shutterstock_2499399123-1024x717

Estudo revela o que fez a Terra tremer misteriosamente a cada 90 segundos

Em setembro de 2023, cientistas identificaram misteriosas ondas sísmicas com intervalos de 90 segundos. O mais impressionante é que o fenômeno foi detectado em várias partes do mundo. No mês seguinte, a Terra voltou a tremer, embora isso tenha acontecido por menos tempo e com menor intensidade.

Mais de um ano e meio depois, pesquisadores finalmente decifraram o que aconteceu. De acordo com um novo estudo publicado na revista Nature Communications, os abalos foram causados por um enorme tsunami.

Deslizamento de parte de uma geleira causou ondas de 200 metros de altura (Imagem: FOTOKITA/Shutterstock)

Ninguém ficou sabendo do tsunami na época

  • As ondas de 200 metros de altura atingiram o Fiorde Dickson, na Groenlândia.
  • O megatsunami se formou quando um pedaço enorme de rocha e gelo se desprendeu de uma altura de 1,2 quilômetros e caiu na água.
  • Dados sísmicos sugerem que o fenômeno percorreu a maior parte da enseada, mas desapareceu quando atingiu o mar aberto.
  • Parte destas enormes ondas, entretanto, acabou ficando presa dentro do local, causando uma movimentação agitada das águas por dias consecutivos.
  • Apesar da força do evento, absolutamente ninguém ficou sabendo disso na época.
  • As primeiras suspeitas de que algo diferente havia ocorrido na região surgiram após relatos de grandes ondas em uma base naval dinamarquesa (desocupada naquele período) que fica na Ilha Ella, perto de onde ocorreu o tsunami.

Leia mais

Visão de satélite de montanha após deslizamento que causou megatsunami na Groenlândia em 2023
Imagem de satélite do fiorde após deslizamento que causou o megatsunami na Groenlândia (Imagem: Copernicus/Sentinel-2)

Evento foi causado pelas mudanças climáticas

O tremor causado pelo tsunami chamou a atenção por ser diferente do que geralmente se detecta quando ocorrem terremotos. As ondas sísmicas costumam durar minutos ou, no máximo, horas. Mas, neste caso, foram nove dias. Durante este período, as águas do Fiorde Dickson oscilaram de um lado para o outro a cada 90 segundos.

Os pesquisadores descartaram outros possíveis fenômenos oceanográficos e se concentraram no tamanho e no impacto do seiche (onda de ressonância que ocorre em corpos de água confinados). Os resultados sugerem que o fenômeno gerou uma força de aproximadamente 500 Giga Newtons na parede do fiorde, que enviou ondulações por todo o globo.

O que tornou este evento excepcionalmente poderoso e globalmente detectável foi a geometria do fiorde. Uma curva acentuada perto da saída do fiorde efetivamente prendeu o seiche, permitindo que ele reverberasse por dias. Os impactos repetidos da água contra as paredes do fiorde agiram como um martelo atingindo a crosta terrestre, criando ondas sísmicas de longo período que se propagaram ao redor do globo. Essa combinação incomum de escala, duração e geometria tornou o sinal sísmico desses eventos regionais forte o suficiente para ser detectado em todo o mundo.

Estudo publicado na revista Nature Communications

Linhas registradas por sismógrafo durante terremoto
Evento causou ondas sísmicas com intervalos de 90 segundos (Imagem: MuhsinRina/Shutterstock)

Ainda segundo os cientistas, o deslizamento de terra que desencadeou o enorme tsunami foi causado pela deterioração de uma geleira. As camadas de gelo da Groenlândia estão derretendo a um ritmo acelerado devido às mudanças climáticas. Embora eventos como o registrado em setembro de 2023 sejam raros, o aumento das temperaturas do planeta devem tornar os tsunamis causados por deslizamentos mais frequentes.

O post Estudo revela o que fez a Terra tremer misteriosamente a cada 90 segundos apareceu primeiro em Olhar Digital.

iStock-1483533893-1024x576

Magma não é fator para terremotos na Itália, sugere estudo 

Controlar o escoamento de água e diminuir os níveis das águas subterrâneas pode ser a solução para evitar terremotos que têm sacudido o sul da Itália com intensidade crescente desde 2022. É o que sugere um estudo publicado na revista Science Advances.

Pesquisadores de Stanford acreditam que essa estratégia pode reduzir a pressão do fluido dentro do reservatório geotérmico de Campi Flegrei, uma área vulcânica onde a terra sofre movimentos verticais lentos.

Imagens do subsolo e experimentos de laboratório mostraram como o acúmulo de pressão da água e do vapor no reservatório pode causar terremotos quando a rocha de cobertura, ou tampa, se fecha.

Vista da cratera Solfatara, uma das depressões de Campi Flegrei (Imagem: GiovanniPh/iStock)

Uma grande caldeira à céu aberto

A área vulcânica de Campi Flegrei abriga um reservatório geotérmico coberto sob a cidade de Pozzuoli, a oeste de Nápoles e do Monte Vesúvio. Trata-se de uma caldeira de 13 quilômetros de largura formada por grandes erupções há cerca de 39.000 e 15.000 anos.

A região afundou cerca de 90 centímetros após erupções observadas entre 1982 e 1984. Moradores de Pozzuoli observam a maneira como a caldeira “respira”, emitindo fumaça e movimentando o solo, às vezes metros para cima ou para baixo, segundo o artigo.

Naquela época, o porto de Pozzuoli ficou tão raso que os navios não conseguiam mais atracar. Depois disso, um terremoto de magnitude 4 e milhares de microterremotos levaram à evacuação de 40.000 pessoas.

Leia Mais:

Por que a pesquisa importa?

Historicamente, a elevação ou depressão de áreas vulcânicas têm sido associadas à movimentação do magma e de gases que sobem para a superfície. Mas a pesquisa desafia essa teoria e aponta outros fatores para a deformação do terreno:

  • Os cientistas observaram que a recorrência de um reservatório superpressurizado estava por trás da sismicidade no início da década de 1980 e novamente nos últimos 15 anos;
  • Eles examinaram 24 anos de padrões de precipitação, as direções do fluxo de água subterrânea e o processo de selamento da rocha de cobertura para entender a recarga do reservatório geotérmico e seu acúmulo de pressão. 
Análise mostrou que os terremotos começavam dentro da rocha de cobertura (Imagem: Fabrizio Fiorenzano/iStock)

“Estamos observando algo que ocorreu com décadas de diferença, mas há semelhanças profundas nas imagens, que apontam não apenas para um padrão cíclico do fenômeno, mas também para uma causa subjacente comum”, disse a coautora Grazia De Landro, pesquisadora da Universidade de Nápoles Federico II, na Itália, e pesquisadora visitante em Stanford.

A análise mostrou que os terremotos começavam dentro da rocha de cobertura, a uma profundidade relativamente rasa de cerca de 1,6 km.

Se o magma ou seus gases subindo para profundidades menores fossem os principais causadores da agitação, seria esperado o padrão oposto — terremotos começando mais perto da região mais profunda do degelo, cerca de 8 km abaixo da superfície, e se tornando progressivamente mais rasos com o tempo, de acordo com os pesquisadores.

Por isso, os cientistas suspeitam que a elevação da terra é sinal de explosões causadas por vapor, desencadeadas quando a água líquida se transforma rapidamente para estado gasoso durante fraturas causadas por terremotos.

Os pesquisadores agora esperam comunicar os mecanismos que causam agitação no sistema de fervura às autoridades locais do governo italiano.

O post Magma não é fator para terremotos na Itália, sugere estudo  apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_1391558378-1024x659

Essa torcida produziu um ‘mini-terremoto’ nesta semana

O Liverpool venceu o Tottenham por 5×1 no Estádio Anfield, na Inglaterra, e conquistou antecipadamente o título da Premier League 2024/25. A emoção foi tanta que os mais de 60 mil torcedores presentes no local do jogo causaram um verdadeiro mini-terremoto.

Pesquisadores do departamento de ciências da Terra, oceanos e meio ambiente da Universidade de Liverpool estiveram no Anfield durante o jogo e conseguiram medir os impactos sísmicos da torcida.

Equipe venceu a Premier League quatro rodadas antes do final do campeonato (Imagem: katatonia82/Shutterstock)

Torcedores do Liverpool causaram um verdadeiro mini-terremoto em Anfield

60.415 torcedores estiveram presentes no estádio do Liverpool para acompanhar o jogo do título. A vitória foi matemática, já que, faltando quatro rodadas para a Premier League acabar, o Arsenal, em 2º lugar, não tem mais chances de alcançar o líder.

Durante a partida, os cientistas usaram equipamentos sísmicos de última geração (o mesmo tipo usado para monitorar regiões propensas a terremotos, como Chile e Itália) para capturar os movimentos do solo causados pelas comemorações.

O resultado? A multidão gerou uma atividade sísmica real, em resposta aos seis gols marcados. Veja como foi cada um:

  • O maior tremor foi causado pelo gol de Alexis Mac Allister aos 24 minutos do primeiro tempo, que marcou a virada do Liverpool para cima do Tottenham, por 2×1. As comemorações chegaram a uma magnitude de 1,74 na escala Richter;
  • O segundo maior abalo foi após o gol de Mohamed Salah aos 63 minutos, chegando a 1,60 na escala Richter;
  • O terceiro foi após o gol contra de Destiny Udogie, com 1,35 na escala Richter;
  • Na sequência, o gol de Cody Gakpo (1,03) e o gol de empate por 1×1, aos 16 minutos, de Luis Díaz (0,64).
Dados sismográficos de um grande terremoto. Ondas sísmicas na página do relatório. Ilustração 3D.
Abalos foram considerados pequenos (Imagem: DestinaDesign/Shutterstock)

Tremores não foram fortes o suficientes

O estudo foi conduzido pelo Dr. Antoine Septier, Dr. Farnaz Kamranzad e Prof. Ben Edwards, da Universidade de Liverpool.

Ao The Guardian, Kamranzad lembrou que foram seis eventos sísmicos com magnitudes entre 0,7 e 1,5, mas que eles foram considerados pequenos e não foram fortes o suficiente para serem sentidos nas arquibancadas.

Septier acrescentou que o experimento mostra que a ciência pode ser envolvente e acessível ao público, promovendo uma apreciação do processo científico.

Além disso, espero que a apresentação desses dados gere ideias inovadoras para potenciais aplicações, talvez até mesmo para aprimorar a experiência no estádio.

Dr. Antoine Septier

O post Essa torcida produziu um ‘mini-terremoto’ nesta semana apareceu primeiro em Olhar Digital.

terremoto-chile-1024x852

Terremoto no Chile: após tremor, país emite alerta de tsunami e desocupa região

O Chile registrou um tremor no extremo sul do país, às 8h58 do horário local. O terremoto aconteceu no mar, a 10 km de profundidade. Após a identificação, o país emitiu um alerta de tsunami e pediu que a região costeira de Magallanes, onde o evento aconteceu, fosse esvaziada.

Segundo o Centro Sismológico Nacional da Universidade do Chile, o tremor foi de magnitude 7.5, a 218 km ao sul da cidade de Puerto Williams, na região de Magallanes. Já de acordo com o Serviço Geológico dos EUA (USGS), foi de magnitude 7.4.

A agência de notícias Reuters completou que o terremoto foi na passagem de Drake, entre o Cabo Horn e a Antártica. O evento também foi sentido no sul da Argentina.

Site do governo dos EUA reproduziu alerta de tsunami (Imagem: Reprodução/NOAA)

Após terremoto, Chile pediu evacuação da região

Após a identificação do tremor, o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres alertou para que a região no Chile e a praia no território da Antártica fossem esvaziadas por uma possível ameaça de tsunami. Por enquanto, trata-se de um estado de preocupação associado a tsunamis de pequena magnitude.

Segundo a CNN, o presidente chileno, Gabriel Boric, fez um apelo pelas redes sociais: “Estamos pedindo a evacuação da costa em toda a região de Magallanes”. Ele ainda afirmou que recursos do governos estão a disposição.

Risco de tsunami?

  • O Serviço Hidrográfico e Oceanográfico do Chile estimou que, nas próximas horas, ondas devem chegar às cidades do extremo sul do país e às praias da Antártida, onde bases de pesquisa estão alocadas;
  • À Reuters, o Instituto Antártico do Chile (INAHC) informou que as bases também estão sendo desocupadas.
  • A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) destacou que as ondas devem varia entre 0,3 e 1 metros na Antártida, e de 1 a 3 metros no Chile.

Matéria em atualização

O post Terremoto no Chile: após tremor, país emite alerta de tsunami e desocupa região apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_2258474135-1024x577

Terremoto de magnitude 6,3 atinge costa do Equador

A população do Equador foi acordada por um forte terremoto na manhã desta sexta-feira (25). Segundo o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico, o tremor teve magnitude de 6,3 e atingiu a costa do país sul-americano.

O sismo foi registrado às 06h44 (8h44 no horário de Brasília) e foi sentido em várias províncias do território equatoriano. As autoridades do país não confirmam se houve vítimas ou danos estruturais graves.

Tremor foi registrado a uma profundidade de 23 km

Ainda de acordo com informações repassadas pelo Centro Sismológico Euro-Mediterrânico, o terremoto ocorreu a uma profundidade de 23 km e com o epicentro próximo da cidade costeira de Esmeraldas. O local conta com uma população de cerca de 385 mil habitantes.

Abalo foi registrado na manhã desta sexta-feira (Imagem: DestinaDesign/Shutterstock)

Serviços de emergência equatorianos foram colocados em estado de alerta para atender possíveis ocorrências relacionadas ao evento. Segundo a imprensa do país, o tremor também foi sentido em outras províncias do Equador, inclusive na capital Quito.

O Instituto Geofísico do Equador também confirmou o episódio e informou que ele teve magnitude 6. Alguns relatos dão conta de que os serviços de comunicação foram prejudicados e que muita gente deixou suas casas com medo de desmoronamentos.

Leia mais

Outros dois tremores de menor intensidade foram registrados alguns minutos depois (Imagem: klee048/Shutterstock)

Terremoto foi seguido por outros tremores

  • As autoridades equatorianas ainda confirmaram que o terremoto foi seguido por pelo menos outros dois tremores de menor intensidade.
  • O primeiro deles ocorreu às 07h09 (9h09 no horário de Brasília), teve magnitude de 3,8 e epicentro em San Lorenzo, ao norte de Esmeraldas.
  • Poucos minutos depois, um terceiro episódio foi sentido em Samborondón, perto de Guayaquil, no sul do Equador.
  • Este último sismo teve 4,4 graus de intensidade.
  • Também não há informações de estragos provocados por estes outros tremores até agora.

O post Terremoto de magnitude 6,3 atinge costa do Equador apareceu primeiro em Olhar Digital.

image-237

Quais cidades brasileiras são mais propensas a terremotos?

A ideia de que não existem terremotos no Brasil foi divulgada por muito tempo, principalmente pelo fato de que os abalos sísmicos que acontecem no país não tem a mesma intensidade de outros, como no Japão e nos Estados Unidos, por exemplo.

Apesar dessa crença, estudos mais aprofundados sobre as características do nosso solo já provam que isso não é verdade. Até a década de 1970, os tremores de terra no Brasil eram atribuídos à “acomodação de terra”, ou então eram vistos como consequência dos terremotos de países vizinhos, como Peru e Argentina.

Isso até pode acontecer, mas a maioria dos eventos sísmicos do nosso país está associada ao acúmulo de energia no interior da placa Sul Americana. A energia pode causar a reativação de antigas falhas geológicas, ou, ainda, que seja mais difícil, formar novas falhas que dissipam a energia acumulada, que provoca os terremotos.

Como algumas cidades do Brasil estão localizadas em cima de falhas geológicas, diversas regiões do país estão propensas a ocorrência de terremotos. Veja abaixo quais são elas.

O que são falhas geológicas e qual sua relação com terremotos?

Antes de falar sobre as cidades, vamos abordar um pouco sobre as chamadas falhas geológicas, importantes para entender os terremotos e a ocorrência deles no Brasil.

O Brasil está praticamente no centro da placa tectônica sul-americana, fazendo com que a possibilidade de tremores fortes seja mais raro, já que eles geralmente são registrados nas bordas de placas de tamanho continental. (Imagem: Carlos Uchôa/UEFS/Divulgação)

Também conhecidas como falhas tectônicas, são estruturas da crosta do planeta que originam os terremotos. Em geologia, “falha” significa uma fratura na rocha, onde há um movimento relativo entre os blocos rochosos fraturados.

Então, o local onde existe o rompimento do bloco e a liberação de energia é o foco do terremoto. De acordo com estudos geológicos recentes, essas formações geológicas existem no Brasil, e diversas cidades do país estão em cima delas.

A diferença principal é que nosso país está praticamente no centro da placa tectônica sul-americana, fazendo com que a possibilidade de tremores fortes seja mais raro, já que eles geralmente são registrados nas bordas de placas de tamanho continental.

Apesar disso, terremotos ainda podem ocorrer no solo brasileiro. Veja mais a seguir.

Quais cidades brasileiras são mais propensas a terremotos? Conheça algumas

1 – Salvador (BA)

Na capital da Bahia, há um exemplo muito conhecido de falha geológica: o elevador Lacerda é o marco que une as cidades conhecidas como baixa e alta.

Elevador Lacerda na capital da Bahia
Elevador Lacerda na capital da Bahia (Reprodução: Vinicius Dattwyler/Pexels)

Ali, há um desnível de relevo que teve origem há aproximadamente 140 milhões de anos, quando a América do Sul começou a se separar da África. Nesse período, um bloco rochoso desceu em relação ao outro, formando a Falha de Salvador, o que aconteceu ao longo de milhões de anos.

O primeiro registro de terremoto no Brasil ocorreu justamente em Salvador, em 1724. Então, a partir de meados do século 19, muitos pesquisadores começaram a registrar outros eventos sísmicos, principalmente no Nordeste.

2 – João Câmara (RN)

A cidade do Rio Grande do Norte está localizada na falha de Samambaia, e já registrou diversos tremores de terra.

Um deles aconteceu em 2022, quando moradores sentiram nove abalos sísmicos na cidade. O maior terremoto registrado no local foi em 1986, com magnitude de 5.1, e sendo sentido em grande parte do Nordeste brasileiro.

De acordo com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a falha de Samambaia é considerada a maior do tipo no Brasil, com 38 km de comprimento, 4 km de largura e uma profundidade que varia de 1 a 9 km.

3 – Cubatão (SP)

Descoberta em 1987, a falha de Cubatão, localizada no litoral de São Paulo, faz parte de um sistema de mais de 2.000 km de extensão.

Localização da área de estudo da falha de Cubatão (escala original da imagem de satélite: 1:50.000; Imagem: Projeto SIIGAL)

Possui uma rede de falhas diferentes entre si, sendo nomeado de Sistema de Falhamento Cubatão. Mesmo com seu tamanho e estando abaixo de uma região industrial, existe um baixo risco de possíveis terremotos iminentes nesse sistema de acordo com pesquisas.

Além disso, a estrutura esteve comprovadamente ativa entre 400 e 10 mil anos atrás. Contudo, ainda não há registros de terremotos em Cubatão ou no estado de São Paulo.

4 – Itacarambi (MG)

Falando de estado, Minas Gerais é o que mais registra atividades sísmicas no Brasil. De acordo com o mapa tectônico elaborado na pesquisa citada acima, sete falhas geológicas cortam Minas Gerais, sendo elas: BR 24, 25, 26, 27, 28, 29 e 47.

A 47 está localizada no norte do estado, exatamente abaixo do município de Itacarambi. O local registrou um terremoto de 4.9 graus na escala Richter em dezembro de 2007.

Leia mais:

5 – Taruacá (AC)

Esta cidade no Acre encontra-se próxima do epicentro do maior terremoto já registrado no Brasil, o qual atingiu 6.6 graus na escala Richter em 20 de janeiro de 2024.

A descida da placa de Nazca se choca com a placa Sul Americana,
originando em diferentes profundidades os pontos de acúmulo e liberação de energia. (Imagem: Carlos Uchôa/UEFS/Divulgação)

O tremor aconteceu na região amazônica perto da cidade, mas as coordenadas exatas apontam para Ipixuna, no Amazonas. Antes disso, foi registrado o segundo maior terremoto no país nessa mesma região, em 2022, chegando a 6.5 pontos.

A cidade acreana também é o município do estado com mais ocorrências de abalos sísmicos, uma vez que está em cima da falha de Taruacá, que corta o estado em duas partes. Mesmo com os abalos constantes na região, a profundidade deles passa dos 500 km, diminuindo o risco de danos e de serem percebidos pelos moradores.

Em 2015, ano em que estudos completos foram feitos na região, mais de 15 terremotos foram sentidos na cidade.

Esses fatos são reforçados pela localização da cidade, que está próxima de duas placas tectônicas muito ativas: a Sul-Americana e a de Nazca, ambas nos Andes.

6 – Porangatu (GO)

Já o município de Porangatu, localizado no norte de Goiás, é uma região localizada em cima da falha geológica brasileira que leva o nome da cidade: Zona de Falhas de Porangatu.

Foi registrado um terremoto de 3.7 pontos na escala Richter em abril de 2022, assustando os moradores durante a madrugada.

Outros tremores mais intensos foram sentidos em Goiânia e até em Brasília em outras ocasiões, como o acontecido em outubro de 2010

7 – Vale do Jaguaribe (CE)

A 300 km da capital do Ceará, Fortaleza, está uma grande falha geológica sobre a cidade cearense de Vale do Jaguaribe.

O local gera terremotos considerados de baixa magnitude, sendo que alguns dos mais recentes aconteceram em março de 2016, com magnitudes de 3.1 e 3.4 graus na escala Richter.

Os pesquisadores suspeitam que a água de um açude na região se infiltrou na falha, o que pode estar aumentando o número de abalos.

8 – Curitiba (PR)

Curitiba é a única capital do Brasil que fica diretamente em cima de uma falha geológica, sendo a mesma que atravessa a cidade de Cubatão.

Curitiba é a única capital do Brasil que fica diretamente em cima de uma falha geológica, sendo a mesma que atravessa a cidade de Cubatão. (Imagem: Pedro Ribas/SMCS)

Apesar disso, a região Sul é a que menos tem falhas geológicas no Brasil. Entretanto, é mais comum que as cidades do entorno da capital paranaense registrem terremotos, como São Jerônimo da Serra, a 351 km de Curitiba.

O local sofreu um abalo de 5.1 graus em setembro de 2017. Já em outros dados registrados entre 2006 e 2019, o estado apresentou sete terremotos de magnitude elevada.

O post Quais cidades brasileiras são mais propensas a terremotos? apareceu primeiro em Olhar Digital.

terremoto_sp

SP: cidade do interior sente tremor de terra

Na madrugada desta quarta-feira (16), um tremor de magnitude 3,4 mR foi registrado nas proximidades de Itajobi (SP), a cerca de 400 km da capital paulista.

Região onde o tremor foi sentido (Imagem: Divulgação/Rede Sismográfica Brasileira)

O pequeno abalo sísmico foi detectado pela Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e teve seus dados analisados pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB).

Leia mais:

Dados do tremor de terra

  • Segundo a plataforma “Sentiu aí?”, do Centro de Sismologia da USP, o tremor foi percebido às 4h14 (horário de Brasília) em:
    • Itajobi;
    • Catanduva (SP);
    • Pindorama (SP);
    • Marapoama (SP).
  • De acordo com a RSBR, episódios como este têm origem natural, resultantes da liberação de esforços acumulados na crosta terrestre e são relativamente comuns em diversas regiões do Brasil.
Representação de linha indicando terremoto
RSBR indicou que episódios como este têm origem natural (Imagem: oliverdelahaye/Shutterstock)

Você não sentiu, mas tivemos um terremoto no Brasil

Um terremoto foi detectado durante a madrugada desta quinta-feira (3), por volta das 4 horas, na região de Parauapebas, no Pará, segundo informações da Rede Sismográfica Brasileira.

O fenômeno foi posteriormente analisado e confirmado pelo Observatório Nacional e pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP).

Com magnitude estimada em 4,3 graus na escala Richter, que varia até o máximo de 10 pontos, o tremor foi forte o suficiente para ser percebido pelos moradores locais, mas insuficiente para causar danos significativos.

Não foi o primeiro terremoto na região

Apesar disso, trata-se do maior evento sísmico já registrado na região desde o início dos monitoramentos científicos.

Este é o quarto tremor relatado este ano pelo Observatório Nacional na parte leste do estado.

Os eventos anteriores ocorreram no dia 9 de janeiro, também em Parauapebas, com magnitude 2,8. Posteriormente, em 17 de janeiro, um tremor de magnitude 2,3 foi detectado em Novo Repartimento, situado a 380 km de Parauapebas.

Finalmente, no dia 28 de janeiro, um terceiro abalo sísmico, com magnitude 2,9, foi registrado na cidade de Tucuruí, localizada a 72 km de Novo Repartimento.

Tem terremoto na Antártida? Veja como os abalos sísmicos agem no Polo Sul

Ocorre terremoto na Antártida, embora não seja tão frequente ou intenso como em outras regiões do planeta. Os abalos sísmicos no Polo Sul, especificamente na Antártida, não diferem fundamentalmente dos que ocorrem em outras partes do planeta em termos de mecanismos de geração. E os tremores de terra também causam consequências por lá.

Eles resultam principalmente de movimentos tectônicosatividades vulcânicas ou interações glaciais. No entanto, a frequência e a distribuição desses eventos na Antártida são influenciadas por fatores geológicos e climáticos únicos da região.

A Antártida está situada sobre uma placa tectônica relativamente estável, o que resulta em uma menor incidência de terremotos em comparação com áreas localizadas nas bordas das placas tectônicas.

Contudo, eventos sísmicos podem ocorrer devido a atividades vulcânicas, como observado no enxame sísmico de 2020 próximo ao vulcão submarino Orca Seamount, ou devido a movimentos de grandes massas de gelo, onde o deslocamento ou derretimento das geleiras pode induzir sismos conhecidos como “terremotos glaciais”.

Leia a matéria completa aqui

O post SP: cidade do interior sente tremor de terra apareceu primeiro em Olhar Digital.

Terremoto de 5,2 graus sacode San Diego, na Califórnia: “Muito barulho”, dizem relatos

O estado da Califórnia, nos Estados Unidos, foi atingido por um terremoto de magnitude 5,2 na escala Richter nesta segunda-feira (14), por volta das 10h (horário local). O tremor teve epicentro no município de Julián e foi sentido principalmente em San Diego.

Vários tremores secundários de menor magnitude também foram registrados na região, localizada a cerca de 96 quilômetros a nordeste de San Diego. A profundidade do abalo foi de 13,4 quilômetros, considerada baixa e com potencial para intensificar os efeitos do terremoto.

Leia mais:

Repercussão do terremoto na Califórnia

Escritório do Xerife do Condado de San Diego, em Julián, informou que não havia relatos confirmados de danos ou feridos. Alguns moradores de áreas de Los Angeles também relataram ter sentido o tremor.

“O estado está coordenando com as autoridades locais para avaliar possíveis danos e determinar se uma resposta de emergência é necessária”, disse o governador da Califórnia, Gavin Newsom.

Houve muita trepidação e barulho. Mas, felizmente, tudo parece ter voltado ao normal“, afirmou Thomas Shoots, do Departamento de Silvicultura e Proteção contra Incêndios da Califórnia.

O post Terremoto de 5,2 graus sacode San Diego, na Califórnia: “Muito barulho”, dizem relatos apareceu primeiro em Olhar Digital.

Destaque-Terremoto-1024x576

Você não sentiu, mas tivemos um terremoto no Brasil

Um terremoto foi detectado durante a madrugada desta quinta-feira (3), por volta das 4 horas, na região de Parauapebas, no Pará, segundo informações da Rede Sismográfica Brasileira.

O fenômeno foi posteriormente analisado e confirmado pelo Observatório Nacional e pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP).

Com magnitude estimada em 4,3 graus na escala Richter, que varia até o máximo de 10 pontos, o tremor foi forte o suficiente para ser percebido pelos moradores locais, mas insuficiente para causar danos significativos.

Tremor foi analisado pela USP. (Imagem: MuhsinRina/Shutterstock)

Não foi o primeiro terremoto na região

Apesar disso, trata-se do maior evento sísmico já registrado na região desde o início dos monitoramentos científicos.

Este é o quarto tremor relatado este ano pelo Observatório Nacional na parte leste do estado.

Os eventos anteriores ocorreram no dia 9 de janeiro, também em Parauapebas, com magnitude 2,8. Posteriormente, em 17 de janeiro, um tremor de magnitude 2,3 foi detectado em Novo Repartimento, situado a 380 km de Parauapebas.

Finalmente, no dia 28 de janeiro, um terceiro abalo sísmico, com magnitude 2,9, foi registrado na cidade de Tucuruí, localizada a 72 km de Novo Repartimento.

Dados sismográficos de um grande terremoto. Ondas sísmicas na página do relatório. Ilustração 3D.
Não foi a primeira vez que um tremor de terras atingiu o Pará neste ano (Imagem: DestinaDesign/Shutterstock)

O post Você não sentiu, mas tivemos um terremoto no Brasil apareceu primeiro em Olhar Digital.

terremoto-japo-2011-2-1024x685

Japão pode enfrentar megaterremoto de magnitude 9 com danos catastróficos

Um relatório divulgado pelo governo do Japão na segunda-feira (31) informa que o país pode ser atingido por um megaterremoto de magnitude 9 na costa do Pacífico. O tremor poderia gerar tsunamis devastadores, destruir milhares de edifícios e causar a morte de cerca de 300 mil pessoas, principalmente devido às inundações e desabamentos. 

De acordo com o documento, o epicentro seria na zona sísmica de Nankai Trough, uma falha submarina de 900 km onde a Placa do Mar das Filipinas se choca com a Placa Eurasiática. Essa região já provocou megaterremotos no passado, geralmente a cada 100 a 150 anos. O acúmulo de tensões tectônicas ao longo desse período torna provável um novo evento de grande magnitude nas próximas décadas.

Um dos países mais sísmicos do mundo, o Japão tem 80% de chance de enfrentar um terremoto de magnitude entre 8 e 9 nessa região. No pior cenário, até 1,23 milhão de pessoas podem ser afetadas. Se o evento ocorrer à noite, durante o inverno, as baixas temperaturas e a escuridão dificultariam os resgates, aumentando o número de vítimas.

Destruição causada em Kesennuma, Miyagi, na  ilha de Honshu, por um megaterremoto que atingiu o Japão em abril de 2011. Crédito: Mkaz328 – Shutterstock

Leia mais:

Megaterremoto pode causar prejuízo econômico colossal ao Japão

Além das perdas humanas, o impacto econômico seria gigantesco, com prejuízos estimados em US$1,81 trilhão (mais de R$10 trilhões). Segundo o Financial Times, isso representa quase metade do PIB japonês. Indústrias, infraestruturas e centros urbanos sofreriam danos severos, interrompendo cadeias de produção e abastecimento. 

Em 2011, um terremoto semelhante gerou um tsunami que matou mais de 15 mil pessoas e causou um colapso nuclear em Fukushima, desestabilizando o mercado global.

O governo japonês já emitiu alertas sobre o risco crescente de um novo megaterremoto, observando um aumento na atividade sísmica ao longo da falha. Apesar das rígidas normas de construção e dos avanços tecnológicos em prevenção, eventos dessa magnitude podem sobrecarregar qualquer sistema de segurança. Preparação e resposta rápida serão essenciais para minimizar as perdas humanas e econômicas quando o próximo grande terremoto acontecer.

O post Japão pode enfrentar megaterremoto de magnitude 9 com danos catastróficos apareceu primeiro em Olhar Digital.