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Redes sociais: André Mendonça abre divergência em julgamento no STF

Nesta quinta-feira (5), o Supremo Tribunal Federal (STF) entrou no segundo dia de discussões sobre responsabilidade de plataformas digitais sobre os conteúdos publicados por seus usuários.

Sessão foi paralisada em dezembro passado (Imagem: Cryptographer/Shutterstock)

A sessão foi interrompida em dezembro do ano passado e três ministros tinham votado até então: Dias Toffoli, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. O trio defende a responsabilização das mídias sociais. Na quarta-feira (4), a Corte retomou o julgamento.

A votação versa sobre a validade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet, que exige ordem judicial prévia e específica de excluir conteúdos para a responsabilização civil de redes sociais por danos ocasionados por atos ilícitos dos usuários. Os ministros que já votaram divergem sobre a exigência de ordem judicial.

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Logos de Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger em um smartphone
Votação versa sobre a validade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

Como foi o segundo dia de votação no STF?

  • Desde quarta-feira (4), o ministro André Mendonça estava votando;
  • Durante sua fala, que terminou nesta quinta-feira (5), Mendonça defendeu que mensagens privadas e transmitidas entre familiares devem ser excluídas da análise;
  • Ou seja, serviços de mensageria, como o WhatsApp, não devem ser monitorados;
  • Também entende que um conteúdo impulsionado não pode ter o mesmo peso de responsabilização dada a uma informação específica que um usuário conseguiu por meio de uma busca ativa;
  • Ele trouxe dados de redes sociais acerca da remoção de conteúdos sem necessidade de notificações extrajudiciais;
  • Ainda afirmou que a transferência ao algoritmo da definição de casos complexos diminui a importância do Poder Judiciário.

Mendonça entende que o Artigo 19 do Marco Civil da Internet não destoa da Constituição, tendo, portanto, opinião contrária aos demais ministros que já votaram.

Ele ainda defende que, nos casos em que a remoção de conteúdo ocorrer sem ordem judicial, por determinação legal ou seguindo as condições de uso, é preciso observar protocolos, visando que o usuário tenha acesso às razões da exclusão e que isso seja feito por humanos.

O ministro disse, ainda, que não se pode responsabilizar, diretamente, a plataforma sem prévia decisão judicial quando há crime de opinião. Para ele, existe, ainda, a possibilidade de responsabilização caso haja descumprimento dos deveres que a legislação impõe.

Fachada do STF
Até agora, quatro ministros votaram (Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Por fim, citou que a decisão judicial que determine a remoção de conteúdo precisa possui fundamentação específica e precisa ser compartilhada com a empresa.

Danos das redes sociais em nosso cérebro: há comprovação científica?

A expressão “podridão cerebral” — escolhida como palavra do ano pela Oxford University Press — tem chamado atenção para os efeitos do consumo excessivo de conteúdo trivial e repetitivo nas redes sociais.

O termo descreve uma possível deterioração das funções mentais causada pelo uso intenso de plataformas digitais que oferecem estímulos rápidos, superficiais e pouco significativos.

Danos das redes sociais já são motivo de estudo

Embora ainda não haja comprovação científica definitiva sobre danos estruturais ao cérebro, especialistas apontam indícios de impactos negativos, especialmente em jovens, como mostra o EuroNews.

Leia a matéria completa aqui

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STF retoma julgamento de responsabilidade das plataformas digitais sobre conteúdos

O Supremo Tribunal Federal (STF) reiniciou, nesta quarta-feira (4), o julgamento que define se as plataformas digitais têm responsabilidade sobre os conteúdos publicados por seus usuários.

A sessão foi interrompida em dezembro do ano passado e três ministros tinham votado até então: Dias Toffoli, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. O trio defende a responsabilização das mídias sociais.

Votação versa sobre a validade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

A votação versa sobre a validade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet, que exige ordem judicial prévia e específica de excluir conteúdos para a responsabilização civil de redes sociais por danos ocasionados por atos ilícitos dos usuários. Os ministros que já votaram divergem sobre a exigência de ordem judicial.

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STF está perto de concluir o julgamento sobre as redes sociais?

  • O julgamento recomeçou com Toffoli afirmando que o julgamento da Corte não quer censurar ou acolher a liberdade de expressão, mas, sim, analisar se como a responsabilidade é feita hoje é constitucional;
  • “Aqui não se trata de nenhum julgamento que se trata sobre censura ou acolher a liberdade de expressão. O que estamos aqui a discutir é que se o Artigo 19 – que estabelece que a responsabilização por dano só surge se houver um descumprimento de decisão judicial – é compatível com a Constituição ou não”, disse;
  • E prosseguiu: “Sempre haverá polarização de ideias em democracia. Porém, a polarização deve ser entre ideias contrapostas, não pode ser entre os que agem de boa-fé e má-fé. O Judiciário não está legislando e muito menos regulando em caráter geral, abstrato e definitivo as plataformas digitais”;
  • O ministro entende que o Marco Civil da Internet trouxe “cláusula legal” para isentar plataformas de suas responsabilidade no período entre o período da postagem e da deliberação judicial.

A seguir, o ministro Luís Roberto Barroso aumentou o coro ao dizer que não há defesa da liberdade de expressão e nem da censura. “O judiciário não está legislando e muito menos regulando em caráter geral, abstrato e definitivo as plataformas”, afirmou.

Luís Roberto Barroso, presidente do STF
Luís Roberto Barroso, presidente do STF, entende que é dever do Supremo atuar em casos que chegam ao Judiciário visando definir critérios para sua resolução (Imagem: Focus Pix/Shutterstock)

Barroso entende que é dever do Supremo atuar em casos que chegam ao Judiciário visando definir critérios para sua resolução. “Estabelecer os critérios que vão reger os casos que vão chegar no Judiciário é nosso dever e nada tem de invasão a competência de outros poderes e muito menos tem relação com censura, estamos discutindo responsabilidade civil”, disse.

No momento, quem vota é o ministro André Mendonça, que já disse que seu voto irá tomar o resto da sessão desta quarta-feira (4) e a de quinta-feira (5).

Google se manifesta

Ainda nesta quarta-feira (4), o Google se posicionou publicamente sobre o tema. A big tech se mostrou favorável ao Marco Civil da Internet e contesta que o STF o revise, podendo levar à ampliação da responsabilidade das gigantes de tecnologia sobre os posts de seus usuários.

Diz o Google: “Abolir regras que separam a responsabilidade civil das plataformas e dos usuários não contribuirá para o fim da circulação de conteúdos indesejados na internet.” “O Marco Civil da Internet pode e deve ser aprimorado, desde que se estabeleçam garantias procedimentais e critérios que evitem insegurança jurídica e a remoção indiscriminada de conteúdo”, prossegue, em nota.

“O Google remove, com eficiência e em larga escala, conteúdos em violação às regras de cada uma de suas plataformas” e “são centenas de milhões de conteúdos removidos por ano pela própria empresa, em linha com as regras públicas de cada produto”, continua o Google no texto.

Logo do Google atrás borrado e, à frente, em um smartphone
Google se posicionou contra a medida (Imagem: One Artist/Shutterstock)

Por fim, pontua que, “entretanto, boas práticas de moderação de conteúdo por empresas privadas são incapazes de lidar com todos os conteúdos controversos, na variedade e profundidade com que eles se apresentam na internet, refletindo a complexidade da própria sociedade. A atuação judicial nesses casos é um dos pontos mais importantes do Marco Civil da Internet, que reconhece a atribuição do Poder Judiciário para atuar nessas situações e traçar a fronteira entre discursos ilícitos e críticas legítimas”.

Matéria em atualização

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STF

O julgamento do STF e o futuro das redes sociais no Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (4) o julgamento sobre a responsabilidade civil das redes sociais pelos conteúdos publicados. As discussões foram interrompidas em dezembro do ano passado após um pedido de vista.

A Corte analisa a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet, norma que estabelece os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil. Até o momento, três ministros já proferiam seus votos sobre a questão. Oito magistrados ainda precisam se manifestar e não há prazo para a finalização das discussões.

Ministros se pronunciaram a favor da responsabilização das redes sociais

O pedido de suspensão do julgamento foi feito pelo ministro André Mendonça. Antes disso, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, votou pela responsabilização parcial das plataformas. Para o magistrado, as redes devem retirar postagens com conteúdo envolvendo pornografia infantil, suicídio, tráfico de pessoas, terrorismo e ataques à democracia. 

No entanto, Barroso entende que a remoção de postagens com ofensas e crimes contra a honra dos cidadãos só pode ocorrer após decisão judicial, como ocorre atualmente. Ou seja, as empresas teriam que ser notificadas antes de tomarem qualquer decisão.

Discussões sobre o tema foram suspensas no fina do ano passado (Imagem: Diego Grandi/Shutterstock)

Já Luiz Fux propôs uma tese em que determina a remoção sem ordem judicial. Ele também apontou que, enquanto as empresas lucram com a “viralização de conteúdos degradantes que atraem cliques e geram receita publicitária”, a imprensa tradicional adota práticas mais rigorosas e respeitosas com os envolvidos.

Quem se posicionou de forma parecida foi o ministro Dias Toffoli. O magistrado votou a favor da derrubada do artigo 19 do Marco Civil da Internet e disse que, em casos de conteúdos ofensivos ou ilícitos, as plataformas digitais devem agir a partir de uma notificação extrajudicial, sem necessidade de ordem judicial.

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Pasta em iPhone com apps de várias redes sociais
Ministros julgam as responsabilidades das redes sociais pelos conteúdos publicados (Imagem: Ken stocker/Shutterstock)

Big techs defendem aperfeiçoamento do Marco Civil da Internet

  • Segundo o artigo 19 do Marco Civil da Internet, as plataformas só estão sujeitas a pagar indenização por algo postado por terceiros se, após uma decisão judicial ordenando a retirada, mantiverem o conteúdo no ar.
  • Autores dos recursos que estão sendo discutidos no STF, Facebook e Google apresentaram seus argumentos, alegando que as empresas já dispõem de mecanismos de moderação e remoção de conteúdos, sem que haja necessidade de uma regra que permita a remoção sem decisão judicial.
  • Ao mesmo tempo, as big techs concordam que o Marco Civil deve ser aprimorado, desde que se estabeleçam garantias procedimentais e critérios que evitem insegurança jurídica e o incentivo à censura. 

Na coluna Seu Direito Digital, do Olhar Digital News, o consultor em privacidade e segurança Leandro Alvarenga analisou o tema. Acompanhe!

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STF

Julgamento do STF sobre responsabilidade das redes sociais será retomado em junho

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 4 de junho a retomada do julgamento sobre a responsabilidade civil das redes sociais pelos conteúdos publicados. As discussões foram interrompidas em dezembro do ano passado após um pedido de vista.

A Corte analisa a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet, norma que estabelece os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil. Até o momento, três ministros já proferiam seus votos sobre a questão.

Ministros se pronunciaram a favor da responsabilização das redes sociais

O pedido de suspensão do julgamento foi feito pelo ministro André Mendonça. Antes disso, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, votou pela responsabilização parcial das plataformas. Para o magistrado, as redes devem retirar postagens com conteúdo envolvendo pornografia infantil, suicídio, tráfico de pessoas, terrorismo e ataques à democracia. 

No entanto, Barroso entende que a remoção de postagens com ofensas e crimes contra a honra dos cidadãos só pode ocorrer após decisão judicial, como ocorre atualmente. Ou seja, as empresas teriam que ser notificadas antes de tomarem qualquer decisão.

Discussões sobre o tema foram suspensas no fina do ano passado (Imagem: Diego Grandi/Shutterstock)

Já Luiz Fux propôs uma tese em que determina a remoção sem ordem judicial. Ele também apontou que, enquanto as empresas lucram com a “viralização de conteúdos degradantes que atraem cliques e geram receita publicitária”, a imprensa tradicional adota práticas mais rigorosas e respeitosas com os envolvidos.

Quem se posicionou de forma parecida foi o ministro Dias Toffoli. O magistrado votou a favor da derrubada do artigo 19 do Marco Civil da Internet e disse que, em casos de conteúdos ofensivos ou ilícitos, as plataformas digitais devem agir a partir de uma notificação extrajudicial, sem necessidade de ordem judicial.

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Pasta em iPhone com apps de várias redes sociais
Ministros julgam as responsabilidades das redes sociais pelos conteúdos publicados (Imagem: Ken stocker/Shutterstock)

Big techs defendem aperfeiçoamento do Marco Civil da Internet

  • Segundo o artigo 19 do Marco Civil da Internet, as plataformas só estão sujeitas a pagar indenização por algo postado por terceiros se, após uma decisão judicial ordenando a retirada, mantiverem o conteúdo no ar.
  • Autores dos recursos que estão sendo discutidos no STF, Facebook e Google apresentaram seus argumentos, alegando que as empresas já dispõem de mecanismos de moderação e remoção de conteúdos, sem que haja necessidade de uma regra que permita a remoção sem decisão judicial.
  • Ao mesmo tempo, as big techs concordam que o Marco Civil deve ser aprimorado, desde que se estabeleçam garantias procedimentais e critérios que evitem insegurança jurídica e o incentivo à censura. 

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Kwai teria incentivado ataques contra o STF por julgamento de Bolsonaro

Mais uma polêmica envolvendo o Kwai. A rede social de vídeos curtos permite aos usuários criar, compartilhar e interagir com conteúdos postados na plataforma, sendo considerada uma concorrente do TikTok. 

O problema é que a ferramenta vem acumulando denúncias. Recentemente, ela foi acusada de incentivar os criadores de conteúdo a divulgar jogos ilegais fraudulentos em troca de dinheiro. Agora, ela estaria incentivando ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

Campanha prometia aumentar engajamento das postagens

​​​​​​Segundo reportagem do portal Aos Fatos, um desafio proposto pelo Kwai incentivava os criadores da plataforma a fazerem publicações com ataques ao STF em troca de engajamento. A campanha prometia dar mais exposição a quem criasse conteúdos sobre o tema “vídeo ilegal pode anular processo contra Bolsonaro” utilizando a hashtag #ilegal.

Tarefa incentivava usuários a atacar decisão do STF (Imagem: reprodução/Kwai)

A iniciativa faz referência à exibição de um vídeo dos ataques de 8 de janeiro durante o julgamento que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. As imagens foram exibidas pelo ministro Alexandre de Moraes durante a sessão.

A mensagem propondo disseminar críticas à exibição do vídeo foi enviada aos criadores de conteúdo no fim de semana pelo perfil Kwai Notícias Brasil, que conta com um selo de verificação. Após denúncias, a postagem foi retirada do ar pela rede social.

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Fachada do STF
Objetivo era atacar STF por decisão contra Bolsonaro (Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O que disse o Kwai

  • Em nota, a rede social afirmou que “reforça seu compromisso com a transparência, a ética e o cumprimento dos princípios regulatórios e institucionais”.
  • Também destacou que é “totalmente apartidária e não endossa ou favorece nenhum candidato, partido político ou ideologia”.
  • Além disso, observou que possui uma política de combate à desinformação e que monitora de forma contínua as postagens feitas na plataforma.
  • O Kwai ainda ressalta que, durante o segundo semestre do ano passado, removeu 3.179.872 vídeos no Brasil por violar as Diretrizes da Comunidade ou os Termos de Serviço.
  • Ainda excluiu 799.762 contas que violaram a política da empresa.

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Rumble: rede social canadense segue bloqueada no Brasil por decisão do STF

Nesta sexta-feira (14), por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter o bloqueio da rede social Rumble no Brasil. Dessa forma, a determinação do ministro do órgão, Alexandre de Moraes, que saiu em fevereiro, foi ratificada.

O colegiado já havia predefinido que a plataforma permaneceria bloqueada no último dia 7, pois três dos cinco ministros já haviam votado. A decisão desta sexta-feira (14) apenas ratificou o que já estava virtualmente certo.

Rumble tem origem canadense, aparência similar ao rival YouTube e coleciona polêmicas (Imagem: T. Schneider/Shutterstock)

Como foi a votação do STF que manteve Rumble bloqueado no Brasil

  • Os ministros que votaram para manter a suspensão da plataforma foram Flávio Dino, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia;
  • O magistrado se reuniu em plenário virtual (os ministros inserem votos no sistema eletrônico, não havendo pleito presencial);
  • O prazo de análise se encerra nesta sexta-feira (14).

Em seu voto, Alexandre de Moraes acusou Chris Pavlowski, fundador do Rumble, de confundir “liberdade de expressão com inexistente liberdade de agressão“.

Além disso, afirmou que Pavlowski “confunde, deliberadamente, censura com proibição constitucional ao discurso de ódio e de incitação a atos antidemocráticos“.

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Cronologia do caso

  • Em 20 de fevereiro, o ministro ordenou que a rede social apresentasse, em até 48 horas, seu representante legal no País — mesma situação que se passou em 2024 com o X, quando a plataforma fechou seu escritório brasileiro e se recusou, por dias, em apontar outro representante;
  • A suspensão do Rumble foi aplicada no âmbito de um processo que visa a prisão e a extradição do blogueiro Allan dos Santos, acusado de realizar ataques contra ministros da Corte;
  • Embora seus perfis tenham sido suspensos, o acusado – atualmente residindo nos Estados Unidos – segue criando novas páginas para divulgar seus conteúdos;
  • Em pronunciamento, Moraes destacou que o Rumble vem sendo utilizado para a disseminação de discursos de ódio, atentados à democracia e incitação ao desrespeito ao Poder Judiciário nacional;
  • Em resposta às ordens judiciais, o CEO da plataforma, Chris Pavlovski, já afirmou, no X, que não cumprirá as determinações do STF.
Chris Pavlovski
Chris Pavlowski já disse que não vai cumprir decisão do STF (Imagem: Zoran Karapancev/Shutterstock)

Recentemente, Rumble e Trump Media & Technology, empresa do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, entraram com ação judicial nos EUA contra Moraes, pedindo autorização à rede social para descumprir as decisões do ministro, mas teve a solicitação recusada.

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Alexandre de Moraes considera Starlink, de Elon Musk, um risco à soberania nacional

Durante a abertura de um curso sobre democracia e comunicação digital, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou o projeto da Starlink, empreendimento de Elon Musk, classificando-o como iniciativa de poder que pode ameaçar a soberania nacional.

Moraes afirmou que, atualmente, o Brasil preserva sua soberania porque as grandes empresas de tecnologia dependem de infraestrutura local – as antenas e sistemas de telecomunicação de cada país.

Segundo o magistrado, a implantação de uma rede de satélites de baixa órbita, como a da Starlink, possibilitaria à empresa operar sem se submeter à legislação brasileira.

“Por enquanto, conseguimos manter nossa soberania, pois as big techs necessitam das nossas antenas e sistemas de telecomunicação. Mas essa realidade pode mudar”, afirmou o ministro.

Moraes vem duramente criticando as big techs (Imagem: casa.da.photo/Shutterstock)

Moraes fez, ainda, referência a decisões do próprio STF, que determinaram a suspensão de redes sociais – como o X, também de Musk, e a plataforma de vídeos Rumble –, medidas que, para terem efeito, contam com o apoio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no bloqueio de acessos.

O ministro ressaltou que, enquanto a operação dessas plataformas depende da infraestrutura física instalada em cada país, a proposta da Starlink de expandir seu alcance com satélites pode driblar esse controle.

Ele explicou: “Não é à toa que uma das redes sociais tem como sócio uma empresa chamada Starlink, que pretende instalar satélites de baixa órbita em todo o mundo. Hoje, no Brasil, contamos com apenas 200 mil pontos de acesso, mas a previsão é chegar a 30 milhõesaí, cortar antena não adianta.”

O magistrado alertou para o que chamou de “jogo de conquista de poder”, enfatizando que, se a reação não for forte neste momento, conter os efeitos dessa expansão será muito mais difícil no futuro.

Segundo a Folha de S.Paulo, o evento, promovido pela FGV Comunicação – em parceria com a AGU –, teve a inauguração de um MBA focado nos desafios da regulação das plataformas digitais.

Destinado a servidores de órgãos, como a Advocacia-Geral da União (AGU), o TSE e o Ministério da Justiça de São Paulo (MJSP), o curso busca capacitar o funcionalismo público para enfrentar os complexos desafios do ambiente digital. Na ocasião, Moraes participou de mesa redonda ao lado do ministro da AGU, Jorge Messias, e do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues.

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Musk e ministro já travaram “batalhas” anteriores (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

Moraes vs. big techs

  • Além de sua atuação no STF – onde é relator do inquérito sobre fake news, que investiga ofensas e ameaças à corte, e dos casos relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023 – o ministro tem se posicionado de forma incisiva fora do tribunal;
  • Em fevereiro, por exemplo, durante um discurso de cerca de 40 minutos para os novos alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), ele criticou as big techs, afirmando que “elas não são neutras. São grupos econômicos que querem dominar a economia e a política mundial, ignorando fronteiras, soberanias nacionais e legislações, visando apenas poder e lucro”;
  • No ano anterior, Moraes chegou a apresentar tese de 298 páginas sobre milícia digital e golpismo, reforçando seu posicionamento crítico diante do poder crescente das grandes empresas de tecnologia;
  • O seminário, aberto e gratuito, destacou a necessidade de compreender, profundamente, as dinâmicas das plataformas digitais e os mecanismos de propagação da desinformação para a defesa da democracia.

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STF mantém bloqueio do Rumble no Brasil

Nesta sexta-feira (7), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou maioria de votos para manter a suspensão das atividades da rede social Rumble no Brasil.

A decisão confirma a medida tomada pelo ministro Alexandre de Moraes em 21 de fevereiro, que bloqueou a plataforma após identificar a ausência de representante legal no País.

Rumble tem origem canadense, aparência similar ao rival YouTube e coleciona polêmicas (Imagem: T. Schneider/Shutterstock)

Conforme os autos, os advogados que, anteriormente, representavam a empresa, renunciaram ao mandato, e novos representantes não foram indicados.

Até o momento, Moraes contou com o apoio dos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin. Os votos dos ministros Cármen Lúcia e Luiz Fux ainda serão computados, uma vez que a votação virtual se estende até sexta-feira (14).

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Relembre o bloqueio do Rumble no Brasil

  • A suspensão do Rumble foi aplicada no âmbito de um processo que visa a prisão e a extradição do blogueiro Allan dos Santos, acusado de realizar ataques contra ministros da Corte;
  • Embora seus perfis tenham sido suspensos, o acusado – atualmente residindo nos Estados Unidos – segue criando novas páginas para divulgar seus conteúdos;
  • Em pronunciamento, Moraes destacou que o Rumble vem sendo utilizado para a disseminação de discursos de ódio, atentados à democracia e incitação ao desrespeito ao Poder Judiciário nacional;
  • Em resposta às ordens judiciais, o CEO da plataforma, Chris Pavlovski, já afirmou, no X, que não cumprirá as determinações do STF.

Recentemente, Rumble e Trump Media & Technology, empresa do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, entraram com ação judicial nos EUA contra Moraes, pedindo autorização à rede social para descumprir as decisões do ministro, mas teve a solicitação recusada.

Chris Pavlovski
Chris Pavlovski já disse que não vai cumprir decisão do STF (Imagem: Zoran Karapancev/Shutterstock)

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