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Hoje é Dia de Star Wars! Como seria viver em um mundo com dois sóis como Tatooine?

Neste domingo (4), é comemorado o “Dia de Star Wars”. Isso porque a data, lida em inglês (“May the 4th”) tem uma sonoridade semelhante à frase icônica “May the Force be with you” – “Que a Força esteja com você”.

Recentemente, o Olhar Digital noticiou a descoberta de um planeta, batizado de 2M1510 (AB) b, orbitando duas anãs marrons ao mesmo tempo, em um ângulo de 90 graus. Chamado de “planeta polar”, ele gira acima e abaixo das estrelas, e não ao redor, como é mais comum.

Planetas em sistemas binários já foram observados antes, sendo inclusive apelidados de “mundos Tatooine”, em referência ao planeta da saga Star Wars, habitado por colonos humanos e espécies de diversas origens, onde é possível ver dois sóis no céu. 

Na saga Star Wars, o mundo Tatooine tem dois sóis. Crédito: Divulgação / Lucasfilm / Disney

No entanto, os 16 encontrados anteriormente orbitam no mesmo plano em que as estrelas se movimentam. O que torna  tão especial esse novo achado – descrito em um artigo publicado em abril na revista Science Advances – é seu ângulo de órbita ser completamente perpendicular ao das estrelas. Saiba mais detalhes sobre ele aqui.

Isso levanta uma dúvida fascinante: como seria viver em um planeta com dois sóis?

Planeta com dois sóis têm modulação sazonal

Em primeiro lugar, o padrão de dia e noite seria diferente do que conhecemos na Terra. Isso porque os dois sóis não nasceriam nem se poriam sempre no mesmo lugar do céu. Em certos momentos, as estrelas pareceriam distantes uma da outra. Em outros, estariam bem próximas no céu. Esse movimento alteraria a duração dos dias e influenciaria diretamente a temperatura e a quantidade de luz recebida na superfície.

Além disso, o planeta gira em torno das duas estrelas, que por sua vez orbitam um ponto comum entre elas. Esse “balé gravitacional” afeta a posição do planeta em relação a cada estrela ao longo do tempo, influenciando significativamente o clima.

Em entrevista ao site Space.com, o astrônomo Amaury Triaud, da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, disse que planetas assim passam por uma espécie de “modulação sazonal”, com as estações do ano dependendo da órbita das estrelas e podendo acontecer com frequência diferente das estações terrestres.

Se as duas estrelas forem parecidas, o planeta tende a ser mais frio quando estiver perto de apenas uma delas e mais quente quando estiver no meio das duas. Mas se forem diferentes (por exemplo, uma estrela como o Sol e outra bem mais fraca), a estação mais quente vai ocorrer quando o planeta estiver mais próximo da estrela mais potente.

Há até casos em que o planeta entra e sai da chamada “zona habitável“, região em que a temperatura é ideal para existir água líquida. Isso depende de quão próximas ou distantes as estrelas estão – e de quais delas o planeta se aproxima mais.

Leia mais:

Água líquida no planeta 2M1510 (AB) b é impossível

No caso específico do planeta 2M1510 (AB) b, a situação é ainda mais complexa. Por ter uma órbita polar, ou seja, perpendicular ao plano das estrelas, ele não vê os sóis girando no céu da mesma forma que um planeta em órbita comum.

Triaud explica que esse tipo de órbita pode suavizar os efeitos extremos do clima, mas ainda assim as variações estariam presentes. As duas estrelas mudam constantemente de posição em relação ao planeta, o que afeta a luz e o calor recebidos.

Imagem revela 2M1510 AB, um par de anãs marrons (A e B) que orbitam entre si. Elas são vistas como uma só, mas os astrônomos sabem que são duas porque elas se eclipsam periodicamente. Este sistema contém uma terceira anã marrom, 2M1510 C, que está localizada muito longe para ser responsável por perturbações gravitacionais observadas. Crédito: Pesquisa de Legado DESI / D. Lang (Instituto Perimetral)

Além disso, o sistema 2M1510 tem uma terceira anã marrom, mais distante, que o planeta não orbita. Por serem estrelas muito frias, é improvável que elas consigam aquecer o planeta o suficiente para permitir a existência de água líquida – e, portanto, vida como conhecemos.

Ilustração mostra um exoplaneta orbitando duas anãs marrons – objetos maiores que planetas gigantes gasosos, mas pequenos demais para serem estrelas propriamente ditas. Crédito: ESO/M. Kornmesser

Mundo de Star Wars seria desafiador na vida real

Já o fictício Tatooine é retratado como um planeta seco e desértico, com estações sutis. Suas duas estrelas aparecem no céu ao mesmo tempo, o que sugere que elas estão muito próximas uma da outra e sempre mantêm uma distância relativamente constante do planeta.

Na ficção, Luke Skywalker achava Tatooine entediante. Mas, na vida real, um planeta com dois sóis poderia ser tudo, menos previsível. A combinação de múltiplas estrelas pode tornar o ambiente instável – e a vida, se possível, bastante desafiadora.

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Star Wars: criador de Andor não quer que série vire ‘comida’ de IA

O showrunner de Andor, Tony Gilroy, disse ao Collider que desistiu de publicar as mais de mil páginas de roteiro da série do universo Star Wars. O motivo? Receio do material ser usado para treinar modelos de inteligência artificial (IA) generativa.

Gilroy anunciou, em 2023, planos de lançar um site com os roteiros e as ilustrações conceituais da série original do Disney+. “Eu queria fazer isso. Montamos tudo. Está realmente incrível. Eu vi, amei”, disse o showrunner. “A IA é a razão de não fazermos isso.

O Disney+ divulgou o primeiro trailer da segunda temporada de Andor em 24 de fevereiro. A estreia está marcada para 22 de abril. Assista abaixo:

Roteiros de Andor são ‘raio-X demais’ e ‘facilmente absorvíveis’ por IA, diz criador da série

Para Gilroy, o material é “raio-X demais e facilmente absorvível”. Ou seja, é minucioso demais. Poderia, digamos, capacitar demais as máquinas. “Por que ajudar os malditos robôs mais do que você pode?”, questionou o criador da série de Star Wars.

“Então, foi uma questão de ego”, acrescentou o showrunner. “É vaidade que te faz querer fazer isso e o lado negativo é real. Então, a vaidade perde.”

Criador de Andor queria publicar roteiros e ilustrações conceituais da série, mas desistiu por conta do avanço da IA (Imagem: Divulgação)

A decisão de Gilroy destaca as crescentes preocupações sobre o uso do trabalho de artistas para desenvolver ferramentas de IA que poderiam substituí-los.

Essas preocupações atingiram um ponto crítico em 2023, quando sindicatos de Hollywood – WGA e SAG-AFTRA – deflagraram greves que se estenderam por 148 dias e 118 dias, respectivamente. Entre suas principais exigências estavam:

  • Proteções contra substituição de humanos por IA para escrever roteiros;
  • Salvaguardas para impedir a criação de réplicas digitais de atores sem seu consentimento.

Treinamento de IAs e direitos autorais

Conforme modelos de IA se tornam mais sofisticados, seus treinamentos exigem quantidades cada vez maiores de dados. Aí, materiais protegidos direitos autorais – roteiros e livros, por exemplo – entram na mira.

Ilustração de inteligência artificial filtrando informações
Treinamentos de sistemas de IA exigem quantidades cada vez maiores de dados (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

O jornal New York Times está processando a OpenAI por violação de direitos autorais. Em paralelo, um processo por direitos autorais contra a desenvolvedora do ChatGPT foi ajuizado por uma coalizão de escritores – entre eles, o autor de Game of Thrones, George R.R. Martin.

As empresas de IA geralmente alegam fair use (“uso justo”, em tradução livre) quando sistemas de IA devoram material protegido por direitos autorais em seus treinamentos. Mas ainda é uma questão na qual cada caso é um caso. E o criador de Andor não pretende facilitar para as máquinas.

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Crustáceo gigante recém-descoberto ganha nome de vilão de “Star Wars”

Cientistas do Vietnã adquiriram um crustáceo gigante de pescadores e se surpreenderam quando notaram que se trata de uma espécie desconhecida. Os pesquisadores compraram os animais visando estudar o aumento da popularidade deles no país como alimento popular.

A nova espécie, que pertence a águas profundas, foi batizada de Bathynomus vaderi. A ideia do nome veio da semelhança da cabeça do bicho com o capacete do vilão Darth Vader, da franquia de filmes “Star Wars“.

Animal é gigante e pesado! (Imagem: Reprodução/ZooKeys)

Características do crustáceo “Darth Vader”

  • O B. vaderi chega a incríveis 32,5 cm de comprimento e pesa um quilo;
  • Ele é um dos maiores isópodes conhecidos;
  • Se diferencia por ter 11 espinhos curvados para cima no pleotelso;
  • É a segunda espécie supergigante registrada no Mar do Sul da China;
  • O habitat exato da criatura é incerto, já que os pescadores disseram que capturaram os animais em águas profundas próximo às Ilhas Spratly, segundo o g1.

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Consumo do animal está em alta no país asiático

Em sete anos, o crustáceo, chamado de bo biên ou “insetos marinhos” pelos vietnamitas, virou moda no Vietnã, se tornando verdadeira iguaria culinária. O animal chegou a ser comparado com a lagosta, dada a qualidade de sua carne.

Com o crescimento na busca pelo B. vaderi, sua pesca também aumentou. Eles são vendidos vivos em mercados e restaurantes, podendo ser mantidos em tanques de água fria.

Na capital do Vietnã, Hanói, em 2017, o crustáceo chegou a valer US$ 80 (R$ 461,45, na conversão direta) por quilo. Atualmente, a depender do tamanho, varia entre US$ 27 e US$ 40 (R$ 155,74 e 230,72).

Nas redes sociais, existem vários anúncios de venda do animal criados por lojas de frutos-do-mar. Quando o cliente compra, recebe o B. vaderi vivo e em uma caixa de gelo.

B. vaderi é iguaria culinária no Vietnã (Imagem: Reprodução/ZooKeys)

Por enquanto, foram detectadas 11 espécies “supergigantes” e nove “gigantes” do Bathynomus. Contudo, existem várias outras que ainda dependem de análise para serem divulgadas.

Quando falamos do sexo desse crustáceo, a espécie B. jamesi tem o macho mais comprido e mais pesado: 41 cm e mais de 2,6 kg, respectivamente, fazendo dela a maior supergigante e maior isópode conhecidos no Indo-Pacífico Ocidental.

A nova espécie foi descrita em artigo publicada em 14 de janeiro na revista científica ZooKeys.

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