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Na corrida dos “vídeos curtos”, o TikTok segue na dianteira

O TikTok segue ampliando seu domínio no mercado de vídeos curtos, enquanto gigantes da tecnologia como Meta e Google correm para tentar alcançá-lo.

Desde seu lançamento global em 2016, o aplicativo da ByteDance conquistou mais de 1,12 bilhão de usuários ativos mensais e mantém usuários americanos conectados por, em média, 108 minutos diários, como mostra a CNBC.

A popularidade do TikTok forçou outras plataformas a adaptarem suas estratégias. Instagram Reels, YouTube Shorts e até o LinkedIn investem em formatos similares, mas ainda não atingiram o nível de precisão algorítmica do TikTok.

Segundo especialistas, a plataforma se consolidou como um verdadeiro centro digital para a geração mais jovem, influenciando entretenimento, notícias e até hábitos de compra.

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Enquanto TikTok cresce, YouTube e Instagram lutam para manter o ritmo – Imagem: 19 STUDIO/Shutterstock.

Vídeos curtos podem ser prejudiciais para o cérebro

  • Apesar do sucesso, o formato de vídeos curtos levanta preocupações.
  • Pesquisadores apontam que o consumo intenso desse tipo de conteúdo pode prejudicar a capacidade de atenção, afetar o sono e aumentar a ansiedade, especialmente entre os mais jovens.
  • A dinâmica de rolagem infinita, que prende o usuário em breves picos de atenção, marca uma mudança profunda em como consumimos entretenimento.

Lucrar com os vídeos curtos não é fácil

Outro desafio é a monetização. Embora o TikTok tenha gerado cerca de US$ 23,6 bilhões em receita publicitária no último ano, criadores frequentemente ganham pouco com conteúdos virais.

O YouTube Shorts e o Instagram Reels também enfrentam dificuldades em tornar o formato curto rentável, apesar de iniciativas como parcerias de marca e testes de novos recursos.

Com a ameaça de restrições ao TikTok nos EUA devido à sua propriedade chinesa, empresas como Meta e YouTube estão se preparando para capturar parte do mercado publicitário. Ainda assim, permanece a pergunta: os concorrentes conseguirão realmente acompanhar a velocidade de inovação do TikTok?

YouTube Shorts versus TikTok
Vídeos curtos conquistam usuários e transformam redes sociais, mas geram preocupações com a saúde mental – Imagem: Ascannio / Shutterstock

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Dona do TikTok planeja data center no Brasil, segundo agência de notícias

Segundo informações divulgadas pela Reuters, a ByteDance, dona do TikTok, está planejando investir em um data center no Brasil. O projeto aproveitaria a vasta quantidade de energia eólica na costa nordeste brasileira.

Para tanto, a empresa chinesa estaria negociando parceria com a geradora de energia renovável Casa dos Ventos visando a construção de instalação no complexo portuário do Pecém, localizado no Ceará.

A proposta da ByteDance vem em momento no qual o Brasil quer se consolidar como centro global de data centers. Isso pode ser visto no plano da Scala Data Center, que consiste em construir verdadeira “cidade data center” no sul do País.

Empresa chinesa pode transformar Brasil em seu pilar de suas operações no Hemisfério Ocidental (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

Características do possível data center brasileiro do TikTok

  • Segundo a agência de notícias, as negociações iniciais visam um data center de 300 MW, podendo ser expandido para 900 MW em uma eventual segunda fase;
  • Contudo, a demanda total do projeto poderá chegar a quase 1 GW;
  • Caso isso se concretize, o Brasil será um pilar das operações da ByteDance no Hemisfério Ocidental;
  • E não é só o País que está na mira da chinesa: em fevereiro, ela anunciou que deve investir US$ 8,8 bilhões (R$ 50,01 bilhões, na conversão direta) em data centers na Tailândia durante cinco anos.

Pecém é um ponto estratégico para data centers, pois é onde existem estações de aterrissagem de cabos submarinos próximas e possui concentração de energia renovável.

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Casa dos Ventos

A Casa dos Ventos tem parceria, desde 2022, com a TotalEnergies. A geradora de energia renovável já solicitou conexão à rede para criação de projeto de data center justamente em Pecém.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a princípio, não aceitou o pedido por preocupações com a estabilidade da rede, pois as instalações da região demandam muita energia.

Dessa forma, o Ministério de Minas e Energia (MME) estaria avaliando aumentar a capacidade de rede para projetos de data center em Pecém e em outras áreas.

O que dizem os citados

Nem MME, nem TikTok responderam aos pedidos de contato da Reuters. A agência de notícias não conseguiu contato com a ByteDance. Contudo, a Casa dos Ventos enviou um comunicado oficial, se esquivando de sua suposta relação com a ByteDance, afirmando apenas que está “comprometida em transformar o porto do Pecém em um polo de inovação tecnológica e transição energética“.

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Projeto da controladora do TikTok pode consolidar o Brasil como polo de data centers (Imagem: Nomad_Soul/Shutterstock)

“A empresa está desenvolvendo o maior data center e projeto de hidrogênio verde do país, que será alimentado por energia renovável de seu portfólio. No desenvolvimento de ambos os projetos, está avaliando oportunidades de parceria com empresas que possam apoiar sua implementação”, concluiu.

O Olhar Digital entrou em contato com a Pasta, com a rede social, com sua controladora e com a Casa dos Ventos e aguarda retorno.

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Zuckerberg admite: TikTok freou crescimento da Meta

Mark Zuckerberg afirmou que o TikTok desacelerou o crescimento da Meta nos últimos anos. A declaração foi feita nesta quarta-feira (16), durante um depoimento no processo antitruste movido pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC), que investiga práticas da gigante das redes sociais. Segundo o CEO, o aplicativo de vídeos curtos se tornou uma ameaça competitiva prioritária e urgente para a companhia desde sua chegada, em 2018.

O julgamento, que pode obrigar a Meta a separar serviços como Instagram e WhatsApp, entrou na primeira semana de audiências e tem revelado informações importantes sobre o impacto da concorrência na estratégia da empresa. A fala de Zuckerberg reforça como o crescimento do TikTok afetou diretamente a performance da Meta nos últimos anos.

Meta pode ser obrigada a se desfazer de Instagram e WhatsApp com ação antitruste nos Estados Unidos (Imagem: Tada Images / Shutterstock.com)

Concorrência direta da Meta com o TikTok desde 2018

Zuckerberg reconheceu que a empresa observou uma redução significativa no crescimento com a ascensão do TikTok. O aplicativo, que pertence à empresa chinesa ByteDance, se tornou um dos principais desafios estratégicos da Meta desde sua consolidação no mercado global.

A ByteDance adquiriu o Musical.ly em 2017 e integrou seus recursos ao TikTok no ano seguinte. Foi nesse mesmo período que a Meta, ainda chamada de Facebook, deixou de divulgar os números de usuários da rede social principal em seus relatórios trimestrais.

No lugar, passou a apresentar dados consolidados da “família de aplicativos”, incluindo Instagram e WhatsApp — movimento que teria o objetivo de ocultar a estagnação da plataforma original.

Mudança no papel das redes sociais

Durante o depoimento, o CEO também falou sobre as “externalidades de rede”, ou seja, o uso de conexões entre amigos e familiares como forma de expansão das plataformas sociais. Para ele, esse fator se tornou menos relevante nos dias de hoje.

“Os aplicativos agora funcionam principalmente como mecanismos de descoberta”, declarou Zuckerberg, explicando que os usuários consomem conteúdo em uma rede e compartilham em outras, como aplicativos de mensagens. A observação reforça a mudança no comportamento digital e no modelo de funcionamento das redes sociais modernas.

Celular com logomarca da Meta na tela na frente de monitor com foto de Mark Zuckerberg com cara franzida
Zuckerberg comparou seus produtos com as novas redes sociais, que funcionam mais na base da descoberta e menos na conexão entre amigos (Imagem: Muhammad Alimaki/Shutterstock)

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Facebook busca resgatar proposta original

  • Apesar dessa transformação no setor, a Meta busca retomar aspectos que marcaram os primeiros anos do Facebook.
  • A empresa lançou recentemente novos recursos para facilitar a conexão entre amigos, como uma aba atualizada chamada “Amigos”, que destaca solicitações de amizade e atividades da rede de contatos.
  • Em janeiro, Zuckerberg já havia anunciado que o “retorno às origens do Facebook era uma das metas principais para 2025.
  • A estratégia busca reequilibrar o papel do Facebook diante do avanço de concorrentes como o TikTok e fortalecer o engajamento entre usuários.

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No tribunal, Zuckerberg declara: TikTok é grande ameaça à Meta

Durante o terceiro dia de depoimento no julgamento histórico que pode obrigar a Meta a vender o Instagram e o WhatsApp, Mark Zuckerberg não poupou palavras ao descrever a intensa concorrência com o TikTok.

Em testemunho, o CEO da gigante das redes sociais declarou que vê a plataforma chinesa como uma ameaça existencial para sua empresa.

“O TikTok ainda é maior do que o Facebook ou o Instagram, e eu não gosto quando nossos concorrentes se saem melhor do que nós”, confessou Zuckerberg, revelando a pressão que a Meta enfrenta para manter sua relevância em um mercado de mídia social em constante mutação.

A criação do Reels, uma das ferramentas de vídeos curtos do Instagram, foi explicitamente citada como uma resposta direta ao crescimento meteórico do TikTok.

Julgamento define futuro da Meta

O julgamento, movido pela Comissão Federal de Comércio (FTC), acusa a Meta de adquirir o Instagram e o WhatsApp em uma estratégia para sufocar a concorrência. Zuckerberg, por sua vez, defende as aquisições como práticas comuns no setor de tecnologia, argumentando que a Meta enfrenta uma concorrência acirrada de diversas plataformas, incluindo YouTube e iMessage.

A batalha legal, que pode resultar na dissolução das plataformas da Meta, é um dos maiores casos antitruste da era digital e define precedentes para o futuro da regulação das grandes empresas de tecnologia. O juiz James E. Boasberg, responsável pelo caso, terá a difícil tarefa de decidir se a Meta violou as leis antitruste ao adquirir seus concorrentes.

(Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

Durante o julgamento, a FTC apresentou uma série de comunicações internas da Meta que revelam uma estratégia deliberada de aquisição de concorrentes para evitar a concorrência. Um e-mail de 2018, por exemplo, sugere que Zuckerberg estava ciente das preocupações antitruste e da possibilidade de desmembramento da empresa.

Essas evidências, segundo especialistas, fortalecem o caso da FTC e expõem a mentalidade de Zuckerberg em relação à concorrência. “Pelas próprias palavras de Zuckerberg, os documentos mostraram que ele tinha interesse naquela época em comprar um concorrente”, afirmou Kenneth Dintzer, ex-advogado principal no caso antitruste do governo contra o Google.

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O depoimento de Zuckerberg e as evidências apresentadas pela FTC colocam o futuro da Meta em jogo. Se o juiz Boasberg decidir a favor da FTC, a gigante das redes sociais poderá ser forçada a vender o Instagram e o WhatsApp, o que representaria um golpe significativo para o império de Zuckerberg.

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Pirataria ou preço justo? Trend do TikTok mira marcas de luxo e viraliza

Um novo tipo de vídeo tem viralizado no TikTok. Eles alegam mostrar fabricantes chineses produzindo itens populares nos EUA – inclusive, de marcas de luxo. No geral, vendem a ideia: se você comprasse desses fabricantes, gastaria muito menos para ter o mesmo produto. Na prática, consumidores devem ficar atentos.

“Os vídeos são pensados para provocar fortes reações emocionais em consumidores americanos preocupados com tarifas e instabilidade política”, observa Mia Sato em sua reportagem sobre o tema publicada no The Verge.

Por que consumidores devem ficar muito atentos ao engajar nesta trend do TikTok? “Você pode acabar não economizando, ainda estará sujeito às altas tarifas sobre produtos chineses e pode se expor a frustrações ou golpes”, alerta reportagem do Washington Post.

Em trend do TikTok, fabricantes chineses dizem expor marcas de luxo

Num dos vídeos desta trend do TikTok, um homem exibe vários pares de sapatos parecidos com o modelo Boston da Birkenstock. Em vez dos US$ 165 cobrados no varejo, a versão mostrada custa apenas US$ 10 o par. Antes de ser deletado, o vídeo chegou a seis milhões de visualizações.

  • “Fabricantes chineses expondo marcas de luxo é meu novo TikTok favorito”, dizia um comentário. “Vamos parar de comprar nas lojas e adquirir direto da fonte”, dizia outro.
‘Fabricantes chineses expondo marcas de luxo é meu novo TikTok favorito’, escreveu usuário nos comentários de um vídeo (Imagem: Reprodução/TikTok)

É a famigerada pechincha praticamente irresistível. “Mas a realidade não é tão simples quanto parece nos vídeos curtos”, alerta a repórter do Verge.

Ela usa como exemplo os “Birkenstocks” de US$ 10. O modelo Boston é fabricado na Alemanha, não na China, segundo o site da marca. Inclusive, a Birkenstock se posiciona contra a terceirização da sua produção.

No entanto, Mia observa que reportagens e relatos de trabalhadores deixaram consumidores mais céticos quanto às alegações de origem de produtos de luxo.

“Nesse cenário, toda marca parece estar enganando você, e parece perfeitamente plausível que sandálias de couro ‘feitas na Alemanha’ sejam, na verdade, fabricadas de forma barata na China”, escreve Mia. “Mas uma investigação mais cuidadosa sugere que os TikToks das ‘fábricas Birkenstock’ não são o que aparentam ser.”

Produtos mais baratos, mas…

A conta @china.yiwu.factor no TikTok, por exemplo, leva a uma loja no AliExpress que vende um item descrito como “mocassins de camurça” por cerca de US$ 15. À primeira vista, eles se parecem com Birkenstocks. O problema está nos detalhes.

Mulheres em linha de produção na China em vídeo de trend do TikTok que mira marcas de luxo
Fabricantes surfam na trend do TikTok para anunciar produtos parecidos aos “de marca” por preço muito abaixo do varejo (Imagem: Reprodução/TikTok)

“Fotos nas avaliações dos clientes mostram que alguns pares são da marca Kidmi, não Birkenstock, enquanto outros nem têm marca alguma”, relata a repórter do Verge. “As solas têm design diferente e os fechos vêm gravados com o nome Kidmi.”

A repórter continua: “A loja também vende sandálias semelhantes a Birkenstock com outra marca: Orado. Nesses pares, a diferença é ainda mais evidente: em vez da palmilha anatômica característica da Birkenstock, essas sandálias parecem lisas e escorregadias. As solas têm cores divergentes.”

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Alerta para consumidores

Em suma, são cópias parecidas e baratas de produtos caros, “de marca”. Consumidores brasileiros conhecem bem esse tipo de produto.

Silhuetas de Xi Jinping e Donald Trump na frente de bandeiras da China e dos Estados Unidos, respectivamente
Guerra comercial entre China e EUA deixa consumidores mais suscetíveis a golpes que usam pechinchas como isca (Imagem: amagnawa1092/Shutterstock)

“Esses vídeos trazem discussões válidas sobre o que está por trás dos produtos que os americanos consomem”, diz a reportagem do Washington Post. Mas alerta para consumidores dos EUA não acreditarem em tudo que vêem na trend.

A guerra comercial entre EUA e China abriu brechas para se fisgar consumidores preocupados com subida de preços. E quem não gosta de uma boa pechincha? Porém, ao navegar por trends do TikTok, todo cuidado é pouco.

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Outro TikTok? Conheça o Neptune, nova rede social de vídeos curtos

O TikTok e o Instagram Reels têm um novo rival à vista! Atualmente em versão beta – e com uma lista de espera que já soma 400 mil pessoas –, o Neptune, novo aplicativo com foco em vídeos curtos, chega na semana que vem à App Store com a promessa de “oportunidades infinitas”.

Entenda:

  • O Neptune, app de vídeos curtos, chega em breve para competir com players como TikTok e Instagram Reels;
  • A plataforma busca priorizar a criatividade e a qualidade dos vídeos em vez de engajamento;
  • O algoritmo do app é personalizável com base nas preferências do usuário, e há a opção de ocultar o número total de curtidas e seguidores;
  • O Neptune chega na semana que vem à App Store, e em cerca de seis meses aos usuários do Android.
Neptune, novo app de vídeos curtos, chega em breve para competir com o TikTok. (Imagem: Neptune/Divulgação)

Também previsto para chegar à Play Store em cerca de seis meses, o app foi criado por Ashley Darling, que trabalhou ao lado de influenciadores como diretora de talentos. Darling, que também é ex-criadora de conteúdo, desenvolveu o Neptune buscando priorizar a criatividade nessas redes sociais em vez de métricas como número de curtidas e seguidores.

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Algoritmo do Neptune prioriza vídeos de qualidade

“Passei anos trabalhando com criadores independentes, tanto como influenciadora quanto, mais tarde, ajudando marcas. Eu ouvia a mesma coisa de criadores e usuários: ‘Sinto falta de quando as mídias sociais eram divertidas. Quando se tratava de criatividade, não de competição.’ Então, em vez de esperar que uma plataforma me ouvisse, criei uma”, contou Darling ao TechCrunch.

Assim como os concorrentes, o Neptune exibe os vídeos curtos em um feed vertical – a diferença aqui é que os usuários têm a chance de ocultar o número total de curtidas e seguidores. Além disso, o app também permite adicionar uma foto de capa ao perfil e deve oferecer diversas fontes de monetização contínua de conteúdo.

Qualidade de vídeos é prioridade do app Neptune. (Imagem: Neptune/Divulgação)

De acordo com o site oficial, o app conta com um algoritmo personalizável para permitir que o usuário controle suas preferências de conteúdo, vendo apenas aquilo que realmente deseja. O app também promete priorizar qualidade em vez de engajamento, evitando que “microinfluenciadores” fiquem em desvantagem.

Novo app de vídeos curtos chega em breve

Como reportado pelo TechCrunch, o Neptune deve trazer um recurso chamado “Hop Back” (ou pular de volta, em tradução livre), que continua a reprodução de um vídeo exatamente do ponto em que o usuário parou.

No momento, o app tem apenas um feed e uma ferramenta de busca, mas deve ganhar recursos de transmissão ao vivo, integração de músicas e criação de listas.

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China vai apertar o cerco contra “maliciosos” em redes sociais; entenda

O governo da China lançou campanha para combater o que considera “comportamento malicioso” em plataformas de vídeos curtos, como o Douyin, similar ao TikTok, que está bloqueado no país. A informação é da agência de notícias Lusa.

A iniciativa da Administração do Ciberespaço chinês busca criar “ambiente digital claro e ordenado, por meio da identificação e correção de comportamentos irregulares”, segundo a reportagem.

Campanha vai focar em conteúdos falsos (Imagem: li dekun/iStock)

Como será a campanha da China contra “maliciosos”?

  • A ação vai focar em tendências, como a criação deliberada de conteúdos falsos;
  • Os usuários estariam “encenando cenas lamentáveis” a partir da falsificação de identidade, muitas vezes com a “invenção de histórias melodramáticas com fins lucrativos” sob o pretexto de ajudar grupos vulneráveis, diz o jornal local The Paper;
  • O governo vai notificar as plataformas para promover “pente-fino” minucioso e tomar medidas de controle contra a divulgação de informações falsas, seja por meio de edição manipulada, apresentação distorcida de fatos ou uso de ferramentas de inteligência artificial (IA).

Além disso, as autoridades pedem o controle de conteúdos que violem as “regras de decência pública”, o que inclui casos de assédio verbal ou físico em espaços públicos, bem como vídeos que contenham insinuações sexuais ou “mostrem roupas provocantes para interações de natureza vulgar”.

A ideia é concentrar as restrições em vídeos com materiais considerados “inadequados”, especialmente os que visam grupos vulneráveis. O órgão regulador citou, por exemplo, títulos sensacionalistas e a publicação de avaliações fictícias de produtos ou serviços.

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Plataformas terão de fazer “pente fino” minucioso dos conteúdos (Imagem: Tomwang112/iStock)

Público gigante

A China é o país com o maior número de usuários de redes sociais do mundo, mesmo com a proibição de anos de plataformas, como Google, Facebook, X e YouTube. Considerando apenas o Wechat, que reúne mensagens, fotos e serviços financeiros, são mais de 1,3 bilhão de contas ativas, segundo a controladora da rede social Tencent.

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Desafio do desodorante: Polícia notifica TikTok sobre morte de criança

A Polícia Civil do Distrito Federal abriu um inquérito para investigar a morte de Sarah Raíssa Pereira, de 8 anos, em Ceilândia (no Distrito Federal). A investigação segue a linha de que ela teria inalado aerossol como parte do “desafio do desodorante”, no TikTok. A rede social será oficiada.

As autoridades querem entender quem criou o desafio e quem enviou o vídeo à criança. O celular passará por perícia.

A vítima foi encontrada pelo avô, em cima do sofá com um desodorante ao lado. Exames realizados no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) apontaram a causa da morte por inalação do aerossol.

Celular da vítima passará por perícia (Imagem: phBodrova/Shutterstock)

TikTok será acionado sobre o “desafio do desodorante”

O celular de Sarah Raíssa passará por perícia para investigar quem teria enviado o “desafio do desodorante” à vítima e quem foi o criador da trend. O TikTok será notificado pelo caso.

De acordo com a CNN, o delegado Walber Lima, responsável pelo caso, se pronunciou:

Primeiramente temos que ter acesso ao vídeo, verificar se de fato essa criança acessou ou teve acesso ao conteúdo. O depoimento dos familiares vai auxiliar bastante. É lógico que, se a rede social da qual ela teve acesso ao vídeo, nós vamos ter que oficiar a rede social para saber e ter mais informações acerca do criador do conteúdo.

Walber Lima, delegado responsável pelo caso

Mãe e avô já prestaram depoimentos. Eles falaram sobre como a criança usava a rede social.

Leia mais:

Sarah Raíssa Pereira deu entrada no HRC na última quinta-feira, com parada cardiorrespiratória. Ela chegou a ser reanimada, mas não apresentou reflexos neurológicos, o que levou à constatação de morte cerebral. O óbito foi declarado apenas no domingo (13).

Na imagem, uma mão segura um celular cuja tela apresenta o logo do TikTok
Responsáveis podem pegar até 30 anos de prisão (Imagem: 19 STUDIO/Shutterstock)

Responsável pode ser indiciado por homicídio

  • Polícia Civil do Distrito Federal abriu inquérito e notificou o TikTok sobre caso e “desafio do desodorante”;
  • O Olhar Digital entrou em contato com a assessoria da rede social e atualizará a nota mediante resposta;
  • Os responsáveis podem responder por homicídio duplamente qualificado por emprego de meio capaz de causar perigo comum, com pena que varia de 12 a 30 anos de reclusão. Por se tratar de uma vítima criança, com menos de 14 anos, a pena pode chegar a 30 anos.

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TikTok: China anuncia quais são as condições para a venda

Após prorrogar mais uma vez o prazo para resolução do impasse envolvendo o TikTok nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump continua buscando uma solução para o caso. O obstáculo principal segue sendo a ByteDance, dona da ferramenta.

Neste cenário de incertezas, o governo da China manifestou quais são as condições fundamentais para que haja um acordo.

Lembrando que a plataforma precisa passar para o controle de donos norte-americanos para continuar operando no país.

Qualquer negócio precisa respeitar a lei chinesa

O Ministério do Comércio da China destacou que toda a negociação envolvendo o TikTok deve cumprir a lei chinesa. Isso significa que qualquer eventual acordo precisa obrigatoriamente ser aprovado por Pequim.

Um dos maiores impasses diz respeito ao algoritmo da rede social, considerado essencial para as operações da ByteDance. De acordo com uma lei de 2020, a exportação desta tecnologia está sujeita à aprovação do governo chinês.

ByteDance está fazendo jogo duro com os EUA (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

Questionada sobre a extensão do prazo para a venda, a China informou que “se opõe a práticas que ignoram as leis da economia de mercado, saqueiam pela força e prejudicam os direitos e interesses legítimos das empresas”.

O governo dos Estados Unidos apresentou uma proposta formal para a compra da plataforma nos últimos dias. No entanto, os chineses negaram a proposta após o anúncio das tarifas econômicas de Trump. As informações são da Reuters.

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Logo do TikTok com um ícone de proibição por cima em um smartphone; atrás, a bandeira dos Estados Unidos
Futuro do TikTok nos EUA continua incerto (Imagem: miss.cabul/Shutterstck)

Prazo para venda da rede social foi adiado mais uma vez

  • O prazo inicial para que o TikTok evitasse o banimento da rede social nos EUA acabou em 19 de janeiro.
  • A justiça do país, então, determinou a interrupção das operações, medida que foi revertida por decreto do presidente Donald Trump, que deu mais 75 dias para resolver a situação.
  • Este prazo, por sua vez, terminou no dia 5 de abril.
  • Sem acordo, o republicano decidiu adiar mais uma vez em 75 dias a data limite para a negociação.
  • O principal impasse é em relação ao uso feito dos dados coletados pela plataforma, que seriam enviados para o governo da China, representando um risco para a segurança nacional norte-americana.
  • Por isso, o TikTok está sendo pressionado para vender as operações para um dono dos EUA, o que não aconteceu até agora.
  • A empresa chinesa e o governo do país asiático contestam as alegações e acusam os norte-americanos de ferirem os princípios da concorrência justa.

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TikTok lucra com lives de crianças em situação de miséria, diz jornal

Crianças pedindo esmolas em transmissões ao vivo pelo TikTok têm se tornado cada vez mais comuns em países marcados por pobreza extrema. A prática, que contraria as próprias diretrizes da plataforma, é promovida pelo algoritmo e gera lucro para a empresa, que retém até 70% dos valores arrecadados com os chamados “presentes virtuais”.

Uma investigação do The Observer, associado ao britânico The Guardian, revelou que o conteúdo exploratório envolvendo menores de idade é disseminado em transmissões feitas principalmente no Afeganistão, Indonésia, Paquistão, Síria, Egito e Quênia. Mesmo com regras contra esse tipo de publicação, o TikTok continua se beneficiando financeiramente da exposição da miséria, segundo organizações de direitos humanos e especialistas em segurança digital.

Exemplos de contas que parecem mostrar famílias pedindo esmolas (Imagem: TikTok via The Guardian)

Transmissões exploratórias ocorrem em diversos países

Entre janeiro e abril de 2025, foram encontrados casos de transmissões semelhantes em países como Indonésia, Paquistão, Afeganistão, Síria, Egito e Quênia. As cenas variam de famílias em situações domésticas pedindo ajuda a transmissões com características de mendicância organizada. Em um dos casos, sete meninos foram exibidos pedindo presentes virtuais; no dia seguinte, outros meninos apareceram no mesmo local, acompanhados dos mesmos adultos.

Em algumas contas, diferentes pessoas são mostradas quase diariamente, indicando possível atuação de intermediários. Em um perfil com 5.300 seguidores, por exemplo, um idoso em cadeira de rodas aparece em transmissões feitas por terceiros, sem que se saiba sua identidade.

TikTok recebe comissão mesmo em situações de risco

  • A plataforma, lançada em 2020, permite que qualquer usuário com mais de 1.000 seguidores e mais de 18 anos transmita ao vivo.
  • Embora crianças possam aparecer, elas devem estar acompanhadas por adultos.
  • Os espectadores podem enviar presentes digitais, como rosas virtuais, que custam cerca de R$ 0,06.
  • Porém, os criadores de conteúdo recebem apenas uma fração do valor, após taxas da plataforma e comissões. Em alguns casos, restam apenas 30% do valor original.
  • A ONU classificou a situação como “predação digital”.
  • Olivier de Schutter, relator especial sobre pobreza extrema e direitos humanos, disse ao The Observer que “ficar com uma parte do sofrimento das pessoas é inaceitável” e o TikTok deve aplicar suas próprias políticas.
  • A ONG Save the Children também considera os casos documentados como formas graves de abuso.
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ONG Save The Children considera casos documentados como abuso (Imagem: Casimiro PT / Shutterstock.com)

Casos vão além da mendicância

Além de pedidos por ajuda, diversas transmissões mostram atos degradantes ou arriscados em troca de presentes. Entre os exemplos registrados estão pessoas se cobrindo de lama, batendo em si mesmas, passando horas sem dormir ou apenas deitadas em locais insalubres. Em um vídeo na Indonésia, duas meninas aparecem deitadas em um estúdio sem janelas; em outro, três homens no Paquistão colocam baldes na cabeça e só se movimentam quando recebem presentes.

Especialistas apontam que a combinação de pobreza, analfabetismo digital e o modelo de incentivo da plataforma contribui para a proliferação desse tipo de conteúdo. Marwa Fatafta, da organização Access Now, destacou ao The Observer que o design do TikTok Live estimula comportamentos de risco e a plataforma ainda não está lidando com as consequências desse sistema.

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Lucro com sofrimento e ausência de transparência

O TikTok afirma ter equipes dedicadas para identificar transmissões inadequadas, alegando interromper mais de 4 milhões de lives por mês por razões de segurança. Ainda assim, os casos identificados mostram que denúncias feitas pelo próprio aplicativo nem sempre resultam em ação imediata.

Há também dúvidas sobre quem realmente se beneficia dos presentes. Organizações como a Anti-Slavery International alertam para o controle que terceiros podem exercer sobre os ganhos, inclusive com coerção física ou psicológica. Os criadores devem apresentar documento de identidade para receber os valores, mas muitos perfis são anônimos e não há como saber se os beneficiários são, de fato, os que aparecem nas transmissões.

A pesquisadora Maya Lahav, da Universidade de Oxford, destaca que a moderação de transmissões ao vivo é um desafio complexo, tanto técnico quanto ético. “A questão central é: quando isso se torna exploração? Esse é o equilíbrio que a plataforma precisa encontrar”, afirmou ao The Observer.

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