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O que é uma necrópole e por que elas existiam nas civilizações antigas?

Recentemente, arqueólogos fizeram uma descoberta impressionante no Egito: o sarcófago de um médico real foi encontrado na necrópole de Saqqara, um dos mais importantes locais funerários do mundo antigo.

Essa descoberta reacendeu o interesse sobre o papel das necrópoles nas civilizações antigas e como esses locais eram muito mais do que simples cemitérios. Construídas ao longo de séculos, as necrópoles abrigavam tumbas elaboradas, templos funerários e artefatos que fornecem pistas sobre as crenças e a organização social das culturas que as criaram.

Desde o Egito Antigo até os impérios gregos e romanos, as necrópoles eram essenciais para rituais de passagem e para a preservação da memória dos mortos. Algumas dessas “cidades dos mortos” eram maiores que muitos assentamentos da época e estavam estrategicamente posicionadas para manter uma separação simbólica entre vivos e mortos.

Mas o que exatamente são as necrópoles, por que foram criadas e qual a sua importância para as sociedades que as construíram?

Necrópoles: o que são e para que servem?

(Imagem: Egyptian Ministry of Tourism and Antiquities via Live Science)

O termo “necrópole” deriva do grego antigo “nekropolis”, que significa “cidade dos mortos“. Trata-se de um extenso e elaborado local de sepultamento associado a uma antiga cidade. Geralmente, as necrópoles situavam-se fora dos limites urbanos e consistiam em vários cemitérios utilizados ao longo de séculos.

A origem das necrópoles está intrinsecamente ligada às crenças religiosas e culturais das civilizações antigas sobre a vida após a morte. Esses locais serviam não apenas como áreas de sepultamento, mas também como espaços sagrados onde rituais e cerimônias eram realizados para honrar os falecidos. Acreditava-se que proporcionar um local adequado para o descanso eterno garantiria a paz e o bem-estar dos mortos no além.

As necrópoles mais antigas conhecidas datam de períodos pré-históricos, mas foi no Antigo Egito que elas alcançaram grande destaque. A necrópole de Saqqara, por exemplo, abriga tumbas que remontam ao período dinástico inicial, incluindo a famosa Pirâmide de Djoser.

Pirâmide de Djoser. Crédito: Liya_Blumesser – Shutterstock

Esses locais eram compostos por túmulos monumentais, templos funerários e estruturas dedicadas às práticas mortuárias. A extensão das necrópoles variava, podendo cobrir áreas vastas, e geralmente localizavam-se a uma distância considerável das áreas habitadas para separar o mundo dos vivos do dos mortos.

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A estrutura das necrópoles refletia a hierarquia social da época. Faraós, nobres e altos funcionários eram sepultados em túmulos elaborados, como pirâmides e mastabas, enquanto indivíduos de classes sociais inferiores tinham sepultamentos mais simples. Os materiais utilizados na construção variavam desde pedras calcárias até granito, dependendo da importância do indivíduo e dos recursos disponíveis.

Em quais civilizações existiam as necrópoles?

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(Imagem: Egyptian Ministry of Tourism and Antiquities via Live Science)

Além do Egito, outras civilizações antigas também desenvolveram necrópoles. Os etruscos, por exemplo, construíram necrópoles elaboradas na Itália, como a de Cerveteri, caracterizada por túmulos em forma de montículos dispostos em padrões que lembram cidades dos vivos.

Na Grécia antiga, necrópoles eram comuns fora dos limites urbanos, alinhando-se às estradas que levavam às cidades. A civilização persa também possuía necrópoles notáveis, como Naqsh-e Rustam, onde túmulos reais foram escavados em penhascos.

Muitas dessas estruturas antigas ainda existem e são objeto de estudo arqueológico e turístico. No entanto, a prática de construir necrópoles como nas civilizações antigas não é comum nos dias de hoje. Atualmente, os cemitérios modernos cumprem a função de locais de sepultamento, mas diferem das necrópoles antigas em termos de escala, arquitetura e significado cultural.

A descoberta recente da tumba de Teti Neb Fu, um médico real e “mágico” do Antigo Egito, na necrópole de Saqqara, destaca a importância contínua desses sítios arqueológicos. Datada do reinado do faraó Pepi II, a tumba oferece insights valiosos sobre as práticas médicas e funerárias da época, reforçando o papel das necrópoles como guardiãs da história e cultura das civilizações antigas.

Com informações de Encyclopaedia Britannica.

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Semáforo e faixa de pedestre: quem os inventou e onde foram instalados primeiro?

Com o crescimento acelerado das cidades e a chegada de mais e mais veículos às ruas, surgiram desafios inéditos: o trânsito ficou mais complexo, e a convivência entre carros e pedestres se tornou cada vez mais difícil.

Para tentar organizar essa nova realidade e garantir mais segurança a todos, surgiram duas invenções fundamentais: o semáforo e a faixa de pedestre.

No entanto, essas soluções, que hoje estão presentes em praticamente todo o mundo, não surgiram do dia para a noite.

No fim do século XIX e início do século XX, grandes cidades começaram a enfrentar graves problemas de trânsito devido ao rápido aumento da população urbana. Muitas pessoas deixavam o campo para viver nos centros urbanos, provocando congestionamentos frequentes e elevando significativamente o número de acidentes.

Em 1897, o poeta Olavo Bilac protagonizou o que se acredita ser o primeiro acidente automobilístico do Brasil em um triciclo Serpollet semelhante ao que vemos na imagem. (Imagem: Reprodução)

Conforme aumentava a circulação de veículos motorizados – especialmente carros, ônibus e bondes –, as ruas ficaram caóticas, e acidentes tornaram-se comuns. Era necessário criar formas de gerenciar o fluxo crescente de veículos e garantir a segurança de pedestres e motoristas.

Nesse contexto, nasceram os primeiros semáforos, inicialmente operados manualmente por policiais e, mais tarde, automatizados. As faixas de pedestre também foram criadas, demarcando claramente áreas seguras para travessia das ruas.

Além das inovações tecnológicas, campanhas educativas e novas leis de trânsito tiveram papel essencial, garantindo que motoristas e pedestres compreendessem as regras e adotassem práticas mais seguras. Entenda a seguir os detalhes dessas invenções!

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Quem inventou o semáforo?

Luzes acesas de um semáforo (vermelha, amarela e verde)
(Imagem: Tsvetoslav Hristov / Unsplash)

O primeiro semáforo foi inventado pelo engenheiro ferroviário John Peake Knight no Reino Unido. Ele adaptou um sistema de sinalização ferroviária para o tráfego urbano. Foi instalado em Londres, em 1868, próximo ao Parlamento Britânico. Era um sistema de luzes a gás, com lanternas vermelhas e verdes para indicar “pare” e “siga”. 

A invenção de Knight foi motivada pela necessidade de controlar o crescente tráfego de carruagens e pedestres na cidade, que se tornava cada vez mais caótico. O engenheiro se inspirou nos sinais ferroviários existentes na época, adaptando-os para o uso nas ruas.

O semáforo era um dispositivo mecânico com duas lâmpadas a gás: uma vermelha e outra verde, operado manualmente por um policial, que girava uma alavanca para mudar as luzes.

Em 1869, apenas um ano após sua instalação, uma explosão de gás causou ferimentos graves ao policial que o operava. O acidente levou à descontinuação do semáforo, e a ideia só foi retomada décadas depois, com o desenvolvimento da eletricidade.

Embora sua invenção tenha sido efêmera, John Peake Knight é reconhecido como o pioneiro do semáforo, um dispositivo que se tornaria essencial para a segurança e organização do trânsito em todo o mundo. A sua ideia inicial foi fundamental para os modelos atuais que utilizamos.

O semáforo moderno, elétrico, foi desenvolvido nos Estados Unidos. O primeiro semáforo elétrico foi patenteado por Garrett Morgan em 1923 e instalado em Cleveland, Ohio, em 1914, por James Hoge.

Quem inventou a faixa de pedestre?

Pessoas atravessando a rua na faixa de pedestres
(Imagem: Conrad Alexander / Unsplash)

A faixa de pedestre, também conhecida como “passagem de zebra” devido às suas listras brancas, foi introduzida no Reino Unido na década de 1940. As primeiras faixas de pedestre foram testadas em Slough, Inglaterra, em 1949, como parte de um estudo sobre segurança no trânsito. O conceito rapidamente se espalhou para outros países.

A adoção generalizada das faixas de pedestres ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, com o aumento do tráfego de veículos e a necessidade de proteger os pedestres. Segundo o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), os pedestres têm prioridade de travessia nas faixas, obrigando os motoristas a parar seus veículos.

Para que serve a faixa de pedestre?

A faixa de pedestre serve para indicar um local seguro para os pedestres atravessarem a rua, protegendo-os do tráfego de veículos e organizando o fluxo de trânsito. Delimitam um espaço seguro para a travessia, reduzindo o risco de acidentes. Elas organizam o trânsito, definindo pontos de travessia e contribuindo para um fluxo mais ordenado. Além disso, garantem prioridade de travessia aos pedestres, obrigando os motoristas a pararem seus veículos.
garota e menino com mochilas atravessam cuidadosamente a rua na faixa de pedestres a caminho da escola. Regras de trânsito. Caminho para pedestres ao longo da faixa zebrada na cidade. conceito de pedestres atravessando a faixa de pedestres.

A faixa de pedestres, em sua forma mais primitiva, remonta a civilizações antigas, como a romana. Nas ruínas de Pompeia, cidade do Império Romano destruída pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C., foram encontradas pedras elevadas dispostas transversalmente nas ruas. 

Essas pedras serviam como uma espécie de “faixa de pedestres” para que as pessoas pudessem atravessar as vias sem pisar diretamente na água ou na lama que acumulava nas ruas, especialmente durante as chuvas. Além disso, os espaços entre as pedras permitiam a passagem de rodas de carruagens.

Essas estruturas eram uma solução prática para o problema de drenagem e circulação em uma cidade movimentada, mas também podem ser consideradas um precursor das faixas de pedestres modernas.

Do asfalto ao céu: quando o trânsito decolar

Como semáforos e faixas de pedestres podem evoluir na era dos carros voadores? Se, em um exercício de imaginação considerando os avanços tecnológicos, vislumbrarmos um futuro com carros voadores, as tecnologias de trânsito atuais, como semáforos e faixas de pedestres, precisariam ser reinventadas para gerenciar um espaço tridimensional, garantindo a segurança e a organização do tráfego aéreo e terrestre.

Ilustração de cidade do futuro, com pessoas caminhando, carros elétricos, carros voadores e ciclomotores.
(Imagem: Ilustração / Rumka vodki / Shutterstock)

No futuro, semáforos podem se tornar sinalização aérea, comunicação entre veículos ou até mesmo controle de tráfego por IA. Faixas de pedestres podem ser elevadas, holográficas ou protegidas por sensores e barreiras virtuais.

O gerenciamento de tráfego aéreo pode incluir corredores e altitudes específicas, navegação automatizada e tecnologia para evitar colisões. Zonas de exclusão aérea e estacionamentos verticais também podem surgir. No entanto, a infraestrutura, regulamentação e impacto ambiental são desafios que precisam ser considerados.

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Por que as cidades inundam? Veja a diferença entre inundação e enchente

Nos últimos anos, eventos climáticos extremos têm causado grandes estragos em diversas cidades ao redor do mundo. No Brasil, por exemplo, fortes chuvas frequentemente resultam em ruas alagadas, deslizamentos de terra e até mesmo no deslocamento de milhares de pessoas. Mas você já se perguntou por que cidades inundam e quais são as causas desse problema?

Para entender melhor esse fenômeno, é fundamental diferenciar dois conceitos que muitas vezes são confundidos: inundação e enchente.

Embora ambos estejam relacionados ao excesso de água em um determinado local, cada um tem características distintas e impactos diferentes. Além disso, a urbanização desordenada, o desmatamento e falhas na infraestrutura contribuem diretamente para a recorrência das inundações.

Qual a diferença entre inundação e enchente?

Apesar de muitas pessoas usarem os termos “inundação” e “enchente” como sinônimos, eles possuem significados diferentes. A enchente ocorre quando um rio, lago ou outro corpo d’água transborda devido ao aumento do volume de água, geralmente causado por chuvas intensas.

Esse fenômeno é natural e pode ocorrer mesmo em áreas sem presença humana, sendo agravado pelo desmatamento e pela impermeabilização do solo.

A enchente ocorre quando um rio transborda devido ao aumento do volume de água. Imagem: Nick_ Raille_07 – Shutterstock

Já a inundação é um processo mais amplo e pode ocorrer mesmo sem a presença de rios próximos. Esse fenômeno acontece quando a água da chuva não consegue escoar adequadamente, acumulando-se nas ruas, casas e outras áreas urbanas.

As inundações são comuns em cidades com infraestrutura precária, falta de drenagem eficiente e alto índice de impermeabilização do solo, onde o asfalto impede a absorção da água pelo terreno.

A principal diferença entre os dois fenômenos é que a enchente está diretamente relacionada ao transbordamento de corpos d’água, enquanto a inundação ocorre por conta do acúmulo de água em locais onde ela não consegue escoar. Ambos os eventos podem causar prejuízos significativos para a população, desde danos materiais até riscos à saúde pública.

Por que as cidades inundam?

Fatores que contribuem para as inundações

A urbanização acelerada e muitas vezes desordenada das cidades é um dos principais fatores que contribuem para as inundações. O crescimento das áreas urbanas leva à substituição de áreas naturais por concreto e asfalto, que não absorvem a água da chuva como o solo faria naturalmente.

Além disso, problemas como sistemas de drenagem insuficientes, lixo acumulado nos bueiros e mudanças climáticas intensificam ainda mais essa situação.

Outro fator agravante é o desmatamento em regiões próximas às cidades. A vegetação tem um papel fundamental na retenção da água da chuva, evitando que grandes volumes escoem rapidamente para áreas urbanas. Sem essa proteção natural, a água chega às cidades de forma abrupta, sobrecarregando os sistemas de drenagem e aumentando o risco de inundações.

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Impactos das inundações para a cidade

As inundações representam um problema grave para a infraestrutura urbana. Ruas alagadas dificultam a mobilidade, podendo paralisar o transporte público e o tráfego de veículos. Além disso, a água acumulada pode danificar asfalto, calçadas, pontes e construções, gerando altos custos para reparos e manutenção.

Outro impacto significativo é a contaminação da água e do solo. Durante as inundações, resíduos químicos, lixo e esgoto podem se misturar com a água acumulada, tornando-a extremamente poluída. Isso não só compromete o meio ambiente, mas também representa sérios riscos para a saúde pública.

Carros engolidos por enchente em Rio Grande do Sul que poderiam ir para leilão
(Imagem: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Consequências para os cidadãos

Para a população, as inundações nas cidades trazem prejuízos financeiros, sociais e de saúde. Casas e comércios podem ser invadidos pela água, causando perdas materiais irreparáveis. Muitas vezes, famílias inteiras precisam deixar suas residências devido ao risco de desmoronamento ou contaminação da água.

Além das perdas materiais, as inundações podem provocar doenças, como leptospirose, dengue e infecções respiratórias. A presença de água parada favorece a proliferação de mosquitos e outros vetores de doenças, tornando a situação ainda mais preocupante.

Problemas para animais e moradores de rua

Os animais de rua e pessoas em situação de vulnerabilidade são os mais afetados pelas inundações. Sem um abrigo adequado, eles ficam expostos ao frio, à fome e às doenças transmitidas pela água contaminada. Muitos animais acabam morrendo afogados ou adoecendo após o contato com substâncias tóxicas presentes na água das inundações.

Para a população em situação de rua, a falta de locais seguros para se proteger pode ser fatal. Abrigos superlotados e a dificuldade de acesso a cuidados médicos agravam ainda mais o impacto desse fenômeno para essas pessoas.

Quem paga pelos danos causados pelas inundações nas cidades?

Os prejuízos financeiros causados por inundações podem ser gigantescos, tanto para o setor público quanto para os cidadãos. Em muitos casos, os custos com reparos de infraestruturas, reconstrução de casas e indenizações são arcados pelos governos municipais, estaduais e federais. No entanto, esses recursos nem sempre são suficientes para cobrir todos os danos.

Os seguros residenciais e comerciais podem ajudar a minimizar as perdas, mas nem todas as pessoas possuem acesso a esse tipo de serviço. Em algumas situações, programas de assistência governamental podem ser acionados para ajudar vítimas de enchentes e inundações, mas a burocracia pode dificultar esse processo.

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Carros pegos por uma enchente (Reprodução: Sveta K/Pexels)

Como prevenir inundações e de quem é a responsabilidade?

A prevenção de inundações exige ações coordenadas entre governos, empresas e a população. Algumas medidas essenciais incluem:

  • Melhoria do sistema de drenagem urbana: manutenção e ampliação das redes de escoamento pluvial para garantir que a água da chuva tenha um destino adequado.
  • Preservação de áreas verdes e mananciais: proteger e restaurar vegetações próximas às cidades para absorver melhor a água da chuva.
  • Redução da impermeabilização do solo: investir em soluções como pavimentos permeáveis e telhados verdes.
  • Campanhas de conscientização: incentivar a população a evitar o descarte irregular de lixo, que entope bueiros e agrava as inundações.
  • Fiscalização e planejamento urbano eficiente: políticas públicas devem garantir que novas construções sigam normas de sustentabilidade e drenagem eficiente.

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Tripofobia: conheça a fobia que vai arrepiar todos os pelos do seu corpo

Alerta de gatilho: este artigo aborda temas que podem causar desconforto em pessoas sensíveis a padrões de buracos ou formas geométricas agrupadas.

O mundo pode ser um lugar bastante assustador, e, ao longo da história, nosso corpo desenvolveu mecanismos de defesa para reagir a certos gatilhos, como predadores, alimentos contaminados e grandes alturas.

No entanto, às vezes essas reações vão além do necessário e se manifestam como fobias, respostas intensas e desproporcionais a estímulos específicos. Dentre os vários medos que podem afetar a cabeça humana, está a tripofobia, um distúrbio que afeta quem sente desconforto ou aversão a padrões repetitivos de pequenos buracos ou formas geométricas agrupadas.

Embora o termo tenha ganhado popularidade na internet, a tripofobia não é oficialmente reconhecida como um transtorno psiquiátrico, mas muitas pessoas relatam reações físicas e emocionais intensas ao ver imagens desse tipo. Mas, afinal, o que é a tripofobia e por que ela causa tanta repulsa?

O que é a tripofobia e por que ela é tão desconfortável?

A tripofobia é descrita como uma aversão intensa ou desconforto ao ver padrões repetitivos de pequenos buracos ou formas geométricas agrupadas, como colmeias, sementes de lótus e esponjas.

Embora muitas pessoas relatem essa sensação, a tripofobia não é oficialmente reconhecida como um transtorno psiquiátrico pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). O termo ganhou popularidade na internet e se tornou objeto de pesquisa, mas ainda não há consenso na comunidade científica sobre suas causas exatas.

Padrões como colméias podem afetar pessoas sensíveis. Imagem: Panglima Panah/Shutterstock

Pesquisadores sugerem que a tripofobia pode ser uma resposta evolutiva do cérebro, já que padrões semelhantes aparecem em animais venenosos, doenças infecciosas e feridas ulceradas. Essa hipótese sugere que a reação negativa seria um mecanismo de defesa biológico, levando o cérebro a associar essas imagens a potenciais ameaças.

Outra teoria aponta que a tripofobia pode estar relacionada a uma sobrecarga sensorial, em que certos padrões ativam regiões do cérebro ligadas ao medo e ao desconforto visual. Os sintomas podem variar de um leve incômodo a reações mais intensas, como calafrios, suor excessivo, coceira, formigamento, aumento da frequência cardíaca e até náusea. Em casos mais graves, algumas pessoas podem desenvolver crises de ansiedade ou ataques de pânico ao se deparar com imagens que despertam a fobia.

Além disso, os gatilhos podem ser diferentes para cada pessoa. Algumas sentem desconforto apenas com objetos inanimados, como canos organizados em um padrão repetitivo ou bolhas em um líquido. Outras, no entanto, reagem fortemente a elementos orgânicos, como padrões na pele de animais, o alinhamento dos dentes de uma lampreia ou buracos causados por infecções e doenças. Essa variação mostra que a tripofobia pode estar relacionada tanto a fatores biológicos quanto a experiências pessoais e psicológicas.

Imagem: Benoit Daoust / Shutterstock

Atualmente, não há uma cura específica para a tripofobia, mas algumas abordagens terapêuticas podem ajudar a reduzir os sintomas. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é frequentemente recomendada para auxiliar no controle da ansiedade e na dessensibilização progressiva à exposição a padrões tripofóbicos. Além disso, estratégias de respiração e relaxamento podem minimizar os efeitos físicos e emocionais da fobia.

Como identificar a tripofobia

Identificar a tripofobia pode ser desafiador, pois a intensidade das reações varia de pessoa para pessoa. Algumas sentem apenas um leve desconforto ao ver padrões de buracos, enquanto outras experimentam reações físicas imediatas, como tremores e suor excessivo. Essa resposta pode ser involuntária e ocorrer até mesmo ao visualizar imagens em telas digitais.

O principal critério para considerar a tripofobia como um problema significativo é o grau de impacto que ela tem na vida da pessoa. Se a aversão a esses padrões impede a realização de atividades cotidianas ou causa sofrimento emocional intenso, procurar a orientação de um profissional de saúde mental pode ser um caminho para lidar com os sintomas.

Com informações de WebMD.

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Como saber se o pneu é bom ou ruim? Veja dicas para acertar na hora da compra

Escolher um pneu de qualidade é essencial para garantir segurança, conforto e economia ao dirigir. No entanto, diante da grande variedade de marcas, modelos e especificações técnicas, muitos motoristas ficam em dúvida sobre como identificar um pneu bom e evitar escolhas ruins.

Seja para substituir um pneu desgastado ou simplesmente para melhorar o desempenho do veículo, saber avaliar a qualidade do produto é um passo importante. Além disso, com a popularização das compras online, muitos consumidores também se perguntam se é seguro adquirir pneus pela internet e como verificar a procedência sem os ver pessoalmente.

Como saber se o pneu é bom ou não

O primeiro fator a ser analisado ao escolher um pneu é se ele atende às especificações do veículo. O manual do carro indica o tamanho correto, a capacidade de carga e o índice de velocidade recomendados pelo fabricante. Escolher um modelo inadequado pode comprometer a dirigibilidade e até aumentar o consumo de combustível.

(Imagem: Freepik)

Outro ponto essencial é a durabilidade. Pneus de qualidade costumam ter compostos que equilibram aderência e resistência ao desgaste. Modelos de baixa qualidade podem perder aderência rapidamente, desgastar de forma irregular e precisar ser substituídos antes do tempo.

A aderência ao solo é um dos fatores mais importantes para a segurança. Pneus com boas avaliações nesse quesito garantem melhor desempenho em curvas e frenagens, especialmente em pisos molhados. Para verificar esse fator, o motorista pode consultar classificações de desempenho, como testes realizados por entidades independentes.

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O desenho da banda de rodagem também influencia o desempenho do pneu. Sulcos profundos e bem distribuídos ajudam a evitar a aquaplanagem e melhoram a aderência em superfícies molhadas. Já pneus com desgaste irregular ou falhas visíveis na borracha podem comprometer a segurança e devem ser evitados.

Outro aspecto importante é a data de fabricação. Pneus têm uma vida útil limitada, mesmo que não sejam usados. Um pneu fabricado há muitos anos pode perder elasticidade e aderência, aumentando o risco de falhas. A informação sobre a data de fabricação está gravada na lateral do pneu, em um código de quatro dígitos: os dois primeiros indicam a semana de fabricação, e os dois últimos, o ano.

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Close-up de um pneu (Reprodução: Jaye Haych/Unsplash)

Para quem deseja economizar sem abrir mão da qualidade, é possível encontrar boas opções de pneus remoldados ou recauchutados, mas é fundamental verificar a certificação e procedência. Pneus reformados de origem duvidosa podem apresentar falhas estruturais e comprometer a segurança.

Já para quem pretende comprar pneus pela internet, é importante verificar se o vendedor é confiável, conferir a reputação da loja e garantir que o produto tem certificação adequada. Outra dica é comparar preços e ler avaliações de outros consumidores para ter certeza de que está adquirindo um modelo de qualidade.

Além disso, a instalação correta é fundamental para garantir o melhor desempenho do pneu. O alinhamento e o balanceamento devem ser feitos sempre que os pneus forem trocados, evitando desgaste irregular e garantindo estabilidade ao dirigir.

Por fim, vale lembrar que a manutenção regular dos pneus ajuda a prolongar sua vida útil. Verificar a calibragem regularmente, evitar sobrecarga no veículo e dirigir com cuidado são atitudes que fazem toda a diferença na durabilidade dos pneus.

Com informações de TyreSafe.

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Quais as intenções da OpenAI ao pressionar o governo dos EUA?

A OpenAI enviou uma proposta de política ao Plano de Ação de IA da Casa Branca, pressionando o governo dos EUA a tomar medidas agressivas para manter o domínio da IA ​​americana em meio à crescente competição da China.

A proposta pedia o uso de leis comerciais para promover a liderança da IA ​​dos EUA, relaxando as restrições de direitos autorais para dados de treinamento, investindo pesadamente em infraestrutura de IA e impedindo regulamentações estaduais como o controverso projeto de lei de segurança de IA da Califórnia, SB 1047.

Este projeto de lei, vetado em 2024, teria imposto responsabilidade estrita e regulamentações de segurança às empresas de IA, sufocando potencialmente o crescimento da indústria.

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Plano da OpenAI é impulsionar liderança em IA nos EUA com menos regulamentações que limitem inovações das empresas do ramo – Imagem: jackpress/Shutterstock

Empresas de IA menos limitadas por leis

  • Como observa um artigo do The Verge, a proposta da OpenAI contra a regulamentação estadual reflete preocupações de que uma “colcha de retalhos” de 50 leis estaduais diferentes poderia criar caos para empresas de IA.
  • Com ação federal limitada, os projetos de lei relacionados à IA estão aumentando rapidamente no nível estadual.
  • No início de 2025, quase 900 projetos de lei de IA foram propostos em 48 estados, abordando questões como engano gerado por IA, imagens íntimas não consensuais e IA em resposta a desastres.
  • Esse aumento legislativo, descrito como sem precedentes por especialistas, destaca a crescente complexidade da governança de IA.

No entanto, a pressão da OpenAI pela preempção federal levanta preocupações porque não propõe uma estrutura nacional para substituir as leis estaduais, deixando um vazio regulatório.

O foco da empresa em bloquear o SB 1047, que teria impactado fortemente os laboratórios de IA de fronteira, sinaliza sua preferência por regulamentações menos rigorosas, especialmente ao nível estadual.

Enquanto isso, a política de IA ao nível federal continua paralisada, com projetos de lei bipartidários não sendo aprovados no Congresso. A OpenAI e a indústria de tecnologia continuam a impulsionar sua agenda, alavancando temores sobre as crescentes capacidades de IA da China para obter apoio.

Ou seja, a empresa quer barrar a criação de leis estaduais, mas não sugere um conjunto de regras nacionais para ocupar esse espaço. Isso poderia deixar um vazio regulatório, em que a IA não teria nenhuma regulamentação clara nem em nível estadual nem em nível federal, o que poderia gerar incertezas jurídicas e permitir abusos no setor.

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OpenAI e outras startups de IA enfrentam uma crescente onda de regulamentações estaduais (Imagem: Svet foto/Shutterstock)

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Estamos mais preparados atualmente para enfrentar uma pandemia?

Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou a COVID-19 uma pandemia, que afetou mais de 770 milhões de pessoas e causou milhões de mortes globalmente.

Apesar dos avanços, ainda existe o risco de novas pandemias, e a questão é: estamos melhor preparados? Em alguns aspectos, sim, mas em outros, não, como explica um artigo publicado originalmente no site The Conversation.

Setores público e privado aprenderam a colaborar como nunca antes

  • A pandemia da COVID-19 gerou avanços notáveis, como uma colaboração sem precedentes entre setores público e privado, resultando no rápido desenvolvimento das vacinas mRNA.
  • Aprendemos a trabalhar em conjunto, compartilhando recursos e acelerando a pesquisa científica.
  • Além disso, a abordagem One Health, que integra saúde humana, animal e ambiental, ganhou importância.

No entanto, algumas áreas não avançaram o suficiente.

Aprendemos e evoluímos no combate a COVID-19, mas alguns problemas da época voltariam a aparecer em uma nova pandemia (Reprodução: william87/iStock)

Sistema de saúde frágeis sofreram ainda mais

A fragilidade dos sistemas de saúde pública em alguns países, especialmente nas áreas de atenção primária e geriatria, permanece preocupante. As instituições de saúde, como asilos, também necessitam de maior apoio.

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A falta de investimento contínuo em pesquisa e a dificuldade em superar obstáculos burocráticos também são desafios persistentes.

A pandemia exacerbada por desinformação e polarização política deixou lições importantes, como a necessidade de melhorar a comunicação científica e lidar com a desigualdade social, que amplificou os impactos da crise.

Embora tenhamos aprendido muito, o mundo ainda não está totalmente preparado para futuras crises sanitárias, sendo essencial um maior investimento em ciência e colaboração global.

Multidão de pessoas com máscaras no início da pandemia do COVID-19
Preparo do planeta para enfrentar uma nova pandemia não seria tão superior ao que vimos em 2020 – Imagem: Tzido / iStock

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Como funciona o teste de gravidez e qual sua eficácia?

Os testes de gravidez são a forma mais rápida e acessível de confirmar uma possível gestação. Eles detectam a presença do hormônio hCG, que começa a ser produzido após a fecundação. Existem testes de urina, vendidos em farmácias que oferecem maior precisão. Mas qual a eficácia desse teste, como funciona e quando realizar para obter um resultado confiável?

Eficácia de um teste de gravidez (Reprodução: Freepik/photodiod)

Como funciona o teste de gravidez?

As fitas dos testes de gravidez são feitas para detectar se à presença da gonadotrofina coriônica humana (Beta hCG), hormônio que só é produzido quando a mulher está grávida.

Qual a eficácia do teste de gravidez?

A eficácia varia dependendo do tipo de teste e do momento em que é realizado. O teste comprado em farmácia quando realizado corretamente têm uma precisão de cerca de 97%. O ideal é realizá-lo a partir do primeiro dia de atraso menstrual, pois antes disso o nível de hCG pode ser baixo, resultando em um falso negativo.

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Como realizar o teste?

Para realizar o teste colete a urina no recipiente transparente que vem junto ao teste, após mergulhe a fita na urina até a faixa azul com a descrição “max” e espere de cinco a dez minutos. Uma linha significa negativo e duas linhas significa positivo para gravidez. Caso não apareça nenhuma linha, há um erro e é necessário fazer outro teste.

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Como funciona um teste de gravidez (Reprodução: Freepik)

Em casos em que a gestação está no início, a segunda linha pode aparecer com a cor visualmente fraca, e é indicado fazer mais um teste ou então realizar a coleta de sangue para um resultado mais preciso. Se o resultado do teste for negativo e a menstruação estiver atrasada, ou se existirem sintomas sugestivos de gravidez, o teste deve ser repetido após 3 a 5 dias.

Quais as recomendações para fazer o teste de gravidez corretamente?

Observe se o teste tem o selo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e registro no Ministério da Saúde, verifique a validade do teste e as condições da embalagem. Se estiver aberta ou tiver sido exposta à umidade, é possível que o teste não funcione corretamente.

Vale ressaltar que é indicado que a mulher faça o teste um dia após o atraso menstrual e que realize o teste com a primeira urina da manhã, pois é quando a urina está concentrada e fica fácil identificar a presença de hormônios. Além disso, realizar a coleta de sangue também é indicado para um resultado mais preciso.

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Veja o que acontece com seu cérebro quando você tira uma pausa das redes sociais

Nos últimos anos, as redes sociais se tornaram parte essencial da rotina de milhões de pessoas. Checar notificações, rolar o feed e interagir com postagens já se tornaram hábitos automáticos, muitas vezes feitos sem perceber.

No entanto, o uso excessivo dessas plataformas pode impactar negativamente a saúde mental e o funcionamento do cérebro, levando a sintomas como ansiedade, estresse e até dificuldades de concentração.

Mas o que acontece quando tiramos uma pausa das redes sociais? Estudos indicam que reduzir o tempo de uso dessas plataformas pode trazer benefícios significativos para o bem-estar, ajudando a melhorar a cognição, o humor e até a qualidade do sono. Confira a seguir algumas das mudanças que ocorrem no seu cérebro quando você se desconecta por um tempo.

O que acontece com seu cérebro quando você dá uma pausa das redes sociais?

Menos ansiedade e estresse

As redes sociais podem ser uma fonte constante de estímulos estressantes. Comparação com outras pessoas, notícias negativas e a necessidade de manter uma presença digital ativa podem aumentar a ansiedade e o estresse.

Imagem: NDAB Creativity/Shutterstock

Quando você reduz o tempo nas redes, os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, tendem a diminuir, ajudando seu cérebro a entrar em um estado de maior relaxamento e equilíbrio emocional.

Melhora na concentração e produtividade

O uso excessivo das redes sociais afeta diretamente a capacidade de concentração. As notificações constantes e o hábito de alternar entre aplicativos reduzem a atenção sustentada, tornando mais difícil focar em tarefas importantes.

Ao tirar uma pausa, seu cérebro recupera a capacidade de manter o foco por períodos mais longos, aumentando a produtividade e melhorando a eficiência no trabalho ou nos estudos.

Aumento da criatividade

(Imagem: Vitória Gomez via DALL-E/Olhar Digital)

O excesso de informações consumidas diariamente nas redes pode sobrecarregar o cérebro, reduzindo o espaço mental necessário para a criatividade. Quando você se afasta das redes sociais, o cérebro tem mais tempo para processar ideias de forma livre, favorecendo a criatividade e o pensamento original.

Muitas pessoas relatam que, após um tempo offline, conseguem desenvolver novas perspectivas e insights inovadores.

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Melhora na qualidade do sono

O uso das redes sociais antes de dormir pode prejudicar a qualidade do sono, pois a luz azul das telas interfere na produção de melatonina, o hormônio responsável por regular o ciclo do sono.

Além disso, o estímulo constante pode deixar o cérebro em estado de alerta, dificultando o relaxamento. Ao reduzir o uso das redes, especialmente à noite, é possível dormir melhor e acordar mais descansado.

Maior conexão com o mundo real

Pessoa de pé com braços abertos em plantação de girassóis durante pôr-do-sol
(Imagem: denis_333/Adobe Stock)

O tempo gasto nas redes sociais muitas vezes substitui interações presenciais e momentos de lazer fora das telas. Quando você se desconecta, passa a dar mais atenção às pessoas ao seu redor, fortalecendo relações interpessoais e melhorando a sensação de pertencimento.

Além disso, dedicar mais tempo a atividades físicas, leituras ou hobbies pode contribuir para um maior equilíbrio emocional.

Redução da necessidade de validação externa

O sistema de curtidas, comentários e compartilhamentos nas redes sociais ativa os centros de recompensa do cérebro, estimulando a liberação de dopamina, o neurotransmissor associado ao prazer. Com o tempo, isso pode criar uma dependência emocional da aprovação digital.

Ao tirar uma pausa, o cérebro se reajusta, permitindo que você encontre satisfação em atividades que não dependem da validação externa.

Autopercepção mais saudável

O consumo excessivo de conteúdos nas redes pode levar a uma percepção distorcida da realidade, aumentando sentimentos de inadequação e insatisfação pessoal. Quando você reduz o uso dessas plataformas, diminui a exposição a padrões irreais e começa a desenvolver uma visão mais equilibrada sobre si mesmo e sobre a vida.

Fazer uma pausa das redes sociais pode ser desafiador no início, mas os benefícios para o cérebro e para o bem-estar geral compensam a experiência. Seja reduzindo o tempo de uso ou desconectando-se completamente por alguns dias, dar um respiro digital pode trazer mais equilíbrio, clareza mental e qualidade de vida.

Com informações de Harvard Summer School.

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Por que não sentimos o peso da atmosfera? Entenda

A atmosfera terrestre é uma camada de gases que envolve nosso planeta, essencial para a manutenção da vida. Composta principalmente por nitrogênio (78%) e oxigênio (21%), ela também contém outros gases, vapor d’água e partículas em suspensão. 

Apesar de sua imensa massa, que chega a aproximadamente 5,5 quatrilhões de toneladas, não sentimos o peso da atmosfera sobre nossos corpos. Mas por que isso acontece? Continue lendo e descubra.

O que é a atmosfera?

Aurora Boreal na atmosfera / Crédito: muratart (shutterstock/reprodução)

A atmosfera é uma camada de gases que envolve a Terra, retida pela força da gravidade. Ela desempenha um papel crucial na proteção do planeta, filtrando radiação ultravioleta, regulando a temperatura e permitindo a respiração dos seres vivos.

A atmosfera tem cinco camadas principais:

  • Troposfera (0-12 km): onde ocorrem os fenômenos meteorológicos e se encontra o ar respirável.
  • Estratosfera (12-50 km): contém a camada de ozônio, que absorve a radiação UV.
  • Mesosfera (50-80 km): camada onde as temperaturas são mais baixas e onde a maioria dos meteoros se desintegra.
  • Termosfera (80-700 km): onde ocorre a ionização dos gases e a formação de auroras boreais e austrais.
  • Exosfera (700-10.000 km): parte mais externa, onde os gases são extremamente rarefeitos e os satélites orbitam.

A pressão atmosférica, que é a força exercida pelo ar sobre a superfície terrestre, diminui conforme a altitude aumenta. Ao nível do mar, a pressão média é de 1 atmosfera (atm), equivalente a 101.325 Pascal (Pa). Essa pressão é produto do peso do ar acima de nós, que se estende por cerca de 100 quilômetros de altura.

Por que não sentimos o peso da atmosfera?

Um satélite na atmosfera terrestre
Um satélite na atmosfera terrestre / Crédito: Mechanik (shutterstock/reprodução)

Apesar da atmosfera exercer uma pressão significativa sobre nós, não sentimos seu peso devido a um equilíbrio de forças. O ar, sendo um fluido, exerce pressão em todas as direções. Isso significa que a pressão atmosférica atua tanto de cima para baixo quanto de baixo para cima, além de atuar lateralmente. Esse equilíbrio de forças faz com que a pressão externa se cancele, o que impede que sintamos o peso da atmosfera.

Além disso, nosso corpo é adaptado para lidar com essa pressão. A pressão interna do nosso corpo, gerada por fluidos e gases, é igual à pressão externa exercida pela atmosfera. Esse equilíbrio é essencial para nossa sobrevivência. Se houvesse uma diferença significativa entre a pressão interna e externa, nosso corpo seria comprimido ou expandido, causando danos graves.

Um exemplo prático é o que acontece ao nível do mar. A pressão atmosférica nessa altitude equivale a cerca de 10 toneladas por metro quadrado. No entanto, como a pressão se distribui uniformemente, não sentimos essa força poderosa.

Imagine segurar um objeto pesado com as duas mãos: se você aplicar a mesma força em ambos os lados, o objeto parecerá leve. O mesmo princípio se aplica à pressão atmosférica.

A atmosfera do céu da estratosfera
A atmosfera do céu da estratosfera / Crédito: Chaleephoto (shutterstock/reprodução)

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O papel da gravidade e da pressão interna

A gravidade é a força que mantém a atmosfera presa à Terra. Sem ela, os gases escapariam para o espaço, como acontece em corpos celestes menores, como a Lua. A gravidade também é responsável por comprimir o ar próximo à superfície, tornando-o mais denso ao nível do mar. Conforme subimos em altitude, o ar se torna mais rarefeito, e a pressão diminui.

Um céu com nuvens cinzentas
Um céu com nuvens cinzentas / Crédito: Bilanol (shutterstock/reprodução)

Nosso corpo, por sua vez, sofreu adaptações ao passar dos anos para resistir a essas forças. A pele, os músculos e os ossos são estruturas que ajudam a manter a integridade física mesmo sob pressão. Em situações extremas, como no vácuo do espaço, onde não há pressão atmosférica, o corpo humano sofreria danos devido à falta de equilíbrio entre as pressões interna e externa.

No entanto, na superfície terrestre, esse equilíbrio se mantêm, o que permite que vivamos sem sentir o peso da atmosfera.

Em resumo, a atmosfera terrestre é uma camada essencial para a vida, e os habitantes da Terra não sentem seu peso por causa do equilíbrio entre a pressão externa e a pressão interna do nosso corpo. A física por trás desse fenômeno demonstra como a natureza encontra maneiras de manter a harmonia entre forças aparentemente opostas.

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