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Tarifaço de Trump derruba previsão de vendas de iPhones para 2025

O braço de ferro entre a Apple e o governo dos Estados Unidos parece estar longe de terminar. Enquanto Donald Trump aumenta a pressão para que a empresa passe a fabricar os iPhones no país, a big tech mantém a ideia de transferir a produção da China para a Índia, o que desagrada a Casa Branca.

Este cenário, é claro, gera uma onda de incertezas. A prova disso é a revisão para baixo da previsão de vendas de smartphones para 2025 em todo o mundo. E outras gigantes do setor, como a Samsung, também estão sendo afetadas.

Apple não está disposta a transferir produção para os EUA (Imagem: pio3/Shutterstock)

Pressão sobre a Apple está aumentando

  • A Apple foi uma das empresas afetadas pelo tarifaço de Trump.
  • Isso porque boa parte da cadeia de produção está na China.
  • Com as tarifas, o republicano esperava que as empresas decidissem transferir a produção de volta aos EUA, impulsionando a companhia doméstica.
  • A fabricante do iPhone, entretanto, decidiu fazer diferente.
  • A big tech optou por priorizar a produção em território indiano, país que também foi tarifado pela Casa Branca, mas em um grau menor do que a China.
  • No entanto, nos últimos dias, Trump revelou que se encontrou com Tim Cook, CEO da empresa, e pediu que ele parasse a fabricação por lá, priorizando os Estados Unidos. 
  • Sem um sinal positivo da gigante da tecnologia, o republicano ameaçou aplicar uma nova taxa de 25% sobre a Apple.
  • Mesmo assim, a empresa parece não estar disposta a levar a fabricação dos produtos para os EUA.

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Mercado global de smartphones será impactado

O cenário gera um grande pessimismo no setor. Um fato que é corroborado pelo mais recente relatório divulgado pela Counterpoint Research, empresa de pesquisa de mercado que revisou para baixo as previsões de vendas de smartphones para este ano. As informações são da CNBC.

Segundo o levantamento, as comercializações dos aparelhos terão um crescimento global de 19% em 2025. A previsão anterior era de um aumento de 4,2%. A revisão para baixo cita com principal motivos as “incertezas em torno das tarifas dos EUA”.

Fachada de loja da Samsung
Resultado da Samsung também deve ser impactado pelo tarifaço (Imagem: Robert Way/iStock)

O relatório ainda aponta que as remessas da Apple devem crescer 2,5% em relação ao ano passado. Apesar de ser um número positivo, ele é menor do que a previsão anterior de 4% de aumento nas vendas de iPhones. Já a Samsung deve registrar um cenário ainda pior. Anteriormente, a projeção indicava um crescimento de 1,7% nas vendas de dispositivos. Agora, a previsão é que a empresa não as vendas se mantenham estáveis em 2025.

Todos os olhos estão voltados para a Apple e a Samsung por causa de sua exposição ao mercado dos EUA. Embora as tarifas tenham desempenhado um papel em nossas revisões de previsão, também estamos levando em consideração a demanda enfraquecida não apenas na América do Norte, mas em toda a Europa e partes da Ásia.

Liz Lee, diretora associada da Counterpoint Research

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Chinesa Huawei pode se aproveitar do cenário global (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Quem deve sair no lucro é a Huawei. Segundo o levantamento, a gigante chinesa deve registrar um aumento nas vendas de smartphones neste ano de 11% em relação ao ano passado. A explicação para isso é um aumento consistente nas comercializações no mercado doméstico, uma vez que as marcas estrangeiras ficarão mais caras ou totalmente inacessíveis para a população da China.

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Guerra comercial derruba número de usuários da Temu nos EUA

A guerra tarifária dos Estados Unidos com o resto do mundo impactou fortemente as movimentações da varejista chinesa Temu em maio. O número de usuários estadunidenses diários na plataforma caiu 58%, segundo a empresa de inteligência de mercado Sensor Tower. A informação foi divulgada pela Reuters.

A empresa teve de mudar a estratégia de atendimento depois que a Casa Branca encerrou a possibilidade de envio de pacotes de baixo valor sem a cobrança de tarifas. Foi essa prática que garantiu os preços baixos da plataforma por anos no país.

“Embora o ambiente tarifário seja incerto, se o status quo permanecer por um longo período, acreditamos que a ameaça competitiva da Temu continuará a enfraquecer“, disse Simeon Gutman, analista de ações do Morgan Stanley, à Reuters.

Mudança da Casa Branca para envio de pacotes de baixo valor afetou compras na Temu (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

Promessas…

  • A Temu é controlada pela empresa chinesa de comércio eletrônico PDD Holdings, responsável também pela plataforma doméstica Pinduoduo;
  • As ações do grupo listadas nos EUA caíram 7% após a divulgação dos resultados de vendas no primeiro trimestre do ano;
  • O lucro líquido da PDD caiu 47%, para 14,74 bilhões de yuans (R$ 11,57 bilhões, na conversão direta) no trimestre, ante 28 bilhões de yuans (R$ 21,98 bilhões) no ano anterior, como informou a Reuters na semana passada;
  • Em teleconferência, os executivos disseram que as tarifas criaram pressão significativa para seus comerciantes, mas prometeram manter os preços estáveis e buscar novos modelos de atendimento.
Comerciantes da Temu estão sendo pressionados por novos encargos (Imagem: Robert Way/iStock)

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Pressão global na Temu

Até então, os comerciantes da Temu eram responsáveis por encomendar e fornecer seus produtos, enquanto a empresa sediada na China gerenciava a maior parte da logística, preços e marketing.

Agora, os vendedores terão de arcar com “tarifas, encargos alfandegários e burocracia” para enviar pedidos individuais da China para armazéns estadunidenses parceiros da Temu, segundo analistas do HSBC.

Plataforma ainda cresce em mercados fora dos EUA, segundo analistas (Imagem: ArLawKa AungTun/iStock)

Em mercados fora dos EUA, a Temu registrou aumento de usuários ativos, que representam 90% dos seus 405 milhões de clientes mensais globais no segundo trimestre. O aumento cresceu mais rapidamente em mercados menos ricos, segundo os analistas.

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Big techs crescem mesmo com tensões globais, mas sentem impacto de tarifas

As gigantes da tecnologia — Apple, Microsoft, Google, Meta e Amazon — faturaram juntas cerca de US$ 450 bilhões no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 10% em relação ao ano anterior, como mostra o Wall Street Journal.

Todas superaram as expectativas de Wall Street. Mas esse desempenho sólido veio antes do agravamento da guerra comercial, que agora ameaça impactar os próximos resultados.

Apple e Amazon, mais expostas às tarifas, divulgaram projeções modestas para o segundo trimestre, o que derrubou suas ações após o fechamento do mercado. Em contraste, Microsoft, Meta e Google (Alphabet) registraram ganhos expressivos e perspectivas mais positivas.

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Gigantes da tecnologia seguem fortes, mas alerta está ligado (Imagem: gguy / Shutterstock)

Planos para driblar as tarifas já estão em curso

  • Para lidar com o novo cenário, Apple está acelerando a produção fora da China, transferindo parte para Índia e Vietnã — uma medida que deve elevar os custos em cerca de US$ 900 milhões, mas com impacto mínimo nas margens.
  • Já a Amazon antecipou compras e importações para driblar tarifas e afirmou que ainda não detectou queda na demanda.
  • Enquanto isso, Meta e Google, mais dependentes de publicidade, mantêm estabilidade nas receitas.
  • A Meta está confiante a ponto de elevar seus investimentos em inteligência artificial para até US$ 72 bilhões em 2024 — quase 40% da receita anual estimada.

Microsoft é quem menos sofreu impactos

A Microsoft, com sua forte atuação no setor corporativo, está na posição mais robusta. Suas ações subiram quase 8% após os resultados, retomando a liderança no valor de mercado, acima dos US$ 3 trilhões.

Ainda assim, nem ela escapa da nova realidade: a empresa anunciou aumento de preços no Xbox e acessórios. A Apple também dá sinais de que poderá ajustar seus preços no futuro, embora ainda sem confirmação oficial.

Mesmo com margens pressionadas e tarifas no horizonte, as Big Techs mostram que sua escala, diversidade e centralidade na vida moderna as tornam resistentes às turbulências globais. A necessidade, ao que parece, continua sendo a mãe da resiliência tecnológica.

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Impacto das tarifas comerciais já obrigam big techs a ajustar estratégias para o próximo trimestre – Imagem: Ascannio/Shutterstock

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Casa Branca reclama e Amazon desiste de expor valor de tarifas de Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou, nesta terça-feira (29), com o fundador da Amazon, Jeff Bezos, após a imprensa estadunidense repercutir a ideia da varejista de expor valores de tarifas de importação no preço final de produtos vendidos pela empresa.

Trump disse que Bezos foi “gentil” durante a conversa e que lhe garantiu que não haverá mudanças no site. “Ele fez a coisa certa. Ele é um cara legal”, disse o presidente estadunidense a repórteres na Casa Branca.

Segundo a NBC News, a ideia era listar as tarifas no Amazon Haul, plataforma de descontos criada para competir com gigantes chinesas de baixo custo, como Temu e Shein. “Isso nunca foi aprovado e não vai acontecer”, disse um porta-voz da gigante do varejo à reportagem.

Bezos teria garantindo a Trump que Amazon não fará mudança no site (Imagem: lev radin/Shutterstock)

Casa Branca reagiu ao rumor referente à Amazon às pressas

Pela manhã, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi questionada sobre a primeira reportagem a citar a alteração (divulgada pelo portal Punchbowl News), de acordo com a CNN.

Acabei de falar ao telefone com o presidente sobre o anúncio da Amazon. Este é um ato hostil e político da Amazon”, disse Leavitt na sala de imprensa da Casa Branca, ao lado do Secretário do Tesouro, Scott Bessent.

Já o secretário de Comércio, Howard Lutnick, disse que a empresa se esforça para “fazer parecer” que as tarifas tiveram algum impacto nos preços aos consumidores.

É um absurdo“, disse ele em entrevista à CNBC. “Uma tarifa de 10% não vai mudar praticamente nenhum preço“, acrescentou, referindo-se à tarifa básica quase universal para todos os países. “O único preço que mudaria seria um produto que não fabricamos aqui, como uma manga.”

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Secretário de Trump afirmou que tarifas não mudarão preços (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

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País dividido

O governo Trump impôs tarifas de 145% sobre as importações da China e um imposto mínimo de 10% sobre todos os outros países. Nesta terça-feira (29), o republicano assinou decreto que evita a sobreposição de tributos em peças usadas na produção de veículos.

No Senado dos EUA, o líder da minoria, Chuck Schumer, encorajou as empresas a expor o impacto da política tarifária do presidente. “Mostrem aos seus clientes o quanto as tarifas estão pesando em seus bolsos. As pessoas merecem saber o impacto que as tarifas têm em suas finanças”, disse, no plenário.

Vale lembrar que a Amazon foi uma das grandes empresas a doar US$ 1 milhão (R$ 5,62 milhões, na conversão direta) ao fundo inaugural de Donald Trump. A empresa de Bezos também está produzindo um documentário focado na primeira-dama, Melania Trump.

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Tarifaço de Trump: Amazon já está com preços mais altos

Há uma década, Aaron Cordovez vende eletrodomésticos de cozinha na Amazon por meio da loja Zulay Kitchen. Hoje, ele enfrenta dificuldades devido à alta dependência da produção chinesa, como mostra a CNBC.

Com as novas tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump sobre produtos da China, a empresa tenta transferir a produção para países como Índia e México — um processo que deve levar um ou dois anos.

Enquanto isso, a Zulay está elevando os preços de itens como vaporizadores de leite e coadores de cozinha, que subiram de US$ 9,99 para US$ 12,99. A empresa também reduziu custos, demitindo 19% da equipe e cortando 85% dos gastos com anúncios online.

Fabricação de produtos na China eleva preços

  • Esse cenário reflete uma tendência entre os vendedores da Amazon, muitos dos quais dependem da China para fabricar seus produtos.
  • A plataforma, onde o marketplace terceirizado representa cerca de 60% das vendas, está sendo diretamente impactada pela guerra comercial.
  • Segundo a empresa de software SmartScout, desde o anúncio das novas tarifas em abril, 930 produtos na Amazon tiveram aumento médio de preço de 29%.
  • Diversas categorias foram afetadas, como roupas, eletrônicos, joias, utensílios domésticos e brinquedos.
  • Grandes marcas, como a chinesa Anker, elevaram os preços de cerca de 20% de seus produtos — por exemplo, um carregador portátil subiu de US$ 110 para US$ 135.
  • Vendedoras menores, como Ursteel e Chouyatou, também fizeram reajustes.
Preços na Amazon estão subindo, e as tarifas de Trump são as responsáveis (Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)

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Vendedores já buscam alternativas

Além do impacto nos preços, as empresas buscam alternativas para reduzir prejuízos. A Desert Cactus, sediada em Illinois, tenta realocar parte de sua produção da China para México, Índia e Vietnã.

O custo de importação de uma moldura para placa de carro, por exemplo, saltou de 4% para 170% desde 2016. Já a Pure Daily Care, do setor de beleza, viu o custo de produção de um item subir de US$ 10 para US$ 25, forçando aumentos graduais nos preços para evitar prejuízos com os algoritmos da Amazon.

O CEO da Amazon, Andy Jassy, declarou que a empresa fará o possível para manter preços baixos, mas admite que vendedores terão que repassar parte dos custos aos consumidores.

Diante da incerteza, muitos lojistas esperam que as tensões comerciais entre EUA e China se resolvam antes que estoques e margens se esgotem.

Vendedores nos EUA já procuram novos fornecedores em países como Vietnã, México e Índia – Imagem: bluestork/Shutterstock

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Tarifaço de Trump pode ser bom para o grande rival do iPhone

A principal diferença entre um iPhone e um Samsung Galaxy pode estar no local de fabricação: enquanto a Apple ainda produz cerca de 90% dos seus iPhones na China, a Samsung diversificou sua produção para países como Vietnã, Índia e Coreia do Sul, como explica a CNN.

Esse fator ganhou destaque em meio à escalada da guerra comercial entre EUA e China, com tarifas que podem ultrapassar 145% sobre produtos chineses.

Embora smartphones estejam temporariamente isentos de algumas tarifas, o governo americano promete novas medidas, incluindo tarifas sobre semicondutores.

Isso coloca a Apple em posição mais vulnerável do que a Samsung, que desde 2019 não fabrica mais celulares na China.

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Com a China na mira dos EUA, a produção descentralizada da Samsung pode ser um trunfo inesperado (Imagem: N.Z.Photography / Shutterstock.com)

Vantagem da Samsung pode não aparecer tão rápido

  • Analistas alertam, no entanto, que a Samsung não ganhará vantagem automática com essa situação, pois a fidelidade à Apple ainda é forte.
  • Também há a possibilidade da empresa também pode redirecionar parte da produção do iPhone para a Índia.
  • Apesar disso, a Samsung se beneficia por ser verticalmente integrada — produzindo seus próprios componentes — e por atuar em vários segmentos do mercado, desde aparelhos premium até modelos acessíveis, como a linha Galaxy A.

Futuro representa riscos para as duas concorrentes

Ambas as marcas estão expostas aos riscos econômicos das tarifas, que podem afetar a demanda por smartphones, especialmente em mercados maduros como os EUA, onde consumidores tendem a manter os aparelhos por mais tempo.

Se os preços subirem, itens essenciais podem ser priorizados em detrimento de novos celulares, afetando toda a indústria.

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Tarifas dos EUA sobre produtos chineses podem elevar preços e reconfigurar o mercado global de smartphones – Imagem: Hadrian / Shutterstock

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Mesmo com recuo de Trump, big techs ainda têm dor de cabeça

Os últimos dias foram bastante tensos para a economia global. As tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos contra todos os países do mundo fizeram o mercado financeiro colapsar. Donald Trump acabou recuando e interrompeu as cobranças por 90 dias (exceto para a China).

As ações das big techs chegaram a subir após a mudança de postura da Casa Branca. No entanto, as incertezas sobre o futuro acabaram gerando novas quedas e as principais empresas de tecnologia ampliaram suas perdas na Bolsa de Valores.

Guerra comercial e possível recessão preocupam investidores

Desde o anúncio das tarifas, as ações da Apple, Amazon, Meta e Tesla, por exemplo, tiveram uma desvalorização de mais de 10%. A Nasdaq, que concentra ações de empresas do setor, registrou uma queda de mais de 7% nas últimas duas semanas.

Tarifas de Donald Trump provocaram choques econômicos globais (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

O problema é que todas estas companhias têm uma ligação forte com a China e outros países asiáticos. O tarifaço de Trump deixará a produção nestes locais mais cara, o que pode impactar os preços, e, em último caso, causar uma recessão global.

Lembrando que, apesar da pausa nas tarifas, todos os países terão que pagar uma taxa mínima, de 10%, para importações dos EUA. Já a China teve sua cobrança mantida (na verdade aumentada) para mais de 100%, criando uma guerra comercial entre as duas principais potências econômicas do planeta.

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Empresas de tecnologia continuam contabilizando prejuízos (Imagem: gguy/Shutterstock)

Resultados das big techs:

  • Teslaas ações da empresa tiveram desvalorização de 14,57% desde o anúncio das tarifas.
  • Meta: queda de 13,98% nos últimos dias.
  • Apple: papéis da companhia registraram prejuízo de 13,23%.
  • Amazonqueda de 11,06% nas ações da empresa.
  • Nvidia: desvalorização de 6,87%.
  • Microsoftpapéis tiveram queda de 2,76%.
  • Alphabetas ações da empresa tiveram desvalorização de 2,36% desde o anúncio das tarifas.

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Apple está montando iPhone 16e no Brasil

Uma das empresas mais afetadas pelas tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi a Apple. A gigante perdeu bilhões de dólares nos últimos dias, com investidores preocupados com o futuro do iPhone.

O problema é que a companhia tem uma alta dependência da China, que enfrenta taxas de mais de 100% sobre seus produtos.

Por conta disso, a big tech começou a diversificar a sua produção e até mesmo o Brasil está ganhando espaço neste cenário.

Apple está de olho no Brasil

  • Uma das medidas da Apple para evitar o tarifaço de Trump é expandir sua linha de produção em território brasileiro.
  • Conforme relatado pela MacMagazine, a empresa já está montando o novo iPhone 16e no país.
  • É importante salientar que os aparelhos da companhia sempre produzidos por aqui.
  • No entanto, ela normalmente esperava meses antes de começar a fabricar novas versões de seus produtos no Brasil, dando preferência para países como a China e a Índia, onde a capacidade produtiva é maior.
  • O problema é que estas duas nações foram mais impactadas pelas tarifas, o que encareceria os custos de produção de novos iPhones.
Apple busca minimizar os impactos das tarifas de Trump (Imagem: 360b/Shutterstock)

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Produção nacional do aparelho

Os clientes que comprarem o iPhone 16e no Brasil irão perceber a etiqueta “Montado no Brasil – Indústria Brasileira” na caixa. Isso também pode ser confirmado em uma rápida consulta na loja online brasileira da Apple.

A URL de compra do modelo revela um número que termina com “BR/A”, que é atribuído a produtos montados no Brasil. Os iPhones importados de outros países, por sua vez, costumam ser rotulados como “BE/A”.

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Produção do iPhone 16e no Brasil foi antecipada (Imagem: divulgação/Apple)

Documentos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também confirmam que o iPhone 16e está sendo montado por aqui. Apesar da produção nacional, o preço do aparelho no mercado brasileiro continua bastante salgado: cerca de R$ 4 mil.

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China x EUA: PS5 acaba de ficar mais caro

Fãs de videogame, se preparem: o PS5 acaba de ficar mais caro na Europa, Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Oriente Médio e África – e a mudança também pode chegar a outros países, como os Estados Unidos e o Brasil. O anúncio foi feito no domingo (13) pela Sony, que citou o atual “ambiente econômico desafiador” por trás dos aumentos no valor da edição digital do console.

Entenda:

  • A Sony aumentou o preço de varejo recomendado do PlayStation 5 Digital Edition na Europa, Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Oriente Médio e África;
  • A medida foi justificada pelo atual “ambiente econômico desafiador” em todo o mundo;
  • A versão do PS5 com leitor de disco também aumentou, mas só na Austrália e Nova Zelândia;
  • O PS5 Pro não passa por mudanças, e a unidade de disco removível do console ficou mais barata;
  • A Sony não mencionou o tarifaço de Trump, que vem afetando o cenário da tecnologia – principalmente na China, que fabrica parte do PS5;
  • Consequentemente, os preços do PlayStation 5 podem, em breve, começar a subir em outros países também – como EUA e Brasil.
Sony aumenta preço de varejo do PS5 em alguns países. (Imagem: Skrypnykov Dmytro/Shutterstock)

O aumento do preço de varejo recomendado começou a valer hoje (14) e se aplica apenas ao PS5 Digital Edition – versão que não possui leitor de disco e, logo, só roda mídias digitais. O console com suporte para mídia física também aumentou, mas só na Austrália e Nova Zelândia.

Por outro lado, os preços do PS5 Pro se mantêm os mesmos, e a unidade de disco removível do console fica mais barata.

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Tarifaço de Trump pode deixar PS5 mais caro em outros países

Ainda que a Sony não tenha mencionado o tarifaço de Donald Trump no comunicado, as tarifas implementadas pelo presidente dos EUA vêm afetando, entre outros setores, o ramo da tecnologia em todo o mundo – com impactos principalmente nas importações da China, que fabrica grande parte do hardware do PS5.

Por conta disso, o reajuste do preço da edição digital do console não deve demorar para chegar, também, aos Estados Unidos, de acordo com especialistas. “Eu ficaria muito surpreso se a Sony conseguisse manter os preços do PlayStation estáveis ​​nos EUA. Agora é o momento ‘certo’ para aumentar os preços, porque a reação negativa dos usuários seria comparativamente limitada”, explica Serkan Toto, CEO da consultoria Kantan Games, à CNBC.

PS5 também pode ficar mais caro em países como EUA e Brasil, apontam especialistas. (Imagem: Joeri Mostmans/Shutterstock)

Vale destacar que, apesar das isenções tarifárias para smartphones, computadores e outros componentes eletrônicos, a medida temporária não se aplica aos consoles.

Confira os novos preços do PS5

  • Europa: PS5 Digital Edition – €499,99 (R$ 3.325,00 sem alterações para a versão com leitor de disco Blu-ray Ultra HD);
  • Reino Unido: PS5 Digital Edition – £429,99 (R$ 3.294,00 também sem alterações para a versão com leitor de disco);
  • Austrália: PS5 com leitor de disco – AUD $829,95 (R$ 3.042,00) / PS5 Digital Edition – AUD $749,95 (R$ 2.749,00);
  • Nova Zelândia: PS5 com leitor de disco – NZD $949,95 (R$ 3.231,00) / PS5 Digital Edition – NZD $859,95 (R$ 2.925,00).

E os preços das unidades de disco removíveis do PS5 foram reajustados assim:

  • Europa: €79,99 (R$ 532,00);
  • Reino Unido: £69,99 (R$ 536,00);
  • Austrália: AUD $124,95 (R$ 458,00);
  • Nova Zelândia: NZD $139,95 (R$ 476,00).

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Amazon mais cara? Tarifas de Trump podem impactar no bolso, alerta CEO

Andy Jassy, CEO da Amazon, alertou para a possibilidade de aumento nos preços dos produtos vendidos na plataforma. A declaração foi feita na última quinta-feira (10) durante entrevista à CNBC, na qual o executivo apontou as tarifas de importação de Donald Trump como a principal causa do impacto econômico.

Segundo Jassy, a gigante do comércio eletrônico está avaliando as mudanças nos custos da empresa, causadas pela guerra tarifária, e fará o possível para manter os preços. No entanto, ele acredita que os vendedores terceirizados, responsáveis por 60% do volume de vendas da Amazon, não terão a mesma capacidade de absorver os custos adicionais e, consequentemente, repassarão o aumento para os consumidores.

“Entendo que, dependendo do país, não há uma margem extra para absorver esses custos. Acredito que tentarão repassar o custo”, afirmou Jassy durante a entrevista.

Amazon busca alternativas

Temendo o aumento de preços, alguns consumidores da Amazon anteciparam suas compras, estocando produtos antes da implementação das tarifas. A própria Amazon adotou uma estratégia semelhante, realizando “compras estratégicas de estoque” para se proteger dos impactos econômicos.

Além disso, a empresa está buscando renegociar os preços com seus fornecedores, a fim de evitar aumentos que seriam repassados aos clientes. A diversificação dos fornecedores para a construção de data centers de IA também é uma medida da Amazon para evitar a dependência de um único mercado.

Guerra tarifária afeta vendedores terceirizados, muitos dos quais são chineses ou compram seus produtos da China. O aumento das tarifas torna os produtos importados mais caros, o que pode levar ao aumento dos preços para os consumidores. (Imagem: BongkarnGraphic/Shutterstock)

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Cancelamento de pedidos

Apesar das medidas tomadas pela Amazon, a Bloomberg noticiou que a empresa cancelou pedidos de diversos produtos fabricados na China e em outros países asiáticos. A medida, tomada após a entrada em vigor das novas tarifas, visa evitar custos extras.

A guerra tarifária entre Estados Unidos e China, com a recente atualização das tarifas sobre produtos chineses atingindo 145%, pode ter um impacto significativo não só na economia global, mas também no bolso do consumidor.

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