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Apple tem um plano para minimizar tarifaço de Trump

As tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provocaram pânico nas Bolsas de Valores do mundo todo. Empresas de praticamente todos os setores acumulam prejuízos em meio ao aumento do temor de uma recessão global.

Uma das mais afetadas é a Apple. A fabricante do iPhone perdeu quase US$ 640 bilhões (cerca de R$ 3,7 trilhões) em somente três dias de negociação. Mas a big tech já começou a se movimentar para tentar reduzir os impactos negativos.

Impactos das tarifas para a Apple podem ser enormes

  • De acordo com analistas, a Apple é uma das empresas mais vulneráveis à guerra comercial desencadeada pelas tarifas.
  • Isso ocorre devido à sua alta dependência da China, que agora enfrenta tarifas de 54% sobre seus produtos.
  • Embora a companhia possua unidades de produção em outros países, como Índia, Vietnã e Tailândia, esses locais também foram afetados pelas novas tarifas, aumentando a apreensão dos investidores.
  • Segundo estimativas do UBS (Banco da União da Suíça), o preço do iPhone poderia subir em até US$ 350, representando um aumento de cerca de 30% em relação ao preço atual.
  • Isso traria graves prejuízos num momento em que a Apple já tenta encontrar formas de evitar a queda nas vendas do produto.
Tarifas devem encarecer preço do iPhone (Imagem: Hadrian/Shutterstock)

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Vizinha da China aparece como solução

Em meio ao cenário bastante delicado, a empresa estaria considerando importar mais iPhones da Índia. Apesar do país também ter sido tarifado, em 26%, os impactos seriam muito menores do que manter a produção na China.

De acordo com reportagem do Wall Street Journal, a Apple vê o território indiano como uma medida de curto prazo enquanto busca negociar com o governo Trump para obter uma isenção das tarifas.

Em troca, ela abriria mão da produção na China.

Ideia é levar a produção dos iPhones majoritariamente para a Índia (Imagem: Arifin_321/Shutterstock)

Atualmente, a capacidade de produção da companhia é de 25 milhões de iPhones por ano na Índia. Destes, cerca de 10 milhões são comercializados no mercado local e o restante vendido para outros países. Dessa forma, caso feche as operações na China, a empresa deveria aumentar (e muito) a produção em território indiano para atender a demanda global.

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Parece que a lua de mel de Trump e Musk acabou, segundo jornal

Elon Musk se tornou um dos principais aliados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A proximidade entre eles é tanta que o bilionário foi nomeado para chefiar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) da Casa Branca.

No entanto, parece que esta relação começou a azedar. E o motivo seriam as tarifas econômicas recíprocas anunciadas pelo republicano na semana passada contra todos os países do mundo.

Musk seria contrário ao tarifaço global

  • De acordo com o The Washington Post, Musk estaria pressionando Trump a reverter a mais recente medida da Casa Branca.
  • O empresário teria feito apelos diretos ao republicano para que derrubasse as tarifas, mas sem sucesso.
  • Após o anúncio das taxações, o bilionário publicou no X (antigo Twitter) críticas a Peter Navarro, assessor de Trump visto como arquiteto do plano tarifário.
  • Musk questionou a formação de Navarro, afirmando que “um PhD em Economia por Harvard é uma coisa ruim, não uma coisa boa”.
  • O sul-africano também compartilhou um vídeo que mostra o economista Milton Friedman falando sobre os benefícios da cooperação comercial internacional.
Musk estaria incomodado com o tarifaço global de Trump (Imagem: Frederic Legrand/Shutterstock)

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Tarifas prejudicam empresas do bilionário

A reportagem cita que Musk estaria preocupado com os impactos das tarifas na economia global. Nos últimos dias, as Bolsas de Valores do mundo todo “derreteram”, causando um prejuízo bilionário para quase todas as empresas e aumentando os temores de uma recessão mundial.

Este cenário seria bastante negativo para diversas empresas do bilionário.

A Tesla, por exemplo, depende bastante da China para fabricar os seus veículos elétricos, e as tarifas de Trump podem afetar diretamente a produção em um momento já delicado da companhia.

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Medidas de Trump causam prejuízos nas operações da Tesla (Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)

As discordâncias entre Elon Musk e Donald Trump ocorrem em meio a rumores de que o empresário esteja de saída do governo. O bilionário negou a informação, enquanto o republicano admitiu que o sul-africano pode deixar a Casa Branca em breve para cuidar dos próprios negócios.

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Desastre financeiro? Os três piores dias da história da Apple

A Apple enfrenta uma queda rápida em sua capitalização de mercado, perdendo quase US$ 640 bilhões em somente três dias de negociação.

A forte desvalorização das ações da empresa, que totalizou 19% nesse período, é atribuída às crescentes preocupações dos investidores sobre o impacto das novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.

Apple é uma das empresas mais expostas a uma guerra comercial

Analistas do mercado financeiro apontam a Apple como uma das empresas mais vulneráveis à guerra comercial desencadeada pelas tarifas, devido à sua alta dependência da China, que agora enfrenta tarifas de 54% sobre seus produtos.

Embora a empresa possua unidades de produção em outros países, como Índia, Vietnã e Tailândia, esses locais também foram afetados pelas novas tarifas, aumentando a apreensão dos investidores.

Empresa pode ter que absorver os custos adicionais das tarifas ou repassá-los aos consumidores. (Imagem: TungCheung/Shutterstock)

O cenário é especialmente preocupante para a Apple, já que a empresa pode ter que absorver os custos adicionais das tarifas ou repassá-los aos consumidores, o que poderia resultar em um aumento significativo nos preços de seus produtos.

Segundo estimativas do UBS (Banco da União da Suíça), o preço do iPhone de ponta da Apple poderia subir em até US$ 350, representando um aumento de cerca de 30% em relação ao preço atual.

Tim Long, analista do Barclays, acredita que a Apple terá que aumentar os preços ou enfrentar uma redução de até 15% em seus lucros por ação. A empresa também pode tentar reorganizar sua cadeia de suprimentos, buscando importar produtos de países com tarifas mais baixas, mas essa estratégia pode levar tempo e gerar custos adicionais.

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Enquanto o mercado de ações mostrou sinais de recuperação na segunda-feira, após uma semana turbulenta, a Apple continuou a registrar perdas significativas, com suas ações caindo 3,7%. Entre as grandes empresas de tecnologia, apenas Microsoft e Tesla também registraram quedas no mesmo dia.

A Apple optou por não comentar as novas tarifas, mas a situação levanta preocupações sobre o impacto a longo prazo das políticas comerciais de Trump na indústria de tecnologia e na economia global.

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Entrevista: o mundo da tecnologia depois do tarifaço de Donald Trump

As tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em produtos importados continuam abalando a economia mundial. Dessa vez, as Bolsas de Valores da Europa e da Ásia iniciaram a semana com quedas expressivas.

Alemanha, Inglaterra e França, na Europa, tiveram quedas que chegaram a 10%. Já na Ásia, China, Hong Kong e Taiwan tiveram perdas entre 8% e 13%.

Investidores estão preocupados com uma possível recessão global (Imagem: Who is Danny/Shutterstock)

Os resultados das Bolsas da Valores mostram o temor dos investidores com uma potencial elevação da inflação no mundo todo, além de uma recessão global. O preço de commodities, como petróleo e cobre, também começou a semana derretendo. A grande preocupação é com a desaceleração do crescimento econômico global.

Para piorar a situação dos Estados Unidos com a China, a venda do TikTok em território norte-americano pode ter sido barrada pelo governo chinês – justamente em resposta às tarifas.

Leia mais:

As bolsas de valores devem se recuperar? O que a saída definitiva do TikTok nos EUA significaria para as relações comerciais entre países?

Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação, repercute o assunto no Olhar Digital News desta segunda-feira (07). Confira!

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Guerra dos chips: tarifas de Trump podem ter consequências globais

As tarifas comerciais anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já estão causando impactos importantes em praticamente todos os setores da economia. E não é diferente em relação aos chips semicondutores.

As ações das principais fabricantes dos produtores estão despencando desta a última sexta-feira (4). Além do risco de recessão, os investidores temem que as medidas da Casa Branca possam encarecer os produtos, fundamentais para o avanço da inteligência artificial, por exemplo.

Ações de empresas do setor estão despencando

Após o anúncio das tarifas, as ações da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), maior fabricante global de chips, caíram quase 10%. O mesmo resultado foi registrado pela japonesa Tokyo Electron, também um importante player do setor.

Já os ativos da sul-coreana de chips de memória SK Hynix, uma das fornecedoras da Nvidia, tiveram uma desvalorização de 9,6%. A holandesa ASML Holding e a ASM International tiveram quedas de 4% e a alemã Infineon Technologies caiu quase 6%.

Tarifaço de Trump já causou perdas milionárias para o setor de chips (Imagem: Anna Moneymaker/Shutterstock)

A STMicroelectronics, que fornece produtos para Apple, Samsung Electronics e Tesla, teve desvalorização de mais de 3%. Enquanto isso, nos EUA, as ações da Nvidia caíram 2% no pré-mercado, e as da Intel tiveram prejuízo de 2,6%.

Os investidores acreditam que as tarifas possam levar a preços mais altos para chips, impactando na demanda pelos produtos caso estes maiores custos sejam repassados aos clientes. Em último caso, este cenário poderia representar um baque também para o setor de IA. As informações são do The Wall Street Journal.

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Montagem sobre Guerra dos Chips com bandeiras da China e dos Estados Unidos
EUA querem impedir acesso da China aos semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
  • Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.

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A tecnologia começou a semana com o pé esquerdo

As Bolsas de Valores da Europa e da Ásia iniciaram esta segunda-feira (7) com quedas expressivas. Segundo analistas, isso ainda é reflexo das tarifas comerciais anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

As perdas das últimas horas seguem as quedas globais já registradas na semana passada. Os resultados indicam o temor dos investidores com uma potencial elevação da inflação no mundo todo, além de uma recessão global.

Mercados estão “derretendo”

Logo após a abertura das operações, o índice Dax na Alemanha caiu quase 10%, enquanto o FTSE 100 em Londres teve uma redução de quase 6%. Já o índice Cac 40 da França está registrando queda de 7%. Os índices futuros Dow Jones, dos EUA, também caíram acentuadamente, o que sugere uma queda importante quando o mercado norte-americano abrir.

Prejuízos podem ser trilionários (Imagem: baldamunda/Shutterstock)

Na Ásia, todos os setores tiveram queda. Na China, o Shanghai Composite caiu mais de 8%, enquanto em Hong Kong o Hang Seng despencou 13%, o pior resultado em 28 anos. Já o Taiex, em Taiwan, teve queda de -9,7%. Todos estes mercados estavam fechados na sexta-feira (04) por causa de feriados locais.

Resultados negativos também foram registrados no STI, em Singapura, com -7,5%, no Nikkei 225, do Japão, -6,5%, no Kospi, Coreia do Sul, -5,2%, no Nifty 50, na Índia, -4,0%, no ASX 200, na Austrália, -3,8%, e no Sensex, na Índia, -3,7%.

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Donald Trump anunciou as novas tarifas comerciais na semana passada (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Tarifas podem desacelerar crescimento econômico global

  • Os preços das commodities, como petróleo e cobre, também começaram a semana derretendo.
  • A demanda por estes produtos tende a aumentar quando a economia global está indo bem, uma vez que eles são necessários para fornecer energia e representam componentes-chave para muitas indústrias.
  • O problema é que as tarifas de Trump podem desacelerar o crescimento econômico global.
  • Por isso, o preço do petróleo bruto já caiu cerca de 15% nos últimos dias.
  • Já o cobre teve redução de 6% no início do pregão.
  • As informações são da BBC.

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Efeitos do Tarifaço Trump: montadora de carros de luxo suspende importação para os EUA

A montadora de carros de luxo Jaguar Land Rover anunciou hoje, 05, que vai suspender a importação para os Estados Unidos. A medida é baseada pelo ‘Tarifaço Trump’: uma política internacional de tarifas, instituída pela Casa Branca na última quarta-feira.

As tarifas do presidente Donald Trump taxam as importações dos outros países em pelo menos 10%, o que impacta o mercado global.

Com esta nova taxa, a Jaguar Land Rover, cuja sede está localizada no Reino Unido, informou que “dará uma pausa” nas remessas enviadas à nação norte-americana. Essa pausa entra em vigor agora em abril e ainda não tem data oficial para terminar.

Para quem tem pressa:

  • A Jaguar Land Rover, uma montadora britânica de carros de luxo, anunciou hoje que irá suspender a importação de carros para os Estados Unidos;
  • A decisão está baseada na tarifa imposta pelo governo de Donald Trump, atual presidente dos EUA;
  • Diante da taxa de 25% sobre os itens importadas, a companhia está reavaliando como pretende lidar com a taxação e, por isso, pausou o envio de veículos para a nação americana neste mês de Abril.
Carro desenvolvido pela montadora Jaguar Land Rover (Imagem: Jaguar Land Rover / Divulgação)

A empresa informou o seguinte:

Enquanto trabalhamos para abordar os novos termos comerciais com nossos parceiros de negócios, estamos tomando algumas medidas de curto prazo, incluindo uma pausa nas remessas em abril, enquanto desenvolvemos nossos planos de médio e longo prazo.

Disse a empresa em um comunicado por e-mail

Embora a tarifa mínima para várias nações internacionais seja de 10%, a JRL precisa lidar com uma taxa de 25% sobre os produtos enviados aos Estados Unidos. No todo, o ‘Tarifaço Trump’ atinge mais de 180 nações pelo mundo: a média de taxa é equivalente a 20% para a União Europeia, 34% para a China, 25% para Coreia do Sul, e 24% ao Japão.

Leia mais:

Inicialmente, o discurso do presidente Donald Trump era de que sua política de taxas traria benefícios para os EUA. Agora, a fala é outra: ele pede que os americanos aguentem firme, o que reflete que, para além de uma montadora de luxo ter suspendido a importação para lá, os preços de produtos dentro do território estadunidense também não agradam à população.

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Depoimento de Donald Trump em sua rede social Truth Social (Reprodução: @realDonaldTrump/Truth Social)

A JRL é uma das empresas britânicas com maiores volumes de venda de produtos do mercado. A companhia vende, todos os anos, aproximadamente 400 mil modelos de Range Rover Sport e Defender.

A tarifa enfrentada por eles, que representa 25%, não afeta apenas esta companhia: toda montadora de carro e caminhão leve, que faz importação para os EUA, é afetada igualmente pela mesma taxa.

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Guerra dos chips: o mundo depois das tarifas de Trump

A isenção de tarifas de Donald Trump para os semicondutores oferece um alívio temporário, mas a indústria enfrenta um impacto substancial devido às tarifas sobre eletrônicos, conforme relata o Wall Street Journal.

As importações diretas de chips dos EUA, que totalizaram US$ 82 bilhões no ano passado, estão isentas, mas a maioria dos chips é importada de forma indireta. Eles são produzidos e embalados no exterior, inseridos em eletrônicos enviados aos EUA e outros mercados, onde ficam sujeitos a tarifas de até 49%.

Isso significa que muitos chips feitos nos EUA acabam sendo enviados para países como Taiwan ou China para montagem final antes de serem reexportados.

Leia também:

Preços mais altos para muitos produtos que contêm chips ameaçam afetar a demanda – Imagem: deepadesigns / Shutterstock

Obstáculos para obter lucros

  • O impacto é significativo: os preços mais altos dos produtos tendem a reduzir a demanda por chips, resultando em menor crescimento e lucros para os fabricantes.
  • As ações de grandes empresas, como Apple e Dell, caíram substancialmente.
  • Além disso, as tarifas não incentivam os fabricantes a aumentar a produção nos EUA, pois os chips ainda precisam ser exportados e reimportados para montagem.
  • Empresas com forte presença nos EUA, como Texas Instruments e Analog Devices, também não ganham vantagem, já que seus concorrentes estrangeiros estão isentos das tarifas.

A indústria pode enfrentar cancelamentos de pedidos, antecipando queda na demanda devido aos preços elevados. Eletrônicos de consumo e servidores de inteligência artificial, como os da Nvidia, devem ser os mais impactados.

Embora as empresas ainda não tenham emitido alertas de lucros, a situação continua incerta. A indústria pode tentar negociar com o governo para reduzir as tarifas, mas, dada a postura de Trump, mais tarifas parecem prováveis, o que poderia agravar ainda mais a crise.

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Semicondutores estão isentos das tarifas de Trump, mas outros produtos que são usados nos chips não estão (Imagem: Anna Moneymaker/Shutterstock)

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Quer entender o tarifaço de Trump? Um filme da Sessão da Tarde te explica

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira (02) um pacote de tarifas para produtos importados. Diversos países já reagiram, provocando quedas nas bolsas de valores ao redor do mundo. Ainda pode ser cedo para entender quais serão as consequências do ‘tarifaço’ no país, mas um filme famoso da Sessão da Tarde pode dar uma dica.

Curtindo a Vida Adoidado se tornou um clássico do cinema americano – e da programação da TV brasileira. Em uma cena, um professor explica para os alunos a Lei Smoot–Hawley, que aumentou as tarifas de produtos na tentativa de arrecadar mais receita para o governo e estimular a economia.

O resultado? Piorou a Grande Depressão dos Estados Unidos.

Ferris Bueller’s Day Off (Curtindo a Vida Adoidado, no Brasil) pode te ajudar a entender a situação (Crédito: Paramount Pictures/Divulgação)

Consequências à vista

Ainda é cedo para saber com certeza, mas especialistas não estão otimistas com a situação. Países ao redor do mundo já estão agindo para aumentar as tarifas dos EUA em reciprocidade à medida de Trump. Empresas americanas (como as big techs) já estão sofrendo as consequências.

Rapidamente, internautas lembraram de uma cena do filme Curtindo a Vida Adoidado. O longa-metragem de 1986 mostra um dia na vida do protagonista Ferris Bueller, em que ele decide fugir da escola com a namorada e o melhor amigo para… curtir.

Antes de Ferris fugir da aula, o filme tem uma cena em que um professor está explicando a Lei Smoot-Hawley, da década de 1930. Os alunos parecem entediados e não interagem com as perguntas, mas ele segue em frente.

A lei pode ter relação com as tarifas de Trump. Conforme o professor explica, em 1930, a Câmara dos Representantes (então controlada pelos republicanos) aumentou as tarifas de produtos na tentativa de arrecadar mais receita para o governo federal e proteger a indústria americana. Isso aconteceu durante a Grande Depressão dos EUA, uma grave crise econômica no país, que seguiu a quebra da Bolsa de Valores em 1929.

O resultado?

Não funcionou e os Estados Unidos afundaram ainda mais na Grande Depressão.

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Big techs já perderam bilhões em valor de mercado (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

O que a lei de 1930 tem a ver com as tarifas de Trump?

Ao anunciar as tarifas, Trump destacou que seria uma “independência econômica” dos Estados Unidos em relação aos outros países. Ele deixou claro que não se trata de uma retaliação internacional, mas uma tentativa de priorizar a indústria estadunidense e tornar os produtos nacionais mais competitivos dentro do país.

A expectativa é que, com as novas taxas, empresas que produzem fora dos EUA (como as big techs) transfiram sua cadeia produtiva para lá. Na prática, pode ser que isso não aconteça e, na verdade, os produtos aumentem de preço – como pode ser o caso do iPhone.

Leia mais:

De acordo com o g1, especialistas argumentaram que levará anos para que as tarifas tenham o efeito desejado por Trump. A curto prazo, é mais provável que os preços aumentem, outros países aumentem tarifas em resposta e a economia americana entre em crise.

Na época, parceiros comerciais dos EUA também adotaram tarifas recíprocas, afetando o comércio internacional.

A própria Lei Smoot-Hawley descrita no filme não atingiu os objetivos. O site de história americana do Departamento de Estado dos EUA escreve que a medida “não fez nada para promover a cooperação entre as nações, seja no âmbito econômico ou político, durante uma era perigosa nas relações internacionais”.

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Recessão à vista? (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Tarifas de Trump podem atrapalhar o governo

  • A curto prazo, além de complicar a economia, as tarifas de Trump podem afetar outro grande objetivo do governo federal: expandir a infraestrutura de data centers, essencial para o desenvolvimento de inteligência artificial;
  • No início do ano, o presidente havia anunciado o projeto Stargate, que prevê investimento de US$ 500 bilhões para construção de 20 data centers no país;
  • A intenção é se manter na liderança da corrida de IA;
  • Analistas já observam que, com as tarifas, as empresas do setor de tecnologia (como a própria OpenAI, envolvida no projeto) terão que mudar suas prioridades e podem deixar a expansão prevista por Trump de lado.

O Olhar Digital deu detalhes aqui.

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Venda do TikTok pode aliviar tarifas contra a China, diz Trump

Desde que assumiu o comando da Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas contra todos os países do mundo. Um dos mais afetados, sem dúvidas, é a China. A taxação total imposta aos produtos chineses importados totaliza 54%.

Um cenário que pode prejudicar a economia global como um todo, mas que também pode servir como uma moeda de troca para um outro assunto que envolve diretamente as duas principais potencias mundiais: a venda do TikTok.

Chineses se negam a negociar

O prazo estabelecido para resolução do impasse envolvendo a rede social nos EUA acaba neste sábado, dia 5 de abril. A plataforma precisa passar para o controle de donos norte-americanos até esta data para continuar operando no país.

Trump apresentou uma nova sugestão para convencer os chineses a negociar a rede social (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Diversas empresas norte-americanas já demonstraram interesse em comprar a plataforma. O entrave, entretanto, está do lado chinês: o governo da China e a ByteDance, dona da ferramenta, se recusam a aceitar qualquer tipo de proposta.

Neste cenário, o trunfo de Trump pode ser a sua política de tarifaço. O republicano afirmou que aceitaria aliviar as sanções impostas contra os chineses em troca da venda do TikTok. A rede social não se manifestou sobre a declaração até o momento. As informações são da Reuters.

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Futuro do TikTok nos EUA será definido nas próximas horas (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

Rede social chegou a ser retirada do ar

  • O prazo inicial para que o TikTok evitasse o banimento da rede social nos EUA acabou em 19 de janeiro.
  • A justiça do país, então, determinou a interrupção das operações, medida que foi revertida por decreto do presidente Donald Trump, que deu mais 75 dias de prazo para resolver a situação.
  • O principal impasse é em relação ao uso feito dos dados coletados pela plataforma, que seriam enviados para o governo da China, representando um risco para a segurança nacional norte-americana.
  • Por isso, o TikTok está sendo pressionado para vender as operações para um dono dos EUA, o que não aconteceu até agora.
  • A empresa chinesa e o governo do país asiático contestam as alegações e acusam os norte-americanos de ferirem os princípios da concorrência justa.

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