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Por que este país da América do Sul não permite o uso da internet da Starlink, de Elon Musk?

Apesar da baixa qualidade da internet e do acesso limitado em regiões remotas, o governo da Bolívia segue sem permitir a entrada da Starlink no país.

O motivo, segundo autoridades locais citadas pelo jornal The New York Times, é proteger a soberania nacional e evitar uma concentração excessiva de poder tecnológico em uma única empresa estrangeira.

A empresa de internet rápida via satélite da SpaceX, controlada por Elon Musk, foi barrada em 2024, mas continua até hoje sem permissão para funcionar na Bolívia, mesmo com a conectividade ameaçada por lá.

Hoje, a Bolívia ainda depende de um antigo satélite fabricado na China, lançado em 2013 e previsto para ficar sem combustível – e, portanto, offline – em 2028. Mesmo assim, por enquanto, o país prefere buscar alternativas a se render à Starlink.

La Paz, capital da Bolívia. Imagem: LouieLea/Shutterstock

Internet na Bolívia é precária

  • A Bolívia tem a internet mais lenta da América do Sul, com menos de 55% dos domicílios conectados via banda larga.
  • Alguns hotéis chegaram a contrabandear roteadores da Starlink na fronteira com o Chile, mas após alguns meses a Starlink corta o sinal de internet.
  • O governo teme que a entrada da Starlink resulte em dependência tecnológica e perda de autonomia regulatória.
  • O país estuda reforçar sua parceria com a China, inclusive com a adoção futura da rede SpaceSail, rival direta da Starlink.
Logo da Starlink em um smartphone; ao fundo, bandeira do Brasil
Mesmo no Brasil, há uma desconfiança em depender unicamente da Starlink. Imagem: Saulo Ferreira Angelo/Shutterstock

A Starlink tem conquistado espaço em diversos países da América Latina, incluindo o Brasil, onde ultrapassou 250 mil assinantes desde 2022. Sua proposta de levar internet de alta velocidade a locais remotos via pequenos satélites tem se mostrado atrativa, especialmente para regiões onde a infraestrutura terrestre é inviável.

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Contudo, a Bolívia se mantém cética. Segundo Iván Zambrana, diretor da Agência Espacial Boliviana, o serviço da Starlink é superior tecnologicamente, mas precisa respeitar as regras locais para competir em pé de igualdade. Ele defende que qualquer empresa que opere no país deve contribuir com a economia e respeitar os provedores locais.

E, mesmo aqui no Brasil onde a Starlink é aceita, o governo busca alternativas. Depois do impasse da rede social X e o STF (Supremo Tribunal Federal), em 2024, o país fechou um acordo com a SpaceSail, uma rival chinesa que atualmente desenvolve seu próprio sistema de internet via satélite.

Representação artística da megaconstelação de satélites Starlink, da SpaceX, na órbita da Terra. Crédito: xnk – Shutterstock

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Receita da SpaceX deve chegar a US$ 15,5 bilhões em 2025, revela Elon Musk

Em uma rara divulgação sobre as finanças da SpaceX, Elon Musk afirmou nesta terça-feira (03), em publicação no X, que a receita da empresa está projetada para atingir US$ 15,5 bilhões em 2025.

O número reforça o ritmo acelerado de crescimento da companhia, que se consolidou como líder global em lançamentos espaciais e conectividade via satélite.

A SpaceX oferece transporte espacial por meio dos foguetes Falcon 9 e Falcon Heavy, além de internet via satélite pela rede Starlink — hoje seu principal motor de receita. Em 2023, a consultoria Novaspace estimou o faturamento da empresa em US$ 11,8 bilhões, superando projeções anteriores.

Starlink, rede de satélites, impulsiona receita recorde da SpaceX (Imagem: Sven Piper/iStock)

Contratos lucrativos

  • Musk também destacou que, só em 2025, a empresa deve gerar cerca de US$ 1,1 bilhão com contratos da NASA.
  • Embora continue colaborando com missões da agência espacial americana, a SpaceX tem se beneficiado da crescente demanda privada por lançamentos de baixo custo e serviços de comunicação via satélite.
  • Além disso, a empresa bateu recordes em 2024, com 134 lançamentos, e pretende chegar a 170 até o final do ano, consolidando-se como a operadora mais ativa do setor.
Elon Musk fazendo pose
Musk revelou a receita bilionária da SpaceX (Imagem: Frederic Legrand – COMEO / Shutterstock)

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Foguete para Marte

O futuro da SpaceX também inclui o desenvolvimento do Starship, foguete de 122 metros que, segundo Musk, será essencial para levar humanos a Marte.

A Starlink, braço de internet da empresa, já alcançou o ponto de equilíbrio financeiro e deve abrir capital futuramente, embora ainda sem prazo definido.

A SpaceX também está envolvida em projetos de defesa, sendo uma das favoritas a fornecer componentes para o escudo antimísseis “Golden Dome” dos EUA, segundo fontes da Reuters.

Com foguetes reutilizáveis e internet orbital, empresa de Musk domina o espaço – Crédito: SpaceX

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Brasileiro descobre como a fúria do Sol está derrubando satélites na Terra

Um estudo liderado por um pesquisador brasileiro da NASA analisou como as tempestades solares afetam os satélites Starlink, da SpaceX, em órbita terrestre baixa, acelerando sua queda e reduzindo sua vida útil. Segundo a pesquisa, esses eventos causam uma expansão da atmosfera da Terra, aumentando a densidade do ar em altitudes onde os equipamentos circulam, o que aumenta o arrasto atmosférico – uma espécie de resistência que faz com que eles percam altitude mais rapidamente.

Denny Oliveira, físico formado pela Universidade de São Paulo (USP), com doutorado em engenharia aeroespacial e especialização em dinâmica orbital e clima espacial, trabalha no no Centro Espacial Goddard, da NASA, e é reconhecido por sua pesquisa sobre os efeitos das condições do espaço no comportamento dos satélites em órbita baixa. 

Utilizando modelos avançados de dinâmica orbital e dados reais de satélites, ele buscou entender como diferentes níveis de atividade solar influenciam a trajetória e a vida útil dos satélites Starlink.

Representação artística da megaconstelação de satélites Starlink, da SpaceX, na órbita da Terra. Crédito: xnk – Shutterstock

Atividade solar provoca tempestades geomagnéticas na Terra

A atividade solar é um fenômeno natural que varia em ciclos de aproximadamente 11 anos. Durante períodos de alta atividade, o Sol libera explosões de partículas carregadas e radiação que interagem com a magnetosfera e a atmosfera da Terra. Essas interações provocam as chamadas tempestades geomagnéticas, que podem alterar significativamente as condições atmosféricas em altitudes próximas à órbita baixa da Terra, onde milhares de satélites, incluindo os 6.750 da megaconstelação Starlink, circulam.

Os satélites Starlink são lançados inicialmente a altitudes muito baixas, em torno de 210 km, e depois elevados a cerca de 550 km para operação. No entanto, durante eventos de tempestades solares, a atmosfera terrestre se expande e se torna mais densa nessas altitudes, criando uma resistência maior ao movimento dos satélites – o arrasto atmosférico. Isso acelera a perda de altitude dos satélites, levando muitos deles a reentrar na atmosfera mais cedo do que o esperado.

Publicado na segunda-feira (2), o estudo acompanhou mais de 500 eventos de reentrada de satélites Starlink entre 2020 e 2024 e descobriu que quase metade dessas quedas ocorreu em órbitas muito baixas, onde a influência do arrasto é mais intensa. Esse aumento das reentradas associadas às tempestades solares representa um desafio crescente para o controle do tráfego espacial, pois reentradas rápidas e inesperadas dificultam o monitoramento e a prevenção de riscos.

Para analisar o impacto das tempestades solares, os cientistas usam dois índices importantes: o índice F10.7 e o índice Dst. O índice F10.7 mede a intensidade da radiação solar que atinge a Terra e influencia a ionosfera e a atmosfera superior. Já o índice Dst avalia o efeito das tempestades geomagnéticas sobre o campo magnético da Terra. Durante tempestades intensas, o índice Dst apresenta valores negativos significativos, indicando distúrbios fortes que ampliam o arrasto atmosférico.

Terra foi atingida por forte tempestade solar em 10 de maio de 2024 – imagem meramente ilustrativa. Crédito: Memory Stockphoto – Spaceweather

Um dos casos mais impressionantes estudados ocorreu em maio de 2024, quando uma supertempestade causou uma rápida descida do satélite Starlink-2601, que perdeu altitude de 276 quilômetros para cerca de 100 quilômetros em menos de dois dias. Essa queda foi muito mais rápida do que os modelos tradicionais de previsão orbital indicavam, mostrando que os modelos atuais ainda não capturam totalmente as rápidas mudanças na densidade atmosférica causadas por eventos solares extremos.

Para aprofundar a investigação, a equipe utilizou a técnica de análise de época sobreposta, que consiste em observar o comportamento dos satélites a partir de uma altitude de referência, neste caso, cerca de 280 km – ponto onde o arrasto atmosférico começa a impactar fortemente a trajetória dos objetos em órbita baixa. A técnica revelou que satélites expostos a tempestades intensas decaem significativamente mais rápido e atingem velocidades maiores durante a reentrada do que satélites em condições calmas.

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Além dos desafios causados pelas variações atmosféricas, o estudo também destaca que a diversidade de satélites Starlink torna as previsões ainda mais complexas. Diferentes modelos da constelação possuem variações no tamanho, peso e formato, que influenciam diretamente a resistência ao arrasto. Satélites mais pesados ou com formatos aerodinâmicos distintos respondem de forma diferente às mudanças na densidade atmosférica, exigindo ajustes específicos nos modelos de previsão.

Outro fator relevante é a duração das tempestades solares. Enquanto tempestades curtas e muito intensas causam impactos rápidos, as mais longas, mesmo com menor intensidade, podem causar efeitos cumulativos mais significativos na atmosfera. Essa exposição prolongada faz com que os satélites percam altitude de maneira mais gradual, mas consistente, o que também complica o planejamento das operações em órbita.

Satélites Starlink aguardando implementação na orbita baixa da Terra (Crédito: SpaceX)
Satélites Starlink aguardando implementação na orbita baixa da Terra. Crédito: SpaceX

A localização das reentradas é outro ponto de atenção. A maioria ocorre sobre oceanos, onde os destroços se desintegram e não representam risco à população. No entanto, satélites que caem próximos a áreas habitadas aumentam a preocupação com a segurança, reforçando a importância de previsões mais precisas e rápidas para evitar danos a pessoas e propriedades.

A interação entre a radiação solar e os distúrbios geomagnéticos cria um cenário complexo que desafia os especialistas em clima espacial e controle de tráfego orbital. A radiação solar tende a causar uma expansão global da atmosfera, enquanto as tempestades geomagnéticas geram aquecimento localizado, que provoca mudanças rápidas e intensas na densidade atmosférica.

A importância desse trabalho vai além da constelação Starlink, pois qualquer satélite em órbita baixa está sujeito aos mesmos efeitos, tornando o estudo fundamental para o futuro da navegação, comunicação e monitoramento espacial. A pesquisa conduzida por Oliveira representa um marco na compreensão dos impactos das tempestades solares sobre o crescente tráfego orbital, contribuindo para a segurança e sustentabilidade da exploração do espaço próximo à Terra.

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Amazon quer competir com a SpaceX, mas o caminho até lá é longo

Você já leu por aqui: a Amazon entrou no ramo da conectividade global, ao lançar os primeiros 27 satélites do Projeto Kuiper, parte do ambicioso plano de construir uma constelação com mais de 3.200 satélites para fornecer internet de alta velocidade no planeta todo.

O lançamento, feito pela United Launch Alliance (ULA), marca o primeiro envio operacional da empresa, que já havia testado protótipos em 2022.

Apesar do avanço, os maiores obstáculos da iniciativa estão em terra firme: a Amazon precisa acelerar drasticamente sua produção, conforme relata o Wall Street Journal.

Fabricação de satélites aquém da demanda

  • A meta é alcançar até cinco satélites por dia em sua fábrica próxima a Seattle, mas atualmente está fabricando cerca de um por dia.
  • Para manter sua licença junto à Comissão Federal de Comunicações (FCC), a empresa deve ter 1.600 satélites em órbita até julho de 2026.
  • O Projeto Kuiper, que já recebeu mais de US$ 10 bilhões em investimentos, entra em um mercado competitivo, com rivais como a Starlink da SpaceX — que já tem mais de 7.000 satélites ativos — e projetos semelhantes na China, Europa e Canadá.
Amazon aposta alto em rede global, mas enfrenta alguns entraves – Imagem: Tada Images / Shutterstock

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Prazo difícil de cumprir

Embora a Amazon preveja iniciar o serviço aos clientes ainda em 2025, analistas duvidam que o prazo com a FCC será cumprido. Caso contrário, a empresa pode ter sua autorização reduzida, comprometendo a capacidade do sistema.

Enquanto isso, empresas parceiras como ULA, Arianespace e Blue Origin correm para aumentar a frequência de lançamentos e viabilizar a missão da Amazon de se tornar uma potência em conectividade via satélite.

Foguete prestes a decolar
A Amazon enviou os seus primeiros satélites para o espaço (Imagem: Divulgação/United Launch Alliance)

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SpaceX atinge marco histórico de lançamentos Starlink

Um marco importante foi alcançado pela SpaceX neste domingo (27). A empresa lançou a 250ª missão dedicada ao projeto de Starlink, colocando 23 satélites de internet em órbita, dos quais 13 têm capacidade de se conectar diretamente a celulares

Um foguete Falcon 9 decolou às 23h09 (pelo horário de Brasília) da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. Cerca de oito minutos após sair do solo, o primeiro estágio do foguete voltou à Terra e pousou de maneira controlada na balsa-drone “Just Read the Instructions“, estrategicamente posicionada no Oceano Atlântico para esse procedimento.

O 250º lançamento da SpaceX dedicado à megaconstelação Starlink aconteceu no domingo, 27 de abril de 2025. Crédito: SpaceX

Esse primeiro estágio já é um veterano das missões espaciais: esta foi a 20ª vez que o mesmo propulsor foi utilizado e recuperado. Treze desses lançamentos tiveram como objetivo aumentar a constelação de satélites Starlink, demonstrando o sucesso da estratégia de reutilização da SpaceX para reduzir custos.

Enquanto isso, o estágio superior do Falcon 9 prosseguiu sua trajetória no espaço. Cerca de uma hora após a decolagem, a SpaceX confirmou que os 23 satélites foram liberados com sucesso na órbita baixa da Terra, uma região do espaço onde opera a maioria dos satélites de internet.

Este foi o 48º lançamento de um foguete Falcon 9 em 2025 e o 31º focado na expansão da megaconstelação Starlink. A rede já conta com mais de 7.200 satélites ativos, levando internet para regiões remotas do mundo que antes tinham pouca ou nenhuma conexão.

Segundo o astrofísico e rastreador de espaçonaves Jonathan McDowell, desde maio de 2019, quando lançou o primeiro lote de equipamentos, a SpaceX já colocou quase 8.400 satélites Starlink no espaço – e os planos são de elevar esse número para, pelo menos, 42 mil.

Foto de longa exposição do 250º lançamento Starlink feito pela SpaceX, que ocorreu na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, em 27 de abril de 2025. Crédito: SpaceX

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Quando concluída, a enorme rede promete garantir conectividade em qualquer lugar do planeta, mas pode acabar contribuindo para o aumento do buraco da camada de ozônio, de acordo com um estudo conduzido pela University of Southern California (USC), nos EUA.

Segundo a pesquisa, entre 2016 e 2022, a presença de óxido de alumínio na camada de ozônio aumentou em oito vezes. E a situação pode piorar ainda mais com o lançamento de novos satélites da Starlink. Saiba mais aqui.

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Starlink Mini chega ao Brasil; saiba como comprar e quanto custa

A Starlink, empresa de internet via satélite de Elon Musk, começou a vender a versão portátil de sua antena no Brasil.

O modelo é chamado de Starlink Mini e é menor que a versão padrão, voltado para aqueles que buscam internet veloz durante viagens e/ou em lugares remotos, onde a tecnologia, geralmente, não chega.

Modelo é bem mais leve, mas cobre menos área (Imagem: Reprodução)
  • O valor à vista do modelo é de R$ 1.799, podendo ser parcelado em até 12x de R$ 150 sem juros;
  • Vale ressaltar que a versão Mini vem com todos os recursos oferecidos pelo modelo comum; o que muda mesmo são seu peso, dimensões e alcance;
  • A Starlink comum pesa 4,2 kg e tem dimensões de 50 x 30 x 24 cm, ante incríveis 900 gramas e dimensões de 30 x 25 x 3,8 cm da nova antena;
  • Porém, o novo modelo cobre menos área: são 112 m² contra 297 m² da versão normal;
  • É importante dizer que, para usar a antena mini da Starlink, é preciso contratar um dos planos de internet oferecidos;
  • Um deles é chamado de Plano Viagem, que custa R$ 315/mês e oferta franquia de 50 GB.

Como comprar a versão menor?

A Starlink Mini pode ser comprado no site da empresa. Na tela principal, basta selecionar entre as opções “Residencial” ou “Viagem“, inserir o endereço de uso e clicar em “Pedir agora“.

O kit completo tem, entre seus itens, roteador embutido com menor consumo de energia, entrada de alimentação energética DC e suporte para velocidade de internet de mais de 100 Mbps.

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Chegando cada vez mais longe

Recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) liberou a Starlink para expandir sua cobertura no Brasil, de 4,4 mil para até 11,9 mil satélites de órbita baixa.

Uma das primeiras medidas da companhia de Musk foi oferecer serviços gratuitos a seus usuários. Contudo, a decisão não foi bem aceita por certos setores, tanto no campo político, como no técnico.

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), por exemplo, protocolou pedido formal que pede a revogação da autorização, entendendo que não houve rigor técnico e jurídico.

A alegação é de que, com a expansão da empresa, o País sofrerá com riscos à sua soberania, à segurança dos dados dos usuários e à concorrência no setor de telecomunicações, dadas as recentes relações conturbadas entre Musk e o governo brasileiro.

Elon Musk e logo da Starlink
Houve reações contrárias à autorização de expansão das operações da empresa no Brasil concedida pela Anatel (Imagem: ssi77/Shutterstock)

Além disso, a Polícia Federal (PF) apreendeu, em fevereiro, antenas Starlink ilegais utilizadas por garimpeiros em terras indígenas.

Com essa e outras apreensões no passado, é preciso ficar alerta para futuras fiscalizações e impactos que a expansão da operadora de internet em terras brasileiras trará nessas regiões, uma vez que a tendência é que as vendas da Starlink aumentem significativamente após a autorização da Anatel.

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Esses aparelhos são compatíveis com a internet da Starlink

A Starlink vai começar a oferecer serviços gratuitos de internet via satélite no Brasil a partir de julho deste ano. O benefício, no entanto, vale para determinados modelos de smartphones, que poderão ser conectados mesmo em regiões isoladas.

Inicialmente, a empresa de Elon Musk vai permitir envio e recebimento de mensagens de texto, compartilhamento de localização e acesso a canais de emergência. Futuramente, é esperada a inclusão de chamadas de voz e navegação na internet.

Conexão depende da instalação de um kit Starlink Mini (Imagem: bella1105/Shutterstock)

O serviço gratuito poderá ser usado apenas se o usuário estiver em área sem cobertura de empresas de telefonia convencionais. Os dispositivos compatíveis são:

  • Apple: iPhone 14, iPhone 15, iPhone 16;
  • Google: Pixel 9;
  • Motorola: Razr (2024), Razr Plus (2024), Moto Edge, Moto G Power 5G (2024);
  • Samsung: Galaxy A14 até A54, Galaxy S21 até S25, Galaxy Z Flip 3 até Z Flip 6.

Os dispositivos devem estar atualizados com as versões mais recentes de seus sistemas operacionais para que a tecnologia funcione. Segundo a Starlink, novos modelos poderão ser incorporados à lista após atualizações de hardware.

Planos pagos

Para quem tiver interesse em contratar o serviço, a empresa oferece planos para atender diversas situações (valores informados em abril de 2025).

  • Residencial: com dados ilimitados e localização fixa, plano é indicado para assistir filmes, acessar jogos, realizar chamadas, entre outros. Valor: R$ 236/mês;
  • Viagem: cobertura em todo o país, acesso em movimento, indicado para viagens internacionais, motorhomes, pessoas que levam um estilo de vida nômade ou que trabalham de qualquer lugar. Valor: R$ 315/mês (50GB) ou R$ 576/mês (ilimitado);
  • Comercial: há também serviços para empresas, mas ainda sem disponibilidade no Brasil.

A conexão depende da instalação de um kit Starlink Mini, que está disponível por R$ 1,79 mil. O pacote inclui roteador Wi-Fi embutido, consumo de energia reduzido, entrada de energia CC e velocidades de download acima de 100 Mbps.

“A Starlink Mini é um kit compacto e portátil que cabe facilmente em uma mochila e que foi projetado para fornecer internet de alta velocidade e baixa latência em qualquer lugar”, diz a empresa.

Leia mais:

  • Acesse o site oficial da Starlink;
  • Insira seu endereço no campo: “Endereço de uso do Serviço”;
  • Clique em “Pedir agora”;
  • Escolha o plano desejado;
  • Insira dados pessoais: seu nome, sobrenome, telefone (incluindo o DDD) e e-mail;
  • Informe dados de pagamento.

O tempo de entrega varia de uma a duas semanas, segundo a Starlink e a instalação é feita em poucos minutos. O cliente tem direito a um teste pelo período de 30 dias e pode desistir do produto se não estiver satisfeito com o serviço.

Celular com logotipo da Starlink na tela
Cobertura no Brasil será limitada a partir de julho deste ano (Imagem: Ssi77/Shutterstock)

Em São Paulo, a cobertura atingiu a capacidade máxima, segundo a empresa, mas é possível reservar uma vaga na lista de espera e receber uma notificação assim que o serviço estiver disponível novamente.

“Observe que nós não temos como fornecer um prazo estimado para a disponibilidade do serviço, mas nossas equipes estão trabalhando o mais rápido possível para ampliar a capacidade da constelação de satélites. Dessa forma, poderemos continuar a expandir a cobertura para mais clientes ao redor do mundo”, informa o site.

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Internet de Elon Musk, Starlink pode ter mais concorrência

As Forças Armadas da Alemanha estão planejando construir sua própria constelação de satélites. O objetivo é garantir uma alternativa à Starlink, da SpaceX, do bilionário Elon Musk, segundo o site alemão Handelsblatt.

Inicialmente, o cronograma para que o sistema entre em operação é 2029. Um porta-voz do Ministério da Defesa alemão confirmou a existência do plano à reportagem, mas detalhes sobre custos e logística ainda são confidenciais por questão de “segurança nacional”.

“Várias opções estão sendo exploradas para o desenvolvimento potencial de constelações para atender à crescente necessidade de reconhecimento espacial por meio de capacidades nacionais”, afirmou.

Militares alemães não querem depender de satélites de comunicação da SpaceX (Imagem: ssi77/Shutterstock)

Plano ousado

Conhecidas como Bundeswehr, as Forças Armadas alemãs pretendem lançar os satélites para fins de comunicação e, futuramente, sensoriamento remoto, de acordo com a reportagem.

O custo da operação pode chegar a 10 bilhões de euros, de acordo com um especialista consultado pelo site. Atualmente, a Bundeswehr opera apenas dez satélites no espaço.

O projeto ocorreria paralelamente ao acordo da União Europeia, do qual o país é membro, que prevê o lançamento de uma constelação de 290 satélites de comunicação. O contrato de concessão de 12 anos pretende colocar novos equipamentos em órbita até 2030, como relatou o Olhar Digital.

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Internet via satélite é um foco do setor militar. Crédito: Jacques Dayan/Shutterstock

A guerra por trás de tudo isso…

O interesse da Bundeswehr por uma alternativa à Starlink também está associada à invasão da Rússia na Ucrânia. A guerra evidenciou a dependência do Exército ucraniano ao sistema da SpaceX, que opera os satélites de comunicações militares no país.

A única opção viável para o presidente Volodymyr Zelensky é a constelação OneWeb, uma rede de 630 satélites, o que representa um décimo do tamanho da megaconstelação Starlink da empresa de Musk.

Recentemente, o governo da Itália confirmou o lançamento de 38 satélites pelo grupo aeroespacial e de defesa italiano Leonardo com fins militares e civis, incluindo IA. 

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Anatel vai priorizar estudos sobre satélites usados pela Starlink, de Musk

O Comitê de Infraestrutura de Telecomunicações (C-INT) da Anatel definiu que os sistemas de satélites não geoestacionários serão prioridade dos temas de estudo da agência para 2025. 

Satélites de “baixa órbita” circulam em torno do planeta com velocidades de rotação diferentes. São equipamentos usados para prover internet de alta velocidade, conectando regiões de difícil acesso à infraestrutura de telecomunicações tradicional.

Na avaliação da Anatel, o avanço das constelações de satélites não geoestacionários amplia a “complexidade no uso dos recursos de espectro e órbita”. “Esse movimento impõe ao órgão regulador o desafio de conciliar inovação e expansão com a preservação de um ambiente competitivo, seguro e sustentável”, diz o comunicado.

Anatel acredita que constelações vão comprometer a concorrência do setor (Imagem: diegograndi/iStock)

Ambiente competitivo

Em uma reunião, o conselheiro Alexandre Freire ponderou que a concentração de satélites por grandes conglomerados empresariais pode comprometer a dinâmica de concorrência do setor espacial. Isso vai criar, segundo ele, desafios complexos de governança internacional.

“O espaço exterior, enquanto bem comum da humanidade, demanda soluções regulatórias que ultrapassem as fronteiras estatais, sobretudo diante das implicações geopolíticas advindas da ocupação intensiva e estratégica das órbitas”, disse.

Recentemente, a agência aprovou a expansão do sistema da Starlink, que pertence ao bilionário Elon Musk, no Brasil.

Agora, a companhia vai poder lançar mais 7,5 mil satélites. Atualmente, a empresa pode operar 4,4 mil satélites no país até 2027.

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Pessoa segurando celular com logotipo da Starlink na tela na frente de bandeira do Brasil
Starlink foi autorizada a lançar mais 7,5 mil satélites no Brasil (Imagem: Saulo Ferreira Angelo/Shutterstock)

De olho no futuro

Outro ponto debatido na reunião foi a possibilidade de os sistemas passarem a ser usados como armas militares. Por isso, a agência vai priorizar estudos sobre as transformações em curso nesse mercado em parceria com o Comitê de Espectro e Órbita (CEO).

“A Anatel está dedicada a garantir que o Brasil esteja na vanguarda da inovação, segurança e eficiência nas telecomunicações. Nosso objetivo é criar um ambiente regulatório que promova o desenvolvimento sustentável e a proteção das infraestruturas críticas, beneficiando toda a sociedade”, afirmou o conselheiro.

Está prevista ainda a realização de discussões com a participação de diversos órgãos, incluindo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), além de empresas reguladas e representantes da sociedade civil.

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Starlink: operações podem estar ameaçadas por Rússia e China

A Starlink, de Elon Musk, está envolvida em uma verdadeira disputa geopolítica. O serviço de internet via satélite oferecido pela empresa SpaceX vem sendo ameaçado devido ao uso militar do sistema após a invasão da Rússia na Ucrânia em 2022.

De acordo com novo relatório da Secure World Foundation (SWF), organização não governamental dedicada à sustentabilidade espacial, os governos russo e chinês estariam por trás das ameaças.

Uso militar do serviço tem gerado atritos

No documento de mais de 300 páginas, a SWF destaca que os cidadãos ucranianos começaram a usar os serviços da Starlink em 2022.

O objetivo era garantir o acesso à internet após a interrupção da conexão provocada pela invasão russa.

Além disso, o sistema permitiu que o exército e governo ucranianos se comunicassem de forma segura. No entanto, as autoridades dos país reclamaram de falhas no serviço durante o ano passado, o que prejudicou as operações de defesa.

Objetivo é interromper o sinal dos satélites Starlink (Imagem: Jacques Dayan/Shutterstock)

Agora, o relatório indica que estas interrupções foram provocadas por dispositivos russos. Ainda de acordo com a organização, a Rússia estaria desenvolvendo uma ferramenta mais sofisticada que poderia detectar e interromper sinais de satélites. 

Por fim, o texto aponta que a China estaria investindo em recursos similares para possíveis conflitos armados com os Estados Unidos. Entre eles estariam submarinos equipados a laser e mastros retráteis, que poderiam chegar à superfície para interferir no sinal da Starlink.

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Starlink
Serviço oferece acesso à internet através de satélites (Imagem: Mike Mareen/Shutterstock)

Internet via satélite de Elon Musk

  • Starlink é o nome de um projeto da SpaceX para oferecer acesso rápido à internet em qualquer lugar do mundo através de satélites.
  • O serviço da companhia de Elon Musk conta com mais de seis mil satélites ativos em sua frota de órbita baixa da Terra.
  • Os equipamentos foram lançados por espaçonaves da própria SpaceX.
  • A empresa atingiu nos últimos meses a marca de quatro milhões de assinantes em todo o mundo.
  • Deste total, 5% estão no Brasil (pouco mais de 200 mil clientes).
  • Em um ano, a Starlink conseguiu dobrar o número de assinantes em todo mundo.

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