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10 games que os amantes do Studio Ghibli deveriam jogar

As obras do Studio Ghibli são conhecidas por sua beleza visual, narrativas emocionantes, personagens carismáticos e aquele toque mágico que transforma histórias simples em experiências inesquecíveis.

Seja nas paisagens deslumbrantes de “A Viagem de Chihiro” ou na melancolia encantadora de “Meu Amigo Totoro”, há algo no universo Ghibli que permanece com a gente muito tempo depois dos créditos finais.

E, para quem deseja expandir essa sensação para o mundo dos games, existem vários títulos que capturam esse mesmo espírito encantador e envolvente.

Neste artigo, reunimos os 10 melhores jogos para os amantes do Studio Ghibli, com foco especial em jogos acessíveis no Brasil e disponíveis nas principais plataformas como Steam, Nintendo Switch, PlayStation e Xbox.

Cada jogo da lista foi escolhido por sua atmosfera acolhedora, visual inspirado em animação, histórias emocionantes e, claro, aquele charme sutil que só os fãs de Ghibli sabem identificar. Prepare-se para viver novas aventuras que parecem saídas diretamente de um filme do estúdio!

10 jogos parecidos com as obras do Studio Ghibli

1. Ni no Kuni Series

Jogo Ni no Kuni II Renevant Kingdom – Prince’s Edition (Imagem: Divulgação / Xbox)

A série “Ni no Kuni”, especialmente “Wrath of the White Witch”, é praticamente uma carta de amor ao Studio Ghibli – e não por acaso: o estúdio colaborou diretamente na criação dos visuais e animações.

Com trilha sonora composta por Joe Hisaishi, o mesmo gênio por trás das músicas de Ghibli, esse RPG é uma jornada comovente sobre perda, amizade e coragem. Sem dúvida, um dos principais games que os amantes do Studio Ghibli deveriam jogar.

Onde jogar: Nintendo Switch, PlayStation, Xbox e PC (Steam).

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2. Spiritfarer

Spiritfarer é um dos games que os amantes do Studio Ghibli deveriam jogar
Jogo Spiritfarer (Imagem: Divulgação / Playstation)

Neste jogo belíssimo, você é Stella, uma barqueira dos mortos que ajuda almas a completarem sua jornada final. A jogabilidade é tranquila, focada em gerenciamento e relacionamento com os personagens. O visual desenhado à mão, os temas sensíveis e o carinho nos detalhes fazem dele uma obra que poderia muito bem ter saído direto do universo Ghibli.

Onde jogar: Nintendo Switch, PlayStation, Xbox e PC (Steam).

3. Rakuen

Rakuen é um dos games que os amantes do Studio Ghibli deveriam jogar
Jogo Rakuen – Edição Deluxe (Imagem: Divulgação / Nintendo)

“Rakuen” é um jogo indie de RPG e aventura com uma história profundamente emocional. Você joga como um menino hospitalizado que viaja para um mundo mágico junto de sua mãe. A narrativa sensível e a estética simples, porém comovente, lembram o tom de obras como “O Mundo dos Pequeninos” ou “O Conto da Princesa Kaguya”. Um dos jogos no estilo do Studio Ghibli mais tocantes da lista.

Onde jogar: PC (Steam).

4. Baldo: The Guardian Owls

Baldo: The Guardian Owls é um dos games que os amantes do Studio Ghibli deveriam jogar
Jogo Baldo: The Guardian Owls (Imagem: Divulgação / Nintendo)

Com um visual cel-shading lindamente colorido, “Baldo” é um RPG de ação e aventura com forte inspiração nas obras do Studio Ghibli. Os ambientes exuberantes e personagens excêntricos evocam diretamente filmes como “Laputa: O Castelo no Céu” e “Princesa Mononoke”. A jogabilidade é desafiadora, mas a atmosfera faz valer cada segundo.

Onde jogar: Nintendo Switch, PlayStation, Xbox e PC (Steam).

5. Eastward

Jogo Eastward
Jogo Eastward (Imagem: Divulgação / Nintendo)

Com um estilo pixel art riquíssimo e uma ambientação pós-apocalíptica cheia de cor e calor humano, “Eastward” mistura ação e narrativa com um charme retrô.

A dinâmica entre os personagens principais, um homem calado e uma garotinha com habilidades misteriosas, lembra muito as duplas carismáticas de Ghibli. É um dos games que os amantes do Studio Ghibli deveriam jogar pela mistura de melancolia, esperança e aventura.

Onde jogar: Nintendo Switch e PC (Steam).

6. Mika and The Witch’s Mountain

Jogo Mika and The Witch's Mountain
Jogo Mika and The Witch’s Mountain (Divulgação / Nintendo)

Inspirado diretamente em “O Serviço de Entregas da Kiki”, este jogo adorável te coloca no papel de uma jovem bruxa que faz entregas voando em sua vassoura. A estética leve, os cenários costeiros e a simplicidade da rotina remetem diretamente àquela sensação nostálgica que só Ghibli consegue oferecer.

Onde jogar: Nintendo Switch e PC (Steam).

7. Okami HD

Jogo Okami HD
Jogo Okami HD (Divulgação / Nintendo)

“Okami” é um clássico moderno com arte inspirada em pinturas japonesas tradicionais e uma protagonista divina em forma de loba. A ambientação mitológica e o uso da natureza como força vital são elementos que conversam muito com a obra “A Princesa Mononoke”. Uma verdadeira obra-prima entre os games studio ghibli jogar.

Onde jogar: Nintendo Switch, PlayStation, Xbox e PC (Steam).

8. Forgotton Anne

Jogo Forgotton Anne
Jogo Forgotton Anne (Imagem: Divulgação / MicrosoftStore/Xbox)

Neste jogo de plataforma cinematográfico, você vive em um mundo onde objetos esquecidos ganham vida. A estética de animação tradicional, a história sobre identidade e pertencimento, e o tom melancólico lembram “O Castelo Animado” e “O Reino dos Gatos”. Uma joia pouco conhecida, mas inesquecível.

Onde jogar: Nintendo Switch, PlayStation, Xbox e PC (Steam).

9. Attack of the Friday Monsters! A Tokyo Tale

Jogo Attack of the Friday Monsters! A Tokyo Tale
Jogo Attack of the Friday Monsters! A Tokyo Tale (Imagem: Divulgação / Nintendo)

Apesar de estar disponível apenas no 3DS, é um título que vale ser mencionado. Ele retrata um dia comum de verão de uma criança em uma cidade onde monstros de tokusatsu aparecem às sextas-feiras. Simples, nostálgico, quase sem conflito – só contemplação e descoberta. O tipo de jogo que captura a essência de filmes como “Meu Amigo Totoro”.

Onde jogar: Nintendo 3DS (via eShop).

10. Stardew Valley

Cena do jogo Stardew Valley
Stardew Valley via ConcernedApe/reprodução

Embora seja um simulador de fazenda, “Stardew Valley” carrega aquela sensação de paz, simplicidade e conexão com a natureza que permeia muitos filmes do Studio Ghibli. Os moradores da cidadezinha têm personalidades distintas e histórias emocionantes, e o ritmo tranquilo do jogo oferece um refúgio para quem ama o aconchego de mundos como os de “Ponyo” ou “O Castelo Animado”.

Onde jogar: Nintendo Switch, PlayStation, Xbox, PC (Steam) e mobile

Mesmo com estilos de gameplay diferentes, todos eles compartilham o que há de mais especial nas obras do estúdio japonês: o encantamento pelos pequenos detalhes, o respeito à natureza, e a beleza escondida na rotina. Se você é fã de Ghibli, vale a pena embarcar nessas jornadas – seja em uma vassoura mágica, um trem espiritual ou uma simples tarde chuvosa pixelada.

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Studio Ghibli: MIT faz importante alerta sobre as trends de IA

Você sabia que o seu desenho versão Simpsons ou versão Studio Ghibli pode custar caro ao meio ambiente? Quem fez esse alerta é o MIT, o Massachusetts Institute of Technology, uma das universidades mais respeitadas do mundo.

Há um debate antigo sobre o consumo excessivo de energia no treinamento e desenvolvimento de ferramentas de Inteligência Artificial. A popularização das novas trends de IA serviu para retomar a discussão, que tem agora novos e interessantes números que ilustram esse quadro.

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Em nota enviada à imprensa, o CEO da versão brasileira do MIT Technology Review, André Miceli, escreveu que as análises sobre as trends também deveriam ser feitas a partir da ótica da “responsabilidade energética”.

É isso que faremos agora.

Que fique claro, eu também usei o ChatGPT – e achei as imagens muito legais. Algo que parece totalmente inocente, no entanto, pode ter implicações ambientais bem sérias. É o que mostram esses números do MIT.

O ChatGPT derreteu e “fez derreter”

  • O Olhar Digital relatou em 27 de março e em primeiro de abril o “derretimento” do ChatGPT.
  • O termo foi utilizado pelo próprio CEO da OpenAI, Sam Altman.
  • O sucesso das trends de IA levou à adesão de milhões de novos usuários, o que sobrecarregou os servidores da companhia.
Já foram inúmeras trends de IA desde que a OpenAI tornou a ferramenta gratuita – Imagem: Arquivo pessoal/Olhar Digital via ChatGPT
  • Dados da empresa de pesquisa de mercado Similarweb mostram que, pela primeira vez na história, o ChatGPT ultrapassou a marca de 150 milhões de contas ativas.
  • E estimativas apontam que a ferramenta chegou a criar 40 milhões de imagens por dia.
  • São números bastante expressivos e bacanas, principalmente para quem defende o acesso universal às novas tecnologias.
  • O problema é que cada prompt de comando enviado a uma IA consome energia.
  • E, no caso, estamos falando de 40 milhões de prompts em um intervalo de um dia, aproximadamente.
  • Pelos cálculos do MIT, o ChatGPT consumiu, durante o momento de pico da trend, algo em torno de 40 Megawatts/hora.
  • Isso equivale ao consumo de 7 mil residências durante 24 horas.
  • Ou, como mostrou o MIT, equivale ao consumo diário de cidades inteiras do nosso país, como Abaeté (MG) ou Mostardas (RS).

Preocupação com o futuro

A questão energética é grave, pois muitos países ainda utilizam como fontes combustíveis fósseis e poluentes, como o carvão. Ou seja, o consumo excessivo de energia nas trends de IA pode significar mais dióxido de carbono na atmosfera.

Mais do que isso, os data centers também utilizam bastante água para operar. Como as máquinas geram muito calor, elas precisam de resfriamento – e é aí que entra o líquido.

De acordo com o MIT, para cada quilowatt-hora de energia que um data center consome, seriam necessários dois litros de água para o resfriamento. Faça as contas dos 40 Megawatts/hora: tem muita água nesse negócio.

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Os avanços da Inteligência Artificial são dignos de comemoração, mas não podemos deixar a questão energética de lado – Imagem: sommart sombutwanitkul/Shutterstock

Estamos falando aqui que o mundo deve usar menos a Inteligência Artificial? A resposta é: claro que não. O MIT, no entanto, levanta essa importante discussão, que deve ser levada em conta pelas big techs e pelos governos ao redor do mundo.

Uma parte deve trabalhar por uma melhor eficiência computacional. Já o outro lado precisa modernizar sua matriz energética, com foco nas fontes limpas e sustentáveis. Justamente o contrário do que vem fazendo o presidente dos EUA, Donald Trump.

Nesse aspecto, o Brasil, mesmo cheio de defeitos, mostra um bom caminho. Por aqui, usamos bastante a energia hidrelétrica, que é considerada limpa.

As informações são do UOL.

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ChatGPT te transforma em personagem da Turma da Mônica, mas…

Depois da febre do Studio Ghibli, as pessoas continuam usando o novo gerador de imagens da OpenAI para transformar suas próprias fotos em desenhos famosos.

Você provavelmente já deve ter visto nas redes sociais os bonecos de seus amigos ou familiares. Ou ainda eles em versão Simpsons – ou até mesmo uma versão Dragon Ball.

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A trend da vez aqui no Brasil coloca nas imagens traços da famosa Turma da Mônica. Isso mexeu com o imaginário de milhões de pessoas que cresceram lendo os gibis. Ou que assistiram aos filmes em live-action.

O problema é que o estúdio Maurício de Souza Produções não gostou nada disso. Em nota divulgada nesta terça-feira (8), a empresa condenou a prática e ressaltou que buscará medidas que assegurem os direitos autorais sobre a obra.

As trends de IA do ChatGPT divertem muita gente, mas também causam muita polêmica – Imagem: xlaura/Shutterstock/Reprodução

Os argumentos do estúdio

  • O centro da discussão está no direito autoral.
  • Existe uma lei aqui no Brasil (a 9.610, de 1998) que trata sobre o tema.
  • Ela garante que o criador de uma obra intelectual receba os benefícios patrimoniais pela exploração de suas criações.
  • Existem, aliás, leis como essa espalhadas pelo mundo todo.
  • Eu sei que essas trends do ChatGPT são muito legais (e inocentes), mas os estúdios têm certa razão em buscar os seus direitos.
  • E, que fique claro, eles devem acionar a OpenAI na Justiça – e não eu ou você que usamos a ferramenta.
  • A Maurício de Souza Produções fala justamente sobre esse ponto no texto dos últimos dias:

“A MSP Estúdios reforça que o uso de qualquer elemento relacionado aos personagens está protegido por leis de direito autoral e propriedade intelectual. Não autorizamos a criação de conteúdos que violem esses direitos, nem admitimos associações com discursos de ódio, desinformação ou práticas que contrariem os valores da empresa. Há mais de 60 anos, defendemos a ética e o compromisso com a cultura e agiremos sempre que esses princípios forem desrespeitados”, afirmou a empresa.

“Reconhecemos o valor da inteligência artificial como ferramenta de experimentação e inovação, mas reforçamos que ela deve atuar como apoio, e não substituição, à criação artística. Quando tenta reproduzir o traço da Turma da Mônica, a IA apenas ecoa, de forma limitada, uma linguagem visual única, construída ao longo de décadas pelos artistas da MSP Estúdios. Mais do que um estilo, esse traço carrega narrativas, emoções e a sensibilidade humana, algo que nenhum algoritmo consegue replicar por completo”, concluiu a nota.

Arte oficial de 'Turma da Mônica'. Imagem: Mauricio de Souza Produções
A Turma da Mônica é um símbolo nacional (eu, por exemplo, aprendi a gostar de ler por causa dessas histórias em quadrinhos) – Imagem: Reprodução/Maurício de Sousa Produções

Marca d’água pode funcionar?

Como informamos aqui no Olhar Digital, a OpenAI já se manifestou sobre o tema e afirmou que todas as imagens geradas pelo 4o Image Gen vêm com metadados que certificam sua origem artificial.

Diante das polêmicas, no entanto, a companhia indicou que pode dar um passo além, adicionando marcas d’água nas produções. Esses selos deixarão claro que os desenhos foram feitos pela máquina e não pelo estúdio original.

Mas será que isso é o bastante? Eu acredito que não. Essa mudança não resolve totalmente a principal queixa dos estúdios, que diz respeito aos direitos autorais. Nesse caso, talvez as empresas peçam alguma reparação em dinheiro.

Vale destacar que o ChatGPT só consegue criar imagens desse jeito, pois “absorveu” milhões de desenhos originais durante seu treinamento. Ou seja, ele não “cria” nada do zero, só “copia” algo que já existe.

Lembrando que o estúdio Maurício de Souza Produções não é o único a reclamar da trend. O próprio criador do Studio Ghibli também fez uma série de queixas sobre o assunto.

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O japonês Studio Ghibli se tornou famoso por causa de filmes como “Meu amigo Totoro” e “A Viagem de Chihiro” (e agora também por causa dessa trend do ChatGPT) – Imagem: Studio Ghibli, Toho/Divulgação

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O futuro dos animes com as IAs, segundo o filho do criador do Studio Ghibli

Em meio ao dilema ético envolvendo gerar imagens de IA do Studio Ghibli, o criador da produtora de filmes, Hayao Miyazaki, já demonstrou ter uma opinião bem forte sobre tal tecnologia. O posicionamento de seu filho, contudo, aparenta ser mais contido.

Goro Miyazaki, filho de Hayao Miyazaki, afirmou para a AFP que a IA poderia substituir os animadores em até dois anos, embora duvide que o público aceite uma animação totalmente gerada por IA. Apesar disso, ele reconhece o potencial da IA para revelar novos talentos.

A OpenAI, criadora do ChatGPT, recentemente lançou um gerador de imagens que pode imitar estilos de estúdios de animação amplos, mas não de artistas individuais vivos, devido a preocupações com violação de direitos autorais.

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Hayao Miyazaki, fundador do Studio Ghibli, é totalmente averso ao uso de IA generativa em trabalhos artísticos – Imagem: Denis Makarenko / Shutterstock

Era do digital estaria gerando crise no mercado de animadores

  • Goro também discutiu as dificuldades do setor de animação no Japão, incluindo a escassez de animadores qualificados e o desinteresse da geração mais jovem pelo trabalho manual, dado o acesso fácil a conteúdos digitais.
  • “Hoje em dia, o mundo está cheio de oportunidades para assistir a qualquer coisa, a qualquer hora, em qualquer lugar, dificultando imaginar ganhar a vida com o ato físico de desenhar”, disse ele.
  • Em meio a trend das imagens do Studio Ghibli, um vídeo de 2016 de seu pai ressurgiu, onde ele mostrava seu desdém pela tecnologia.

O filho de Miyazaki ainda refletiu sobre a profundidade emocional dos filmes de seu pai e de Isao Takahata, que, mesmo sendo considerados filmes infantis, abordam temas complexos como a perda e a morte, algo difícil de ser reproduzido por gerações mais jovens.

Goro, que também é diretor e supervisou o desenvolvimento do Museu e do Parque Ghibli, destacou o impacto emocional e criativo da animação manual e da abordagem filosófica de seu pai e Takahata, algo que, segundo ele, seria difícil de replicar pelas gerações mais jovens, que não viveram a mesma experiência histórica e cultural.

O prestigiado Studio Ghibli virou o alvo de uma trend que consiste em gerar imagens de IA copiando seu estilo de animação – Imagem: Studio Ghibli/Reprodução

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O que o Studio Ghibli pensa da trend de IA?

Se você entrou nas redes sociais nos últimos dias, provavelmente se deparou com fotos imitando a estética dos animes do Studio Ghibli. Como o Olhar Digital vem reportando, a trend começou devido ao lançamento do novo gerador de imagens da OpenAI, que permite esse tipo de criação de forma fácil e rápida (e, agora, ficou gratuito para todos os usuários).

Rapidamente, a ‘moda’ levantou polêmicas, como a geração de imagens de cunho político (por exemplo, pela Casa Branca). A principal foi o uso das obras estúdio japonês para o treinamento da IA, potencialmente ferindo direitos autorais – sem contar a desvalorização dos trabalhadores humanos.

Mas o que o Studio Ghibli pensa dessa trend?

Casa Branca se apropriou da trend para produzir imagens reforçando a ideologia do governo Trump (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

Studio Ghibli não se pronunciou – mas impede o uso das obras

O estúdio não se pronunciou sobre as imagens geradas por IA, tampouco disponibiliza e-mail de contato para imprensa.

No entanto, o site oficial do Studio Ghibli tem duas seções que podem indicar que não, a empresa não concorda nada com a trend. A primeira é a página de “Termos de Uso“, que traz um item específico sobre “Copyright”, o conjunto de leis que protege os direitos autorais.

Nele, o estúdio deixa claro que todas as obras, incluindo desde fotografias até documentos, estão protegidas por esses direitos. Veja o que diz:

NENHUMA parte de tais fotografias, imagens e documentos podem ser reproduzidos, transmitidos, difundidos, exibidos, explorados ou usados de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação, sistema de fio ou cabo, transmissão ou qualquer sistema de armazenamento e recuperação de informações, sem a permissão prévia por escrito da GHIBLI, exceto de acordo com as disposições da Lei de Direitos Autorais do Japão e quaisquer outras leis relevantes. A modificação dos materiais ou o uso de materiais para qualquer outra finalidade é uma violação dos direitos autorais da GHIBLI e outros direitos de propriedade.

Studio Ghibli

Ou seja, se a OpenAI (ou qualquer outra empresa ou pessoa) quisesse treinar seu gerador de imagens com obras do Studio Ghibli, precisaria de uma autorização por parte do estúdio.

O CEO da desenvolvedora, Sam Altman, já havia admitido anteriormente que as ferramentas podem ter sido treinadas com dados que ferem direitos autorais (um problema que não é exclusivo da OpenAI, mas da maioria das empresas de IA).

Na semana passada, quando a trend começou, a companhia rapidamente bloqueou a geração das imagens baseadas no estilo de animes da Ghibli: “Adicionamos um bloqueio que é acionado quando um usuário tenta gerar uma imagem no estilo de um artista vivo”, afirmou.

Não funcionou. Usuários conseguiram contornar o bloqueio e seguiram gerando as imagens inspiradas nos animes. O próprio Altman entrou na ‘brincadeira’ e mudou sua foto de perfil do X (antigo Twitter):

Até o CEO da OpenAI entrou na trend (Imagem: Reprodução de tela)

Tem mais. A página “Aviso de direitos autorais para o trabalho” estabelece que todas as obras utilizadas por terceiros devem ser creditadas devidamente. E os créditos estão especificados um a um no site. Veja:

A lista é longa (Imagem: Reprodução de tela)

Princípios do Studio Ghibli vão contra a IA

Apesar do estúdio não ter se pronunciado, a própria filosofia da empresa é contrária à inteligência artificial. Vamos explicar.

O Studio Ghibli nasceu em 1985, fundado pelos diretores Hayao Miyazaki e Isao Takahata. Eles se conheceram em 1974, durante a produção do anime Heide, do estúdio Toei. Naquela época, os animes eram curtos, produzidos com baixo orçamento e nem sempre tinham alta qualidade de animação. Eles se uniram com um propósito em comum: produzir animações em longa-metragem de alta qualidade, de acordo com sua vontade e prazos – e assim surgiu o Studio Ghibli.

Com o tempo, a empresa ganhou notoriedade, com sucessos como Meu Amigo Totoro e O Castelo No Céu. Rapidamente, foi na contramão de outras produtoras da época: um de seus grandes diferenciais foi a valorização do trabalho humano, de seus ilustradores e animadores.

Conforme crescia, a companhia deixou de ter equipes freelances para cada filme e contratou equipes fixas, que ganhavam salários dobrados a cada ano. Inclusive, até hoje no site do estúdio é possível encontrar chamamentos para a contratação de profissionais (humanos, não máquinas).

Miyazaki, que se tornou um dos maiores diretores de animação do mundo e encabeçou o Studio Ghibli por muitos anos, sempre destacou a importância da sensibilidade humana na criação das obras, que trazem como temas questões emocionais e psicológicas. Ele é forte defensor da arte feita à mão e critica o uso da tecnologia na criação de animações.

Segundo o Studio Ghibli Brasil, isso ficou claro no processo de produção do filme Princesa Mononoke: ele supervisionou pessoalmente cada uma das 144 mil células de desenho e redesenhou alguma parte de 80 mil delas.

Ou seja, a filosofia do Studio Ghibli está na criação artesanal.

Você pode conhecer mais sobre a história do estúdio japonês e seus principais destaques aqui.

A Viagem de Chihiro, de 2001, venceu o Oscar de Melhor Animação (Imagem: Studio Ghibli/Reprodução)

Leia mais:

O que Hayao Miyazaki pensaria da trend?

Miyazaki, que se tornou o principal nome por trás do estúdio, já anunciou a aposentadoria duas vezes (e voltou atrás duas vezes, o que lhe rendeu dois Oscar de Melhor Animação). Atualmente, com 84 anos de idade, o diretor não está à frente da empresa como antes.

Quando a trend surgiu, internautas rapidamente resgataram um vídeo de um documentário de 2016, em que o Miyazaki critica o uso de inteligência artificial. Para ele, uma animação feita por IA é “um insulto à vida em si”.

O filho dele, Goro Miyazaki, que também trabalhou em alguns filmes do estúdio, se pronunciou:

  • Para ele, um dia a tecnologia poderá substituir animadores humanos. Em entrevista na semana passada à AFP, afirmou que “não seria surpreendente se, em dois anos, houvesse um filme feito completamente por IA”;
  • Mas não quer dizer que ele concorda com isso. Miyazaki acredita que a tecnologia “não substituirá a genialidade do seu pai”;
  • O artista destacou que a IA pode ajudar a descobrir novos talentos, principalmente em um momento em que a carreira na área de desenho pode ficar difícil. Mesmo assim, os trabalhos humanos são insubstituíveis.

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Após trend, filmes do Studio Ghibli voltarão aos cinemas

Se você entrou nas redes sociais nos últimos dias, provavelmente se deparou com alguma imagem gerada por inteligência artificial imitando o estilo característico do Studio Ghibli. A trend fez sucesso e, agora, os fãs poderão rever os filmes do estúdio nos cinemas.

A distribuidora de obras asiáticas Sato Company anunciou na terça-feira (02) o Ghibli Fest, um festival com os principais sucessos da produtora japonesa. Entre os longa-metragens que serão exibidos, está o ganhador do Oscar A Viagem de Chihiro.

Imagens artificiais foram geradas usando nova ferramenta da OpenAI (Imagem: xlaura/Shutterstock/Reprodução)

Filmes do Studio Ghibli voltarão aos cinemas

A distribuidora Sato Company surfou na onda da trend para anunciar o festival:

Você viu as imagens estilo Ghibli rodando por aí, certo?

Elas são lindas, nostálgicas e encantam… Mas nada se compara à emoção de viver a magia do verdadeiro Studio Ghibli na telona.

A empresa também citou que os filmes no festival são originais, licenciados e 100% verdadeiros – dando aquela cutucada nas imagens geradas por IA A programação contará com clássicos do estúdio, como A Viagem de Chihiro, Meu Amigo Totoro, O Castelo AnimadoO Serviço de Entregas da Kiki e Ponyo – Uma Amizade que Veio do Mar.

Por enquanto, não há informações sobre quais cidades e cinemas terão exibições. Mais detalhes, incluindo datas, horários e ingressos, devem ser anunciados em breve.

Trend de inteligência artificial tomou conta das redes sociais

A trend começou na semana passada, quando a OpenAI lançou uma nova ferramenta geradora de imagens. O sucesso foi tão grande que “derreteu” os servidores da empresa e provocou instabilidades nos sistemas.

Aproveitando a popularidade, a desenvolvedora responsável pelo ChatGPT lançou o recurso de graça nesta semana. Segundo o CEO Sam Altman, o anúncio foi suficiente para atrair um milhão de usuários em apenas uma hora – e, no dia seguinte, travar a plataforma mais uma vez.

A ferramenta chamou atenção pela geração de imagens realistas, mas também pela habilidade em imitar fielmente o traço do Studio Ghibli, de animes.

Mas veio com polêmicas…

Montagem com ilustrações no estilo Studio Ghibli geradas pelo ChatGPT envolvendo Donald Trump e seu governo
Trend levantou polêmicas com imagens de cunho político (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

Leia mais:

As polêmicas da trend do Studio Ghibli

  • Uma das polêmicas foi o uso de imagens protegidas por direitos autorais para treinar a inteligência artificial. Além de desvalorizar o trabalho de ilustradores e animadores humanos, não há informações se o Studio Ghibli liberou o uso;
  • O segundo problema é que autoridades globais entraram na trend, politizando as imagens. Um exemplo foi a própria Casa Branca, que usou a ferramenta para gerar imagens reforçando a ideologia do governo Trump;
  • Além disso, o 4o Image Gen também estaria sendo usado para gerar imagens de notas fiscais realistas, facilitando a falsificação e fraudes.

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Criador do Studio Ghibli já criticou uso das IAs para gerar arte: “um insulto à vida”

Com o avanço da arte gerada por inteligência artificial, as redes sociais foram inundadas por imagens imitadas do estilo característico do Studio Ghibli, o que gerou discussões sobre o uso de IA na animação.

Hayao Miyazaki, diretor e criador do Studio Ghibli, é famoso por sua aversão à tecnologia na arte, sempre criticou a ideia de substituir a animação tradicional por ferramentas automatizadas.

Em 2016, ao ver uma animação de um monstro gerado por IA, ele expressou seu desagrado, chamando-a de “um insulto à própria vida”, enfatizando que a animação precisa transmitir emoção humana.

Leia mais:

Fundador do Studio Ghibli, produtor de filmes prestiagiados como “A Viagem de Chihiro”, fez críticas duras no passado com relação ao uso de IA para criar arte (Imagem: Studio Ghibli/Reprodução)

Trabalho da vida de Miyazaki vem sendo replicado pela IA

  • O mais novo recurso de criar imagens do ChatGPT levou a uma nova trend, que tem gerado imagens no estilo de Ghibli, provocando reações mistas.
  • Muitos animadores e artistas veem essas criações como uma ameaça ao trabalho artesanal, pois acreditam que a IA não consegue capturar a profundidade, a emoção e o significado cultural da animação tradicional.
  • Por outro lado, defensores da IA argumentam que essas ferramentas democratizam a arte e abrem novas possibilidades para criadores não convencionais.
  • Alguns até veem a arte gerada por IA como uma forma de homenagem ao trabalho de Miyazaki, em vez de uma mera imitação.

O debate sobre o uso de IA na arte continua a desafiar a interação entre criatividade humana e tecnologia, especialmente no campo da animação, onde o toque humano sempre foi valorizado.

Captura de tela de postagem no X com imagens geradas pelo ChatGPT no estilo Studio Ghibli de memes famosos
Trend de gerar imagens com IA ao estilo do Studio Ghibli dominou a internet nos últimos dias (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

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Como usar ChatGPT para criar imagem no estilo do Studio Ghibli

É inegável que os traços de Hayao Miyazaki, co-fundador do Studio Ghibli, conquistam pela delicadeza nos detalhes e pelas cores que encantam. E, nas últimas semanas, uma trend viralizou graças ao ChatGPT, que possibilitou que seus usuários pudessem transformar suas fotos em versões animadas ao nível das artes do Studio. Mas nem só de imagens fofas vive a trend, memes de sucesso também foram recriados no mesmo estilo por meio da IA.

(Imagem: Reprodução/Redes sociais)

A possibilidade aconteceu pela atualização da OpenAI para o modelo mais avançado até o momento, o GPT-4. A versão permite criar imagens mais realistas, com detalhes mais precisos.

Leia também:

Como usar prompt para gerar imagens por IA no estilo da animação do Studio Ghibli

Meme Nazaré Tedesco criada pelo Chatgpt
Meme Nazaré Tedesco criada pelo Chatgpt (Reprodução: X/Fabrício Carraro).

Existem duas maneiras de criar suas imagens na versão Studio Ghibli. A primeira delas você utiliza uma imagem como base, e aqui entra sua criatividade, podendo usar fotos suas ou memes como já se vê por aí. Ou então pedir para IA criar uma imagem com as descrições que você escolher.

Com imagens já existentes utilize o prompt de comando: “Recrie essa imagem com as características das animações do Studio Ghibli”

Sem imagem utilize o prompt de comando: “Crie uma imagem de (descreva como você deseja a imagem) com as características das animações do Studio Ghibli.

Tempo necessário: 4 minutos

  1. Entre no ChatGPT e clique no “+”

    Para utilizar a ferramenta, faça o login de sua conta na plataforma.tutorial

  2. Selecione a opção “Carregar do Computador”

    Escolha a foto que deseja transformar nos traços do Studio Ghibli.tutorial

  3. Insira o prompt de comando de imagens já existentes

    “Recrie essa imagem com as características das animações do Studio Ghibli”

  4. Sua imagem fica pronta em poucos minutos

    tutorial

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Trend do Studio Ghibli bomba e OpenAI libera gerador de imagens de graça

O CEO da OpenAI, Sam Altman, anunciou na noite de segunda-feira (31) no X (antigo Twitter) que a desenvolvedora liberou o gerador de imagens “4o Image Generator” de graça para todos os usuários. A liberação vem em meio à popularidade da trend do Studio Ghibli, que gera fotos com a estética de anime do estúdio japonês.

A ‘moda’ fez sucesso nas redes sociais, mas levantou polêmicas sobre o uso de imagens protegidas por direitos autorais. Isso não impediu que usuários entrassem na onda, fazendo com que o gerador ganhasse 1 milhão de acessos em apenas uma hora na tarde de segunda-feira.

OpenAI teve sucesso com o gerador 4o Image Gen (Imagem: jackpress / Shutterstock.com)

Gerador de imagens da OpenAI é liberado de graça

O 4o Image Gen é alimentado pelo GPT-4o, o mesmo do ChatGPT e outras ferramentas da OpenAI. O gerador estava disponível apenas para usuários pagantes do chatbot, mas foi disponibilizado gratuitamente para o público na noite de segunda-feira.

Na semana passada, Altman, responsável pelo anúncio da vez, já havia alertado que as máquinas da empresa estavam “derretendo” e que o gerador estaria limitado a três imagens por dia. Não está claro se esse limite se mantém agora.

A ferramenta foi lançada no início da semana passada e fez sucesso com a trend do Studio Ghibli, que transforma fotos em imagens com a estética de animes do estúdio. Apesar das polêmicas (relembraremos adiante), foram tantos acessos que o CEO revelou que as GPUs da OpenAI estavam derretendo. Ou seja, os servidores estavam sobrecarregados.

Na ocasião, Altman impôs o limite, pois a empresa trabalha para tornar o gerador mais eficiente. O Olhar Digital deu detalhes aqui.

Montagem com ilustrações no estilo Studio Ghibli geradas pelo ChatGPT envolvendo Donald Trump e seu governo
Até a Casa Branca entrou na trend – e gerou polêmicas (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

Trend do Studio Ghibli fez sucesso, mas com polêmicas

O sucesso da trend foi tão grande que o gerador de imagens da OpenAI recebeu um milhão de usuários em apenas uma hora na segunda-feira (pelo menos foi o que disse Altman no X). Ele não revelou o número total de acessos desde o lançamento.

No entanto, a trend do Studio Ghibli levantou polêmicas:

  • A primeira é devido ao uso de imagens protegidas por direitos autorais para treinar a inteligência artificial. Além de desvalorizar o trabalho de ilustradores e animadores humanos, não há informações se o Studio Ghibli liberou o uso (é provável que não – e explicaremos adiante);
  • O segundo problema é que autoridades globais entraram na trend, politizando as imagens. Um exemplo foi a própria Casa Branca, que usou a ferramenta para gerar imagens reforçando a ideologia do governo Trump. Segundo a publicação no perfil do X, uma delas mostrava uma “traficante de fentanil e imigrante legal” sendo algemada por um policial;
  • Já de acordo com o TechCrunch, o 4o Image Gen também estaria sendo usado para gerar imagens de notas fiscais realistas, facilitando a falsificação e fraudes. Em contato com a empresa, um porta-voz da OpenAI respondeu que as imagens têm metadados indicando que são artificiais e que está “tomando medidas” em relação às produções que violam diretrizes institucionais.
Studio Ghibli não se pronunciou (Imagem: Studio Ghibli/Reprodução)

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O que o Studio Ghibli pensa sobre o uso de suas imagens?

O estúdio japonês não se pronunciou.

No entanto, internautas rapidamente resgataram um trecho de um documentário de 2016 em que Hayao Miyazaki (um dos fundadores e principais diretores do Studio Ghibli) diz que uma animação feita por IA é “um insulto à vida em si”.

Ou seja, ele provavelmente não ficou nada feliz com a trend.

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Conheça a história do Studio Ghibli – que, sem querer, derreteu o ChatGPT

Nos últimos dias, uma trend tomou conta das redes sociais: imagens geradas pelo ChatGPT imitando a estética das animações do Studio Ghibli, de animes. A tendência gerou polêmicas, que vão desde os direitos autorais do traço por trás das imagens até a adesão por parte da Casa Branca. O Olhar Digital reportou o caso completo neste link.

Você já deve ter ouvido falar do Studio Ghibli. O estúdio japonês é responsável por filmes famosos, como A Viagem de Chihiro (2001) e o recente O Menino e a Garça (2023), ambos vencedores do Oscar de Melhor Animação.

Conheça a história da produtora (e o que o cofundador Hayao Miyazaki pensa da trend do ChatGPT).

Imagens de cunho político usando estética do Studio Ghibli geraram polêmicas (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

Studio Ghibli mudou a forma como animes eram feitos

Os diretores Hayao Miyazaki e Isao Takahata se conheceram em 1974, durante a produção do anime Heide, do estúdio Toei. Naquela época, os animes eram curtos, produzidos com baixo orçamento e nem sempre tinham alta qualidade de animação.

Durante os anos, a dupla se uniu com um desejo em comum: produzir animações em longa-metragem de alta qualidade, de acordo com sua vontade e prazos, sem imposições de outros estúdios.

Em 1984, eles deram o pontapé inicial nessa proposta com o filme Nausicaä do Vale do Vento, feito em parceria com o próprio estúdio Toei e com o produtor Tokuma Shokuten.

A obra foi um sucesso e, em 1985, Hayao Miyazaki e Isao Takahata se uniram a Toshio Suzuki e Yasuyoshi Tokuma para fundar o Studio Ghibli. O nome foi inspirado no motor italiano de aviões Caproni Ca. 309 Ghibli, já que o pai de Miyazaki trabalhava na construção de aeronaves.

No ano seguinte, eles lançaram seu primeiro filme sob o novo selo, O Castelo no Céu – que também foi um sucesso de crítica e bilheteria. Segundo o site da Academia Brasileira de Arte, foram mais de 775 mil espectadores só no cinema.

Totoro, do filme Meu Amigo Totoro, se tornou o logotipo da empresa (Crédito: Studio Ghibli, Toho/divulgação)

Metodologia de trabalho era diferenciada

Rapidamente, o Studio Ghibli foi na contramão de outros estúdios de animes da época. Um dos diferenciais é que, logo depois de O Castelo no Céu, Miyazaki e Takahata produziram duas animações separadamente, dando origem a duas das maiores obras do estúdio: Meu Amigo Totoro e O Túmulo dos Vagalumes, respectivamente.

A abordagem ousada deu vasão à criatividade e qualidade dos produtores, refletindo positivamente no desempenho comercial da empresa. Apenas um ano depois, o filme Serviço de Entregas Kiki levou 2,64 milhões de espectadores aos cinemas e se tornou a obra mais vista daquele ano.

Isso levou a uma nova metodologia de trabalho:

  • Até então, o Studio Ghibli tinha uma equipe temporária para cada produção, numa espécie de sistema freelance. Após o sucesso estrondoso, os animadores foram contratados (algo incomum naquele período) e recebiam salários que dobravam todos os anos. Inclusive, homens e mulheres ganhavam o mesmo;
  • O diretor-executivo do estúdio na época, Toru Hara, descreveu a metodologia de trabalho como “3As”: alto custo, alto risco e alto retorno;
  • Basicamente, a empresa trabalhava rapidamente com altos orçamentos (consequentemente, alto risco), mas tinha retorno;
  • Na prática, o Studio Ghibli sempre estava trabalhando. Quando um filme era lançado, outro já estava em produção.
Diretor japonês Hayao Miayzaki
Hayao Miyazaki, cofundador do estúdio, não se pronunciou sobre a trend… mas provavelmente desaprovaria (Foto: Denis Makarenko/Shutterstock)

Sucesso contínuo do Studio Ghibli – e caminhada até o Oscar

O crescimento da empresa levou Miyazaki a abrir uma nova sede, para comportar o tamanho da nova equipe. Apesar de discordâncias internas (que levaram Toru Hara a sair da parceria), isso levou à evolução no faturamento do estúdio, que agora também cuidava da própria distribuição e divulgação dos filmes. Ou seja, o Studio Ghibli trabalhava de ponta a ponta, desde a concepção e produção até a entrega ao espectador.

Esse faturamento se deu apenas com o desempenho dos filmes, sem vender produtos associados, como era comum na época.

O reconhecimento internacional veio em 1997, com Princesa Mononoke, que ganhou distribuição da Disney no Ocidente. Naquele período, a influência do estúdio japonês era tão grande que a produtora americana queria fazer cortes no filme para atrair o público infantil, mas Miyazaki vetou as mudanças… e a Disney aceitou.

Já em 2001, A Viagem de Chihiro, o grande clássico do Studio Ghibli, foi indicado ao Oscar, sendo a primeira animação japonesa a vencer o prêmio de Melhor Animação. Recentemente, O Menino e a Garça, que marcou o retorno da aposentadoria de Hayao Miyazaki, repetiu o feito.

O diretor, inclusive, anunciou a aposentadoria pela primeira vez em 1998, mas voltou a ativa com A Viagem de Chihiro. Depois, em 2013, mas também voltou. Atualmente, apenas ele e Suzuki trabalham ativamente no Studio Ghibli. Takahata faleceu em 2018.

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O que Miyazaki pensa sobre a IA?

A trend do Studio Ghbili viralizou, mas pode ter certeza que Hayao Miyazaki não ficou nada feliz com isso.

Ele não chegou a se pronunciar, mas, conforme as imagens viralizavam, internautas resgataram um trecho de um documentário de 2016, em que ele diz que uma animação feita por IA é “um insulto à vida em si”.

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