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Elon Musk deixa governo Trump em meio a prejuízos para a Tesla

Elon Musk está demonstrando sinais de distanciamento do ex-presidente Donald Trump e do Partido Republicano após constatar prejuízos significativos para a Tesla decorrentes de políticas adotadas pelo atual Congresso controlado pelos republicanos.

Apesar de ter apoiado Trump em sua campanha de reeleição e de ter exercido papel ativo como funcionário especial do governo, Musk, agora, admite que essa associação está afetando diretamente os negócios da Tesla.

Musk vai voltar suas atenções para suas companhias (Imagem: bella1105/Shutterstock)

Entre as medidas recentes adotadas pelo Congresso está a eliminação de incentivos fiscais para veículos elétricos, como o crédito de US$ 7,5 mil (R$ 42,97 mil, na conversão direta) e a extinção de subsídios para armazenamento de baterias e energia solar, pilares importantes da divisão de energia da empresa.

Em resposta, a Tesla divulgou comunicado solicitando que os incentivos não sejam eliminados abruptamente, mas reduzidos gradualmente, com o argumento de que uma remoção rápida colocaria em risco a independência energética dos Estados Unidos e a confiabilidade da rede elétrica.

Musk compartilhou o comunicado e destacou a contradição de o governo manter subsídios bilionários para a indústria de combustíveis fósseis enquanto retira os benefícios da energia limpa.

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Quando a relação Musk/Trump esfriou?

  • A saída oficial de Musk da função no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês) foi anunciada na quarta-feira (28), ao fim do prazo legal de 130 dias para ocupação desse tipo de cargo;
  • A decisão, segundo fontes, não foi discutida previamente com Trump e teria sido tomada ao nível superior dentro da equipe de governo;
  • Nos últimos dias, Musk tem realizado diversas entrevistas para tentar demonstrar que está se desvinculando da política e focando novamente em suas empresas, incluindo Tesla, SpaceX e o X;
  • A Tesla enfrenta queda nas vendas, especialmente na Europa, e protestos relacionados à atuação política de Musk;
  • Em resposta às preocupações dos acionistas, ele reafirmou seu compromisso de liderar a empresa pelos próximos cinco anos e ressaltou o foco no desenvolvimento de tecnologias, como robôs humanoides e o serviço de robotáxis, previsto para ser lançado no próximo mês.

Musk também intensificou sua presença nas instalações da SpaceX, participando do lançamento do foguete Starship no Texas (EUA) e falando sobre os planos da empresa para levar humanos a Marte e construir uma base na Lua.

Em entrevistas, ele relatou as dificuldades enfrentadas no governo e a crescente impopularidade do DOGE, frequentemente responsabilizado por cortes em agências e programas federais.

Embora tenha reduzido sua atuação política e declarado que passou tempo demais envolvido com o governo, Musk não descartou totalmente a continuidade de projetos ligados ao DOGE, afirmando que a prioridade agora é focar em iniciativas de maior retorno.

Elon Musk de perfil
Empresário se desiludiou com o governo (Imagem: Photo Agency/Shutterstock)

Aparentemente, Elon Musk está tentando reverter os danos causados por sua associação com Trump e o Partido Republicano, reposicionando-se como líder empresarial e defensor da inovação tecnológica, em momento crítico para suas empresas.

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Musk já sabe quando a Tesla entregará seus primeiros robotáxis

Enquanto Tesla realiza testes com veículos Model Y autônomos em Austin, Texas, que precisará da operação de humanos, Elon Musk revelou que a montadora deve entregar as primeiras unidades já em junho, adiantando o cronograma inicial.

O CEO, ao anunciar em seu perfil no X, destacou que os testes não registraram “nenhum incidente” até o momento.

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Musk antecipa estreia de robotáxis da Tesla em meio a turbulências políticas – Imagem: Milos Ruzicka/Shutterstock

Robotáxis começam a operar em Austin em breve

  • Inicialmente, Musk havia afirmado que o projeto começaria com 10 a 20 veículos, com testes previstos apenas para o final de junho.
  • “Um mês antes do previsto”, escreveu o bilionário, em meio a crescentes rumores sobre o lançamento oficial do serviço de robotáxis.
  • Segundo a Bloomberg News, a Tesla planeja lançar o serviço de robotáxis em Austin no próximo dia 12 de junho.
  • A empresa, no entanto, ainda não confirmou oficialmente a data e não respondeu a pedidos de comentário da Reuters fora do horário comercial.

Fora do governo, Musk vai focar na Tesla

O anúncio de Musk ocorreu poucas horas após ele declarar sua saída do governo do presidente Donald Trump, no qual liderava uma controversa campanha por eficiência governamental.

A saída marca o fim de uma gestão marcada por conflitos com agências federais e promessas de cortes de gastos que não se concretizaram.

As vendas da Tesla têm sofrido queda global, pressionadas pelo aumento da concorrência no setor de veículos elétricos e pelas polêmicas declarações políticas de Musk, que têm causado reações negativas do público e investidores.

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Primeiras unidades autônomas do Model Y devem ser entregues em junho – Imagem: alexgo.photography/Shutterstock

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A vida depois de Trump: acionistas querem Musk 100% focado na Tesla

A saída de Elon Musk do governo dos Estados Unidos, confirmada nesta semana, foi um verdadeiro alívio para os investidores da Tesla. O bilionário foi escolhido por Donald Trump para realizar cortes drásticos nos gastos públicos.

O empresário esteve à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), cuja atuação provocou milhares de demissões, além da redução do número de agências da Casa Branca. Estas ações, no entanto, acabaram gerando muitas polêmicas e prejudicando as empresas de Musk.

Acionistas querem garantias de que o empresário irá focar na empresa

  • Após o fim da relação entre o bilionário e o governo dos EUA, um grupo de acionistas da Tesla enviou uma carta à presidente do conselho da empresa, Robyn Denholm.
  • O documento pede garantias de que Elon Musk irá se dedicar pelo menos 40 horas por semana à fabricante de veículos elétricos.
  • A carta foi assinada pelo SOC Investment Group, que é patrocinado por uma coalizão de sindicatos, e outros pequenos investidores que juntos possuem cerca de 7,9 milhões de ações da Tesla, uma pequena fração dos 3,22 bilhões de ações da companhia.
  • Isso ocorre em meio à frustração de investidores e funcionários com o impacto negativo que o papel do bilionário no governo Trump teve nas vendas e na reputação da montadora.
  • As informações são do The Washington Post.
Reputação da Tesla foi prejudicada por atuação de Musk na Casa Branca (Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)

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Atuação de Musk na Casa Branca prejudicou imagem da montadora

A carta também pede a criação de um plano de sucessão claro, de longo e curto prazo para a administração da Tesla. Além de solicitar o estabelecimento de uma política que limite os compromissos externos de membros conselho em outras empresas públicas e privadas.

No mês passado, a imprensa dos EUA informou que o conselho da Tesla estava procurando um novo CEO. Denholm, no entanto, afirmou que a alegação era falsa e manifestou total confiança na capacidade de Musk para superar a atual crise da montadora.

Ao fundo, fotos de ELon Musk (direita) e Donald Trump (esquerda); à frente, parte da bandeira dos EUA tremulando na tela de um smartphone
Trump escolheu Musk para reduzir os gastos do governo dos EUA (Imagem: bella1105/Shutterstock)

O último balanço financeiro da empresa de veículos elétricos registrou uma queda de 71% no lucro e uma redução de 13% nas vendas em comparação com o mesmo período de 2024. Analistas atribuem esse fraco resultado ao trabalho de Musk no governo dos EUA.

Desde que o empresário assumiu o cargo na Casa Branca, as ações da Tesla caíram cerca de 24%. Os papéis da empresa chegaram a se recuperar parcialmente nos últimos dias, após o bilionário confirmar que deixaria seu posto na gestão Trump.

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Tesla inicia testes de robotáxis no Texas — mas com humanos no controle

Após anos prometendo veículos totalmente autônomos, a Tesla deve lançar até o fim de junho uma frota piloto de cerca de 10 robotáxis Model Y em Austin, Texas — mas, ao menos por enquanto, com ajuda humana por trás. As informações são do InsideEVs.

Segundo analistas e vagas de emprego publicadas pela empresa, o serviço dependerá de teleoperação remota para garantir a segurança.

Como os humanos vão participar

  • Engenheiros serão responsáveis por monitorar e, quando necessário, controlar os veículos à distância, usando uma interface que integra realidade virtual.
  • Isso indica que, apesar do marketing de autonomia total, os robotáxis da Tesla começarão operando com supervisão humana ativa — prática semelhante à usada por concorrentes como a Waymo.
  • A Tesla ainda não divulgou dados de segurança do seu sistema Full Self-Driving (FSD), que segue sob investigação após dezenas de acidentes, alguns fatais.
  • Mesmo assim, Elon Musk afirmou que a empresa pode escalar para até 1.000 robotáxis nos próximos meses.
Empresa aposta em câmeras e supervisão humana virtual para sua estreia em mobilidade autônoma (Imagem: FPCreative Stock/Shutterstock)

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Tesla deve ter tecnologia diferente da usual em carros autônomos

A Tesla aposta exclusivamente em câmeras e inteligência artificial para guiar seus veículos, ao contrário de rivais que utilizam sensores como lidar e radar.

Curiosamente, apesar da recusa em adotar múltiplos sensores, a empresa agora segue um caminho híbrido com humanos “no circuito”, prontos para intervir sempre que necessário.

A estreia do serviço será restrita a um grupo de usuários convidados — e o mundo acompanhará de perto como a promessa da Tesla se traduz na prática.

Traseira de carro da Tesla vista bem de perto
Frota de Model Y começa a rodar em Austin com supervisão remota (Imagem: BoJack/Shutterstock)

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Tesla começa a aceitar trocas com o Cybertruck, mas valor despenca até 39%

A Tesla começou, finalmente, a aceitar Cybertrucks como parte do pagamento para um novo veículo, cerca de um ano e meio após iniciar as entregas da picape elétrica, em novembro de 2023.

Contudo, o InsideEVs revelou como os proprietários que decidiram devolver seus veículos estão descobrindo uma realidade pouco animadora: a forte desvalorização.

Tesla oferece valores baixos pelos veículos

  • Segundo relatos no fórum Cybertruck Owners Club, um proprietário de um modelo All-Wheel Drive Foundation Series 2024 com pouco mais de 10 mil km recebeu, da Tesla, uma oferta de troca de US$ 65,4 mil (R$ 370,65 mil, na conversão direta);
  • Outro dono de um modelo semelhante, com quase 52 mil km rodados, teve oferta ainda menor: US$ 60,5 mil (R$ 97,36 mil);
  • Ambos os veículos foram comprados por US$ 99,99 mil (R$ 566,69 mil), o preço cheio da versão topo de linha;
  • Ou seja, em menos de um ano, esses Cybertrucks perderam entre 34% e 39% do valor original — uma queda brusca para um veículo que, segundo Elon Musk em 2019, seria um “ativo em valorização“.
Modelos que custavam R$ 566,69 mil estão sendo avaliados por menos de R$ 98 mil na Tesla (Imagem: Mike Mareen/Shutterstock)

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As ofertas da Tesla, embora mais generosas que as da plataforma de venda online Carvana (em cerca de US$ 8 mil/R$ 45,33 mil), tendem a cair na hora da formalização da troca, segundo donos de veículos que já passaram pelo processo.

Demanda em queda brusca

O mercado para a picape futurista da Tesla esfriou consideravelmente desde o seu lançamento. Apesar de início promissor — com lista de espera de milhões de pessoas e unidades revendidas por até US$ 120 mil (R$ 680,09 mil) —, a demanda caiu rapidamente. Hoje, é possível encomendar um Cybertruck novo e recebê-lo em poucos dias.

A situação reflete também nas vendas: após liderar o mercado de picapes elétricas em 2023, a Cybertruck foi superada no primeiro trimestre de 2025 pela Ford F-150 Lightning.

Para piorar, relatos indicam que milhares de unidades estão encalhadas em estoque e uma nova pausa na produção estaria sendo planejada.

Fachada da loja da Tesla
Promessa de “ativo em valorização” de Elon Musk sobre o Cybertruck vai por água abaixo (Imagem: Milos Ruzicka/Shutterstock)

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Musk de volta: bilionário voltará atenções para Marte e carros autônomos

Um grande apagão no X, ocorrido na última quinta-feira (22), marcou, simbolicamente, o fim da intensa e controversa incursão política de Elon Musk.

Em meio a problemas técnicos e críticas públicas, o bilionário anunciou que está, oficialmente, deixando a política para se dedicar, integralmente, às suas empresas Tesla, SpaceX e à startup de inteligência artificial (IA) xAI.

Parece que a lua de mel entre o bilionário e o presidente Donald Trump chegou ao fim (Imagem: Joshua Sukoff/Shutterstock)

“Devo estar super focado no X/xAI e Tesla (além do lançamento do Starship na próxima semana), pois estamos lançando tecnologias críticas“, afirmou Musk, em postagem na própria rede social. “Como evidenciado pelos problemas de estabilidade do X nesta semana, grandes melhorias operacionais precisam ser feitas. A redundância de failover deveria ter funcionado, mas não funcionou“, completou.

O episódio do apagão, causado por um incêndio em um data center da empresa em Hillsboro, Oregon (EUA) — ainda que as autoridades não tenham confirmado a ligação direta com a falha —, reforçou a urgência do retorno de Musk às suas funções principais.

Segundo informações trazidas pelo Grok, a IA do próprio X, “o problema está relacionado à infraestrutura e não há evidência de que funcionários com visto H-1B estejam envolvidos”, em resposta a ataques xenofóbicos que circularam online após o ocorrido.

Musk: bye bye, Trump; hello, “família X”!

  • Essa guinada na vida de Musk vem na esteira de um ano turbulento de envolvimento político. Em 2024, ele se destacou como um dos maiores financiadores da campanha de Donald Trump, chegando a investir, pelo menos, US$ 288 milhões (R$ 1,62 bilhão, na conversão direta) nas eleições;
  • Criou, ainda, o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), responsável por cortes agressivos e demissões em massa no governo federal, ação que provocou protestos ao redor do mundo e episódios de violência em instalações da Tesla;
  • “O envolvimento com a política me custou muito”, teria admitido Musk em conversas privadas, de acordo com fontes próximas ouvidas pelo The Washington Post;
  • Ele também expressou preocupações com a segurança de sua família e frustração com os resultados modestos de seus esforços;
  • Apesar de almejar economia de US$ 2 trilhões (R$ 11,29 bilhões) para o orçamento federal, o próprio Musk revisou sua estimativa para apenas US$ 160 bilhões (R$ 903,47 bilhões) em 2026 — valor ofuscado pelo pacote legislativo de Trump, que deve adicionar US$ 2,4 trilhões (R$ 13,55 trilhões) à dívida nacional.

Política em Washington não é mais uma atividade de alto retorno”, disse uma das fontes ligadas ao bilionário. “Agora que ganhamos um pouco de tempo, vamos voltar ao plano de ir para Marte.” Esse retorno ao “core-business” envolve missões audaciosas. Na Tesla, Musk prepara o lançamento de um veículo autônomo completo para junho, usando, como base, o Model Y.

O projeto Cybercab — carro sem volante e pedais, descrito como um “lounge sobre rodas” de US$ 30 mil (R$ 169,4 mil) — também está no horizonte. No entanto, as polêmicas políticas já cobraram um preço: a montadora viu seus lucros despencarem 71% no primeiro trimestre de 2025 e sua imagem pública sofreu abalos severos.

“Ele finge que o problema é sua ausência na Tesla, mas somos nós que estamos lutando contra a tempestade que ele mesmo criou”, afirmou Matthew LaBrot, ex-funcionário da Tesla demitido após criar um site pedindo a renúncia de Musk da empresa.

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Na SpaceX, o foco está voltado ao lançamento do Starship, o maior e mais potente foguete já construído. Depois de dois testes fracassados, Musk planeja visitar o Starbase, no Texas (EUA), para apresentar “o plano de Marte”.

O objetivo: enviar uma frota de naves não tripuladas ao planeta vermelho em 2026, como parte de sua ambição de colonização marciana. Antes disso, a empresa ainda precisa provar que pode abastecer naves no Espaço — algo sem precedentes.

Além disso, a SpaceX tem papel fundamental no programa da NASA para retornar à Lua até 2027, enfrentando a concorrência crescente da China. O investimento do governo estadunidene no Starship ultrapassa US$ 4 bilhões (R$ 22,58 bilhões).

Enquanto Musk se reposiciona como inovador, sua retirada da política traz incertezas ao Partido Republicano. A America PAC, financiada por ele, desempenhou papel crucial nas campanhas eleitorais de 2024, especialmente em estados-pêndulo.

A expectativa era de que ele repetisse esse apoio em 2026 e até 2028. “Se ele realmente sair, isso vai criar uma corrida para encontrar alguém que possa mobilizar eleitores em todo o país”, disse uma fonte ligada à PAC.

No entanto, a reação pública negativa pode ter sido decisiva. Uma pesquisa recente apontou que 57% dos estadunidenses desaprovam a atuação de Musk na administração Trump.

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Montadora de Elon Musk enfrenta seu momento mais turbulento em anos, com recuos nas vendas e pressão global (Imagem: kovop/Shutterstock)

A derrota do candidato conservador Brad Schimel na Suprema Corte de Wisconsin, mesmo com US$ 50 milhões (R$ 282,33 milhões) investidos por Musk, reforçou dúvidas sobre a eficácia de sua influência política.

No Qatar Economic Forum, Musk foi direto: disse que só voltaria a investir em campanhas se visse uma razão concreta. “Acho que já fiz o suficiente”, declarou.

Com foguetes, carros autônomos e IA no radar, Elon Musk parece, finalmente, ter deixado para trás a arena política. Pelo menos, por enquanto.

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Como um carro autônomo reage em caso de acidente? Entenda a tecnologia por trás

Com a promessa de transformar a mobilidade urbana e reduzir os acidentes causados por erro humano, os veículos autônomos vêm ganhando cada vez mais espaço no debate sobre o futuro do transporte.

Mas, diante de situações críticas, como colisões iminentes com outros veículos ou até mesmo com pedestres, como esses sistemas tomam decisões? Quem eles priorizam? E, afinal, o carro autônomo é realmente seguro?

Como o carro autônomo reage em acidentes?

Os carros autônomos são equipados com sensores, câmeras, radares e sistemas de inteligência artificial que permitem identificar obstáculos, prever ações de outros veículos e tomar decisões em tempo real. Em situações de risco, os comandos do sistema autônomo visam reduzir ao máximo os danos. Mas nem sempre isso é simples.

Carros autônomos usando mapa 3D (Imagem: divulgação/Array Labs)

Uma das questões mais debatidas é a programação ética dos algoritmos. Em acidentes inevitáveis, o sistema deve proteger o passageiro ou priorizar a vida de pedestres? A resposta varia conforme a cultura: estudos internacionais mostram que cidadãos de diferentes países têm preferências distintas sobre quem deve ser salvo em um acidente inevitável, o que dificulta uma padronização global.

Além disso, os níveis de autonomia influenciam diretamente na resposta dos carros. Enquanto modelos no nível 2 ainda exigem supervisão humana constante, os níveis 4 e 5 (ainda em testes) podem operar totalmente sozinhos.

Em qualquer nível, os algoritmos são programados para frear, desviar ou minimizar impactos. Mas acidentes já mostraram que essas decisões nem sempre ocorrem a tempo ou de forma precisa.

Casos envolvendo veículos da Tesla, Uber e Ford, por exemplo, revelaram que falhas em sensores, erros de interpretação do ambiente e até a confiança excessiva dos motoristas nos sistemas ainda comprometem a segurança.

Carro autônomo Baidu Apollo. Imagem: Baidu/Divulgação

Níveis de automação veicular

A SAE International (Society of Automotive Engineers) desenvolveu a norma J3016, que estabelece seis níveis de automação, Veja os níveis abaixo:

Nível 0 – Sem automação

Todo o controle do veículo é feito pelo motorista, mesmo que haja sistemas de alerta ou assistência (como sensores de ponto cego ou frenagem de emergência). A responsabilidade é totalmente humana.

Nível 1 – Assistência ao motorista

O veículo pode auxiliar em uma tarefa específica, como controlar a velocidade (cruise control adaptativo) ou a direção (assistente de faixa), mas não ambas ao mesmo tempo. O motorista continua responsável por monitorar o ambiente e assumir o controle a qualquer momento.

Nível 2 – Automação parcial:

O sistema pode controlar direção e velocidade ao mesmo tempo, em certas condições (como em rodovias). Ainda assim, o motorista deve estar atento o tempo todo e preparado para assumir o volante instantaneamente.

Nível 3 – Automação condicional

O carro pode conduzir sozinho em algumas situações, monitorando o ambiente por conta própria. No entanto, pode solicitar que o motorista assuma o controle, e este deve estar pronto para agir.

Nível 4 – Automação elevada

O veículo dirige sozinho em modos e áreas específicas. Se o motorista não responder a um pedido de intervenção, o carro é capaz de estacionar ou parar em segurança. Em certos contextos, a presença do motorista nem é necessária.

Nível 5 – Automação total

O carro é totalmente autônomo em qualquer condição de tráfego e clima. Não há necessidade de volante, pedais ou motorista. Esse nível ainda está em estágio experimental e longe de se tornar realidade comercial.

Carro autônomo sem volante
Cruise/Divulgação

Críticas ao modelo de níveis da SAE

Apesar de amplamente utilizado, o modelo de automação veicular da SAE (J3016) é criticado por ter um foco excessivamente técnico, negligenciando aspectos humanos, sociais e comportamentais. Ele sugere uma progressão linear entre os níveis de autonomia, o que pode ser enganoso, especialmente em casos como o nível 3, que pode gerar riscos ao exigir que o motorista assuma o controle repentinamente. 

Além disso, o modelo desconsidera a infraestrutura das vias e as interações com outros usuários, como pedestres e ciclistas. Assim, embora útil, o modelo precisa ser complementado com fatores éticos, regulatórios e sociais para garantir uma mobilidade autônoma segura e inclusiva.

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Carro autônomo é realmente seguro?

A conexão 5G nos carros autônomos vai possibilitar uma série de comodidades
A conexão 5G nos carros autônomos vai possibilitar uma série de comodidades. Imagem: metamorworks/Shutterstock

A segurança é, de fato, o grande argumento em favor da autonomia veicular. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, 90% dos acidentes de trânsito são causados por erro humano. A substituição do condutor por sistemas inteligentes promete reduzir esse número drasticamente.

Entretanto, a realidade ainda está longe da perfeição. Acidentes envolvendo carros autônomos, como o atropelamento fatal causado por um veículo da Uber em 2018, nos Estados Unidos, ou os recentes incidentes com a tecnologia BlueCruise da Ford e o Full Self Driving da Tesla, levantam dúvidas sobre a confiabilidade desses sistemas em cenários imprevisíveis.

Algumas montadoras, como a Volvo, já afirmaram que assumirão total responsabilidade por falhas em seus sistemas autônomos. No entanto, nem todas as empresas são transparentes quanto a seus dados de segurança, e a investigação de incidentes geralmente envolve longos processos técnicos e judiciais.

Montadora sueca vai investir em IA para carros autônomos (Imagem: Volvo/Divulgação)

Além disso, a infraestrutura urbana, a regulação e a adaptação social também são fatores-chave. Países como Alemanha e Reino Unido já avançam em legislações específicas, enquanto o Brasil ainda está em fase inicial de regulamentação. No cenário nacional, as dificuldades vão desde a falta de infraestrutura viária adequada até a ausência de normas claras sobre testes, seguros e responsabilidade civil.

Apesar dos avanços, a confiança do público segue como um dos maiores desafios. Para que os carros autônomos se tornem realidade no cotidiano, será necessário superar obstáculos técnicos, éticos, legais e culturais.

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BYD tem aumento expressivo nas vendas e supera Tesla pela primeira vez na Europa

O cenário do mercado de veículos elétricos na Europa tem apresentado uma manutenção de tendências. Enquanto a procura por modelos da BYD continua crescendo a um ritmo impressionante, as venda da Tesla seguem em queda acentuada.

No último mês de abril, por exemplo, a empresa chinesa ultrapassou a montadora de Elon Musk em número de comercializações pela primeira vez na Europa. Isso indica uma mudança importante na preferência dos consumidores europeus.

Momento decisivo para o mercado automotivo da Europa

De acordo com dados divulgados pela empresa de pesquisa de mercado Jato Dynamics, as vendas de veículos elétricos da BYD na Europa somaram 7.231 unidades no mês de abril. Isso representou um aumento de 169% em relação ao ano anterior.

BYD continua avançando no mercado europeu (Imagem: Robert Way/iStock)

O resultado ainda colocou a montadora chinesa na décima colocação entre as principais marcas em vendas de veículos elétricos no continente europeu. A Tesla, por sua vez, aparece uma posição atrás da rival.

A montadora de Elon Musk vendeu 7.165 veículos em abril, o que representa uma queda de 49% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo análise da Jato Dynamics, embora a diferença no número de vendas seja pequena, “este é um momento decisivo para o mercado automotivo da Europa”.

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Logo da Tesla em um painel
Tesla vem enfrentando queda na procura por seus veículos em várias partes do mundo (Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)

Marcas mais vendidas na Europa

  • A liderança no ranking de veículos elétricos vendidos em abril foi da Volkswagen.
  • A VW vendeu 23.514 unidades, um aumento de 28% nas comercializações.
  • A segunda posição ficou com a BMW, com 14.867 unidades vendidas, alta de 5%.
  • Completando o pódio aparece a Skoda, com uma alta de impressionantes 214%, totalizando 13.598 carros vendidos no período.

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Fim da linha para Musk na Tesla, aponta jornal

Em meio à queda de lucros e do valor das ações, o conselho administrativo da Tesla iniciou, discretamente, a busca por um sucessor para Elon Musk.

A notícia, divulgada pelo The Wall Street Journal, surge como reflexo de uma empresa em transformação, pressionada entre as ambições políticas de seu fundador e a realidade de um mercado cada vez mais competitivo.

Ultimato silencioso

Há cerca de um mês, com as ações da Tesla em declínio e investidores insatisfeitos com o foco de Musk na Casa Branca, membros do conselho decidiram agir. Contataram diversas empresas de recrutamento executivo para iniciar, formalmente, a busca pelo próximo CEO da fabricante de carros elétricos.

Durante reunião de atualização com Musk, o recado foi direto: ele precisava dedicar mais tempo à Tesla e comunicar isso publicamente. Surpreendentemente, o bilionário não resistiu à solicitação, aponta o jornal. Na semana passada, após anunciar queda de 71% nos lucros do primeiro trimestre, Musk finalmente declarou aos investidores: “A partir do próximo mês, vou alocar muito mais do meu tempo à Tesla.”

O conselho estreitou o foco em uma grande empresa de recrutamento, segundo fontes do Journal. Não está claro se Musk estava ciente desse esforço ou se sua promessa de maior dedicação afetou os planos de sucessão.

Tesla está em crise (Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)

Império dividido

  • A trajetória recente da Tesla ilustra os desafios de uma empresa cujo líder divide sua atenção entre múltiplos projetos. Musk supervisiona cinco negócios diferentes e, apenas na Tesla, mais de 20 executivos se reportam diretamente a ele;
  • Desde a eleição de Donald Trump, Musk tem passado a maior parte do tempo em Washington (EUA), com fins de semana no resort Mar-a-Lago, na Flórida (EUA). Suas interações com funcionários e membros do conselho da Tesla frequentemente ocorrem de forma remota;
  • Alguns funcionários relataram que a primeira vez que ouviram Musk em meses foi durante uma reunião geral em março, transmitida para todos os usuários do X, onde ele tentou tranquilizá-los:
    • “Se você ler as notícias, parece o Armagedom. Não posso passar por uma TV sem ver um Tesla em chamas”, disse ele, referindo-se ao vandalismo em concessionárias e estações de carregamento. “Há momentos tempestuosos, mas estou aqui para dizer que o futuro é brilhante e empolgante. O que estou dizendo é: segure suas ações.”

Transição tumultuada na Tesla

A Tesla está em período de transição, segundo seus executivos. Os populares Tesla Model 3 e Model Y impulsionaram a primeira onda de crescimento.

Agora, a empresa está se voltando para inteligência artificial (IA) e robótica, anunciada por novos veículos, como o Cybercab, sedã dourado de dois lugares sem volante ou pedais, e pelo Optimus, robô humanoide central para a visão de Musk para a empresa.

No entanto, seu negócio principal de veículos elétricos está em declínio e seu veículo mais recente, a Cybertruck, não proporcionou o impulso esperado.

Lançado com preço inicial de cerca de US$ 100 mil (R$ 567,56 mil, na conversão direta)duas vezes e meia o valor anunciado originalmente por Musk – o caminhão enfrentou oito recalls e vendeu apenas 39 mil unidades nos EUA em seu primeiro ano completo de vendas, muito abaixo da meta de 250 mil anunciada por Musk.

Tensões internas crescentes

A proximidade de Musk com Trump, que criticou o mercado de veículos elétricos e prometeu revitalizar as indústrias de petróleo e gás, criou tensões dentro da Tesla. Alguns funcionários buscaram garantias de que Musk ainda apoiava a missão da empresa de combater as mudanças climáticas.

Em novembro passado, o executivo Mike Snyder tentou tranquilizar sua equipe: “É óbvio que tem sido uma temporada turbulenta e emocional, reconheço isso. Prefiro ter Elon ao lado de Trump do que um inimigo de Trump.”

Entretanto, no início deste ano, ficou claro para alguns dentro da empresa que a incursão política de Musk estava se tornando um passivo para os negócios. A Tesla estava perdendo apelo em mercados, como Califórnia (EUA) e Alemanha, e motoristas começaram a colocar adesivos em seus carros para se distanciarem das posições políticas de Musk.

O caso de Eliah Gilfenbaum, executivo da Tesla na Califórnia (EUA), ilustra a divisão interna. Ele disse à sua equipe que estava ficando mais difícil contratar e reter talentos e que a Tesla estaria melhor se Musk renunciasse. Após a divulgação dessas declarações por dois jornais, Gilfenbaum foi forçado a deixar a empresa.

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Desafios financeiros e remuneração

Musk tem reclamado publicamente e em privado que, apesar de possuir cerca de 13% da empresa, está trabalhando sem remuneração há sete anos, desde que um juiz de Delaware anulou seu pacote multibilionário de remuneração. O conselho da Tesla, recentemente, formou um comitê especial de compensação para abordar a remuneração do CEO.

No início do ano passado, após quase duas décadas dirigindo a Tesla, Musk confidenciou a alguém próximo, em mensagens de texto enviadas na madrugada, que estava frustrado por ainda estar trabalhando sem parar na empresa.

Na primavera estadunidense, ele disse a essa pessoa que não queria mais ser CEO da Tesla, mas estava preocupado de que ninguém pudesse substituí-lo no comando da empresa e vender a visão de que a Tesla não é apenas uma montadora, mas o futuro da robótica e automação.

Impacto na política e nos negócios

Musk gastou mais de US$ 250 milhões (R$ 1,41 bilhão) na campanha de reeleição de Trump e recebeu o cargo de líder do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês). Seu status como “funcionário especial do governo” permite que ele trabalhe na Casa Branca por 130 dias por ano sem preencher os formulários de divulgação financeira exigidos para funcionários regulares.

Na semana passada, durante uma reunião de gabinete, Trump agradeceu a Musk por seu trabalho no governo: “Você sabe que está convidado a ficar pelo tempo que quiser. Acho que ele quer voltar para casa, para seus carros“, retrata o WSJ.

Qualquer mudança no topo marcaria um momento crucial para a Tesla: Musk dirige a fabricante de veículos elétricos há quase 20 anos, embora tenha deixado o cargo de presidente do conselho em 2018.

Elon Musk durante evento
Bilionário toca cinco empresas e seu cargo no governo dos EUA (Imagem: Frederic Legrand/Shutterstock)

Perspectivas futuras

Musk e seus comandados redobraram esforços para convencer investidores de que os veículos autônomos há muito planejados pela Tesla estão próximos. A empresa planeja abrir seu aplicativo de transporte para o público até o final de junho, permitindo que clientes em Austin, Texas (EUA), façam viagens de robotáxi sem supervisão em Model Ys.

No relatório de lucros da semana passada, que mostrou queda de 9% na receita trimestral, incluindo queda de 20% na receita automotiva, Musk defendeu o desempenho da empresa e expressou otimismo sobre seu futuro: “Não estamos à beira da morte, nem perto disso.”

Enquanto isso, o conselho de oito pessoas da Tesla está buscando adicionar um diretor independente. Alguns diretores, incluindo o cofundador JB Straubel, têm se reunido com grandes investidores para garantir que a empresa está em boas mãoscom ou sem Elon Musk no comando diário.

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Como as terras raras impactam o mercado de robôs humanoides da Tesla

A Tesla está enfrentando dificuldades na produção de seus robôs humanoides Optimus devido a novas restrições comerciais impostas pela China sobre ímãs de terras raras – insumos essenciais para os equipamentos da empresa.

A informação foi confirmada pelo CEO Elon Musk durante a divulgação dos resultados trimestrais da montadora, conforme revela a CNBC.

China estaria retaliando por conta das tarifas de Trump

  • A China, que domina o mercado global desses minerais, passou a exigir licenças especiais para exportação de certos elementos estratégicos, como forma de retaliação às tarifas comerciais do governo dos EUA.
  • Musk afirmou que as autoridades chinesas solicitaram garantias de que os ímãs não seriam utilizados para fins militares – o que, segundo ele, não se aplica à Tesla.
  • Mesmo com os entraves, Musk assegurou que a produção de milhares de unidades do robô Optimus ainda está nos planos de 2025, com implantações previstas em fábricas da Tesla.
  • Ele reiterou que os robôs humanoides e os veículos autônomos são pilares fundamentais para o futuro da empresa.
Tensões entre EUA e China ameaçam cadeias globais de suprimentos tecnológicos, e até robô humanoides podem ser afetados (Imagem: Divulgação/Tesla)

Ações da Tesla em queda

Com o negócio de carros elétricos enfrentando desaceleração e as ações da empresa em queda de 37% no ano, a Tesla aposta na robótica como motor de crescimento.

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No entanto, analistas alertam que as restrições chinesas podem beneficiar empresas locais, como a Unitree Robotics e a AgiBot, que devem iniciar produção em massa neste ano.

Enquanto vê setor de carros elétricos estagnar, a Tesla aposta em seus robôs humanoides para voltar a crescer – Imagem: Kittyfly/Shutterstock

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