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Como e por que acontecem incêndios florestais?

Los Angeles está novamente em chamas. Nas últimas semanas, o fogo que começou em áreas de vegetação rasteira acabou avançando para zonas urbanas, destruindo casas, poluindo o ar e colocando a vida de milhares de pessoas em risco.

Essa situação, que se repete ano após ano, nos leva a refletir sobre como os incêndios florestais acontecem, por que se espalham tão rapidamente e o que podemos fazer para evitá-los ou pelo menos reduzir seus impactos. Mas o que realmente é um incêndio florestal e como ele ocorre?

Como e por que acontecem os incêndios florestais?

Os incêndios florestais são fenômenos complexos, alimentados por uma combinação de fatores ambientais, climáticos e humanos. Mesmo que comecem pequenos, podem se transformar rapidamente em desastres de grandes proporções.

O que é um incêndio florestal?

Incêndio na Amazônia. Crédito: Toa55/Shutterstock

Um incêndio florestal é um fogo não controlado que se espalha rapidamente por áreas de vegetação, como matas, florestas, campos e cerrados. Ao contrário de uma queimada controlada, usada em algumas práticas agrícolas com supervisão, o incêndio florestal costuma começar de forma inesperada, geralmente em regiões secas, e pode crescer até atingir proporções catastróficas.

O fogo consome tudo o que encontra pelo caminho: folhas, troncos, raízes, galhos, arbustos e, em muitos casos, áreas de pastagem, plantações e até construções próximas. Com a vegetação seca servindo como combustível, as chamas podem ganhar força rapidamente e se espalhar por quilômetros em poucas horas, especialmente quando há vento forte.

Além de causar danos ambientais e econômicos, os incêndios florestais também representam sérios riscos à saúde humana, à fauna silvestre e à biodiversidade. A fumaça gerada pode se espalhar por grandes distâncias, afetando a qualidade do ar até em cidades distantes do foco do incêndio. Por isso, são considerados um dos desastres ambientais mais perigosos e difíceis de controlar.

Como e por que eles ocorrem?

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Combate a incêndios na Terra Indígena do Xingu em setembro de 2024. (Foto: João Stangherlin/Ibama)

Todo incêndio precisa de três elementos: combustível (como folhas secas e vegetação morta), oxigênio (presente no ar) e uma fonte de calor (como um raio ou uma bituca de cigarro acesa). Quando esses três fatores se combinam em condições ideais, o fogo começa e pode se espalhar com rapidez, especialmente se houver vento forte e tempo seco.

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Mudanças climáticas têm intensificado esses eventos. O aumento da temperatura global, a redução da umidade relativa do ar e o prolongamento das estações secas tornam o ambiente ainda mais propenso ao fogo. O desmatamento e a queima proposital de vegetação para fins agrícolas também contribuem para agravar o problema.

Variáveis que contribuem para os incêndios

Entre os principais fatores que favorecem os incêndios florestais estão:

  • Clima seco e quente;
  • Presença de material combustível como folhas secas e galhos;
  • Ventos fortes;
  • Topografia inclinada;
  • Ações humanas como queimadas, fogueiras e faíscas acidentais.

Como o fogo se espalha e quanto tempo dura

O fogo se propaga com mais intensidade em áreas com vegetação densa e seca, principalmente quando há vento. Em algumas situações, as chamas podem atingir mais de 20 metros de altura e avançar por dezenas de quilômetros. Incêndios florestais podem durar dias, semanas ou até meses, dependendo das condições do tempo e da dificuldade de acesso às áreas atingidas.

Consequências para o meio ambiente e para os humanos

Efeitos da fumaça no corpo
Pessoas com doenças, como asma e bronquite, são mais vulneráveis aos efeitos da fumaça causada por incêndios. Imagem: JOURNEY STUDIO7 / Shutterstock

As consequências de um incêndio florestal vão muito além do que é visível a olho nu. No meio ambiente, os danos são imensos: a destruição de habitats naturais coloca em risco a sobrevivência de diversas espécies, muitas das quais já são ameaçadas de extinção.

Animais silvestres podem morrer queimados, sofrer lesões graves ou perder completamente seu território, o que leva a desequilíbrios ecológicos duradouros.

Além disso, o solo queima e perde nutrientes, tornando-se menos fértil e mais propenso à erosão. Rios e nascentes podem ser contaminados por cinzas e sedimentos, comprometendo a qualidade da água.

Para os seres humanos, os impactos também são severos. Cidades próximas às áreas afetadas enfrentam sérios problemas de saúde pública devido à fumaça densa, rica em partículas finas que agravam doenças respiratórias como asma, bronquite e até infecções pulmonares. Crianças, idosos e pessoas com problemas crônicos são os mais vulneráveis. A visibilidade nas estradas é reduzida, aumentando o risco de acidentes.

Além disso, os incêndios causam prejuízos econômicos consideráveis: propriedades inteiras são destruídas, plantações são perdidas e a infraestrutura local pode ser comprometida, afetando o abastecimento de energia, transporte e comunicação.

Em regiões onde os incêndios são frequentes, como no oeste dos Estados Unidos, muitas famílias vivem em constante estado de alerta e sob risco de evacuação, o que impacta o bem-estar mental e emocional da população.

O trauma gerado por perdas materiais e deslocamento forçado pode durar anos. Incêndios florestais, portanto, não são apenas desastres naturais: são crises ambientais, sociais e econômicas que exigem planejamento, prevenção e resposta rápida.

Com informações de Earth.org.

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O que acontece no seu corpo quando você para de beber álcool?

Se você está pensando em parar de beber álcool, provavelmente já sabe que a sobriedade pode trazer uma série de benefícios, tanto mentais quanto físicos. Claro, esses benefícios podem variar de pessoa para pessoa, dependendo da relação anterior com o álcool, mas, de modo geral, diversas vantagens são esperadas. 

O que acontece no seu corpo quando você para de consumir bebidas alcoólicas?

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o consumo de álcool está associado a mais de 200 doenças e lesões. Os impactos mais significativos ocorrem no fígado, onde o álcool é metabolizado, mas também há efeitos em outros órgãos, como o coração, o trato gastrointestinal, o pâncreas e o cérebro.

Esses efeitos negativos podem variar bastante, dependendo da frequência de consumo e da quantidade ingerida.

Entretanto, os problemas de saúde – bem como os problemas de segurança pública causados pelo álcool – podem ser significativamente reduzidos por meio de ações que abordem os níveis, padrões e contextos do consumo. Veja abaixo como o nosso corpo reage quando paramos de consumir bebidas alcoólicas. 

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Imagem: Korawat photo shoot/Shutterstock

O coração fica mais saudável

Foi-se o tempo em que as pessoas acreditavam que uma taça de vinho tinto ao dia poderia ser boa para o coração. Segundo a OMS, além do consumo de álcool não fazer bem para nenhum órgão, não existe dose segura para a nossa saúde. 

Assim, diminuir o consumo ou parar de beber álcool pode reduzir sua pressão arterial, os níveis de gordura chamados triglicérides e as chances de insuficiência cardíaca.

O fígado pode se recuperar

A função do fígado é filtrar as toxinas, e o álcool é tóxico para as nossas células. Ou seja, o consumo excessivo de álcool pode prejudicar o órgão e causar esteatose hepática, cirrose e outros problemas. A boa notícia é que o fígado pode se recuperar e, dependendo do contexto de cada pessoa, até se regenerar quando paramos de beber.

Além disso, na ausência de álcool no sistema, o fígado pode se concentrar em suas outras funções, como a quebra de outras toxinas produzidas pelo corpo e o metabolismo de gorduras.

Mulher bebendo um copo de cerveja com uma expressão de desgostos
Mulher bebendo um copo de cerveja com uma expressão de desgostos / Crédito: frantic00 (shutterstock/reprodução)

As funções cognitivas e o sono também melhoram

De acordo com pesquisas, em apenas uma semana sem álcool, nosso corpo é capaz de prover melhores padrões de sono e clareza mental. Isso porque o consumo de álcool pode aumentar a supressão do sono REM, que é a parte mais profunda do ciclo do sono e tem o impacto mais restaurador no corpo.

A fase REM desempenha um papel importante em nossa função cognitiva, permitindo que nosso cérebro processe memórias, tome decisões mais claras e regule nossas emoções – viabilizando e facilitando nossas tarefas diárias.

A pele fica mais bonita

Pode parecer supérfluo mencionar a aparência, mas ela é uma das consequências positivas por um motivo importante: hidratação. O álcool é um diurético, o que significa que faz com que o corpo perca líquidos e se desidrate rapidamente.

Além disso, a desidratação prejudica a absorção de nutrientes essenciais, como as vitaminas A, C e E. Ao parar de beber, a pele – e outras partes do corpo – retém mais umidade e pode absorver melhor vitaminas importantes para sua saúde.

Mulher segurando um copo com água
Copo de água. Imagem: Fizkes/Shutterstock

Quanto para perceber mudanças depois de parar de beber?

A maior parte das pesquisas sobre os efeitos da interrupção do consumo de álcool tem foco em pessoas com consumo pesado. Assim, os sintomas físicos de abstinência são os mais perceptíveis durante os primeiros dias, mas geralmente melhoram bastante em poucas semanas. 

De qualquer forma, até mesmo para aquelas pessoas que consomem álcool de maneira mais moderada, é possível observar diversos efeitos positivos na saúde após parar de beber álcool por um mês.

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iPhone 16 e 16e: qual celular da Apple é o melhor para você?

Em setembro de 2024, a Apple anunciou o iPhone 16 como o seu aparelho topo de linha com IA e chip poderoso. Em fevereiro de 2025, a marca revelou o iPhone 16e, que chega ao mercado como uma opção mais barata da atual geração do celular. O fato é que os dois smartphones possuem similaridades em suas fichas técnicas, mas também apresentam algumas diferenças.

Na sequência deste conteúdo, você confere um comparativo entre os dois aparelhos e escolhe qual é a melhor versão para comprar conforme as suas necessidades e expectativas. 

iPhone 16 e 16e: qual o melhor para você?

Vamos começar o comparativo pela tela. Os dois contam com a tela OLED Super Retina XDR, cujo display possui pretos mais profundos, elevada eficiência energética e cores vibrantes, criando imagens mais nítidas.

As diferenças entre eles estão no brilho e resolução. Enquanto o iPhone 16 tem capacidade para alcançar os 2.000 nits e 2.556 x 1.179 pixels, o 16e chega somente a 1.200 nits no modo HDR e 2.532 x 1.170 pixels. 

Iphone 16 (Imagem: Wongsakorn Napaeng / Shutterstock.com)

No visual, a mudança fica por conta do vidro colorido por infusão na traseira, proporcionando um acabamento mais premium no iPhone 16, enquanto o 16e tem um vidro fosco.

Já em relação a funcionalidades, o primeiro modelo tem a exclusiva Dynamic Island para interações dinâmicas e personalizadas, além do botão Controle de Câmera para dar melhor acesso às funções fotográficas. Já o segundo não conta com esses itens. 

Falando em câmera, os dois celulares contam com praticamente as mesmas especificações: ambos possuem 48 megapixels (MP) e abertura f/1.6 na traseira, além de 12 MP e abertura f/1.9 para as selfies.

Porém, o iPhone 16 possui câmera ultrawide de 12 MP com abertura f/2.2 para tirar fotos com um ângulo maior. Há ainda a tecnologia Sensor Shift para maior controle dos movimentos. 

Em relação à memória, eles são idênticos, já que têm as opções com 128 GB, 256 GB e 512 GB e RAM de 8 GB (quantidade não divulgada pela Apple no modelo mais recente, mas estimado por sites como GSM Arena).

Outro aspecto importante a ser levado em consideração na hora de escolher o aparelho é a bateria. No entanto, a marca não divulga a capacidade exata desse componente em seus dispositivos. Porém, ela afirma que o 16 pode reproduzir até 22 horas de vídeo e o 16e consegue 26 horas. 

Vale destacar que, ao contrário do iPhone 16e, a versão 16 possui o suporte para o sistema MagSafe, o qual fornece a conexão magnética para carregadores sem fio. Sobre o processador, ambos vêm equipados com o A18, mas o 16e tem um núcleo a menos na GPU, o que pode deixá-lo com um desempenho um pouco inferior ao outro aparelho. 

iPhone 16e
iPhone 16e (Imagem: Divulgação/Apple)

Exploradas as diversas especificações técnicas, é hora de falar de preço. Atualmente, o iPhone 16 pode ser encontrado por cerca de R$ 5.300 na Amazon, mais de R$ 2.000 a menos em relação a quando foi lançado. Já o 16e pode ser adquirido por cerca de R$ 4.500 na mesma loja.

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Conclusão: qual devo comprar?

Levando em consideração que os aparelhos são bem semelhantes, mas que o iPhone 16 consegue ser superior em aspectos como as funcionalidades exclusivas na tela, maior resolução e brilho, além do acabamento premium na traseira, lente ultrawide, recursos para controle de foco em sua câmera e desempenho superior, ele é o aparelho mais indicado para o momento.

Outro ponto que nos leva a essa conclusão é que, apesar de ser um pouco mais caro do que o iPhone 16e, o iPhone 16 possui um preço relativamente acessível e entrega mais funções.

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Por que astronautas adoecem ao voltar à Terra? Entenda a relação de doenças com a órbita espacial

A humanidade está expandindo sua presença no espaço como nunca antes. Com missões tripuladas de longa duração na Estação Espacial Internacional e planos ambiciosos para enviar astronautas à Lua e a Marte, estamos entrando em uma nova era de exploração.

No entanto, essa expansão traz desafios significativos, já que astronautas adoecem no espaço e ao retornar à Terra, enfrentando impactos fisiológicos e adaptações necessárias para sobreviver fora do ambiente terrestre. Mesmo com avanços científicos e tecnológicos, viver além da Terra ainda apresenta riscos para o corpo humano, algo que, até poucas décadas atrás, parecia restrito à ficção científica.

No entanto, essa jornada não está isenta de desafios. O corpo humano evoluiu para sobreviver na gravidade terrestre, e viver em um ambiente de microgravidade pode ter impactos profundos na saúde.

Desde a perda de massa óssea e muscular até mudanças no sistema imunológico e cardiovascular, a ausência prolongada da gravidade impõe riscos que os cientistas ainda estão tentando compreender completamente.

Duas missões da SpaceX estão programdas para levar astronautas à estação espacial em 2025. Novo voo da Boeing Starliner é incerto. Crédito: Sdecoret – Shutterstock

O que acontece com os astronautas ao voltar para a Terra?

O retorno à Terra, por sua vez, pode ser tão desafiador quanto a estadia no espaço, exigindo uma readaptação fisiológica que pode levar semanas ou até meses.

Após passarem longos períodos no espaço, os astronautas frequentemente enfrentam desafios físicos e psicológicos ao retornar à Terra. Embora nem todos desenvolvam problemas graves, é comum que apresentem alterações no organismo devido à exposição prolongada à microgravidade e ao ambiente espacial.

Recentemente, dois astronautas da NASA voltaram após nove meses na Estação Espacial Internacional, período significativamente maior do que o planejado. Mas será que o corpo humano consegue se adaptar facilmente ao retorno?

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Por que astronautas adoecem ao voltar à Terra?

A microgravidade provoca diversas mudanças no corpo humano, impactando órgãos e sistemas essenciais. Algumas dessas alterações podem ser temporárias, como tontura ou desorientação nos primeiros dias após o retorno, enquanto outras podem trazer consequências a longo prazo, exigindo meses de reabilitação. Isso ajuda a explicar por que astronautas adoecem no espaço e ao voltar à Terra, mesmo quando todas as medidas preventivas são tomadas.

A ausência de gravidade afeta o equilíbrio, a circulação sanguínea, o sistema imunológico e até a estrutura dos ossos e músculos. Além disso, o confinamento prolongado, a exposição à radiação e a alteração na microbiota corporal contribuem para uma série de sintomas físicos e emocionais.

A adaptação ao espaço e a readaptação à gravidade da Terra exigem muito do corpo humano, revelando que ainda estamos aprendendo a viver longe do planeta onde evoluímos.

Redistribuição de fluidos corporais

Na ausência de gravidade, os líquidos do corpo, que normalmente se acumulam na parte inferior, deslocam-se para a parte superior. Isso causa inchaço facial, sensação de congestão e aumento da pressão intracraniana, podendo afetar a visão. Essa condição é chamada de Síndrome Neuro-Ocular Associada ao Voo Espacial e pode levar a problemas de longo prazo na retina e no nervo óptico.

Perda de massa óssea e muscular

Sem a necessidade de sustentar o peso do corpo, a musculatura se atrofia e os ossos perdem densidade. Estudos mostram que astronautas podem perder até 1,5% da densidade óssea por mês no espaço, aumentando o risco de osteoporose e fraturas ao retornarem. O processo de reabilitação pode levar meses até que a força muscular e a densidade óssea se recuperem.

Astronautas vendo uma planta em crescer na Lua
(Imagem: gorodenkoff/iStock)

Alterações cardiovasculares

No espaço, o coração trabalha com menos esforço, pois a circulação não é afetada pela gravidade. Isso pode levar a uma redução do volume sanguíneo e da pressão arterial. Quando o astronauta volta à Terra, seu sistema cardiovascular precisa se reajustar, o que pode causar tonturas e desmaios ao ficar em pé.

Efeitos no sistema imunológico

A exposição prolongada ao ambiente fechado da Estação Espacial Internacional pode comprometer a resposta imunológica, tornando os astronautas mais vulneráveis a infecções. Além disso, a radiação espacial pode causar mutações celulares, aumentando os riscos de doenças degenerativas e até mesmo câncer a longo prazo.

Problemas psicológicos

O confinamento, o isolamento e a distância da família podem afetar a saúde mental dos astronautas. A monotonia alimentar e a falta de contato com a natureza também contribuem para o estresse e a fadiga mental. Alguns astronautas relatam dificuldades de readaptação social após longas missões.

Reaprendendo atividades cotidianas na Terra

Astronautas da Expedição 69 da Estação Espacial Internacional sendo recebidos na Terra após 371 dias de missão. Crédito: NASA/Bill Ingalls

Após meses em órbita, até mesmo tarefas simples, como andar e segurar objetos, podem se tornar desafiadoras. O sistema vestibular, responsável pelo equilíbrio, se desacostuma à gravidade, tornando os primeiros dias de volta à Terra uma experiência de readaptação.

Essa fase inicial costuma ser especialmente delicada, o que reforça por que tantos astronautas adoecem no espaço e ao retornar à Terra, lidando com sintomas físicos inesperados mesmo nas ações mais cotidianas.

Além disso, o sistema digestivo também precisa se ajustar. A alimentação no espaço é diferente, e a forma como o corpo processa os alimentos muda. Isso pode causar desconforto gastrointestinal, alterações no apetite e até intolerâncias temporárias, exigindo um acompanhamento nutricional cuidadoso nos primeiros dias pós-missão.

Alterações menores podem ser consideradas doenças?

Inflamações, irritações e desconfortos são comuns no retorno à Terra, mas nem sempre são classificados como doenças. No entanto, se essas condições causam impacto na qualidade de vida ou levam a complicações, podem ser diagnosticadas como enfermidades.

Por exemplo, a perda de densidade óssea pode evoluir para osteoporose, uma doença crônica. Da mesma forma, problemas visuais decorrentes da redistribuição de fluidos podem ser permanentes, exigindo acompanhamento médico contínuo.

Com informações de NASA e Science.

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O que aconteceria com os humanos se toda a água doce da Terra estivesse poluída?

A água é uma das substâncias mais importantes do planeta, imprescindível para que a vida aconteça e sobreviva, principalmente para os humanos. Ela cobre mais de 70% da superfície da Terra, porém, apenas a pequena fração de 2,5% é de água doce e, em teoria, própria para consumo. Dessa quantidade, cerca de 1,8% está congelada nas calotas polares, restando algo em torno de 0,6% de água disponível para vivermos.

Com esses dados, fica evidente a necessidade de cuidado para preservar a água, uma vez que ela existe em pouca quantidade para tantas pessoas que existem no mundo. Porém, esse acaba sendo um paradigma, pois a atividade humana é a principal responsável pela poluição das poucas reservas do líquido que nos restam. Com isso, você já parou para pensar o que nos aconteceria se toda água doce do planeta estivesse poluída?

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Sem dúvidas, essa seria uma situação que complicaria a nossa vida como um todo. Confira abaixo na matéria o que teríamos que fazer para lidar com essa situação.

Apenas 0,6% da água do mundo está disponível para consumo. (Imagem: Freepik)

O que faríamos se toda a água do doce do planeta ficasse poluída?

Por pior que pareça essa situação, nem tudo estaria perdido: mesmo com as reservas de água doce comprometidas, a tecnologia atual não nos deixaria sem esse precioso líquido. Com a evolução considerável das técnicas para tratamento da substância, seria possível até mesmo a transformação de esgoto em água potável.

Entre essas tecnologias estão a ultra e a nanofiltração, além dos processos oxidativos avançados e outras técnicas que se baseiam em mecanismos físico-químicos e biológicos, que estão sendo desenvolvidas e permitem que diversos poluentes sejam removidos da água.

No entanto, mesmo que a tecnologia tenha avançado, ainda há alguns problemas que seriam encontrados em uma situação hipotética de poluição de toda a água. São elas:

  • Custo: o acesso à água potável ficaria consideravelmente mais caro caso esse processo fosse feito em larga escala. Isso poderia piorar mais ainda a situação das regiões onde o recurso já é mais escasso do que a média, além das pessoas que vivem em risco hídrico. Sendo assim, o recurso se tornaria proibitivo para muitas pessoas;
  • Falhas possíveis: com o abastecimento totalmente dependente do tratamento, qualquer pequena falha no sistema poderia comprometer de forma significante o acesso à água. Isso porque, quanto mais complexos os poluentes da água a ser tratada, mais barreiras são exigidas para garantir que ela tenha a qualidade esperada no final do tratamento.
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Alguns rios atingem um nível tão alto de poluição que os tornam “rios mortos”. (Imagem: Freepik)

O que é água poluída?

A poluição da água é um conceito que precisa ser analisado do ponto de vista do equilíbrio ecológico, e também do uso que os seres humanos fazem dela. Primeiro, a água não pode estar tão poluída de modo a impedir a sobrevivência dos organismos e gerar a perda de biodiversidade. Isso acontece com os rios Tietê e Pinheiros em São Paulo, por exemplo, onde o nível de poluição dos trechos que passam pela cidade os transformam em “rios mortos”.

Além disso, a água precisa juntar as condições ideais para ser usada pelos humanos sem que haja risco. Ainda que a água de um rio seja limpa, não significa que não ofereça problema ao ser consumida sem nenhum tipo de tratamento, por exemplo. Contudo, essa água ainda poderia servir para outros usos, como a irrigação de culturas agrícolas.

É importante deixar claro que mesmo as fontes de água que não apresentam poluição causada por seres humanos podem ter características diferentes dependendo de cada região, como o tipo de solo, o relevo e a vegetação. Sendo assim, a ideia de poluição depende de possíveis impactos que a água poluída pode causar para os ecossistemas, ou os prejuízos e limitações que ela pode impor para as atividades humanas.

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A água salgada dos oceanos seria mais uma opção em caso de comprometimento de toda a água doce do planeta. (Imagem: Freepik)

Água salgada como opção

A água salgada dos oceanos seria mais uma opção em caso de comprometimento de toda a água doce do planeta. Isso seria possível com um processo chamado de dessalinização que, basicamente, remove o sal da água e a torna própria para o consumo.

Entretanto, esse procedimento tem um custo muito elevado, o que causaria um problema sério de oferta que já foi citado acima. Além disso, geraria um alto gasto energético e produção considerável de resíduos. Então, em escala global, essa solução traria uma série de outros problemas juntamente com a solução da questão principal.

Preservação: o melhor caminho

Com as soluções apresentadas acima, sabemos que a humanidade dificilmente ficaria sem água. Contudo, o comprometimento completo das reservas de água potável causaria diversas consequências terríveis, como prejuízos aos seres humanos, perdas na biodiversidade e alterações consideráveis nos ecossistemas, por exemplo.

Por isso, é sempre importante reforçar que o tratamento de água precisa estar em última opção no caso de esgotamento de outras atitudes para preservar a qualidade adequada da substância. Para isso, entre as melhores práticas estão a preservação dos mananciais, através de:

  • Tratamento de esgoto;
  • Controle da expansão urbana e agrícola;
  • Reflorestamento de áreas degradadas.
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A melhor forma de evitar a necessidade de tratamento de água não potável é promovendo a preservação. (Imagem: Freepik)

Essas atividades evitariam que os poluentes chegassem até as águas, resolvendo boa parte do problema diretamente em sua origem.

O ciclo hidrológico também merece atenção, incluindo a evaporação da água, a formação das nuvens e a condensação da água, que causa as chuvas que alimentam os rios e demais corpos d’água. O ciclo é fechado e faz com que a quantidade de água se mantenha constante no planeta.

Contudo, ele é afetado diretamente pelas mudanças climáticas, que fazem aumentar a ocorrência de eventos extremos e geram desequilíbrio. Uma consequência disso são as regiões secas que ficam ainda mais secas. Com tudo isso, fica claro que garantir a boa qualidade da água é uma questão de sobrevivência para os seres que dela dependem.

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Seu carro é velho? Veja se você precisa pagar IPVA em 2025 e se deve solicitar isenção

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é um tributo estadual obrigatório cobrado anualmente da maioria dos proprietários de veículos no Brasil. Ele incide sobre a posse de automóveis, motocicletas, caminhões, ônibus e outros veículos automotores, independentemente de estarem circulando ou não.

A arrecadação é feita pelos estados e parte do valor também é destinada aos municípios onde o veículo está registrado. O montante arrecadado é usado para financiar serviços públicos essenciais, como saúde, educação, segurança e, principalmente, manutenção da infraestrutura viária, como estradas e rodovias.

Com a chegada de 2025, muitos motoristas com veículos mais antigos estão se perguntando se ainda precisam pagar esse imposto ou se já podem solicitar isenção do IPVA 2025. A resposta depende da legislação específica de cada estado, que estabelece diferentes critérios de idade para concessão desse benefício.

Por isso, é fundamental entender como funciona o IPVA, quem tem direito à isenção e quais são os passos necessários para garantir esse direito, evitando pagamentos indevidos.

Imagem: Caio Pederneiras / Shutterstock.com

O que é e para que serve o IPVA?

O IPVA serve basicamente para arrecadar fundos para os cofres públicos estaduais. Não é, como muitos pensam, uma taxa para circular nas ruas, e sim um imposto sobre a posse do veículo. Mesmo que o carro fique parado na garagem, o proprietário precisa pagar o IPVA – a não ser que ele tenha direito à isenção.

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Como solicitar a isenção do IPVA para veículos mais antigos

A possibilidade de isenção do IPVA para veículos antigos varia conforme a legislação de cada estado. Alguns oferecem isenção automática com base na idade do veículo, enquanto outros exigem que o proprietário faça uma solicitação formal.

Quem tem direito à isenção?

O critério mais comum para isenção é a idade do veículo. Cada estado define um tempo mínimo de fabricação para que o carro, moto ou caminhão esteja isento.

Em São Paulo, por exemplo, a isenção é automática para veículos com mais de 20 anos. Já em estados como Santa Catarina, esse prazo é de 30 anos. Há também estados, como Pernambuco, que não oferecem isenção automática, mas sim descontos progressivos com o tempo.

O que é necessário para pedir isenção?

Mesmo que em alguns estados a isenção ocorra de forma automática, é essencial confirmar se o seu veículo se enquadra nos critérios e se a solicitação é necessária. O ideal é consultar o site do Detran ou da Secretaria da Fazenda do seu estado.

Para os locais que exigem solicitação, os documentos normalmente exigidos são:

  • Documento do veículo (CRLV atualizado);
  • Documento de identidade com foto;
  • Comprovante de residência recente.

O pedido pode ser feito online em muitos estados, mas alguns ainda exigem comparecimento presencial em unidades do Detran ou da Secretaria da Fazenda.

Precisa de laudo técnico?

Uma inspeção ocular pode revelar problemas no sistema de freio (Imagem: Freepik)

Não. A comprovação da idade do veículo é feita a partir do ano de fabricação, que já consta no próprio documento do carro. Não é necessário apresentar laudo técnico, nem avaliação de mecânico.

Paga alguma coisa para pedir?

Geralmente, o processo de solicitação de isenção é gratuito. No entanto, estados com sistemas próprios de autenticação podem cobrar pequenas taxas de emissão de documentos, o que varia de acordo com o local.

Qual o prazo para fazer isso?

Se a isenção não for automática, é essencial respeitar os prazos definidos pelo estado. A recomendação é fazer isso logo no início do ano, junto ao calendário de pagamento do IPVA. Caso o pedido seja feito fora do prazo, o imposto poderá ser cobrado normalmente – e a isenção só passará a valer no ano seguinte.

O processo precisa ser feito todo ano?

Depende da legislação de cada estado. Quando a isenção é automática e permanente por idade, como ocorre em São Paulo, não é necessário renovar o pedido. No entanto, em estados onde há necessidade de solicitação anual, o dono do veículo deve ficar atento e refazer o processo todos os anos.

Quais as vantagens?

A principal vantagem de solicitar isenção do IPVA 2025, claro, é financeira. Um veículo com isenção economiza centenas de reais por ano. Além disso, o proprietário evita multas e complicações com o licenciamento, já que o IPVA quitado é um dos pré-requisitos para licenciar o carro.

Qual a data limite para solicitar isenção do IPVA 2025?

A data limite varia conforme o estado, mas geralmente o pedido deve ser feito no início do ano fiscal, antes do vencimento das parcelas do imposto. Consulte o Detran ou a Secretaria da Fazenda do seu estado.

Quais carros podem ter isenção no IPVA 2025?

Carros, motos, caminhões e outros veículos automotores podem ter isenção, desde que cumpram os critérios de idade definidos pela legislação estadual. Em alguns estados, a isenção é automática; em outros, é preciso solicitar formalmente.

Com informações de Detran.

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Você sabe por que sentimos cócegas? Veja o que diz a ciência

Por que quando sentimos cócegas temos aquela sensação misteriosa que nos faz contorcer e gargalhar, mesmo quando não há nada engraçado acontecendo? É como se nosso corpo tivesse um botão secreto de “risada automática”, ativado por toques inesperados. Seria nosso corpo nos pregando peças? Ou será que existe explicações científicas por trás dessa reação peculiar? 

As cócegas são uma sensação intrigante e complexa, com nuances que vão além da simples reação física. A ciência ainda não desvendou completamente todos os seus mistérios, mas algumas teorias se destacam.

As cócegas são uma resposta fisiológica e neurológica complexa que envolve interações entre o sistema nervoso, a pele e o cérebro. A sensação de cócegas é geralmente dividida em dois tipos: knismesis e gargalesis.

  • Knismesis: é uma sensação leve, semelhante a um formigamento, que pode ser causada por um toque suave, como o de uma pena ou um inseto caminhando sobre a pele. Esse tipo de cócega geralmente não provoca risos, mas pode causar uma sensação de desconforto ou coceira.
  • Gargalesis: é uma sensação mais intensa, que provoca risos e é causada por um toque mais firme e repetitivo, como quando alguém faz cócegas em outra pessoa. Esse tipo de cócega está mais associado ao riso e à interação social.

Por que nós sentimos cócegas?

A sensação de cócegas está relacionada à ativação de receptores sensoriais na pele, que enviam sinais ao cérebro através do sistema nervoso.

Quando a pele é tocada de forma leve ou repetitiva, os receptores sensoriais, especialmente os relacionados ao tato e à pressão, são ativados. Esses sinais são processados em áreas do cérebro como o córtex somatossensorial (que interpreta o toque) e o córtex cingulado anterior (que está associado à sensação de prazer ou desconforto).

O riso que acompanha as cócegas, especialmente no caso da gargalesis, está ligado à ativação do hipotálamo, uma região do cérebro envolvida em respostas emocionais e comportamentais. O hipotálamo está conectado ao sistema límbico, que regula emoções, e ao sistema de recompensa, o que pode explicar por que as cócegas podem ser tanto prazerosas quanto desconfortáveis.

Cócegas nos pés são causadas por um toque leve ou fricção que irrita as inúmeras terminações nervosas da região (Imagem: Oleksii Synelnykov / Shutterstock)

Acredita-se que a imprevisibilidade do toque seja um fator crucial para a sensação de cócegas. Quando tocamos a nós mesmos, o cérebro antecipa a sensação e a reação é minimizada.

Um estudo francês descobriu que a esquizofrenia pode afetar a capacidade do cérebro de diferenciar entre sensações autoproduzidas e externas, fazendo com que as pessoas com a doença sintam cócegas em si mesmas.

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Há várias teorias sobre a função evolutiva das cócegas:

  • Proteção: a sensibilidade ao toque leve (knismesis) pode ter evoluído como um mecanismo de proteção contra insetos ou parasitas que caminham sobre a pele. A sensação de cócegas alertaria o indivíduo para a presença de um potencial perigo, como um inseto venenoso ou um parasita.
  • Desenvolvimento social e vínculos: as cócegas que provocam riso (gargalesis) podem ter um papel importante no desenvolvimento social e na formação de vínculos, especialmente entre pais e filhos ou entre indivíduos de um grupo. O riso é uma forma de comunicação não verbal que fortalece os laços sociais e promove a coesão do grupo.
  • Treino de defesa: alguns pesquisadores sugerem que as cócegas podem ser uma forma de “treino” para situações de luta ou fuga. A sensibilidade a toques em áreas vulneráveis do corpo, como as axilas ou a barriga, pode ajudar a desenvolver reflexos de proteção.
Os animais sentem cócegas?

Sim, muitos animais sentem cócegas, especialmente mamíferos sociais como primatas e ratos. Estudos mostram que ratos emitem sons ultrassônicos (semelhantes ao riso humano) quando recebem cócegas, e primatas, como chimpanzés, também riem durante interações de cócegas. Isso sugere que as cócegas têm uma função social e evolutiva em várias espécies.Por que sentimos cócegas e os animais também sentem, imagem mostra mão fazendo cócegas em cachorro

Você sabia que a sensibilidade a cócegas varia de pessoa para pessoa e podem ser influenciadas por fatores psicológicos, como humor e ansiedade? A ciência ainda está estudando as cócegas, e nem tudo foi descoberto.

Para saber mais sobre o assunto, estudos como “The mystery of ticklish laughter”, “Laughing rats and the evolutionary antecedents of human joy?” e  “Why can’t you tickle yourself?” são alguns exemplos interessantes. Se você tiver acesso a bibliotecas universitárias ou plataformas como PubMed, Springer, ou JSTOR, poderá encontrar esses e outros trabalhos para leitura detalhada.

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Personalização de carros: pode ou não modificar veículo?

A personalização de carros é uma prática comum entre motoristas que desejam imprimir sua identidade nos veículos, seja por meio de alterações estéticas ou melhorias de desempenho. Rodas maiores, suspensão rebaixada, envelopamento, som potente e escapamentos esportivos são apenas algumas das modificações populares no Brasil e no mundo.

No entanto, o que muitas pessoas não sabem é que há limites legais para personalizar um veículo, mesmo que ele seja particular. A legislação de trânsito brasileira estabelece regras claras sobre quais alterações são permitidas e quais precisam de autorização, justamente para garantir que a segurança e a integridade estrutural do carro não sejam comprometidas.

As restrições não existem apenas para dificultar a vida dos entusiastas, mas sim para preservar a segurança de todos no trânsito. Cada modificação realizada pode impactar diretamente a dirigibilidade, a estabilidade e até a eficiência do sistema de freios do veículo.

Além disso, algumas mudanças, mesmo que aparentemente inofensivas, podem influenciar a emissão de poluentes ou ferir normas de trânsito. Dessa forma, antes de investir em personalização automotiva, é essencial entender o que pode e o que não pode ser alterado, e como regularizar essas modificações junto aos órgãos de trânsito.

É permitido modificar o carro?

Toyota Supra 1994, de ‘Velozes e Furiosos’, vai a leilão nos EUA. Imagem: Barrett-Jackson/Divulgação

Sim, modificar o carro é permitido no Brasil, mas com restrições e seguindo regras estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). O artigo 98 do CTB determina que qualquer alteração nas características de fábrica de um veículo só pode ser feita com autorização prévia do Detran.

Ou seja, antes de trocar as rodas originais por um modelo esportivo maior, rebaixar a suspensão ou envelopar o carro com outra cor, o proprietário precisa solicitar autorização ao órgão de trânsito do seu estado.

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Após realizar as alterações, o veículo deve passar por uma inspeção em empresa credenciada para verificar se a personalização respeita as normas de segurança e emissões ambientais. Se tudo estiver em conformidade, as modificações são incluídas no Certificado de Registro do Veículo (CRV), formalizando a regularização.

Sem essa atualização, o motorista pode ser multado e ter o veículo retido em uma blitz por circular com características diferentes das registradas no documento.

Quais modificações podem ser feitas em um carro?

(Imagem: Freepik)

Existem diversas modificações permitidas por lei, desde que atendam a requisitos técnicos e não comprometam a segurança do veículo. Entre elas, podemos citar:

  • Alteração de cor: envelopamento ou pintura são permitidos, mas mudanças que afetam mais de 50% da cor original do veículo exigem atualização do documento.
  • Troca de rodas e pneus: é possível usar rodas e pneus diferentes dos originais, desde que respeitem as medidas recomendadas pelo fabricante e não comprometam a estabilidade e segurança.
  • Suspensão: o rebaixamento é permitido, mas a altura mínima livre do solo deve ser de, no mínimo, 10 centímetros. Qualquer modificação deve constar no documento do veículo.
  • Instalação de acessórios: faróis de neblina, engates, aerofólios, lanternas diferenciadas e sistemas de som podem ser adicionados, desde que não afetem a visibilidade, sinalização ou segurança de outros veículos e pedestres.
  • Alteração de motor: é possível aumentar a potência ou substituir o motor, mas essas modificações exigem autorização prévia e nova inspeção veicular.

Vale lembrar que algumas modificações são expressamente proibidas, como a instalação de luzes externas em cores não regulamentadas (azul ou vermelha, por exemplo), e escapamentos que produzem ruídos acima do permitido.

A legislação também prevê que acessórios instalados por fabricantes e homologados no Brasil, como bagageiros de teto, suportes para bicicletas e engates para reboques leves, são permitidos sem necessidade de alteração no documento. No entanto, esses acessórios devem seguir especificações técnicas para garantir que não coloquem em risco a segurança.

O importante é lembrar que nem todas as modificações que fabricantes de acessórios oferecem são automaticamente permitidas. Por isso, antes de investir em qualquer personalização, o ideal é consultar o Detran do seu estado e verificar quais documentos e processos são necessários para legalizar a mudança.

Personalizar o carro é uma forma legítima de expressar personalidade e preferências, mas essa prática deve ser feita com responsabilidade e dentro das regras. O descuido com a regularização pode resultar em multas, retenção do veículo e até em complicações na renovação do licenciamento anual.

Com informações de Detran-SP e Resolução Contran nº 916/2022.

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Você sabe por que enterramos pessoas em caixões – e não direto na terra?

A morte é uma das poucas certezas da vida, mas apesar de ser um evento universal, o modo como lidamos com ela varia amplamente entre culturas e períodos históricos. Entre rituais, homenagens e tradições, uma prática que se tornou comum em muitas sociedades é o uso de caixões para sepultar os corpos. Mas por que enterramos pessoas em caixões?

Desde os primeiros grupos humanos, enterrar os mortos foi uma forma de preservar a dignidade, proteger os vivos de doenças e, em muitas culturas, facilitar a transição do espírito para outra existência. O caixão, no entanto, é uma camada a mais nesse ritual, com funções que vão além de simplesmente conter o corpo.

Por que enterramos pessoas em caixões?

Imagem: Syda Productions/Shutterstock

Os primeiros registros de sepultamento em caixões remontam a milhares de anos, com evidências arqueológicas de caixões rudimentares feitos de madeira datando de cerca de 5.000 anos. Esses primeiros caixões não eram apenas formas de conter o corpo, mas sim verdadeiros artefatos culturais, frequentemente decorados e utilizados para expressar a posição social da pessoa sepultada.

Em algumas culturas, como no Antigo Egito, os sarcófagos que são uma forma elaborada de caixão eram projetados para proteger o corpo e ajudar na jornada para a vida após a morte.

Sarcófago encontrado em uma das tumbas
Sarcófago encontrado em uma das tumbas (Credito: Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito)

A ideia de enterrar os mortos a uma profundidade específica (os famosos sete palmos de terra) tem mais a ver com questões práticas do que simbólicas. Enterrar os corpos em profundidade protege os restos mortais de animais necrófagos, reduz o risco de contaminação do solo e ajuda a controlar odores de decomposição. O caixão, por sua vez, funciona como uma camada adicional de proteção, retardando a decomposição e criando uma barreira entre o corpo e o solo ao redor.

Mas a função dos caixões não é apenas sanitária. Eles também ajudam a preservar a integridade do corpo por mais tempo, o que é especialmente importante em culturas que valorizam a visitação ao túmulo e a manutenção da memória física do falecido.

Além disso, o caixão serve como um espaço de despedida, um receptáculo onde objetos pessoais, flores e mensagens podem ser depositados junto ao corpo, tornando o enterro um ritual mais íntimo e simbólico para os familiares.

Caixão “Loop Living Cocoon”, feito de cogumelos e forrado com musgos. Crédito: Loop Biotech

Em algumas sociedades modernas, o uso de caixões também está associado a regulamentações ambientais e sanitárias. Em cemitérios urbanos, por exemplo, os caixões ajudam a evitar o afundamento do solo e facilitam o manejo dos espaços.

Ao longo do tempo, no entanto, a visão sobre o uso de caixões tem mudado, especialmente com o crescimento de movimentos voltados para enterros ecológicos, que buscam eliminar ou reduzir o uso de materiais artificiais, permitindo que o corpo retorne à terra de forma mais natural e rápida.

Mesmo com essas mudanças, a imagem do caixão como símbolo de respeito e proteção ainda é profundamente enraizada em muitas culturas, funcionando como uma ponte entre o mundo dos vivos e o descanso eterno.

E, curiosamente, apesar do tabu que cerca a morte, caixões também refletem inovações tecnológicas e até modismos: há caixões temáticos, biodegradáveis, personalizados com fotos e mensagens, mostrando que mesmo diante da morte, a humanidade busca expressar individualidade e afeto.

Com informações de Australian Museum.

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iPhone 16e vale a pena? Veja em detalhes a ficha técnica do celular “baratinho” da Apple

No dia 7 de março de 2025, a Apple deu início às vendas do iPhone 16e no Brasil. O celular foi lançado para ser uma opção mais barata entre os aparelhos da marca e sucessor do iPhone SE 2022. Mas, afinal, vale a pena adquiri-lo? Nas linhas a seguir, o Olhar Digital traz todos os detalhes relacionados ao aparelho.

iPhone 16e: confira a ficha técnica do smartphone da Apple

O iPhone 16e foi lançado em fevereiro de 2025 pela Apple nos EUA e rapidamente se tornou um sucesso em vendas. É o que aponta o site Bloomberg, o qual afirma que as vendas do iPhone 16e foram 60% mais fortes em seus três dias de abertura se comparadas com o iPhone SE de 2022. A seguir, veja a ficha técnica do dispositivo.

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Ficha técnica do iPhone 16e

Tela:

  • Tamanho da tela: 6,1 polegadas
  • Resolução da tela: 2.532 x 1.170 pixels 
  • Brilho máximo: de 800 nits (típico) a 1.200 nits (HDR)
  • Painel da tela: OLED

Câmeras:

  • Câmeras traseiras: 48 MP com abertura f/1.6, estabilização óptica de imagem, fotos com resolução (24 MP e 48 MP) e foco automático com Focus Pixels híbrido
  • Câmera frontal: 12 MP com abertura f/1.9, Focus Pixels e estabilização
  • Filmagem: gravação de vídeos 4K em Dolby Vision com alta qualidade de áudio
  • Lente teleobjetiva: zoom óptico de 2x, 12 MP, abertura f/1.6, estabilização óptica de imagem e Focus Pixels híbrido
  • Zoom digital: até 10x

Dados técnicos

  • Processador: A18
  • Sistema Operacional: iOS 18
  • Memória RAM: 8 GB (não há uma divulgação oficial da Apple sobre isso, mas é estimado por sites como GSM Arena)
  • Armazenamento: 128 GB, 256 GB ou 512 GB
  • Bateria: não divulgado, porém, segundo informações da própria Apple, suporta até 26 horas de reprodução de vídeo

Conectividade

  • Conectividade: 5G
  • Entrada para carregamento: USB-C

Funções

  • Inteligência artificial: Apple Intelligence – disponível no Brasil em português no início de abril
  • Resistência: respingos, água e poeira – classificação IP68 (pode mergulhar até 6 metros durante 30 minutos)

Características

  • Peso: 167 gramas
  • Dimensões: 146,7 x 71,5 x 7,80 mm
  • Cores: preto e branco

Conteúdo da caixa:

  • iPhone com iOS 18
  • Cabo para recarga com conector USB‑C (1m)
  • Documentação
iPhone 16e – Imagem: Divulgação/Apple

Vale a pena comprar o iPhone 16e?

Além da mudança no nome, o iPhone 16e traz alterações significativas em relação ao seu antecessor, como o chip A18, que proporciona diversos recursos de inteligência artificial. Porém, esse já é um ponto que merece destaque, pois o item é teoricamente o mesmo do iPhone 16, mas com um núcleo a menos, o que acarreta um desempenho inferior. 

Entretanto, ele conta com as mesmas opções de armazenamento interno: 128 GB, 256 GB e 512 GB, além da tela OLED Super Retina XDR, câmeras muito boas e bateria super potente. 

Vale destacar que o aparelho tem um desempenho capaz de rodar qualquer jogo ou aplicativo e realizar diversas tarefas de forma ágil, sem travar. Sendo assim, se você busca um maior custo-benefício, saiba que, na Amazon, é possível encontrar o iPhone 16e por cerca de R$ 4.499,00 – R$ 800 a menos do que o iPhone 16.

iPhone 16e nas cores preto e branco
iPhone 16e nas cores preto e branco – Imagem: Divulgação/Apple

Se economizar, mesmo adquirindo um smartphone de excelente desempenho, for o seu foco, saiba que o iPhone 16e é uma ótima opção, pois é um celular que traz muitos recursos premium por um valor menor do que o iPhone 16, um dos principais dispositivos da marca atualmente.

Por outro lado, caso você queira o máximo de desempenho e explorar com ainda mais excelência diferentes funções, como a exclusiva Dynamic Island, que possibilita interações mais dinâmicas, e o botão Controle de Câmera, o iPhone 16 é uma opção melhor.

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