustar o alarme para mais perto do horário real de levantar, eliminar etapas da rotina matinal e usar o tempo ganho para criar hábitos positivos, como alongamento, café da manhã ou momentos de introspecção.

Luz natural pela manhã também ajuda a sinalizar ao corpo que é hora de despertar. E o mais importante: encontrar motivos para sair da cama pode ser tão eficaz quanto qualquer técnica científica.

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Pesquisa revela impacto do botão soneca nos ciclos de sono e especialistas sugerem alternativas para acordar melhor – Imagem: Andrey_Popov / Shutterstock

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Aplicativo gratuito monitora e ajuda a reduzir ronco; conheça

O SnoreLab é o aplicativo do momento usado para monitorar, registrar e reduzir o ronco. A plataforma mede as mudanças noturnas na intensidade do ronco, ajudando usuários a testar remédios e técnicas para descobrir quais realmente funcionam.

Atualmente, 57% da população global é afetada pelo ronco, sendo que 18% das pessoas admitem roncar e 46% dizem que fariam qualquer coisa para controlar seu próprio ou o do parceiro, segundo Relatório de Ronco e Sono de 2023, da OnePoll.

Segundo a plataforma, médicos, dentistas e profissionais do sono incentivam seus pacientes a usar o SnoreLab para auxiliar em suas consultas e medir o sucesso dos tratamentos.

Aplicativo gratuito está disponível para sistemas iOS e Android (Imagem: SnoreLab/Divulgação)

Conheça os recursos do app que monitora seu ronco

A seguir, conheça os principais recursos do app, segundo seu site:

  • Algoritmos eficazes: o SnoreLab fornece medições de intensidade e duração do ronco. O usuário recebe uma pontuação e é incentivado a tentar reduzi-la;
  • Gravações nítidas: Um gráfico permite ouvir amostras do som ou, opcionalmente, gravar a noite inteira para ouvir cada respiração;
  • Fácil de usar: Basta pressionar “iniciar” e colocar o dispositivo ao lado da cama. Não é necessária calibração;
  • Descubra Soluções: O aplicativo contém informações sobre opções de tratamento para ronco e fatores que influenciam o ronco;
  • Área de Tendências: É possível comparar o ronco ao longo do tempo e avaliar a eficácia dos tratamentos e mudanças no estilo de vida.

O aplicativo parceiro do SnoreLab, SnoreGym, reduz o problema com exercícios comprovados por médicos, proporcionando um sono tranquilo. Os usuários podem acessar o SnoreGym como parte da assinatura premium do SnoreLab.

É possível gravar a noite inteira para ouvir cada respiração (Imagem: Divulgação/SnoreLab)

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Fundador autodidata

O aplicativo foi lançado em 2012 por Jules Goldberg, desenvolvedor autodidata, após sua esposa reclamar do seu ronco. Desde então, o SnoreLab acumulou mais de 14 milhões de downloads e se tornou o aplicativo número um para iOS e Android para problemas com ronco.

Goldberg também desenvolveu outros aplicativos de saúde de alto nível que fazem parte do portfólio da Reviva Softworks, incluindo o Sleepwave e o e o já citado SnoreGym. A empresa tem sede em Londres (Inglaterra) e é totalmente independente, sem investidores externos.

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O que é a melatonina e para que ela serve?

No mundo atual, cercado por telas, luzes artificiais e ruídos constantes, a qualidade do sono tem se deteriorado cada vez mais. Com a rotina acelerada e a dificuldade para relaxar à noite, muitas pessoas têm buscado soluções rápidas e acessíveis para combater a insônia e recuperar a disposição.

Nesse cenário, suplementos vendidos sem receita médica, como a melatonina, ganharam popularidade como promessas de alívio imediato.

Embora esse hormônio natural possa realmente ajudar a regular o sono, seu uso indiscriminado pode trazer riscos importantes, especialmente quando consumido sem orientação ou em doses inadequadas.

Entender para que serve a melatonina, como ela age no organismo e quais são seus efeitos colaterais é essencial antes de colocá-la na rotina.

Imagem: Liudmila Chernetska / iStock

O que é a melatonina e para que ela serve?

A melatonina é um hormônio produzido naturalmente pelo cérebro, mais especificamente na glândula pineal, cuja principal função é regular o ciclo do sono. Sua produção aumenta à noite, quando a luminosidade do ambiente diminui, sinalizando ao organismo que é hora de dormir.

Durante o dia, quando há exposição à luz solar, a produção do hormônio é inibida, ajudando o corpo a se manter desperto. Devido a esse papel central na regulação do sono, a melatonina passou a ser utilizada como suplemento para auxiliar pessoas com insônia, jet lag, trabalho noturno e outros distúrbios do ritmo circadiano.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária permitiu a venda de melatonina sem receita médica em doses limitadas, desde que classificada como suplemento alimentar. A liberação visa facilitar o acesso de pessoas com distúrbios específicos, especialmente aqueles que envolvem dificuldades para iniciar ou manter o sono.

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Imagem: Reprodução / Instagram

O uso da melatonina também tem sido estudado como parte do tratamento de alguns transtornos neurológicos e motores, como a Doença de Parkinson e a Síndrome das Pernas Inquietas. Nestes casos, ela pode ajudar a reduzir episódios de agitação durante a noite e melhorar a qualidade do sono.

Além disso, alguns estudos investigam o uso da melatonina como antioxidante e reguladora de processos inflamatórios, mas esses usos ainda não são consolidados clinicamente.

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Embora seja considerada segura para uso a curto prazo, a melatonina não está isenta de efeitos colaterais. Os mais comuns incluem sonolência durante o dia, tontura, dor de cabeça, náusea e sonhos vívidos. Em algumas pessoas, o uso desregulado da substância pode interferir na produção natural do hormônio pelo corpo, desorganizando ainda mais o ciclo do sono.

Também é importante lembrar que a melatonina pode interagir com outros medicamentos, como anticoagulantes, anticonvulsivantes e imunossupressores, o que reforça a necessidade de orientação médica.

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Remédios em comprimido, cápsulas e pílulas (Reprodução: @freestocks/Unsplash)

É fundamental destacar que a melatonina não deve ser usada como solução genérica para noites mal dormidas. Antes de recorrer ao suplemento, é essencial avaliar os hábitos de sono, a alimentação, o uso de eletrônicos antes de dormir e a rotina geral do paciente.

A higiene do sono, como manter horários regulares, evitar luzes intensas à noite e reduzir o uso de telas, costuma ser a primeira medida recomendada por especialistas.

Embora disponível em farmácias sem a necessidade de receita, a melatonina não é indicada para todos. Crianças, adolescentes, gestantes, lactantes e pessoas com distúrbios hormonais ou doenças autoimunes devem evitar o uso sem recomendação médica. A dosagem correta, o horário de ingestão e a duração do uso são pontos fundamentais para garantir segurança e eficácia no tratamento.

Por isso, mesmo com sua crescente popularidade, a melatonina deve ser usada com responsabilidade. É um recurso útil em situações específicas, mas seu uso indiscriminado pode trazer mais prejuízos do que benefícios.

Esta matéria é apenas informativa e não substitui uma consulta ou diagnóstico médico. Em caso de sintomas persistentes, distúrbios do sono ou dúvidas sobre o uso da melatonina, procure orientação profissional.

*Com informações de UC Davis Health.

Quem pode tomar melatonina?

Adultos com distúrbios do sono podem usar melatonina sob orientação médica. Gestantes, lactantes, crianças e pessoas com doenças autoimunes devem evitar o uso sem avaliação profissional.

Em quais formas a melatonina está disponível?

Melatonina pode ser encontrada em comprimidos, cápsulas, gomas, gotas sublinguais e, em alguns casos, xaropes.

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O que acontece no cérebro quando dormimos?

O sono é um processo biológico essencial para quase todos os animais, incluindo os seres humanos. Ele está diretamente ligado à restauração do corpo e ao equilíbrio das funções mentais, permitindo que o organismo se recupere física e neurologicamente após os períodos de vigília.

Durante o sono, o sistema imunológico se fortalece, os tecidos se regeneram e o cérebro realiza processos de organização e consolidação de memórias.

Animais dos mais diversos grupos dormem de formas variadas: alguns, como os golfinhos, dormem com apenas metade do cérebro por vez; aves podem dormir em voo, e certos répteis e insetos entram em estados semelhantes ao sono.

Apesar das diferenças entre as espécies, o sono é uma constante evolutiva, sinal de sua importância vital para o funcionamento do organismo.

O que acontece no cérebro quando dormimos?

Imagem Shutterstock/Foto Ly4ezarnaya

Durante o sono, o cérebro entra em um estado altamente ativo e organizado, essencial para manter o funcionamento saudável do corpo e da mente. Embora possa parecer que o cérebro está em repouso durante o sono, ele continua operando em ciclos complexos, executando uma série de funções críticas para o equilíbrio neurológico, emocional, imunológico e cognitivo.

O sono é dividido em duas fases principais: o sono NREM, sigla para “movimentos não rápidos dos olhos”, e o sono REM, que corresponde à fase dos “movimentos oculares rápidos”. Essas fases se alternam em ciclos ao longo da noite, cada um com características e funções distintas.

O sono NREM é composto por três estágios: N1, N2 e N3. O estágio N1 é o mais leve, representando a transição da vigília para o sono. Nessa fase, há uma redução da atividade elétrica cerebral, dos batimentos cardíacos e da respiração. O corpo começa a relaxar e as ondas cerebrais tornam-se mais lentas.

O estágio N2 representa cerca de metade de todo o tempo de sono. Nele, há a presença de padrões específicos nas ondas cerebrais, chamados fusos do sono e complexos K, que indicam a atuação do cérebro em consolidar memórias e bloquear estímulos externos para manter o sono estável.

Já o estágio N3, também chamado de sono de ondas lentas, é o mais profundo. É durante essa fase que ocorrem os processos de restauração física do corpo, fortalecimento do sistema imunológico e liberação de hormônios como o do crescimento. O cérebro, mesmo em atividade reduzida, coordena funções vitais nesse momento.

Imagem do cérebro representando conceito de neuroplasticidade
Imagem: nobeastsofierce / Shutterstock

Após a passagem pelos estágios do sono NREM, o cérebro entra na fase REM, geralmente cerca de 90 minutos após o início do sono. Essa é a fase na qual ocorrem os sonhos mais vívidos. Durante o sono REM, o cérebro exibe padrões de atividade semelhantes aos da vigília, com ondas cerebrais rápidas e irregulares.

No entanto, o corpo entra em uma paralisia temporária, chamada atonia muscular, que impede que os músculos esqueléticos se movam. Essa atonia é essencial para evitar que as pessoas ajam fisicamente seus sonhos.

A fase REM é fundamental para a regulação emocional, consolidação da memória e processamento de aprendizados adquiridos durante o dia. Estudos demonstram que o cérebro, ao revisar informações durante o sono REM, reforça conexões neurais importantes e descarta aquelas consideradas desnecessárias.

Esses dois tipos de sono alternam-se em ciclos de aproximadamente 90 a 110 minutos durante toda a noite. Cada ciclo tende a conter períodos mais longos de sono REM à medida que a noite avança, enquanto o sono profundo (N3) predomina nos primeiros ciclos.

Essa organização permite que o cérebro realize funções distintas ao longo da noite. Interrupções nesses ciclos, seja por insônia, apneia do sono ou outros distúrbios, afetam diretamente a capacidade do cérebro de executar tarefas como regular o humor, consolidar memórias e manter o corpo em equilíbrio.

Pessoa dormindo
Pessoa dormindo / Crédito: Prostock-studio (shutterstock/reprodução)

Durante o sono, o cérebro também ativa um sistema conhecido como sistema glinfático. Trata-se de uma rede de canais responsável pela remoção de resíduos metabólicos acumulados durante o período de vigília.

Entre essas substâncias estão proteínas como a beta-amiloide, que em níveis elevados estão associadas à doença de Alzheimer. Esse processo de “limpeza cerebral” ocorre com mais eficiência durante o sono profundo, quando as células cerebrais encolhem levemente, aumentando o espaço entre elas e permitindo que o líquido cefalorraquidiano circule mais livremente.

Essa descoberta, confirmada por estudos com neuroimagem, reforça a ideia de que o sono é uma ferramenta biológica essencial não apenas para o funcionamento diário, mas também para a prevenção de doenças neurodegenerativas.

Além dos aspectos fisiológicos, o sono influencia diretamente a função cognitiva. Pesquisas apontam que uma boa noite de sono melhora a capacidade de atenção, resolução de problemas, raciocínio lógico e tomada de decisões.

Durante o sono REM, em especial, o cérebro é capaz de fazer associações criativas e reorganizar memórias de forma que ideias aparentemente desconexas ganhem sentido. É também nessa fase que o cérebro revisita memórias emocionais, ajudando a regular a resposta a traumas ou experiências estressantes.

Tomografia computadorizada de um cérebro humano
(Imagem: Triff/Shutterstock)

A ausência ou má qualidade do sono afeta não só o cérebro, mas o organismo como um todo. Distúrbios do sono estão associados ao aumento do risco de hipertensão, obesidade, diabetes tipo 2, depressão, ansiedade e declínio cognitivo precoce.

Mesmo uma única noite mal dormida pode prejudicar a capacidade de concentração e resposta rápida, o que demonstra como o cérebro é sensível à privação de sono.

Dessa forma, entender o que acontece no cérebro quando dormimos é compreender que o sono não é uma pausa na atividade cerebral, mas um processo ativo, dinâmico e vital. Ele é fundamental para manter o equilíbrio interno do corpo e da mente, promovendo recuperação física, processamento emocional, consolidação de memórias e proteção neurológica de longo prazo.

Com informações de National Institute of Neurological Disorders and Stroke.

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Você alucina antes de dormir? Saiba mais sobre as alucinações hipnagógicas

Você já teve a sensação de ver ou ouvir algo estranho enquanto adormecia? Essas experiências, conhecidas como alucinações hipnagógicas, ocorrem na transição entre a vigília e o sono.

Embora possam ser assustadoras, são fenômenos comuns e geralmente inofensivos. Estudos indicam que até 70% das pessoas as vivenciam pelo menos uma vez na vida. Elas são mais frequentes em adolescentes e jovens adultos, tendendo a diminuir com o passar dos anos.

As alucinações hipnagógicas podem envolver percepções visuais, auditivas ou táteis vívidas e realistas. Compreender esse fenômeno pode ajudar a aliviar preocupações e até mesmo melhorar a qualidade do sono.

O que são alucinações hipnagógicas?

Essas alucinações são percepções sensoriais que ocorrem durante o início do sono, especialmente na fase N1 do sono não REM. Elas podem incluir visões, sons, sensações táteis ou uma combinação desses elementos.

Apesar de parecerem perturbadoras, são manifestações normais da atividade cerebral em transição para o repouso.

As alucinações hipnagógicas podem incluir visões de formas geométricas, rostos ou cenas complexas, sons como vozes ou músicas, e sensações físicas como queda ou flutuação. (Imagem: Yuganov Konstantin / Shutterstock)

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Durante esse período, o cérebro passa por mudanças na atividade elétrica, com destaque para o aumento das ondas teta. Essas alterações facilitam o surgimento de imagens mentais vívidas, enquanto mecanismos neurais ajudam a suavizar as emoções associadas, promovendo um estado mais calmo e propício ao adormecer.

Um estudo publicado na revista NeuroImage, em dezembro de 2022, investigou como memórias visuais e emocionais se manifestam nesse momento de transição.

Os pesquisadores observaram que, à medida que adormecemos, imagens relacionadas a eventos do dia (“resíduos diurnos”) podem emergir de forma intensa, enquanto suas respectivas cargas emocionais tendem a enfraquecer.

Esse processo está relacionado ao aumento da atividade na faixa de frequência teta (4,5–6,5 Hz), sugerindo um mecanismo cerebral que separa conteúdo visual de conteúdo afetivo durante o início do sono.

Causas das alucinações hipnagógicas

Embora geralmente inofensivas, se essas experiências forem frequentes, perturbadoras ou vierem acompanhadas de sintomas como paralisia do sono ou sonolência excessiva durante o dia, é recomendável procurar um profissional de saúde. Diversos fatores podem contribuir para o surgimento das alucinações hipnagógicas, como:

  • Privação de sono ou padrões de sono irregulares;
  • Estresse e ansiedade;
  • Uso de substâncias como álcool ou drogas;
  • Transtornos mentais, como depressão ou transtorno bipolar;
  • Distúrbios do sono, como a narcolepsia.
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As alucinações hipnagógicas são mais comuns em pessouas que possuem distúrbio do sono (Imagem: Pormezz / Shutterstock)

Relação com a narcolepsia e a paralisia do sono

As alucinações hipnagógicas são frequentemente associadas à narcolepsia, um distúrbio caracterizado por sonolência excessiva e ataques súbitos de sono. Estudos mostram que entre 20% e 65% das pessoas com narcolepsia relatam vivenciar esse tipo de alucinação.

Elas também podem ocorrer em conjunto com a paralisia do sono, uma condição em que o indivíduo, ao adormecer ou acordar, é temporariamente incapaz de se mover ou falar – muitas vezes acompanhada por sensações assustadoras e experiências alucinatórias.

As alucinações hipnagógicas são experiências sensoriais intensas e, apesar de desconcertantes, são comuns e raramente indicam um problema de saúde grave.

Manter uma boa higiene do sono, evitar o consumo de substâncias estimulantes e gerenciar o estresse são medidas que podem ajudar a reduzir sua ocorrência. Se os episódios forem frequentes ou afetarem sua qualidade de vida, o ideal é buscar orientação médica para uma avaliação detalhada.

Mulher com sonambulismo
(Imagem: New Africa / Shutterstock)

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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O que é pior: dormir pouco ou dormir muito? Veja o que diz essa pesquisa

Há um senso comum segundo o qual dormir pouco faz mal para a saúde. A ciência e a medicina confirmam essa tese. Pode reduzir sua imunidade, prejudicar sua saúde mental, além de causar problemas cognitivos e alterações metabólicas.

O que muita gente não sabe é que o oposto de dormir pouco também é prejudicial para o nosso corpo. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais.

A autora do estudo, a doutora Tamiris Rezende, escreveu um artigo para o site The Conversation, sobre o qual falaremos agora.

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Antes de nos debruçarmos sobre as conclusões dessa pesquisa, é importante determinar o que significa dormir pouco e dormir muito.

Os especialistas recomendam que uma boa noite de sono deve ter cerca de 7 ou horas de descanso. Ou seja, dormir pouco significa ficar menos de 6 horas na cama. Já dormir muito pode ser caracterizado por 9 horas ou mais de sono.

E, sim, as duas coisas podem ser prejudiciais para a nossa saúde.

Mexer no celular antes de dormir pode estar atrapalhando a qualidade do seu sono – Imagem: More Than Production/Shutterstock

O estudo em si

  • Para chegar a essa conclusão, a doutora utilizou dados do chamado Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa) Brasil.
  • São informações de mais de 7 mil adultos e idosos com idades entre 55 e 79 anos, coletadas entre os anos de 2014 e 2017.
  • O recorte desse artigo trata especificamente sobre funções cognitivas, como memória e fluência verbal.
  • Foram realizados testes específicos para medir o desempenho nessas funções e as pessoas que dormiram cerca de 7 horas tiveram os melhores resultados.
  • De acordo com a pesquisadora, os dados sugerem que durações maiores ou menores que isso foram prejudiciais para a saúde.
  • Do outro lado da tabela, os piores resultados foram obtidos por aqueles que convivem com insônia.
  • Como a amostra levou em conta pessoas mais velhas, a tese da doutora é de que isso vale também para os idosos.
  • Ou seja, não devemos achar que é comum pessoas mais velhas dormirem menos (ou dormirem o dia inteiro).
  • Segundo Tamiris Rezende, devemos tratar os distúrbios do sono para prevenir tanto o declínio cognitivo como também as demências em longo prazo.
  • Ela defende, portanto, intervenções que promovam a qualidade do sono, especialmente a partir da meia idade, para melhorar a saúde cognitiva, a qualidade de vida e gerar benefícios para a saúde pública em geral.
Umas boa noite de sono afeta a rotina de todo mundo, mas principalmente dos idosos, sobretudo aqueles que buscam uma maior qualidade de vida – Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock

Dados sobre o sono no Brasil

Dados apresentados pela doutora Tamiris mostram que, no Brasil, 76% dos indivíduos acima de 16 anos têm pelo menos uma queixa do sono. Isso representa aproximadamente 108 milhões de pessoas.

Uma outra pesquisa de base populacional recente demonstrou umaalta prevalência de insônia (de 45,9% a 58,6%) entre brasileiros com 50 anos ou mais. E apontou uma ocorrência grande de sono curto entre aqueles com idade entre 40 e 59 anos e de sono longo naqueles com idades superiores a 60 anos.

Ou seja, estamos falando de um problema real e frequente aqui no país. E de uma faixa etária cada vez mais importante. Em 2017, por exemplo, o Brasil contava com 30,2 milhões de idosos com 60 anos ou mais. Em 2022 esse número saltou para 32,1 milhões, o equivalente a 15,6% da população total. E a tendência é que esse número continue aumentando.

Como mostrou o estudo, uma boa noite de sono pode ser determinante para uma qualidade de vida melhor, independentemente da idade, mas sobretudo para os mais velhos. E isso é extremamente importante não só pelo cuidado que devemos ter com os idosos, mas tendo em vista também que amanhã seremos nós neste lugar.

As informações são do The Conversation.

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Por que temos a sensação de estar caindo durante o sono?

A sensação de estar caindo durante o sono é algo que muitas pessoas já experimentaram ao menos uma vez na vida. Essa experiência súbita e desconfortável, geralmente acompanhada de um espasmo muscular ou um sobressalto, ocorre logo no início do sono e pode até despertar a pessoa de forma abrupta. 

Embora pareça assustadora, trata-se de um fenômeno comum e geralmente inofensivo chamado sobressalto hipnagógico, espasmo do sono ou até mioclonia do sono.

Neste artigo, vamos explorar o que causa essa sensação, quais são os fatores que a intensificam e como ela pode ser evitada

O que é o sobressalto hipnagógico (sobressalto do sono)?

O sobressalto hipnagógico é um tipo de contração muscular involuntária que acontece durante a transição entre a vigília e o sono. Nessa fase, chamada de fase hipnagógica, o corpo começa a relaxar enquanto a mente ainda está parcialmente desperta. 

Homem caindo. / Crédito: Yupa Watchanakit (Shutterstock/reprodução)

Esse desalinhamento entre cérebro e corpo pode gerar interpretações equivocadas, como a ilusão de que estamos caindo de um lugar alto.

Essa resposta pode vir acompanhada de movimentos bruscos, aceleração dos batimentos cardíacos, respiração rápida e, em alguns casos, uma breve sensação de pânico. Embora possa ser desconcertante, é considerada uma reação fisiológica normal.

Por que sentimos que estamos caindo durante o sono?

Existem várias teorias científicas que explicam a origem dessa sensação:

Descompasso entre corpo e mente

À medida que o corpo relaxa, o cérebro pode interpretar esse relaxamento muscular como uma queda real. Como resposta, ele envia sinais de alerta para os músculos, produzindo um espasmo que nos desperta.

Ilustração moderna representando o espasmo hípnico (hypnic jerk). / Crédito: Pro Symbols (Shutterstock/reprodução)

Mecanismo evolutivo

Outra teoria sugere que essa reação é um reflexo herdado de nossos antepassados primatas. Para quem dormia em árvores, um alerta súbito de queda poderia ser essencial para a sobrevivência.

Flutuações neuroquímicas

Durante a transição para o sono, há alterações nos níveis de neurotransmissores como a serotonina e o GABA, que regulam o relaxamento muscular e os estados de consciência. Mudanças rápidas nesses níveis podem contribuir para o sobressalto.

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Fatores que favorecem a sensação de queda durante o sono

Embora o sobressalto hipnagógico seja natural, alguns fatores aumentam sua frequência ou intensidade:

Pessoa tentando dormir / Crédito: fizkes (Shutterstock/reprodução)
  • Estresse e ansiedade: períodos de tensão aumentam a atividade do sistema nervoso, dificultando o relaxamento completo do corpo. Isso pode intensificar o reflexo de queda.
  • Privação de sono: dormir menos ou com horários irregulares interfere na qualidade do sono, favorecendo esse tipo de espasmo.
  • Estímulos externos: ambientes com ruídos, luz excessiva ou temperatura desconfortável também dificultam a transição suave para o sono profundo.
  • Consumo de estimulantes: cafeína, nicotina e alguns medicamentos que afetam o sistema nervoso central podem aumentar a incidência desses episódios.
  • Exercícios físicos intensos à noite: atividades físicas próximas ao horário de dormir mantêm o corpo em estado de alerta, dificultando o relaxamento muscular necessário para o sono.

O sobressalto hipnagógico é perigoso?

Mulher exausta deitada na cama usando o celular, sem conseguir dormir. / Crédito: DimaBerlin (Shutterstock/reprodução)

Na maioria dos casos, não é motivo de preocupação. Trata-se de uma resposta fisiológica normal do organismo. No entanto, se os episódios forem muito frequentes, acompanhados de outros sintomas (como insônia, suor noturno intenso ou dor), ou se impactarem significativamente a qualidade do sono, vale buscar avaliação médica.

Além disso, é importante diferenciar o sobressalto hipnagógico de outras condições mais graves, como:

  • Síndrome das pernas inquietas
  • Apneia do sono
  • Epilepsia noturna
  • Transtornos de movimento durante o sono

Como reduzir a sensação de estar caindo durante o sono

Mulher jovem sorridente e tranquila, deitada na cama com as mãos sob a cabeça / Crédito: ViDI Studio (Shutterstock/reprodução)

Para reduzir a sensação de estar caindo durante o sono, algumas práticas podem ajudar. Melhorar a higiene do sono é essencial: estabeleça um horário regular para dormir e acordar, crie um ambiente escuro, silencioso e com temperatura agradável, e evite o uso de telas e a exposição à luz azul antes de dormir. Apostar em técnicas de relaxamento também faz diferença, como a prática de meditação, mindfulness, exercícios de respiração profunda e relaxamento muscular progressivo. 

Além disso, é importante reduzir o estresse ao longo do dia com a prática regular de atividades físicas, mantendo uma rotina equilibrada e, se necessário, buscando apoio por meio de terapia ou aconselhamento psicológico.

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Dormir com plantas no quarto faz mal à saúde?

Existe uma lenda ainda muito difundida de que dormir com plantas no quarto faz mal à saúde, principalmente, porque poderíamos ser privados de oxigênio durante o sono. Contudo, a ciência prova que isso é um grande mito. Muito pelo contrário, ter plantas em ambientes internos pode ser um enorme benefício para manter o ar mais puro e livre de toxinas.

Além disso, especialistas ainda afirmam que algumas espécies podem até contribuir para noites de sono ainda mais tranquilas. Descubra tudo isso e mais um pouco neste artigo, e aprenda quais plantas são as mais indicadas para colocar no seu quarto. Confira!

Por que manter plantas no quarto não faz mal à saúde

Ainda que, como organismos aeróbicos, as plantas consumam oxigênio do ambiente em que estão, nunca será o suficiente para sufocar uma pessoa, segundo a ciência. Então, mesmo que você tenha uma planta gigante em seu quarto, fique tranquilo que ela não sugará todo o seu ar.

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Embora as plantas que cultivamos dentro de casa consumam oxigênio, a quantidade absorvida por elas é mínima e não representa qualquer risco para os moradores. Fatores como tamanho, taxa de crescimento e temperatura ambiente influenciam essa captação, mas, no geral, as plantas liberam muito mais oxigênio do que consomem, garantindo um ambiente saudável e equilibrado.

Estudos indicam que algumas espécies vegetais possuem a capacidade de aliviar o estresse/Shutterstock_Pixel-Shot

Alberto Romero Blanco, biólogo da equipe de pesquisa em invasões biológicas e ecotoxicologia da Universidade de Alcalá, explica no site The Conversation que o consumo de oxigênio pelas plantas domésticas é insignificante, especialmente quando comparado à necessidade de um ser humano.

De acordo com o biólogo, um grupo de petúnias pesando 5 kg absorveria apenas 0,01 litro de oxigênio ao longo de oito horas noturnas. Já um adulto consome cerca de 124,8 litros no mesmo período – uma diferença gigantesca.

Em outras palavras, não há planta grande o bastante para competir com o consumo humano de oxigênio, tornando infundado qualquer receio de sufocamento por vegetação em ambientes fechados. Pelo contrário, ter plantas em casa contribui para um espaço mais agradável, ajudando na qualidade do ar e proporcionando sensação de bem-estar.

Benefícios de ter plantas no quarto e em ambientes da casa

Um estudo conduzido pela empresa de paisagismo Ambius, em parceria com Fraser Torp, professor e pesquisador de biorremediação da Universidade de Tecnologia de Sydney (UTS), na Austrália, revelou o impacto positivo das plantas na purificação do ar.

A análise demonstrou que uma pequena parede verde, composta por uma variedade de espécies, foi capaz de eliminar até 97% dos compostos tóxicos presentes no ambiente em apenas oito horas. Os resultados reforçam o potencial das plantas como aliadas na melhoria da qualidade do ar, especialmente em espaços fechados, onde poluentes nocivos podem se acumular.

Jovem sorrindo, calma, vestida com roupas casuais, deitada na cama com as mãos juntas sob a cabeça, dormindo, descansando, relaxando, passando tempo no quarto, relaxando, em casa, no próprio quarto, em casa, acordando, sonhando, perdida em devaneios, bom dia.
Segundo pesquisas, ter plantas no quarto ajuda a dormir/Shutterstock_ViDI Studio

Aqui no Brasil, a doutora em saúde pública pela Universidade de São Paulo, Claudia Moreno em entrevista à CNN indica que espécies como aloe vera, lavanda, espada-de-são-jorge e jasmim podem ser aliadas para quem quer ter uma boa noite de sono.

De acordo com a pesquisadora, essas espécies vegetais possuem a capacidade de aliviar o estresse, o que, por sua vez, contribui para uma melhora na qualidade do sono. Claudia também destaca que estudos apontam que esse efeito relaxante é ainda mais expressivo entre os idosos, tornando as plantas uma aliada natural no bem-estar e na promoção do descanso adequado.

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