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Por que o calor danifica aparelhos eletrônicos?

Em dias de calor intenso, não é só o corpo humano que sente os efeitos das altas temperaturas. Aparelhos eletrônicos, dos mais simples aos mais sofisticados, também estão sujeitos a danos causados pelo excesso de calor.

Desde o superaquecimento de notebooks e smartphones até falhas irreversíveis em placas-mãe, o impacto térmico nos dispositivos pode comprometer o desempenho, reduzir a vida útil e até causar perda total do equipamento.

A maioria dos consumidores não percebe, mas o calor danifica eletrônicos de formas silenciosas e cumulativas, afetando componentes internos de maneira gradual.

No Brasil, onde temperaturas elevadas são comuns em boa parte do ano, entender esse fenômeno é fundamental.

Aqui, explicamos por que o calor danifica eletrônicos, quais são os sinais de alerta, os componentes mais afetados e as práticas recomendadas para evitar prejuízos. Também abordamos o papel da ventilação, da refrigeração e da escolha de ambientes adequados para o uso seguro de dispositivos eletrônicos.

Como o calor afeta os componentes eletrônicos internos

Aparelhos eletrônicos operam dentro de uma faixa de temperatura ideal. Quando essa faixa é ultrapassada, o desempenho dos componentes começa a cair.

Placa mãe/ Crédito: Gorodenkoff (shutterstock/reprodução)

O calor danifica eletrônicos principalmente por afetar diretamente os circuitos integrados e os semicondutores.

Esses elementos são extremamente sensíveis a variações térmicas. Ao atingir temperaturas elevadas, ocorre dilatação de materiais, aumento de resistência elétrica e até a queima de transistores, o que compromete a funcionalidade do equipamento.

O processador (CPU), a unidade gráfica (GPU) e a memória RAM estão entre os componentes mais vulneráveis.

Em notebooks e desktops, o acúmulo de calor pode provocar a diminuição automática da frequência de operação da CPU (thermal throttling), causando lentidão. Em smartphones, o calor excessivo afeta a bateria, reduzindo sua capacidade de carga e acelerando o envelhecimento químico.

Efeitos cumulativos e danos a longo prazo

Mesmo quando não há sinais imediatos, o calor danifica eletrônicos de forma cumulativa.

Bateria de telefone móvel explode e queima devido ao superaquecimento. / Crédito: wk1003mike (Shutterstock/reprodução)

Com o tempo, ciclos constantes de aquecimento e resfriamento causam fadiga térmica nas soldas e conexões internas, especialmente nas placas de circuito impresso. Isso pode levar a falhas intermitentes difíceis de diagnosticar.

Outro ponto crítico é o desgaste dos capacitores. Esses componentes regulam a energia dentro do aparelho e são muito sensíveis ao calor. Com o tempo, o superaquecimento reduz sua capacidade de armazenamento, o que pode causar quedas súbitas de energia ou reinicializações aleatórias.

Além disso, o calor acelera a evaporação dos líquidos internos de baterias de íons de lítio, provocando inchaço, vazamento e risco de explosão. Por isso, o uso contínuo de smartphones sob o sol ou em ambientes abafados é altamente prejudicial.

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Ambientes mal ventilados e riscos invisíveis

Muitas pessoas subestimam o impacto do ambiente na durabilidade de um eletrônico. Utilizar um notebook sobre uma cama ou um sofá bloqueia as saídas de ar, impedindo a dissipação térmica.

O calor acumulado dentro do aparelho aumenta a temperatura dos componentes internos e, em casos extremos, pode desativar permanentemente chips e sensores.

O mesmo vale para roteadores, modens e consoles de videogame. Deixar esses equipamentos em estantes fechadas ou encostados em paredes pode criar uma “zona de calor” em torno do aparelho. O ar quente fica retido, elevando ainda mais a temperatura operacional.

É importante lembrar que, mesmo desligado, um eletrônico pode ser danificado se armazenado em locais muito quentes, como carros estacionados ao sol. O calor danifica eletrônicos mesmo fora do uso, afetando especialmente baterias e telas sensíveis.

Como identificar sinais de superaquecimento

Os sintomas de superaquecimento variam conforme o tipo de dispositivo. Em computadores, é comum perceber lentidão súbita, desligamentos inesperados e aumento do ruído das ventoinhas. Em smartphones, os sinais incluem aquecimento ao toque, perda de desempenho durante o uso prolongado e consumo anormal da bateria.

Ilustração de um celular queimando e prestes a explodir
Já houve outros casos recentes no País (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Consoles de videogame, quando aquecem além do normal, podem apresentar travamentos, falhas de renderização gráfica e, em casos mais graves, desligamento automático por segurança térmica.

Em qualquer um desses cenários, é fundamental interromper o uso e permitir que o aparelho esfrie. Persistir no uso com temperatura elevada só agrava os danos internos. O calor danifica eletrônicos mesmo em exposições curtas se o aparelho já estiver operando perto do limite térmico.

Técnicas e ferramentas para combater o calor e preservar os eletrônicos

A boa notícia é que há diversas formas de mitigar os riscos causados pelo calor. Começando pelo básico: mantenha os dispositivos em locais arejados, longe da luz solar direta e com ventilação adequada. Use suportes com ventoinhas para notebooks e base de resfriamento para consoles.

Imagem: Corujão Dicas/Reprodução

Em desktops, é possível instalar coolers adicionais, aplicar pasta térmica de qualidade no processador e adotar um fluxo de ar inteligente dentro do gabinete.

Já em smartphones, recomenda-se evitar o uso enquanto carrega, não usar capinhas espessas em dias muito quentes e ativar o modo de economia de energia quando possível.

No caso de ambientes com temperatura constantemente elevada, considerar o uso de ar-condicionado ou climatizadores pode fazer diferença na vida útil dos eletrônicos. Também é possível monitorar a temperatura interna com softwares como HWMonitor (PC) ou apps específicos para Android e iOS.

Calor e obsolescência acelerada dos eletrônicos

O calor não apenas reduz a vida útil dos eletrônicos, como também acelera o processo de obsolescência.

Exemplo de tela de superaquecimento em modelo antigo de iPhone (Imagem: SvedOliver/Shutterstock)

Um equipamento que deveria durar cinco anos pode começar a apresentar falhas com dois ou três, forçando o consumidor a substituir antes do previsto. Isso tem impacto direto no orçamento e no meio ambiente, já que aumenta o volume de lixo eletrônico.

Além disso, fabricantes cada vez mais priorizam designs compactos e ultrafinos, com menor capacidade de dissipação térmica. Ou seja, os aparelhos modernos são mais potentes, mas também mais vulneráveis ao calor. Esse é um fator que torna o cuidado com o ambiente ainda mais crítico.

O ideal seria que a maioria dos usuários adotasse uma rotina preventiva. Afinal, o calor danifica eletrônicos com mais frequência do que quedas ou curtos-circuitos. A negligência térmica é um dos grandes vilões silenciosos da tecnologia doméstica.

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4 coisas que diminuem o FPS do PC e prejudicam sua jogatina

FPS, ou “Frames por Segundo”, está entre os termos mais falados no universo dos games. Isso porque, quanto maior ele for, mais fluida e suave será a sua experiência enquanto joga. 

No entanto, muitas pessoas acreditam que para ter uma taxa alta de FPS basta contar com uma placa de vídeo e um processador excelente. Porém, isso não é suficiente, pois outros componentes do seu sistema podem prejudicar sua jogatina. Continue a leitura e saiba mais sobre o tema. 

4 coisas que afetam o FPS do computador e travam seu jogo

Para ajudá-lo a ter uma experiência visual muito mais suave e fluida durante a sua jogatina, separamos 4 coisas que afetam o FPS do computador e podem contribuir para travar o jogo. Veja abaixo!

4 – Altas temperaturas

Se a GPU e CPU do seu PC estiverem apresentando altas temperaturas durante a sua jogatina, o desempenho provavelmente será reduzido.

Ilustração de PC em alta temperatura – Imagem: Elena Abrazhevich/Shutterstock

Os componentes mais modernos reduzem suas velocidades de clock, ou seja, a frequência que o processador faz suas operações básicas, quando chegam a um limite de temperatura (normalmente acima de 80ºC). Dessa maneira, evitam o superaquecimento, mas reduzem o FPS do jogo.

Por isso, é essencial ter um fluxo de ar e resfriamento no gabinete. A dica é utilizar um cooler de ar robusto conforme a sua CPU. Ademais, uma pasta térmica de reposição com alta condutividade térmica (> 10 W/mk) pode ser uma excelente solução. 

3 – Performance da unidade de armazenamento

Se você gosta de jogar games mais atuais com amplos mundos abertos, não aposte em um disco rígido mecânico em seu PC, pois isso vai fazer o seu jogo travar com grande frequência, carregar as texturas de forma lenta e ainda reduzir o FPS. 

imagem mostra uma mesa que resguarda um pc gamer
Ter um PC gamer é uma ótima maneira de melhorar a reprodução de jogos mais pesados (Reprodução: Ella Don/Unsplash)

Por isso, aposte em um SSD NVMe moderno que ele com certeza vai entregar um desempenho maior ao seu jogo, carregando texturas e outros ativos do jogo de maneira fluida. 

Se o seu orçamento estiver limitado, uma dica é apostar em um SSD PCIe 3.0, que é relativamente mais barato do que um mais potente, como o SSD PCIe 5.0.

Leia mais: 

2 – Aplicativos funcionando em segundo plano

Outras coisas que podem diminuir o FPS do PC são os aplicativos que funcionam em segundo plano, pois eles consomem de maneira silenciosa os recursos do seu PC, como a RAM e a CPU, o que pode reduzir o potencial máximo dos jogos. 

Para buscar solucionar esse problema, abra o gerenciador de tarefas no seu computador Windows pressionando as teclas Ctrl + Shift + Esc e acesse Processos. Então, feche os aplicativos e serviços que você não quer utilizar. Caso o seu PC tenha o Windows 11, é possível habilitar o Modo Jogo, que vai priorizar o game no computador em vez de aplicativos em segundo plano.

1 – Velocidade da RAM

Para otimizar a velocidade da RAM, é importante habilitar o Intel XMP ou AMD Expo, pois isso vai permitir que você jogue com taxas de quadros mais altas sem sofrer com travamentos, já que a CPU pode recuperar rapidamente os ativos do jogo da RAM. 

Usuário jogando no PC (Imagem: DC Studio no Freepik)

Além disso, caso você tenha instalado a sua RAM em uma configuração de canal único, colocar mais um stick idêntico para uma configuração de memória de canal duplo aumentará significativamente o FPS, já que a CPU poderá alimentar dados de forma eficiente para a GPU.

O que é o FPS?

FPS é uma medida que mostra a quantidade de quadros (imagens) individuais que são mostradas em um segundo no jogo ou animação. A velocidade na qual essas imagens são reproduzidas gera a ilusão de movimento contínuo para o jogador, proporcionando uma experiência visual mais fluida e suave a ele. 

Por que o FPS é importante para os games?

Essa métrica é fundamental para a fluidez e qualidade visual do jogo. Um game com uma taxa alta de FPS possui movimentos dos personagens e conta com uma exibição mais suave e natural, proporcionando uma jogabilidade mais responsiva, imersiva e precisa.

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