O ChatGPT-4.5 foi lançado em fevereiro deste ano e passou a ser disponibilizado gradualmente para os usuários com o plano pago. De acordo com a OpenAI, criadora do ChatGPT, o novo modelo conta com uma capacidade aprimorada para reconhecer padrões, criar conteúdos inovadores e demonstrar inteligência emocional.
O novo modelo pode ser utilizado em uma versão de “pré-visualização” para as pessoas que assinam os planos Plus (por US$ 20 mensais) ou Pro (por US$ 200 mensais).
O que é o ChatGPT-4.5 da OpenAI?
O ChatGPT-4.5 é um novo modelo de linguagem da OpenAI que permite interações mais humanizadas e naturais. Além disso, ela consegue usar informação praticamente em tempo real, buscando dados atuais na web durante a conversa com o usuário.
Outro destaque é que a versão tem uma taxa de 37,1% de alucinações, contra 61,8% do GPT-4o e 44% do GPT-4.1. Vale ressaltar que, pelo menos na fase atual, a ferramenta não funciona diretamente com recursos de voz ou vídeo. Além disso, não é um substituto direto para os modelos GPT-3.5 e GPT-4o.
Para acessar o novo modelo do ChatGPT, você deve ser assinante do plano Pro ou Plus. Então, no aplicativo ou computador, basta alterar o modelo de utilização e acessar o GPT 4.5 para utilizá-lo. Veja como é fácil:
Tempo necessário: 2 minutos
Clique nos três pontos no canto superior direito da tela e selecione a opção GPT-4.5
GPT-4.5 vs GPT-4o: o que muda nos chatbots?
O GPT-4.5 conta com um conhecimento mais amplo, maior capacidade criativa e um estilo de conversa mais natural. No entanto, diferentemente dos modelos da série “o”, ele não se destaca na execução de raciocínios lógicos detalhados, com passo a passo.
Além disso, devido ao seu tamanho, pode ser mais lento em algumas tarefas. Outra limitação é que ele não gera conteúdos multimodais, como áudio ou vídeo.
Pelo menos 61 países ao redor do mundo já iniciaram ou planejam desligar suas redes 2G. Entre eles estão Brasil, Estados Unidos, Índia e China, segundo dados da GSMA Intelligence. O objetivo é aumentar a largura de banda 4G e 5G redirecionando o espectro 2G existente, reduzindo custos de manutenção e aumentando as receitas das operadoras, segundo a Rest of World.
No entanto, a transição levanta preocupações sobre a exclusão digital, especialmente entre a população de baixa renda.
Milhões de pessoas ao redor do mundo ainda dependem de telefones 2G. Fatores como preço acessível, falta de habilidades digitais e conectividade precária mantiveram esses aparelhos relevantes.
Em países como Índia, Paquistão e Vietnã, uma infraestrutura moderna é essencial para atrair investimentos, mas a escassez de espectro desafia a transição para redes mais avançadas.
A venda global de celulares que não são smartphones caiu de 374 milhões de unidades, em 2019, para 200 milhões, em 2024, segundo a Counterpoint Research. Ainda assim, mercados como Índia e África do Sul continuam a investir em telefones 4G acessíveis.
A pesquisa da Aliança para a Internet Acessível revelou que, em 2021, a compra do smartphone mais barato representava 30% da renda mensal de 2,5 bilhões de pessoas no mundo.
O dilema da transição para o 4G e 5G também afeta dispositivos essenciais. (Imagem: EBC)
Os dilemas para o desligamento do 2G
O dilema da transição para o 4G e 5G também afeta dispositivos essenciais, como sensores de poluição e equipamentos de monitoramento elétrico, dificultando o cronograma do desligamento do 2G em diversos países.
A África do Sul, por exemplo, estabeleceu a meta de desativar o 2G e o 3G até 2024 e 2025, respectivamente, mas adiou os prazos devido ao risco de exclusão digital para cerca de 20 milhões de pessoas.
Lá, os celulares 2G ainda estão entre os mais vendidos, custando cerca de US$ 8. Motoristas de aplicativos costumam manter um desses aparelhos como reserva para evitar furtos, pois smartphones modernos são alvos frequentes de roubos. Apesar disso, a operadora estatal Telkom já desativou sua rede 2G na maioria das regiões do país.
Especialistas defendem que governos e setor privado devem atuar juntos para facilitar essa transição, promovendo treinamento digital e subsídios para novos dispositivos. No Vietnã, a operadora estatal Viettel investiu US$ 12,2 milhões na distribuição de celulares 4G gratuitos para 700 mil assinantes.
A estratégia vietnamita se mostrou eficaz ao equilibrar a adoção do 4G com o uso de aparelhos familiares para os consumidores. No Índia, a Reliance Jio segue um caminho semelhante desde 2017, quando lançou o JioPhone, um celular 4G acessível que atingiu a liderança global do mercado de telefones básicos em menos de um ano. Mesmo assim, em 2024, 73% das vendas de celulares básicos no país ainda eram de modelos 2G.
A transição também esbarra em questões culturais. Em países como Índia e Paquistão, mulheres enfrentam restrições ao uso de smartphone. (Imagem: Bicanski/Pixnio)
A transição também esbarra em questões culturais. Em países como Índia e Paquistão, mulheres enfrentam restrições ao uso de smartphones devido a normas sociais que limitam seu acesso à informação.
Buscando soluções inovadoras, a empresa taiwanesa CloudMosa criou o Cloud Phone, que permite a execução de aplicativos populares em celulares 4G básicos. A tecnologia foi testada na Índia em 2023 e, depois, adotada no Vietnã pela Viettel. Em 2024, mais de um milhão de dispositivos Cloud Phone estavam no mercado, e a empresa pretende expandir para África e Ásia.
5G vai dominar redes móveis em 4 anos e alcançar 8,4 bilhões de conexões
Um relatório da 5G Americas e daOmdia projeta que, até 2029, o 5G será responsável por 8,4 bilhões de conexões móveis por todo o mundo, representando 59% da base global de redes móveis em celulares.
Desde o terceiro trimestre de 2024, o 5G já ultrapassou 2 bilhões de usuários globalmente. Nesse período, segundo o relatório, mais de 170 milhões de novas conexões foram ativadas, o que representa um crescimento de 48% em relação ao ano anterior. No total, a expectativa é que o número de usuários de 5G quadruplicará nos próximos quatro anos, passando dos atuais cerca de 2 bilhões para 8,4 bilhões.
A memória RAM pode não ser o primeiro critério na hora de escolher um novo celular, mas faz toda a diferença no desempenho do aparelho. Se você usa muitos aplicativos ao mesmo tempo, gosta de jogos ou simplesmente quer evitar travamentos, entender a capacidade ideal de RAM para suas necessidades é essencial.
Esse componente funciona como um “caminho rápido” entre o processador e os dados armazenados, garantindo que o celular responda com agilidade às suas ações. Quanto maior a memória RAM, mais fluidez o aparelho terá, principalmente ao alternar entre aplicativos e tarefas pesadas.
Com tantas opções no mercado, escolher a quantidade certa pode influenciar tanto no preço quanto na experiência de uso. Afinal, ninguém quer investir em um smartphone que fique lento poucos meses depois da compra. Confira na matéria como encontrar o equilíbrio ideal entre custo e desempenho!
Quantos GB de memória RAM o seu smartphone realmente precisa?
A sigla RAM significa “Random Access Memory” (ou “Memória de Acesso Aleatório”), e representa um componente essencial do hardware de um smartphone. Ele armazena temporariamente os dados e instruções que o processador precisa acessar de forma rápida.
De forma simples, a memória RAM é como a capacidade de multitarefa e, por isso, quanto maior ela for, mais é possível executar diversas atividades ao mesmo tempo. (Reprodução: Freepik/ lookstudio)
Mas, diferente da memória interna, a RAM não guarda as informações de forma permanente. Quando o celular desliga, todos os dados que foram armazenados nela são apagados.
De forma simples, a memória RAM é como a capacidade de multitarefa e, por isso, quanto maior ela for, mais é possível executar diversas atividades ao mesmo tempo. Além disso, ela ajuda a rodar aplicativos que precisam de maior capacidade de processamento, como jogos pesados.
Sendo assim, esse componente é essencial para manter a velocidade e a fluidez do celular, enquanto o usuário navega na web, usa redes sociais, joga ou trabalha.
Vale lembrar que muitos aplicativos consomem memória RAM mesmo quando não estão aparecendo na tela do celular – é o caso dos mensageiros, por exemplo, como WhatsApp e Telegram.
Basicamente, para escolher o modelo de celular com a quantidade ideal de GB de RAM, é preciso considerar o tipo de uso que você vai fazer com o smartphone. Caso você precise de mais desempenho para jogos e aplicativos pesados, é interessante investir em um celular com um bom processador e mais memória RAM.
Contudo, se você usa mais as redes sociais e aplicativos leves, por exemplo, pode ser melhor adquirir um aparelho mais focado em uma boa câmera e bateria maior, em vez de considerar a compra de um celular com mais capacidade de RAM.
A quantidade de memória RAM de um celular pode variar entre 2 GB e 24 GB, dependendo do modelo e das configurações. (Imagem: chainarong06/Shutterstock)
Quantos GB de RAM existem no mercado e como escolher?
A quantidade de memória RAM de um celular pode variar entre 2 GB e 24 GB, dependendo do modelo e das configurações. Veja abaixo quais atividades são recomendadas para cada uma delas:
De 2 GB a 3 GB: para quem utiliza o celular apenas para funções básicas como chamadas, mensagens, redes sociais e navegação leve;
De 4 GB a 6 GB: indicado para quem navega na internet, usa aplicativos de edição de fotos, redes sociais de forma mais intensa e faz diversas tarefas ao mesmo tempo;
De 8 GB ou mais: é recomendado para usuários avançados, que buscam um bom celular para jogar ou utilizam o aparelho para atividades mais exigentes como trabalho e estudo;
24 GB: foi lançado em 2023 com o Red Magic 8S Pro+, o primeiro smartphone gamer. É uma boa opção para quem tem um uso muito acima da média quando comparado com outros usuários, principalmente para jogos.
Além de considerar a quantidade de memória RAM, vale a pena prestar atenção em quantos GB de memória interna o aparelho oferece, já que esse item também ajuda a ter um melhor desempenho. Caso você seja um usuário que gosta de guardar todo tipo de mídia e não perde a chance de jogar, vale a pena apostar em um dispositivo com a maior quantidade de memória RAM e interna possíveis.
Porém, para o uso cotidiano e sem tarefas muito pesadas um smartphone com configurações mais modestas serão mais do que suficientes.
A quantidade ideal de memória RAM vai depender do uso diário. (Imagem Thai Nguyen/Unsplash)
Como saber a quantidade de memória RAM do celular
O procedimento é simples, mas existem diferenças para aparelhos com sistema operacional Android e iOS. Veja abaixo como acessar essa informação em alguns modelos, porém, o nome do menu pode mudar de acordo com a fabricante e versão do sistema.
Motorola
Abra as configurações;
Procure a opção “Sistema”;
Em seguida, clique em “Sobre o dispositivo” e em “Informações de hardware”;
Por fim, em “Tamanho de RAM”.
Samsung
Abra as configurações;
Selecione a opção “Assistência do aparelho”;
Em seguida, clique em “Memória”.
Xiaomi
Abra as configurações;
Selecione a opção “Sobre o telefone”;
Clique em seguida em “Todas as especificações”;
As informações sobre a memória RAM ficam no final da tela.
iPhone
Infelizmente não é possível visualizar a capacidade total da memória no aparelho. No entanto, é possível fazer o download de aplicativos terceiros que monitoram isso, como o Lirum Device Info Lite.
Nos últimos anos, eventos climáticos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes e intensos, impactando diferentes regiões do mundo. Ondas de calor, tempestades severas e chuvas torrenciais vêm ocorrendo com maior regularidade, e os cientistas associam essa tendência às mudanças climáticas globais.
O granizo, antes considerado um evento raro e localizado, agora aparece em tempestades mais comuns, atingindo áreas urbanas e agrícolas com maior severidade. Esse aumento na ocorrência do fenômeno levanta questões sobre os impactos das mudanças climáticas e como podemos nos preparar para eventos cada vez mais extremos. Mas como exatamente esse fenômeno ocorre e por que ele pode se tornar mais frequente no futuro?
Granizo: o que é e como se forma?
O granizo é um tipo de precipitação sólida formada por pedras de gelo que caem da atmosfera durante tempestades severas.
Fenômeno foi causado pela grande quantidade de pedras de granizo (Imagem: Saudi Press Agency/Ministério da Comunicação da Arábia Saudita)
Diferente da neve, que se forma em condições mais frias e cai em flocos leves, o granizo é composto por camadas de gelo endurecido que se acumulam ao redor de um núcleo congelado dentro das nuvens de tempestade.
Essas pedras de gelo podem variar de tamanho, desde pequenas bolinhas de poucos milímetros até pedaços enormes, maiores que bolas de beisebol.
A formação do granizo ocorre dentro das nuvens cumulonimbus, que são conhecidas por gerar tempestades intensas com raios, ventos fortes e chuvas torrenciais.
Dentro dessas nuvens, as correntes de ar ascendentes carregam gotículas de água para altitudes elevadas, onde as temperaturas são extremamente baixas, fazendo com que essas gotículas congelem.
À medida que os pedaços de gelo são levados para cima e para baixo dentro da nuvem por correntes de ar, novas camadas de água em estado super-resfriado se acumulam sobre eles, aumentando seu tamanho.
O processo continua até que o granizo fique pesado demais para ser sustentado pelas correntes ascendentes, caindo em direção ao solo.
As regiões mais propensas à ocorrência de granizo são aquelas onde as condições atmosféricas favorecem a formação de tempestades severas. Isso inclui áreas de clima temperado e subtropical, como o centro dos Estados Unidos, partes da Europa, China e algumas regiões da América do Sul, incluindo o Brasil.
No Brasil, estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná frequentemente registram tempestades de granizo, principalmente na primavera e no verão, quando há maior contraste térmico entre massas de ar quente e frio.
Imagem: Climatempo/PREVOTS/Renato Ignácio Hermes
O tamanho do granizo pode variar significativamente. Em tempestades mais fracas, as pedras podem ter apenas alguns milímetros, enquanto em tempestades severas podem atingir diâmetros superiores a 10 centímetros.
O granizo pode ser extremamente duro, pois suas camadas de gelo se compactam ao longo do processo de formação. Em algumas tempestades, a queda de granizo pode ser tão intensa que chega a acumular camadas de gelo no solo, transformando temporariamente o cenário em algo semelhante a uma paisagem de inverno.
Para que o granizo se forme, são necessárias condições atmosféricas específicas, incluindo temperaturas muito frias nas camadas superiores da nuvem, fortes correntes de ar ascendentes para manter o gelo em suspensão e umidade suficiente para permitir que novas camadas de gelo se formem ao redor do núcleo congelado.
Esse processo pode levar apenas alguns minutos em tempestades intensas, mas pode se estender por mais tempo em casos de granizo de maior porte.
O granizo é importante para a natureza?
Apesar dos estragos que pode causar, o granizo tem algumas funções naturais dentro do ciclo atmosférico. Sua formação está diretamente ligada à atividade das nuvens cumulonimbus, que desempenham um papel crucial na redistribuição da energia térmica e da umidade no planeta.
Além disso, o granizo pode ajudar a limpar a atmosfera ao capturar partículas de poeira, poluentes e aerossóis à medida que se forma e cai para o solo.
No entanto, seus impactos negativos são mais evidentes, especialmente para seres humanos e animais. O granizo pode causar grandes danos à infraestrutura, destruindo telhados, janelas e veículos.
Agricultores costumam sofrer prejuízos significativos, pois as pedras de gelo podem destruir plantações inteiras em poucos minutos. A produção de frutas, hortaliças e grãos é particularmente vulnerável, pois as pedras podem machucar e até matar as plantas.
credito: Kevain25460, CC BY-SA 3.0 , via Wikimedia Commons
Para os animais, o granizo pode ser perigoso, especialmente quando as pedras são grandes. Animais que vivem em áreas abertas, como gado e aves, podem ser atingidos e sofrer ferimentos graves ou até morrer em tempestades mais severas. Há registros de tempestades de granizo que mataram centenas de aves selvagens devido ao impacto das pedras de gelo.
Para os seres humanos, tempestades de granizo representam riscos sérios. Pedras muito grandes podem causar ferimentos na cabeça, hematomas e até fraturas ósseas. Há relatos de eventos extremos em que o granizo causou mortes, principalmente quando pessoas foram pegas de surpresa em locais sem abrigo adequado.
Embora o granizo faça parte do equilíbrio climático e meteorológico da Terra, seus efeitos costumam ser destrutivos para a vida humana e para a economia. Com o aumento das mudanças climáticas, cientistas estudam se o aquecimento global pode tornar as tempestades de granizo mais frequentes ou intensas no futuro, trazendo novos desafios para a prevenção e adaptação a esse fenômeno.
A creatina, um suplemento popular entre atletas e entusiastas do fitness, tem ganhado cada vez mais atenção no Brasil. O interesse crescente se deve a diversos fatores, incluindo seus benefícios comprovados e o aumento da disponibilidade, já que a creatina é facilmente encontrada em lojas de suplementos, farmácias e online.
Além disso, a divulgação nas redes sociais amplia o interesse. Influenciadores digitais e atletas compartilham suas experiências com a creatina, aumentando a visibilidade do suplemento. Para se ter dimensão dessa popularidade, a creatina superou o whey protein, que era líder nas pesquisas por suplementos alimentares esportivos desde 2019.
Então, é fato que além do sucesso, o suplemento realmente age de forma positiva no organismo. Vamos dar a ficha técnica dessa queridinha das academias e saber ver quais são os seus benefícios.
O que é creatina e o que ela faz no corpo?
A creatina é um composto nitrogenado orgânico sintetizado naturalmente no corpo humano, principalmente no fígado, rins e pâncreas, a partir de três aminoácidos: arginina, glicina e metionina. Ela também pode ser obtida através da dieta, principalmente de fontes animais como carne vermelha e peixes.
Do ponto de vista bioquímico, a creatina desempenha um papel crucial no metabolismo energético, especialmente em tecidos que demandam energia rápida e intensa, como os músculos esqueléticos e o cérebro.
O mecanismo de ação da creatina é especialmente importante durante atividades de alta intensidade e curta duração, como levantamento de peso (Imagem: John Arano / Unsplash)
Metabolismo da creatina
No organismo, aproximadamente 95% da creatina é armazenada nos músculos esqueléticos, onde é fosforilada para formar fosfocreatina (ou creatina fosfato). A fosfocreatina, por sua vez, atua como um reservatório de fosfatos de alta energia, que são utilizados para regenerar o trifosfato de adenosina (ATP), a principal molécula de energia celular.
Esse processo é mediado pela enzima creatina quinase (CK), que catalisa a transferência de um grupo fosfato da fosfocreatina para o ADP (difosfato de adenosina), regenerando ATP.
Esse mecanismo é especialmente importante durante atividades de alta intensidade e curta duração, como sprints ou levantamento de peso, nas quais a demanda por ATP excede a capacidade do metabolismo aeróbico de suprir energia imediatamente.
A creatina é um dos suplementos mais estudados e utilizados no mundo da atividade física, conhecida por melhorar o desempenho e contribuir para o ganho de massa muscular. Mas como exatamente ela age no corpo?
Mais energia para exercícios intensos
A creatina funciona como um “combustível extra” para os músculos durante atividades de alta intensidade, como musculação e sprints. Isso acontece porque ela aumenta os estoques de fosfocreatina dentro das células musculares, permitindo que o corpo produza energia mais rápido e sustente esforços explosivos por mais tempo.
Crescimento muscular e força
Além de melhorar o desempenho nos treinos, a creatina ajuda na hipertrofia muscular de duas formas: primeiro, ela retém mais água dentro das células musculares, aumentando o volume muscular temporariamente; segundo, ao permitir treinos mais intensos e volumosos, ela favorece o crescimento muscular a longo prazo.
Recuperação mais rápida
Estudos indicam que a suplementação com creatina pode reduzir a fadiga muscular e acelerar a recuperação após treinos pesados. Isso acontece porque ela ajuda a minimizar os danos musculares e a inflamação, permitindo que você volte a treinar com mais qualidade e menos dores.
Benefícios para o cérebro
A creatina não beneficia apenas os músculos. No cérebro, ela auxilia na produção de energia para as células nervosas, o que pode melhorar a concentração, a memória e até reduzir a fadiga mental em treinos longos ou desgastantes.
Com esses benefícios, a creatina se torna um grande aliado para quem quer melhorar o desempenho nos treinos e otimizar os resultados.
A creatina atua como um “tampão energético”, mantendo níveis estáveis de ATP durante picos de demanda energética.(Imagem: Gleb Usovich / Shutterstock)
Suplementação e dosagem
A suplementação com creatina é amplamente estudada e considerada segura para a maioria das pessoas. A dose padrão é de 3-5 gramas por dia, embora alguns protocolos recomendam uma fase de “carregamento” inicial (20 gramas/dia por 5-7 dias) para saturar rapidamente os estoques musculares. A creatina monoidratada é a forma mais comum e eficaz.
Embora a creatina seja geralmente segura, indivíduos com doenças renais pré-existentes devem consultar um médico antes de suplementar, pois a creatina é metabolizada em creatinina, um marcador de função renal. Além disso, a suplementação pode causar ganho de peso inicial devido à retenção de água.
A creatina é geralmente segura para a maioria das pessoas, mas é importante consultar um médico ou nutricionista antes de iniciar a suplementação, especialmente se você tiver alguma condição de saúde preexistente.
Grávidas podem tomar creatina?
Grávidas não devem tomar creatina sem orientação médica. Embora a creatina seja geralmente segura, não há estudos suficientes sobre seus efeitos durante a gravidez. O metabolismo da creatina pode sobrecarregar os rins, que já estão sob maior estresse durante a gestação. Além disso, a segurança para o feto não está completamente estabelecida. Sempre consulte um médico antes de usar qualquer suplemento durante a gravidez.
Existe reação alérgica à creatina?
Sim, reações alérgicas à creatina são possíveis, embora raras. Os sintomas podem incluir coceira, erupções cutâneas, inchaço ou dificuldade respiratória. Se houver suspeita de alergia, interrompa o uso e consulte um médico. A creatina pura (monoidratada) é menos propensa a causar reações, mas alguns suplementos podem conter aditivos que desencadeiam alergias.
O excesso de creatina pode matar?
A creatina é geralmente considerada segura nas doses recomendadas (3-5 gramas por dia para manutenção, ou até 20 gramas por dia por um curto período de carregamento). O uso excessivo ou inadequado pode, no entanto, levar a complicações.
A creatina em si tem baixa toxicidade e doses elevadas (até 10-20 gramas por dia) são bem toleradas pela maioria das pessoas. O excesso pode, entretanto, sobrecarregar alguns sistemas do corpo, especialmente em indivíduos com condições pré-existentes.
Um subproduto da creatina, a creatinina, é filtrada pelos rins e excretada na urina. Isso não é um problema em indivíduos saudáveis, mas em pessoas com função renal comprometida, o excesso de creatina pode aumentar a carga sobre os rins e potencialmente agravar doenças renais pré-existentes. O uso excessivo em pessoas com insuficiência renal pode levar a complicações graves, como insuficiência renal aguda.
A creatina aumenta a retenção de água intracelular, o que pode levar à desidratação se a ingestão de água não for adequada. A desidratação grave pode causar desequilíbrios eletrolíticos, como hiponatremia (baixo sódio no sangue), o que pode levar a complicações como edema cerebral, convulsões e, em casos extremos, morte.
A síntese e metabolização da creatina envolvem o fígado. Em casos raros, o excesso de creatina pode sobrecarregá-lo, especialmente em indivíduos com doenças hepáticas pré-existentes. O uso excessivo de creatina pode interferir com medicamentos que afetam os rins ou o fígado. Por exemplo, o uso combinado com anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) pode aumentar o risco de danos renais.
Dores nas costas podem indicar problemas nos rins e o uso de creatina pode piorar condição (Imagem: Julien Tromeur / Unsplash)
Embora raros, há relatos de complicações graves associadas ao uso excessivo de creatina, especialmente em combinação com outros fatores de risco. O uso excessivo, combinado com exercícios extremamente intensos, pode levar à rabdomiólise – uma condição em que as células musculares se rompem e liberam substâncias tóxicas na corrente sanguínea. Isso pode causar insuficiência renal aguda e, em casos graves, morte.
Não há uma dose letal estabelecida para a creatina em humanos. O uso excessivo crônico ou agudo pode, no entanto, levar a complicações indiretas que, em casos extremos, podem ser fatais, especialmente em indivíduos com condições médicas subjacentes.
Em resumo, recomenda-se manter a dose diária recomendada de 3-5 gramas por dia para manutenção, beber água adequada para evitar desidratação, evitar exceder a dose de 20 gramas por dia e consultar um médico em caso de dúvidas ou condições de saúde específicas. Indivíduos com doenças renais, hepáticas ou outras condições médicas devem consultar um médico antes de usar o suplemento.
Importante!
Segundo estudo publicado pelo Journal of the International Society of Sports Nutrition, diversas evidências apontam que não há relação entre o consumo de doses controladas de creatina e certas doenças. De acordo com o artigo, a creatina não provoca alteração nos rins, câncer, hipertensão e nem calvície.
Sempre é indicado ter orientação médica e nutricional antes de fazer uso de qualquer suplemento. Não se deixe levar por propagandas ou indicações de pessoas leigas, pesquise por marcas confiáveis e siga as prescrições. Fique atento a qualquer desconforto, sintomas ou efeitos indesejáveis ao consumir qualquer medicamento ou suplemento.
As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.
A tendência de as lesões na pele causadas pela psoríase reaparecerem nos mesmos locais, mesmo após o tratamento, está relacionada ao conceito de memória inflamatória. É um dos fenômenos intrigantes da psoríase e para entender um pouco mais sobre isso, primeiro vamos explicar sobre a doença.
A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, caracterizada por lesões avermelhadas, descamativas e, muitas vezes, pruriginosas. Ela ocorre devido a uma combinação de fatores genéticos, imunológicos e ambientais, que levam a uma resposta imune desregulada, resultando em uma produção excessiva de células da pele (queratinócitos) e inflamação.
É comum que pessoas com psoríase relatem que as lesões tendem a reaparecer nos mesmos locais onde já ocorreram anteriormente. Essa característica é amplamente observada e está relacionado ao conceito de memória inflamatória, que explica como o sistema imunológico “lembra” os locais onde houve inflamação prévia.
Mas como o sistema imunológico “lembra” dos locais de inflamação? Na psoríase, células imunes residentes na pele, como as células T de memória, permanecem nos locais onde houve lesões, mesmo após a melhora clínica. Essas células são reativadas por gatilhos ambientais (como estresse, infecções ou traumas na pele), levando ao retorno da inflamação e das lesões no mesmo local.
Agora que já entendemos o que é a memória inflamatória, vamos explicar como funciona esse mecanismo do sistema imunológico.
Células T de memória: depois que uma lesão de psoríase desaparece, algumas células de defesa (células T de memória) permanecem na pele. Elas guardam “lembranças” da inflamação anterior e, quando detectam determinados estímulos, ativam novamente a inflamação, fazendo a psoríase reaparecer.
Mudanças na pele: mesmo após a melhora das lesões, a pele continua alterada ao nível molecular e estrutural, tornando-se mais vulnerável a novos episódios da doença.
Fatores externos: situações como estresse, infecções, lesões na pele (como arranhões ou cortes) e até mudanças climáticas podem engatilhar essas células de memória e desencadear novas crises de psoríase.
Memória inflamatória ou fenômeno de Koebner? Entenda a diferença
É comum que as lesões da psoríase apareçam repetidamente em certas áreas, mas esse processo pode ser confundido com outro mecanismo conhecido como fenômeno de Koebner. Ambos estão ligados à doença, mas funcionam de maneiras diferentes.
O fenômeno de Koebner (também chamado de resposta isomórfica) ocorre quando novas lesões surgem em áreas da pele que sofreram traumas, como cortes, queimaduras ou pressão constante. Em pessoas com psoríase, isso significa que novas lesões podem aparecer em locais onde a pele foi danificada, mesmo que anteriormente não houvesse placas de psoríase ali.
No entanto, o fenômeno de Koebner explica o aparecimento de lesões em locais que antes não tinham psoríase, mas não necessariamente a recorrência nos mesmos pontos. Para isso, entramos no conceito de memória inflamatória.
Já a memória inflamatória, como falamos, é o motivo pelo qual as lesões tendem a voltar nos mesmos lugares, mesmo sem a presença de um novo trauma. Isso acontece porque as células de memória e as alterações na pele tornam esses locais mais sensíveis à inflamação.
Placas cutâneas em paciente com psoríase (Imagem: Anthony Ricci / Shutterstock)
Controle da psoríase: um tratamento contínuo
Agora que você já entendeu que a psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, vamos nos aprofundar sobre os três fatores principais que estão ligados à sua recorrência e persistência: estímulos recorrentes, microambiente alterado e resposta imunológica local.
1. Estímulos recorrentes
São gatilhos que reativam a inflamação e o ciclo de formação das lesões de psoríase. Esses gatilhos podem ser internos ou externos e incluem:
Traumas na pele (fenômeno de Koebner) podem desencadear novas lesões em áreas previamente afetadas ou até em novas regiões.
Infecções bacterianas (como as causadas por Streptococcus) ou virais podem reativar a resposta imune e piorar a psoríase.
Estresse emocional é um gatilho comum, pois afeta o sistema imunológico e pode exacerbar a inflamação.
Mudanças climáticas, especialmente o frio e a baixa umidade, podem ressecar a pele e agravar as lesões.
Certos medicamentos, como betabloqueadores e lítio, podem piorar a psoríase em algumas pessoas.
Esses estímulos ativam células imunes residentes na pele, como as células T de memória, que iniciam novamente a cascata inflamatória.
2. Microambiente alterado
A pele afetada pela psoríase apresenta um microambiente alterado, que facilita a recorrência das lesões. Esse microambiente é caracterizado por:
Pele espessada e hiperproliferativa: na psoríase, os queratinócitos (células da pele) se multiplicam de forma acelerada, levando ao espessamento da pele e à formação de placas.
Vascularização aumentada: há um aumento na formação de vasos sanguíneos (angiogênese) na pele psoriásica, o que contribui para a inflamação e a vermelhidão.
Alterações na barreira cutânea: a pele com psoríase tem uma função de barreira comprometida, o que a torna mais suscetível a irritações e infecções.
Acúmulo de células imunes: células T de memória, neutrófilos e outras células inflamatórias permanecem na pele mesmo após a melhora clínica, prontas para serem reativadas.
Esse microambiente alterado cria um ciclo vicioso, no qual a inflamação persistente mantém as alterações na pele, e essas alterações, por sua vez, perpetuam a inflamação.
3. Resposta imunológica
O sistema imunológico tem um papel essencial na recorrência da psoríase. Ele funciona como um “sistema de defesa”, mas na doença acaba ficando desregulado e provocando inflamações crônicas na pele. Três fatores principais explicam como isso acontece.
Em primeiro lugar, as células de defesa ficam hiperativas. Na psoríase, certas células do sistema imunológico, chamadas células T, ficam superativadas. Elas liberam substâncias que aumentam a inflamação e fazem com que as células da pele se multipliquem muito rápido, formando as placas da psoríase.
Em segundo lugar, algumas dessas células T permanecem na pele mesmo depois que as lesões desaparecem. Se um gatilho, como estresse ou lesão na pele, aparecer novamente, essas células “lembram” da inflamação e fazem a psoríase voltar no mesmo lugar.
Por fim, embora a psoríase ainda não seja considerada totalmente uma doença autoimune, há indícios de que o sistema imunológico pode estar atacando equivocadamente células da própria pele, contribuindo para os surtos da doença.
Essa ativação constante do sistema imunológico é um dos motivos pelos quais a psoríase precisa de tratamento contínuo, ajudando a reduzir a inflamação e impedir que novas crises aconteçam.
Como esses fatores se relacionam
Os três fatores – estímulos recorrentes, microambiente alterado e resposta imunológica – atuam juntos para manter a psoríase ativa. Quando a pele é exposta a gatilhos como estresse, lesões ou infecções, o sistema imunológico responde rapidamente, reativando a inflamação nos mesmos locais.
O microambiente alterado da pele facilita essa resposta ao manter células imunes em alerta constante, favorecendo a inflamação prolongada. Além disso, a memória inflamatória, por meio das células T de memória, faz com que o organismo reconheça rapidamente a área onde a psoríase já esteve, reiniciando o processo inflamatório e criando um ciclo de recorrência das lesões.
Psoríase e dermatite são a mesma coisa?
Não, psoríase e dermatite são diferentes: a primeira é uma doença autoimune com placas espessas, enquanto a segunda é uma inflamação da pele, muitas vezes ligada a alergias ou irritações.
Saiba mais sobre estudo que identifica a origem da psoríase, publicado na revista Nature Communications, clicando aqui.
Algumas populações de regiões específicas pelo mundo apresentam características físicas específicas e marcantes, que são capazes de fazer com o indivíduo seja reconhecido como parte daquele povo. É o caso, por exemplo, dos nascidos ou descendentes de alguns países da Ásia, como os chineses, coreanos, japoneses, mongóis, entre outros.
Apesar de terem diversas características diferentes entre si, eles têm um ponto em comum: os olhos alongados, chamados pela ciência de dobra epicântica (ou apenas epicanto).
Essa característica é uma adaptação evolutiva, para proteger essas populações da luz do sol em regiões frias, assim como alguns povos possuem nariz mais estreito (por conta do clima frio e seco) ou mais largos (em climas quentes e úmidos).
Confira na matéria abaixo mais informações sobre como e porque essa adaptação acontece, e quais são as pessoas que a possuem.
A dobra epicântica acontece quando uma parte da pele que vai do nariz até o começo da sobrancelha encobre o canto interior do olho. (Imagem: Freepik)
Por que os asiáticos têm olhos mais alongados?
De forma simples, a dobra epicântica acontece quando uma parte da pele que vai do nariz até o começo da sobrancelha encobre o canto interior do olho. A dobrinha nos olhos é muito comum em pessoas naturais da Ásia oriental, como os mongóis, chineses, coreanos e japoneses, além dos países do sudoeste asiático, como vietnamitas, tailandeses, filipinos, indonésios, malaios e polinésios.
Fora do continente asiático, essa característica pode ser encontrada nos nativos inuítes do Canadá e alguns povos indígenas da América do Sul.
Além disso, a dobra epicântica também pode ser vista em pessoas com Síndrome de Down. Observa-se também que algumas crianças, independentemente da etnia, nascem com os olhos mais alongados, mas perdem essa característica com o passar do tempo, conforme o nariz cresce.
Com isso, podemos perceber que esse traço é herdado geneticamente. Porém, por que é tão mais comum nos povos asiáticos?
Estudos indicam que esse formato de olho bloqueia a entrada de muita luz, protegendo a pessoa contra a cegueira da neve. (Imagem: Freepik)
O que levou essas populações a terem essa característica tão forte?
Estudos indicam que esse formato de olho bloqueia a entrada de muita luz, protegendo a pessoa contra a cegueira da neve – um desgaste da córnea causado pela penetração de radiação ultravioleta. Isso porque, nas partes da Ásia que foram mencionadas, o inverno é bastante rigoroso, e a neve pode refletir até 80% dos raios UV, aumentando o risco de exposição aos olhos.
Isso causa uma queimadura solar nos olhos, chamada cientificamente de fotoceratite. É por isso também que alguns povos indígenas nativos do Ártico teriam criado óculos de Sol com pequenas aberturas horizontais, simulando o estilo do olho mais fechado.
Fora isso, o epicanto é um pedaço de gordura que recobre o canto do olho, ajudando a manter a temperatura corporal do indivíduo, uma vez que essa substância é um bom material insulante e permite que menos calor escape durante os dias de extremo frio. Além de proteger do frio, esse traço também protege os olhos dos ventos intensos.
Aqueles que vivem em regiões próximas dos polos recebem um percentual maior de luz do Sol diretamente nos olhos, onde há mais gelo, e as camadas de solo gelado possuem mais capacidade de refletir a luz solar. Sendo assim, é provável que as populações indígenas que ocuparam as Américas tenham herdado essa característica, uma vez que elas chegaram dessas regiões mais frias.
É errado pensar que os olhos dos orientais são menores: o que muda é apenas o formato por conta da pálpebra mais saliente. (Imagem: Freepik)
De acordo com o professor de psicologia evolutiva Robin Dunbar, da Universidade Oxford, esses povos da Ásia também são descendentes daqueles que viveram na Sibéria, uma região bastante conhecida pelo seu frio extremo, e depois migraram para o sul. Contudo, é errado pensar que os olhos dos orientais são menores: o que muda é apenas o formato por conta da pálpebra mais saliente.
Segundo um estudo publicado por Dunbar em 2011, após a análise do crânio de 55 esqueletos que viveram no século XIX, as alterações quanto ao tamanho dos olhos não são divididos entre Ocidente e Oriente, mas entre os trópicos e as zonas polares. “Como a quantidade de luz é menor, a retina precisa ser maior para captar mais luz”, diz ele.
Suas conclusões dizem que os povos africanos, indígenas americanos e grupos que moram perto da Linha do Equador têm olhos menores, enquanto os asiáticos e europeus, que vivem mais perto dos polos, têm olhos maiores. Os olhos deles chegam a ser 20% maiores do que os dos que vivem nas áreas com mais calor e luminosidade.
Em 2015, foi publicado um artigo científico contando mais detalhes sobre como esse processo evolutivo aconteceu. De acordo com o texto: “Fatores climáticos como a forte luz ultravioleta, o frio siberiano e a poeira amarela do nordeste da Ásia podem ser causas potenciais de franzimento excessivo, e o franzimento excessivo repetido pode induzir a hipertrofia do músculo orbicular. Antropólogos já presumiram que esses fatores são causas do epicanto. (…) A contração muscular excessiva seria uma ação inevitável para a proteção dos olhos contra a severidade ambiental. Assim, a adaptação ao ambiente seria uma causa básica para a formação do epicanto”.
O epicanto é um pedaço de gordura que recobre o canto do olho, ajudando a manter a temperatura corporal do indivíduo. (Imagem: Freepik)
Observar o céu noturno é uma experiência fascinante, e tanto telescópios quanto binóculos podem ser ferramentas poderosas para explorar as estrelas, planetas e outros corpos celestes.
No entanto, a escolha entre um e outro depende de vários fatores, como nível de experiência, facilidade de uso, orçamento e o que exatamente se deseja observar.
Enquanto os telescópios oferecem maior ampliação e detalhes para objetos distantes, os binóculos são mais portáteis e versáteis, sendo ideais para iniciantes. Mas qual é o melhor para cada caso?
Qual é melhor para observar o céu: telescópio ou binóculo?
Crédito: AstroStar – Shutterstock
A escolha entre telescópio e binóculo depende do que se espera da observação astronômica. Os telescópios são mais indicados para quem deseja observar detalhes finos da Lua, planetas, nebulosas e galáxias distantes. Eles possuem lentes e espelhos de grande ampliação, permitindo uma visão mais profunda do cosmos. No entanto, exigem montagem e ajustes mais delicados, além de serem menos portáteis.
Já os binóculos são ideais para iniciantes ou para quem busca uma experiência mais prática e intuitiva. Com eles, é possível observar constelações inteiras, enxergar melhor aglomerados estelares e até identificar luas de Júpiter ou os anéis de Saturno em modelos mais avançados. Além disso, binóculos são mais fáceis de transportar e não exigem tripés ou ajustes complexos.
Para quem está começando, um binóculo 10×50 pode ser uma excelente opção, pois oferece um equilíbrio entre ampliação e campo de visão. Já os entusiastas mais avançados podem se beneficiar de um telescópio refletor com abertura de pelo menos 70 mm para visualizar detalhes mais profundos do céu.
O que analisar na hora de comprar o melhor telescópio ou binóculo?
Abertura da lente e ampliação
A abertura da lente é um dos fatores mais importantes na escolha de um telescópio ou binóculo. No caso dos telescópios, quanto maior a abertura (medida em milímetros), mais luz o equipamento coleta, resultando em imagens mais nítidas e detalhadas. Modelos com 70 mm a 130 mm de abertura são ideais para iniciantes, enquanto os mais avançados podem ultrapassar 200 mm.
Para binóculos, a ampliação é representada por dois números, como 10×50. O primeiro número indica o zoom, e o segundo, o diâmetro da lente objetiva em milímetros. Um binóculo 10×50 ou 15×70 é excelente para observação astronômica, oferecendo boa ampliação sem perder campo de visão.
Peso e portabilidade
Se a ideia é observar o céu de diferentes locais, a portabilidade pode ser um fator decisivo. Binóculos são mais leves e fáceis de carregar, enquanto telescópios exigem tripés e suportes para uma observação estável. Modelos dobráveis de binóculos são ainda mais compactos, mas podem ter menor capacidade de captação de luz.
Para quem busca um telescópio portátil, os modelos refratores com abertura menor são boas opções, pois são mais leves e fáceis de montar.
Telescópios precisam de um tripé resistente, especialmente os modelos de grande ampliação. As montagens altazimutal (mais simples) e equatorial (mais precisa) influenciam diretamente na experiência de observação.
Já os binóculos podem ser segurados à mão, mas em ampliações acima de 15x, é recomendado o uso de um tripé para reduzir tremores e garantir uma visualização mais estável.
Preço e custo-benefício
Os binóculos costumam ser mais acessíveis do que os telescópios. Um bom binóculo 10×50 pode custar menos que um telescópio básico, oferecendo uma experiência rica para quem está começando. No entanto, se o objetivo é explorar detalhes profundos do céu, um telescópio refletor de 70 mm a 130 mm pode ser um excelente investimento.
A Samsung acaba de agitar o mercado de smartphones com o lançamento dos seus mais recentes modelos da linha Galaxy A: o A56, A36 e A26, com a Índia sendo o primeiro país a recebê-los. O foco é oferecer tecnologia de ponta a preços acessíveis, os novos dispositivos prometem conquistar os consumidores com suas especificações e recursos avançados.
Galaxy A56, A36 e A26: qual o melhor celular?
Galaxy A56: O top de linha da série
O Galaxy A56 chega como o modelo mais avançado da nova linha, superando seus irmãos menores em diversos aspectos. Seu processador Exynos 1580 garante um desempenho superior em comparação com os processadores Exynos 1380 (Global) e Exynos 1280 (América Latina) presentes no A26, oferecendo maior fluidez em jogos e multitarefa.
Já a tela Super AMOLED de 6,7 polegadas com taxa de atualização de 120 Hz proporciona uma experiência visual imersiva, similar aos outros modelos, mas com o diferencial do brilho e contraste aprimorados.
Sobre suas câmeras, ele dispõe de três câmeras, liderado por um sensor principal de 50 MP, garante fotos de alta qualidade em qualquer situação, com a vantagem da câmera ultra-wide de 12 MP, superior aos 8 MP do A26.
O A56 oferece opções de 8GB ou 12GB de RAM e até 256GB de armazenamento, prometendo desempenho de sobra para jogos, multitarefa e todas as suas necessidades diárias, superando as opções A26.
Em relação à bateria, ele oferece 5.000 mAh, com carregamento rápido de 45W, garante que você nunca fique na mão, enquanto o A26 oferece carregamento rápido de 25W.
Modelo Samsung A56 promete ser o mais completo dos três novos lançamentos (Reprodução: Samsung)
Galaxy A36: equilíbrio perfeito entre desempenho e preço
O Galaxy A36 se destaca como uma opção intermediária, oferecendo um excelente custo-benefício. Sua tela Super AMOLED de 6,7 polegadas com 120 Hz proporciona uma experiência visual imersiva, similar aos outros modelos.
O conjunto de câmeras triplo de 50 MP garante fotos nítidas e vibrantes, com desempenho similar ao A56 e superior ao A26 em condições de baixa luz. A bateria de 5.000 mAh, com carregamento rápido de 45 W, garante autonomia para o dia todo, assim como o A56.
tecnologia de ponta a preços acessíveis (Reprodução: Samsung)
Galaxy A26: a opção ideal para o dia a dia
O Galaxy A26 completa a nova linha com um conjunto de especificações sólidas e um preço acessível. Sua tela Super AMOLED de 6,7 polegadas com 120 Hz oferece uma ótima experiência visual, similar aos outros modelos.
Sobre as câmeras, o A26 tem um conjunto de câmeras triplo de 50 MP garante fotos de qualidade para as redes sociais, com desempenho satisfatório para o uso diário, embora inferior ao A56 e A36 em condições de baixa luz e fotos com zoom.
O novo smartphone da Samsung vem equipado com o processador Exynos 1380 (Global) ou Exynos 1280 (América Latina), o A26 oferece desempenho satisfatório para o uso diário, embora inferior ao Exynos 1580 do A56 em jogos e multitarefa.
Equipado com bateria de 5.000 mAh, com carregamento rápido de 25 W, garante autonomia para o dia todo, embora inferior ao carregamento rápido de 45 W do A56 e A36.
O Galaxy A26 5G é o modelo mais acessível da nova linha, mas ainda assim traz características avançadas (Reprodução: Samsung)
Disponibilidade e preços
A expectativa é que os dispositivos cheguem ao Brasil até o final de março, com preços estimados de US$ 499,99 para o A56, US$ 399,99 para o A36 e US$ 299,99 para o A26.
Conclusão: qual devo comprar?
O Samsung A56 é ideal para quem procura um smartphone completo para todas as atividades, desde jogos e multitarefa até fotografia e vídeos de alta qualidade. Perfeito para quem não abre mão de um desempenho rápido e eficiente em todas as situações.
Já o A36 é o equilíbrio perfeito para o dia a dia. Serve bem a pessoas que utilizam o smartphone para redes sociais, navegação na internet, fotos e vídeos casuais.
Para finalizar, o A26 vem com a proposta de ser a opção ideal para quem procura um smartphone acessível e eficiente para o uso diário.
O consumo de álcool é um hábito socialmente aceito em muitas culturas, mas seus efeitos nocivos à saúde são cada vez mais evidentes. Estudos científicos comprovam que o álcool está diretamente relacionado ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer, mesmo em quantidades moderadas.
Mas como exatamente o álcool age no corpo e quais são os mecanismos que levam ao câncer? Vamos explicar.
Homem abrindo uma garrafa de bebida com o palavra cancêr saindo dela / Crédito: Anton Watman (shutterstock/reprodução)
Como o álcool age no corpo e causa alterações cancerígenas
Quando ingerimos bebidas alcoólicas, o álcool (etanol) é metabolizado pelo fígado e transformado em acetaldeído, uma substância tóxica e carcinogênica. Esse composto danifica o DNA das células e interfere em sua capacidade de se reparar, o que pode levar ao crescimento descontrolado de células e, consequentemente, à formação de tumores.
Além disso, o álcool provoca estresse oxidativo, que também danifica o DNA e outras estruturas celulares. Outro mecanismo é a alteração no metabolismo hormonal, especialmente em mulheres, aumentando os níveis de estrogênio, o que está associado ao câncer de mama.
O álcool também facilita a absorção de outras substâncias carcinogênicas, como as presentes no tabaco, potencializando seus efeitos nocivos.
Homem olhando uma geladeira de cervejas / Crédito: simona pilolla 2 (shutterstock/reprodução)
O risco de câncer é dose-dependente, ou seja, quanto maior o consumo de álcool e o tempo de exposição, maior a probabilidade de desenvolver a doença. Não importa o tipo de bebida (cerveja, vinho, whisky, vodka, cachaça, etc.), pois todas contêm etanol, a substância responsável pelos danos.
O álcool é classificado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) como um carcinógeno do Grupo 1, o mesmo nível de risco de substâncias como o tabaco e o amianto. Isso significa que há evidências suficientes de que o álcool causa câncer em humanos. Abaixo, listamos os principais tipos de câncer associados ao consumo de bebidas alcoólicas:
Câncer de boca e garganta: o álcool danifica as células da mucosa da boca e da garganta, aumentando o risco de tumores nessas regiões.
Câncer de esôfago: o álcool irrita o revestimento do esôfago, facilitando o desenvolvimento de células cancerígenas.
Câncer de fígado: o consumo excessivo de álcool pode levar à cirrose hepática, que é um fator de risco para o câncer de fígado.
Câncer de mama: o álcool altera os níveis hormonais, especialmente o estrogênio, aumentando o risco de câncer de mama em mulheres.
Câncer colorretal: o álcool pode danificar o revestimento do intestino, levando ao desenvolvimento de tumores no cólon e no reto.
Câncer de estômago e pâncreas: embora menos comuns, esses tipos de câncer também estão associados ao consumo de álcool.
Como prevenir o câncer relacionado ao álcool
A principal medida para prevenir o câncer relacionado ao álcool é reduzir ou eliminar o consumo de bebidas alcoólicas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que não há nível seguro de consumo de álcool para a saúde.
Além disso, adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e evitar o tabagismo, pode ajudar a reduzir o risco de câncer.
Para quem não deseja parar de beber completamente, o consumo moderado é uma estratégia de redução de danos. O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) define como moderado:
Mulheres: 1 dose ou menos por dia.
Homens: 2 doses ou menos por dia.
Para você se orientar melhor, uma dose equivale a:
355 ml de cerveja (uma latinha);
150 ml de vinho;
45 ml de destilados (como vodka ou cachaça).
Sintomas e tratamentos
Os sintomas variam conforme o tipo de câncer, mas podem incluir dor, dificuldade para engolir, perda de peso inexplicável e alterações na voz. O tratamento depende do estágio da doença e pode envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação desses métodos. A prevenção, no entanto, é a melhor estratégia, já que não há níveis seguros de consumo de álcool.
Copo de cerveja / Crédito: L.O.N Dslr Camera (shutterstock/reprodução)
Em resumo, o álcool é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de vários tipos de câncer, e seu impacto na saúde pública é enorme. No Brasil, o consumo de álcool tem crescido, especialmente entre as mulheres, e os custos com o tratamento de cânceres relacionados ao álcool devem aumentar nos próximos anos.
Políticas públicas mais rigorosas – como aumento de preços, restrição de publicidade e fiscalização da Lei Seca – podem ajudar a reduzir esse problema.