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Amazon e Stellantis tinham plano ambicioso. Mas não deu certo

A parceria firmada entre a Amazon e a Stellantis para desenvolver o SmartCockpit, um sistema automotivo inteligente que prometia transformar a experiência ao volante, chegou ao fim, segundo confirmação das empresas após investigação da Reuters.

Anunciado em 2022 com entusiasmo pelos CEOs de ambas as companhias, o projeto pretendia integrar software avançado aos veículos da Stellantis, com recursos como personalização automática de preferências do motorista, integração com dispositivos domésticos e serviços da Amazon — incluindo a Alexa.

Stellantis e Amazon ainda vão colaborar em outros projetos

  • A decisão de encerrar o SmartCockpit foi descrita como mútua.
  • Ainda que a colaboração tenha sido encerrada nesse projeto específico, Stellantis e Amazon continuarão cooperando em outras frentes, como o uso da nuvem AWS e a presença da Alexa em determinados modelos.
  • O cancelamento reflete as dificuldades das montadoras tradicionais em dominar a tecnologia de software veicular, área em que empresas como a Tesla lideram, com arquiteturas mais enxutas e atualizações frequentes.
  • A Stellantis, por sua vez, administra dezenas de marcas e modelos, o que torna a padronização e implementação de novas tecnologias mais complexa.
Sistema prometia transformar veículos em extensões da casa, mas enfrentou obstáculos técnicos e culturais (Imagem: jetcityimage/iStock)

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Android deve entrar no plano

Originalmente, o SmartCockpit seria lançado entre o fim de 2024 e o início de 2025, como parte da plataforma elétrica e digital da Stellantis (STLA Brain e Autodrive). Agora, a montadora pode redirecionar esforços para uma solução baseada na plataforma Android da Google.

A maior parte da equipe da “Cabine Digital” da Amazon, ligada ao projeto, foi dissolvida ou realocada.

Projeto de Amazon e Stellantis chega ao fim antes do lançamento – Imagem: bluestork/Shutterstock

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Carros elétricos: nova bateria da Stellantis pode ser carregada em 18 minutos

A Stellantis anunciou a validação de suas células de bateria de estado sólido projetadas para uso automotivo. A fabricante diz que esse é um passo significativo para o lançamento de baterias de veículos elétricos de próxima geração no mercado.

Ao contrário das baterias de íons de lítio convencionais, as baterias de estado sólido oferecem maior densidade energética e carregamento mais rápido. O produto foi criado em conjunto com a Factorial Energy, empresa de baterias de estado sólido sediada nos EUA.

A montadora é responsável pelas marcas Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, DS Automobiles, FIAT, Jeep, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot, Ram, Vauxhall, Free2move e Leasys, entre outras.

Bateria pode operar em temperaturas que variam de -30°C a 45°C (Imagem: Stellantis/Divulgação)

O que tem de novo?

O modelo usa células desenvolvidas pela Factorial que permitem uma redução significativa no tempo de carregamento, de 15% para mais de 90% da carga em apenas 18 minutos à temperatura ambiente.

A densidade energética é de 375 Wh/kg com mais de 600 ciclos, progredindo rumo à qualificação automotiva, “um marco para baterias de estado sólido de lítio-metal de grande formato”, segundo o comunicado.

Além disso, as células fornecem alta potência com taxas de descarga de até 4°C, atendendo a maiores demandas de desempenho em veículos elétricos.

Um sistema de IA da Factorial criou a mais recente formulação de eletrólito que permite que a bateria opere em temperaturas que variam de -30°C a 45°C. Isso supera as limitações anteriores de estado sólido e abre a possibilidade de melhores desempenhos em diversos climas, de acordo com a empresa.

“Embora otimizar um recurso seja simples, equilibrar alta densidade energética, ciclo de vida, carregamento rápido e segurança em uma bateria do tamanho de um automóvel com validação OEM é um avanço”, disse Siyu Huang, CEO da Factorial Energy.

Baterias de estado sólido oferecem maior densidade energética e carregamento mais rápido (Imagem: PhonlamaiPhoto/iStock)

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E quando chega para o consumidor final?

Agora, a Stellantis e a Factorial estão otimizando a arquitetura do conjunto de baterias para reduzir o peso e melhorar a eficiência geral do sistema. Essa redução de peso aumenta diretamente a autonomia do veículo e apoia soluções de veículos elétricos mais sustentáveis ​​e acessíveis, segundo a montadora.

Com o avanço das pesquisas, a expectativa é que as baterias de estado sólido sejam incluídas em uma frota de demonstração até 2026, como já previa a colaboração estratégica selada em 2021, com investimento de US$ 75 milhões da Stellantis na Factorial.

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