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Por que a areia do Deserto do Saara é radioativa?

O Deserto do Saara, a maior região desértica do mundo, é um ambiente extremo que fascina cientistas e aventureiros.

Mas, além das temperaturas escaldantes e das paisagens impressionantes, há um fenômeno curioso que desperta a atenção de pesquisadores: a areia radioativa do Saara.

Esse aspecto inusitado levanta questões importantes sobre a segurança ambiental e os impactos para os seres vivos que habitam ou passam por essa região.

A radioatividade da areia do Saara pode soar alarmante à primeira vista, mas é um fenômeno natural que ocorre devido à presença de minerais radioativos em sua composição.

Essa característica não é exclusiva do Saara; outros desertos ao redor do mundo também contêm materiais que emitem radiação em níveis variados.

Contudo, a areia do Saara tem se tornado objeto de estudo, especialmente porque tempestades de areia podem espalhar essas partículas por longas distâncias, chegando até mesmo a outros continentes.

Mas até que ponto essa radioatividade representa um risco? A contaminação se espalha por todo o deserto ou está concentrada em regiões específicas? Humanos e animais estão vulneráveis a esses efeitos? A seguir, explicamos tudo o que você precisa saber sobre esse fenômeno.

Por que a areia do Deserto do Saara é radioativa?

A radioatividade da areia do Saara é o resultado da presença de elementos naturais como urânio, tório e potássio-40, minerais encontrados na crosta terrestre.

Dunas de areia em um deserto (Reprodução: Maurizio De Mattei/Shutterstock)

Ao longo de milhões de anos, processos geológicos dispersaram esses materiais pelo deserto, tornando algumas regiões mais radioativas do que outras.

Apesar disso, a radiação não está presente em todo o deserto de forma homogênea. Algumas áreas apresentam concentrações maiores, especialmente onde ocorrem formações rochosas ricas nesses minerais.

No entanto, a maior parte da areia do Saara tem níveis baixos de radiação, comparáveis aos de outras regiões do planeta.

Outro fator que contribui para a dispersão da radioatividade são as tempestades de areia. Essas tempestades podem transportar partículas radioativas por milhares de quilômetros, chegando a lugares como a Europa e a América do Sul.

Contudo, os níveis são tão baixos que dificilmente representam uma ameaça à saúde humana ou animal.

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A radiação da areia do Saara oferece riscos?

De modo geral, a radiação da areia do Saara é considerada irrisória e não representa riscos graves para humanos ou animais.

Aviso de radiação
Aviso de radiação (Crédito: lesston/shutterstock)

A quantidade de radiação emitida pelos minerais da areia é muito inferior às doses necessárias para causar danos significativos à saúde. Além disso, a radiação natural está presente em diversos ambientes do planeta, incluindo montanhas, praias e até mesmo no solo das cidades.

A principal preocupação ocorre quando há exposição prolongada a níveis mais elevados de radiação, o que pode ocorrer em regiões específicas do Saara onde a concentração de minerais radioativos é mais alta. No entanto, essas áreas são raras e, geralmente, localizadas longe de habitações humanas.

Os animais que vivem no deserto também não são afetados de maneira significativa. A evolução os adaptou para sobreviver em condições extremas, incluindo a presença de minerais radioativos.

Até o momento, não há evidências de impactos negativos sobre a fauna local devido à radiação natural do deserto. Portanto, apesar de o termo “areia radioativa do Saara” soar preocupante, os níveis de radiação são considerados seguros e fazem parte do equilíbrio natural do planeta.

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Por que a doença de Parkinson é tão difícil de diagnosticar?

A doença de Parkinson é uma das condições cerebrais mais intrigantes e comuns de hoje. Trata-se de uma doença degenerativa em que há alterações motoras, o que pode acarretar tremores involuntários, movimentos lentos, músculos rígidos e inflexíveis. Como parte intrigante da doença de Parkinson, o diagnóstico é difícil e não há um exame próprio para sua identificação.

Além dos sintomas motores, pessoas com a condição podem apresentar problemas cognitivos e desenvolver, inclusive, demência e distúrbios do sono. Como uma doença progressiva, ela pode acarretar incapacidade grave após dez a 15 anos.

A condição foi descrita pela primeira vez por James Parkinson em 1817 e permanece sem cura até hoje, embora haja tratamento. O diagnóstico da doença de Parkinson é feito por meio dos sintomas clínicos, o que pode dificultar descobrir a doença e iniciar o tratamento cedo.

A doença pode levar a incapacidade grave dentro de dez a 15 anos. Imagem: Daisy Daisy/ Shutterstock

Não existe, para Parkinson, um teste conclusivo, seja de sangue ou de cérebro. Isso significa que, enquanto algumas pessoas podem ser diagnosticadas tardiamente com Parkinson, outras podem receber esse diagnóstico de forma incorreta.

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Até recentemente, havia uma lista com uma série de sintomas criada pelo Banco de Cérebros da Sociedade de doença de Parkinson do Reino Unido para ajudar no diagnóstico de Parkinson, segundo artigo da universidade de medicina de Johns Hopkins. Mas, novos parâmetros surgiram, o que inclui sintomas como:

  • Tremores, geralmente, no pé ou na mão que ocorrem quando o paciente está descansando;
  • Movimentos se tornam mais lentos;
  • Rigidez dos braços, pernas ou tronco;
  • Instabilidade de postura, o que pode levar a problemas de equilíbrio e a quedas.

O médico, então, pode fazer um exame físico e pegar o histórico médico do paciente. Além disso, pode realizar um exame neurológico e testar a agilidade, o tônus e o equilíbrio muscular.

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Tremores são um dos sintomas para identificar Parkson. Imagem: Shutterstock

É possível um diagnóstico cedo para a doença de Parkinson?

Cada vez mais, a comunidade médica está ficando atenta a possíveis sintomas da condição que antecedem os físicos. Alguns indicativos de Parkinson que aparecem antes dos sintomas motores são perda olfativa, distúrbio de sono, constipação constante e transtornos mentais, como ansiedade e depressão.

A esperança é de que um diagnóstico precoce facilite o início de tratamento e, assim, reduza o ritmo de progressão da doença.

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Edits ou CapCut? Veja qual é o melhor para editar vídeos de redes sociais

Nesta semana foi lançado o novo aplicativo de edições de vídeo do Instagram, o Edits. A ferramenta conta com diversos recursos para permitir que os usuários deixem os próprios conteúdos ainda mais profissionais com foco em postagens nas redes sociais. O app surge como um potencial concorrente ao CapCut, desenvolvido pela ByteDance para a edição de vídeos curtos. 

Com o novo aplicativo, muitas pessoas estão em dúvida sobre se utilizam o Edits ou o CapCut. Para ajudá-las nessa escolha, o Olhar Digital preparou um comparativo entre as duas plataformas. Confira a seguir!

Instagram Edits ou CapCut: qual o melhor para você?

Para fazer a escolha ideal conforme as suas necessidades, é essencial saber quais são as funções de cada um dos aplicativos, se estão disponíveis de forma gratuita ou não e outros detalhes. Veja a seguir!

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Disponibilidade

A primeira diferença entre os aplicativos está na disponibilidade, pois a princípio o Edits conta apenas com uma versão para Android e iPhone (iOS), e ela é gratuita, proporcionando todos os recursos da ferramenta ao usuário sem que ele tenha que pagar para utilizá-los. 

Já o CapCut também disponível em aparelhos com os dois sistemas operacionais. Apesar de disponibilizar uma versão totalmente gratuita, ele oferece planos por assinatura para que a pessoa tenha acesso a recursos adicionais na plataforma, como novos filtros, ferramentas avançadas de edição, efeitos, recursos de IA, além de retirar os anúncios e proporcionar outros benefícios para os usuários. 

A versão é chamada de CapCut Pro e possui pacotes de assinatura diferentes, com a possibilidade do usuário pagar R$ 19,90 no primeiro mês e depois passar a desembolsar R$ 43,90 mensais. Também existe o plano anual, que custa R$ 344,90. Todos esses valores são válidos para o aplicativo.

Planos CapCut no app do celular – Imagem: Captura de tela/App CapCut

Os planos para uso na web são diferentes, custando R$ 32,90 mensais, R$ 234,90 anualmente com desconto de 57%, R$ 344,90 para quem deseja pagar 1 ano e R$ 43,90 para quem quer pagar apenas 1 mês.

Planos para o CapCut Pro para usar na web
Planos para o CapCut Pro para usar na web – Imagem: Captura de tela/Site CapCut

Funções

Ambas ferramentas possuem integração com redes sociais. O Edits, como foi desenvolvido pela Meta, tem vínculo com o Instagram e Facebook. Enquanto isso, a ByteDance investiu no CapCut vinculado ao TikTok, isso facilita o compartilhamento de conteúdos nessa plataforma e também permite melhor visualização do desempenho de suas postagens. 

No Edits, por exemplo, o usuário tem acesso ao Insights, uma aba que mostra os dados de performance de suas publicações, com os números de curtidas, comentários, compartilhamentos e visualizações. Por outro lado, no CapCut, na parte de Inbox, o usuário consegue ver as curtidas, comentários, seguidores e favoritos. 

A primeira imagem mostra o campo de Insights no Edits e a segunda mostra a parte de Inbox do CapCut
A primeira imagem mostra o campo de Insights no Edits e a segunda mostra a parte de Inbox do CapCut – Imagens: Captura de tela do Edits e CapCut

A plataforma da Meta ainda traz a possibilidade do usuário adicionar notas com ideias de vídeos por meio das “Notas adesivas”. Ele ainda consegue utilizar áudios que estão em alta na aba de “Inspiração”, pode criar o próprio projeto ao carregar algum vídeo ou imagens da galeria do celular e também tem a possibilidade de fazer um conteúdo por meio de gravação direta pelo aplicativo. 

No campo de edição de vídeo do Edits, o usuário pode explorar opções como mudar o áudio ou acrescentar um para complementar o conteúdo; colocar textos sobre a gravação; adicionar a própria voz; inserir legendas de maneira automática; sobrepor algum outro vídeo ou imagem no local que preferir; colocar efeitos no som, como transições; acrescentar figurinhas; e fazer recortes.

Funções de edição no Edits
Funções de edição no Edits – Imagem: Captura de tela/Aplicativo Edits

A ferramenta da ByteDance tem em sua interface a possibilidade do usuário criar um vídeo do zero, gravando também pelo app ou fazer o upload de algo existente no celular.

Na parte de edição, ele pode utilizar ferramentas gratuitas como a “Remoção do plano de fundo”; “Edição de Imagens” para alterar o tamanho; colocar texto; adicionar formas; fazer o aprimoramento por IA; adicionar Stickers; e acrescentar outra foto; ajustar brilho, contraste e outros detalhes, como sombras e degradê. 

Funções de edição no CapCut
Funções de edição no CapCut – Imagem: Captura de tela/Aplicativo CapCut

Há ainda o AutoCut para contar histórias fazendo cortes e inserindo transições no conteúdo. A pessoa ainda pode tirar prints de suas próprias produções, usar a ferramenta de retoque para aprimorar detalhes na face das pessoas, além de ajustar a silhueta. Tem também a opção de acrescentar legendas de forma automática. Ademais, as ferramentas que podem ser usadas na versão Pro, como deixar imagens com aspecto de produto para marketing e até vendas, os efeitos com IA e outras. 

Formatos pré-definidos

As duas plataformas oferecem possibilidades para o usuário utilizar componentes já existentes. Porém, essa função o CapCut é mais completa. Isso porque, no campo de “Modelos”, ele tem vídeos pré-definidos nos quais a pessoa só precisa utilizar uma imagem ou vídeo próprio para contar com os efeitos já estabelecidos e áudio do conteúdo original. 

Enquanto o Edits disponibiliza, na aba “Inspiração”, apenas os áudios na aba que estão em alta para que o usuário complemente o próprio vídeo.

Formatos pré-definidos CapCut e Edits
Formatos pré-definidos CapCut e Edits – Imagens: Captura de tela dos apps CapCut e Edits

Arquivos gerados

Ambos aplicativos permitem a exportação dos vídeos editados e compartilhamento fácil em redes sociais. Porém, no Edits, o compartilhamento é facilitado apenas para o Instagram e Facebook. Já no CapCut, o usuário vê destacada a opção para compartilhar no TikTok, mas abaixo há pequenas opções para outras plataformas como o Instagram, Facebook, WhatsApp, YouTube e outras. 

Compartilhamentos no Edits e CapCut
Compartilhamentos no Edits e CapCut – Imagens: Capturas de tela dos apps Edits e CapCut

Porém, o usuário também tem acesso direto ao conteúdo em seu celular, pois ele fica salvo no aparelho. Outro detalhe é que os dois aplicativos disponibilizam o vídeo sem a marca d’água, mas o CapCut coloca a sua marca ao final do vídeo de forma automática. Entretanto, no momento da edição é possível excluí-la. O aplicativo Edits não adiciona a própria marca em nenhum momento. 

Além disso, ambas geram vídeos em poucos segundos. Mas claro, o tempo de geração depende do tamanho do conteúdo. Outro ponto de destaque é que os arquivos têm tamanhos parecidos, embora os que são criados no Edits sejam um pouco maiores. Criamos um vídeo simples de 5 segundos para teste. No CapCut, ao ser exportado, ele ocupou 4,5 MB de memória. Já no Edits, teve 4,8 MB. 

Há ainda uma diferença na resolução do material. Isso porque o CapCut gera o vídeo em 1920 x 1080 pixels, que entrega a qualidade Full HD, enquanto o Edits proporciona produções com a mídia em 1440 x 2560, dando uma resolução QHD ou Quad HD, considerada melhor atualmente. 

Meio de utilização da ferramenta

Outra diferença entre as duas ferramentas é que, embora seja mais utilizado em celulares, o CapCut também possui versão para desktops, sendo compatível com os sistemas operacionais Windows 7 ou superior, embora seja recomendado o Windows 10 e macOS 10.14 ou superior. 

Por outro lado, o Edits conta apenas com a versão em aplicativo, que pode ser utilizada tanto em celulares Android quanto em iPhones (iOS).

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Quais são as raças de cachorro mais inteligentes? Veja a lista

É publico e notório que todos os cachorros vão para o céu. Mas nem todos os cães são iguais quando o assunto é inteligência.

Algumas raças demonstram habilidades notáveis de aprendizado, raciocínio e até criatividade. Elas são capazes de entender comandos com rapidez, resolver problemas e até antecipar comportamentos humanos. Mas quais são as raças que mais se destacam nesse quesito?

A lista de hoje reúne as 10 raças mais inteligentes de cachorro, com base em critérios como facilidade de treinamento, memória, resolução de problemas e desempenho em atividades específicas. Afinal, para alguns “doguinhos”, a vida é bem mais do que só pegar bola e dar a patinha.

Quais são as raças mais inteligentes de cachorro?

10. Australian Cattle Dog

Trabalhador nato, o Australian Cattle Dog foi criado para lidar com rebanhos em terrenos difíceis, o que exigiu inteligência, resistência e iniciativa.

Aprende rápido, é altamente energético e precisa de tarefas desafiadoras para manter-se mentalmente ativo. Ideal para tutores aventureiros e com bastante tempo disponível.

See page for author, Public domain, via Wikimedia Commons

9. Rottweiler

Com fama de bravo, mas mente afiada. O Rottweiler é extremamente leal e inteligente, capaz de aprender comandos complexos quando bem treinado. Com socialização adequada desde filhote, pode atuar em guarda, resgate e até como cão de serviço. Sua força é acompanhada de uma grande capacidade de raciocínio.

Celine Halioua, fundadora da Loyal, com seu Rottweiler sênior (Foto: Loyal/Reprodução)

8. Papillon

Pequeno e espertíssimo. O Papillon é um dos cães de porte pequeno mais inteligentes do mundo. Atento, ágil e muito fácil de treinar, ele responde bem a comandos e adora aprender truques. Seu nome vem do formato das orelhas, que lembram borboletas. É muito usado em provas de agilidade e obediência.

Gvdmoort, CC BY-SA 3.0 , via Wikimedia Commons

7. Labrador Retriever

O Labrador é popular no mundo inteiro não só pelo temperamento dócil, mas também pela inteligência. Fácil de treinar, com excelente memória e vontade de agradar, ele é um aluno exemplar. É por isso que a raça lidera o uso em terapias assistidas, como guia para cegos e em funções de farejamento.

Imagem: Kristina Chizhmar/Shutterstock

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6. Shetland Sheepdog

O Shetland Sheepdog, ou Sheltie, é uma miniatura do Collie, com a mesma inteligência aguçada. É obediente, sensível e aprende comandos com rapidez. Destaca-se entre as raças mais inteligentes de cachorro em provas de agilidade, obediência e até como cão de terapia. É ótimo para famílias com crianças e idosos por seu temperamento equilibrado.

No machine-readable author provided. Viviane assumed (based on copyright claims)., Public domain, via Wikimedia Commons

5. Doberman

O Doberman é um cão muito inteligente e intuitivo. Ágil, atento e corajoso, consegue entender comandos complexos com facilidade. É amplamente usado como cão de guarda e em trabalhos policiais por sua capacidade de discernimento e resposta rápida. Com o tutor certo, é também um companheiro afetuoso e fiel.

Cachorro doberman com coleira em forma de corrente e orelhas levantadas
Cachorro Doberman Crédito: Juanedc from Zaragoza, España, CC BY 2.0 , via Wikimedia Commons

4. Golden Retriever

A inteligência emocional do Golden Retriever é um de seus maiores trunfos. Leal, carinhoso e extremamente inteligente, ele responde bem ao adestramento e é muito confiável. São ideais para convívio com crianças e idosos, e por isso muito usados como cães de terapia e assistência.

Imagem: T.Vyc/Shutterstock

3. Pastor Alemão

Forte, disciplinado e incrivelmente inteligente, o Pastor Alemão é uma das raças mais utilizadas em forças policiais, militares e operações de resgate. Aprende comandos com rapidez e possui grande capacidade de foco. Além disso, sua lealdade e coragem fazem dele um excelente cão de proteção familiar.

Cachorro pastor alemão
Imagem: shutterstock/Rita_Kochmarjova

2. Poodle

Muito mais do que aparência elegante! O Poodle é uma das raças mais inteligentes do mundo. Extremamente adaptável, ágil e com raciocínio rápido, é ótimo para quem busca um cão treinável e com energia para aprender truques e tarefas variadas. Além disso, é uma das raças mais recomendadas para pessoas com alergia, por sua pelagem hipoalergênica.

Cachorro poodle de pelo preto sentado no chão de uma sala
Cão Poodle Crédito: Choikwangmo9, CC0, via Wikimedia Commons

1. Border Collie

No topo da lista de raças mais inteligentes de cachorro está o Border Collie, reconhecido como o cão mais inteligente do mundo. Sua capacidade de aprender novos comandos com pouquíssimas repetições é incomparável.

Criado originalmente para pastoreio, mantém até hoje uma mente ativa, senso de direção e obediência que impressionam. É ideal para tarefas desafiadoras, esportes caninos e tutores que buscam estímulo constante.

cachorro border collie
Imagem: shutterstock/Julia Zavalishina

Com informações de PetMD.

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O que é a Escala de Planck e como isso se relaciona à ciência?

A física moderna é repleta de conceitos fascinantes que desafiam nossa compreensão do Universo. Um desses conceitos é a Escala de Planck, uma referência fundamental na física teórica.

Essa escala define os menores valores possíveis para grandezas físicas como comprimento, tempo e energia, estabelecendo um limite além do qual as leis da física clássica deixam de fazer sentido.

Criada a partir das constantes fundamentais da natureza, como a constante de Planck, a velocidade da luz e a constante gravitacional, a Escala de Planck marca a fronteira entre a mecânica quântica e a relatividade geral.

Mas por que essa escala é tão importante? Como ela influencia as pesquisas em cosmologia, física de partículas e teoria das cordas? Entenda o conceito da Escala de Planck, seu impacto na ciência e os desafios que ela impõe à compreensão da realidade.

O que é a Escala de Planck?

A Escala de Planck é um conjunto de valores físicos obtidos a partir de constantes fundamentais do Universo. Essas constantes incluem:

  • Constante de Planck (h): regula as interações quânticas.
  • Velocidade da luz (c): define o limite máximo para a propagação da informação.
  • Constante gravitacional (G): mede a intensidade da gravidade.

A partir dessas constantes, foram definidos parâmetros mínimos para diferentes grandezas físicas:

  • Comprimento de Planck: cerca de 1,616 x 10⁻³⁵ metros.
  • Tempo de Planck: aproximadamente 5,39 x 10⁻⁴⁴ segundos.
  • Energia de Planck: em torno de 1,22 x 10¹⁹ GeV.
Átomo/Sergey Nivens/Shutterstock

Esses valores representam limites fundamentais. Se tentarmos medir algo menor que o comprimento de Planck ou mais rápido que o tempo de Planck, as equações da física deixam de funcionar. Esse é o território onde a gravidade quântica, ainda não compreendida completamente, precisa ser considerada.

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A relação entre a Escala de Planck e a física quântica

A mecânica quântica descreve o comportamento das partículas subatômicas, enquanto a relatividade geral trata da gravidade e do cosmos em grande escala. No entanto, essas duas teorias não se encaixam bem quando tentamos aplicá-las simultaneamente. A Escala de Planck representa justamente o ponto onde essas discrepâncias se tornam evidentes.

Quando tentamos observar partículas em escalas menores que o comprimento de Planck, a influência da gravidade se torna tão intensa que distorce o espaço-tempo de maneira imprevisível. Isso sugere que uma nova teoria – chamada de gravidade quântica – é necessária para descrever esses fenômenos.

A Escala de Planck e o Big Bang

A Escala de Planck é crucial para entender os primeiros instantes do universo. Logo após o Big Bang, o Universo era incrivelmente quente e denso, com condições extremas que só podem ser descritas em termos quânticos. Esse período, conhecido como tempo de Planck, ocorreu em menos de 10⁻⁴³ segundos após o Big Bang.

Teoria do Big Bang continua sendo a mais aceita para a origem do Universo. Imagem: Quality Stock Arts – Shutterstock

Os físicos acreditam que, nesse momento, todas as forças fundamentais (gravidade, eletromagnetismo, força nuclear forte e fraca) eram unificadas. No entanto, as teorias atuais não conseguem descrever precisamente o que aconteceu nesse intervalo de tempo. A busca por uma teoria que combine a mecânica quântica com a gravidade é essencial para avançarmos na compreensão do cosmos.

A teoria das cordas e a Escala de Planck

Uma das abordagens mais promissoras para unificar a gravidade e a mecânica quântica é a teoria das cordas. Essa teoria propõe que as partículas fundamentais não são pontos, mas sim pequenas cordas vibrantes. As diferentes vibrações dessas cordas determinam as propriedades das partículas, como massa e carga.

Na teoria das cordas, a Escala de Planck define o tamanho das cordas fundamentais. Isso significa que, para testar experimentalmente essa teoria, precisaríamos de tecnologias extremamente avançadas, capazes de observar fenômenos na ordem de 10⁻³⁵ metros – algo ainda fora do alcance dos experimentos atuais.

Desafios e futuras pesquisas

A Escala de Planck é um dos maiores desafios da física teórica. Para compreendê-la melhor, os cientistas buscam:

  • Detectar evidências da gravidade quântica: experimentos como o LIGO e o Observatório de Ondas Gravitacionais tentam identificar efeitos quânticos na estrutura do espaço-tempo.
  • Explorar buracos negros: regiões do universo onde as leis da física são levadas ao extremo.
  • Desenvolver novos aceleradores de partículas: equipamentos mais potentes que o Grande Colisor de Hádrons (LHC) poderiam fornecer pistas sobre a física além do Modelo Padrão.

A Escala de Planck representa a fronteira entre o conhecido e o desconhecido na física. Ela nos mostra que existem limites para nossa capacidade de medir e entender a realidade com as teorias atuais. Com o avanço da ciência, novas descobertas podem revelar segredos fundamentais do Universo, aproximando-nos cada vez mais da teoria unificada que os físicos tanto buscam.

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Chuva de meteoros: o que é e como observar o fenômeno?

Poucos fenômenos chamam tanto a nossa atenção quanto os rastros luminosos que cortam o céu durante a noite. Quem já viu sabe: é difícil não se encantar com uma chuva de meteoros.

Mas o que exatamente é esse fenômeno? Como e quando é possível observá-lo de forma segura? A seguir, o Olhar Digital explica tudo o que você precisa saber para não perder esse show natural no céu.

O que é uma chuva de meteoros?

Os meteoros são fragmentos de asteroides quebrados e partes de cometas que ficam espalhadas em trilhas de poeira orbitando o Sol. Eles são responsáveis por gerar lindos fenômenos brilhantes no céu quando a Terra passa por essas trilhas e os fragmentos entram na atmosfera do planeta, ficando muito quentes e se desintegrando no ar. 

Chuva de meteoros Geminídeas. Crédito: Liang Li Photos – Shutterstock

A chuva é basicamente a entrada de vários meteoroides na atmosfera da Terra ao mesmo tempo, fazendo com que o atrito com o ar gere um superaquecimento da rocha, gerando muitas “estrelas-cadentes”, que deixam um rastro brilhante no ar.

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O fenômeno acontece porque quando os cometas se aproximam do Sol, parte do gelo que há em suas superfícies é aquecida e se quebra, fazendo as partículas e poeira da rocha se espalharem em sua trajetória, tendo o interior do Sistema Solar como o principal local. Por isso, em diversos momentos do ano, durante seu deslocamento, a Terra se cruza com os fragmentos e colide contra os detritos.

Como ver uma chuva de meteoros?

Pico de chuva de meteoros – Crédito: Allexxandar – Shutterstock

Para observar a chuva de meteoros é necessário estar em lugares bem escuros, pois até a luz da Lua pode fazer com que a visão para o céu não seja boa. 

Ao contrário do que muitos pensam, não é necessário utilizar equipamentos como binóculos e telescópios, mas, se a Lua estiver cheia ou quase cheia, a visão fica comprometida. Também é importante que o céu esteja sem nuvens. Além disso, para conseguir uma boa visualização é importante paciência. 

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Por que os morcegos “invadiram” as cidades do Brasil?

Você já deve ter notado que a presença de morcegos em áreas urbanas no Brasil tem se tornado mais evidente nos últimos anos, levantando dúvidas e até preocupações entre os moradores.

No entanto, essa aproximação não representa uma “invasão repentina”, mas sim, o resultado de um processo gradual de adaptação. Estudos recentes mostram que muitos morcegos conseguiram se ajustar ao ambiente urbano devido às condições favoráveis oferecidas pelas cidades. Saiba um pouco mais sobre esses novos “vizinhos”.

Morcegos nas cidades do Brasil

Das 182 espécies de morcegos registradas no Brasil, pelo menos 84 conseguem viver em áreas urbanas, segundo dados publicados, em 2018, pela Sociedade Brasileira de Estudos e Conservação de Morcegos (SBEQ). Essa adaptação está diretamente ligada a três fatores principais: oferta de alimento, disponibilidade de abrigo e mudanças no comportamento provocadas pela iluminação artificial.

Morcegos estão cada vez mais perto das áreas urbanas (Imagem: @MarioClassico/Pixabay)

Alimento em abundância

Cidades oferecem inúmeras fontes de alimento. Morcegos insetívoros se beneficiam da grande quantidade de insetos atraídos por luzes artificiais, especialmente postes e fachadas iluminadas. Já os frugívoros e nectarívoros encontram alimento em árvores frutíferas e flores cultivadas em praças, jardins e quintais urbanos.

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Abrigo para as colônias

Além disso, as estruturas urbanas – como telhados, pontes, vãos e prédios – oferecem espaços protegidos para que os morcegos possam se abrigar e formar colônias. Esses locais substituem as cavernas e ocos de árvores comuns em ambientes naturais.

Mudança e comportamento

Pesquisas revelaram que morcegos urbanos se comportam de maneira diferente dos que vivem em áreas naturais. Um dos principais achados foi que esses animais iniciam suas atividades mais cedo à noite e passam menos tempo se alimentando. Enquanto morcegos em ambientes naturais podem levar até uma hora nessa atividade, os urbanos se alimentam em média por apenas 25 minutos.

A iluminação artificial parece influenciar diretamente esse comportamento, seja por facilitar a visualização das presas (insetos), seja por alterar o ritmo natural dos animais, conforme estudos desenvolvidos pela Universidade de Exeter, no Reino Unido, publicada no segundo semestre de 2024.

Morcegos estão se adaptando ao ambiente urbano, com “riqueza” de alimentos (Imagem: @Pixabay/Pixabay)

As áreas verdes nas cidades, como parques e praças, também se mostraram fundamentais para a permanência dos morcegos. Nesses locais, a atividade dos animais é significativamente maior, chegando a ser quase três vezes superior à observada em áreas totalmente urbanizadas.

Convívio e importância ecológica

Apesar de muitas vezes mal compreendidos, os morcegos prestam importantes serviços ecológicos. Eles atuam no controle de insetos, ajudam na polinização de plantas e contribuem para a dispersão de sementes. A presença dos morcegos hematófagos, que se alimentam de sangue, é rara nas cidades, e o risco de transmissão de doenças por morcegos é baixo quando não há contato direto com os animais.

Caso alguém encontre um morcego em situação atípica – como durante o dia ou se debatendo no chão –, o recomendado é acionar a vigilância sanitária local e evitar qualquer tentativa de manuseio.

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Por que sua conta de luz está cada vez mais cara?

O aumento da conta de luz se tornou um dos principais fatores de insatisfação popular e um desafio concreto para a economia brasileira, como mostra um artigo da professora Clarice Ferraz, da Escola de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicado no The Conversation.

Em fevereiro de 2025, a tarifa de energia elétrica subiu em média 17%, puxando a inflação do mês para o maior patamar em 22 anos. A alta foi agravada pela retirada do “bônus de Itaipu”, mecanismo que no mês anterior reduziu temporariamente os preços da eletricidade.

Problema no Brasil é estrutural e complexo

  • Esse “efeito rebote” escancara um problema maior: a escalada histórica do custo da energia no Brasil, agravada por falhas estruturais, falta de planejamento e impactos das mudanças climáticas.
  • Tarifas imprevisíveis desorganizam cadeias produtivas, inibem investimentos e dificultam a transição energética.
  • Além do preço, a qualidade do serviço também piorou. Em 2024, brasileiros ficaram em média mais de 10 horas sem luz.
  • A expansão desordenada da geração distribuída, especialmente solar, impôs novos desafios ao setor de distribuição.
  • Falta de investimentos, corte de custos e terceirizações afetam a manutenção, aumentam os riscos e elevam os acidentes de trabalho – com terceirizados morrendo três vezes mais que os funcionários efetivos.
Alta nas tarifas de energia pressiona inflação e afeta a vida de muitas famílias (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Governo buscou soluções

Diante disso, o vice-presidente Geraldo Alckmin sugeriu excluir energia e alimentos do cálculo da inflação, o que poderia reduzir artificialmente os juros. Embora a proposta critique, com razão, a política monetária atual, ela não enfrenta a raiz do problema: a crise estrutural do setor elétrico.

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O Brasil precisa de uma nova política energética: com tarifas previsíveis, fiscalização eficaz, planejamento de longo prazo e ampliação do acesso à energia de forma segura e justa.

A reforma do setor, se conduzida com seriedade e participação social, pode restabelecer a confiança, atrair investimentos e contribuir para uma retomada econômica sustentável – além de aliviar a pressão sobre o governo.

Cenário atual expõe a urgência de uma reforma no setor elétrico brasileiro – Crédito: Evgeny_V – Shutterstock

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Alergia na idade adulta: por que de repente o que sempre fez bem começa a fazer mal?

No Brasil, dados da iniciativa Alergia Alimentar Brasil revelam que cerca de 6% das crianças e 3,5% dos adultos brasileiros possuem alergias alimentares. Por outro lado, nos Estados Unidos, uma pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association mostra que mais de 32 milhões de pessoas têm pelo menos uma alergia alimentar, sendo a maior parte desenvolvida na idade adulta.

As descobertas sugerem pistas sobre como a genética e o ambiente podem contribuir para o aumento do número de alergias. Confira a seguir o que é de fato uma alergia e por que elas podem aparecer na fase adulta.

Por que podemos desenvolver alergia na idade adulta?

Antes de saber por que desenvolvemos alergias na fase adulta, saiba qual a diferença entre alergia e intolerância alimentar. A alergia alimentar e a intolerância alimentar podem ser confundidas, mas apresentam distinções fundamentais.

Leia mais

Alergia e intolerância são a mesma coisa?

A alergia envolve o sistema imunológico, que reage de forma exagerada a proteínas presentes em determinados alimentos. Essa resposta pode provocar sintomas como urticária, inchaço, dificuldade para respirar e, em casos extremos, anafilaxia – uma condição que exige intervenção médica imediata.

É uma questão imunológica que pode trazer consequências graves, mesmo com a ingestão de pequenas quantidades do alimento desencadeante.

Já a intolerância alimentar está relacionada à incapacidade do organismo de digerir ou processar certos componentes dos alimentos, como a lactose ou o glúten. Nesse caso, o sistema imunológico não está envolvido; o problema reside no sistema digestivo.

Os sintomas incluem cólicas, inchaço abdominal, gases e diarreia, que, embora desconfortáveis, não representam risco imediato à vida. É uma condição que, geralmente, pode ser gerenciada por meio de ajustes na dieta e no consumo dos alimentos em questão.

A intolerância à lactose é diferente da alergia à proteína do leite porque envolve a incapacidade do organismo de digerir lactose/Shutterstock_Pormezz

Alergia na fase adulta: questões genéticas e ambientais

Na pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association, em 2018, Ruchi Gupta, professor de pediatria especializado em alergia na Escola de Medicina Feinberg da Northwestern University e os demais pesquisadores descobriram fatores que indicam o aumento de alergias na população, sendo a maior parte em adultos.

O estudo, que foi realizado com mais de 40 mil adultos nos Estados Unidos, revelou que 45% dos que tinham alergias alimentares adquiriram pelo menos uma nova na idade adulta, sendo que um quarto deles nunca havia apresentado alergia alimentar na infância.

De uma forma geral, os pesquisadores descobriram que houve um aumento nos casos de alergias alimentares por conta de fatores genéticos e ambientais, independente da idade, mas com uma quantidade significativa de casos em adultos.

No entanto, o que ainda não foi descoberto é o que exatamente pode levar os adultos a desenvolverem uma alergia a um alimento que eles já tinham o hábito de comer anteriormente. Então, o que podemos considerar são os fatores que também levam a desenvolver uma alergia na infância, como genética e ambiente, por exemplo.

A imagem mostra uma mesa clara com diversos alimentos que podem causar alergias alimentares. No centro, há um peixe inteiro sobre um pedaço de papel, com uma placa acima dele onde está escrito "ALLERGY" em letras vermelhas.
Ovos, trigo, amendoim, leite, nozes, peixes, frutos do mar são alguns dos alimentos que podem provocar alergia/Shutterstock_photka

A genética exerce uma influência significativa no desenvolvimento de alergias, já que a predisposição para alergias é herdada. Certos genes podem afetar diretamente a forma como o sistema imunológico reage a alérgenos. Assim, indivíduos com histórico familiar de alergias têm maior chance de apresentar essas condições, evidenciando uma clara predisposição genética.

Por outro lado, o ambiente também desempenha um papel crucial no desenvolvimento e agravamento de alergias. A exposição a alérgenos no ar, como pólen, ácaros e mofo, pode ativar respostas exageradas do sistema imunológico.

Fatores como mudanças climáticas, que aumentam temperaturas e índices de umidade, podem elevar a concentração desses alérgenos. Paralelamente, a poluição do ar não só irrita as vias respiratórias, como também intensifica a sensibilidade aos alérgenos, criando um cenário propício para o aumento das reações.

Esse segundo fator pode confundir as pessoas. Para entender melhor, imagine um indivíduo que morou em um lugar mais próximo à natureza durante toda a infância, mas na fase adulta mudou-se para a metrópole e começou a ter alergia. Talvez se esse mesmo indivíduo vivesse nesse ambiente desde criança, a alergia já teria começado na infância.

A alergista e imunologista, Shradha Agarwal, da Escola de Medicina Icahn em Mount Sinai (Nova York) ao The New York Times, considera este um indicativo que pode ajudar no alívio para quem tem alergia ao pólen, por exemplo.

A especialista afirmou que uma maneira comum de identificar alergias ambientais ocorre quando pessoas se mudam para uma nova área e entram em contato com tipos de pólen aos quais nunca haviam sido expostas.

Ela esclareceu que isso não constitui tecnicamente uma “nova” alergia, mas essa distinção pode implicar em desafios para a pesquisa no campo das alergias ambientais. Além disso, destacou que evitar essas regiões específicas pode ser uma medida eficaz para proporcionar alívio dos sintomas.

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Por que muitos gatos brancos são surdos? A ciência explica

Os gatos são animais adorados por muitas pessoas, e podem ser encontrados em uma grande variedade de cores de pelagem e de olhos.

Além da inteligência e do instinto caçador, cada um apresenta características e peculiaridades próprias, bem como a personalidade que cada felino possui. Porém, os gatos brancos contam com uma curiosidade a mais: eles são mais propensos a serem surdos, principalmente os de olhos azuis.

É verdade que nem todos os gatos brancos são surdos, mas a prevalência da surdez é muito maior entre eles do que entre outros grupos. E esse fato é comprovado cientificamente, além de ter sido observado há muito tempo por Charles Darwin, o cientista pai da teoria da evolução.

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Se você já ouviu falar desse fato, mas não sabe o porquê disso acontecer, ou se não sabia dessa curiosidade, veja abaixo na matéria a explicação científica.

A ideia de que gatos brancos de olhos azuis são surdos existe desde a observação feita por Charles Darwin. (Imagem: Hunt Han/Unsplash)

Gatos brancos costumam ser surdos?

O livro “A Variação dos Animais e das Plantas sob Domesticação” (1868) de Charles Darwin mostra que o cientista observou que gatos brancos com olhos azuis são quase sempre surdos. Essa observação foi pioneira e lançou as bases para a investigação científica da relação entre a pelagem branca e a surdez dos gatos.

Além de Darwin, outros cientistas já observaram a associação entre o pelo branco e a surdez em algumas espécies, principalmente caninos e felinos, o que confirmou que a condição prevalece em gatos brancos com relação as outras pelagens, principalmente os que têm olhos azuis. E esse é um fenômeno complexo que tem sido estudado por séculos.

A verdade é que todos os gatos nascem surdos, e isso não é nenhuma condição patológica. Se tudo correr bem, os felinos desenvolvem a audição de forma gradual a partir da primeira semana de vida. Para que eles possam ouvir, assim como acontece com os humanos, as ondas de som precisam atingir a cóclea (o ouvido interno), além de estimular células ciliadas e receptores sensoriais.

Quando acontece a perda auditiva condutiva, o indivíduo não consegue escutar por causa de problemas na transmissão do som até a cóclea. Porém, se houver danos nas células sensoriais da cóclea ou no nervo auditivo, acontece a perda auditiva neurossensorial.

Entretanto, a surdez que ocorre nos gatos brancos é de outro tipo, chamada de sensorial. Nesse caso, eles não possuem as células ciliadas sensoriais, e não são capazes de fazer a parte de “tradução” das vibrações que atingem a cóclea. Com isso, esses gatos possuem uma degeneração hereditária na cóclea, provocando um efeito dominó de consequências negativas para a audição.

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A verdade é que todos os gatos nascem surdos, e isso não é nenhuma condição patológica. Se tudo correr bem, os felinos desenvolvem a audição de forma gradual a partir da primeira semana de vida.(Imagem: Rusty Watson/Unsplash)

E como esse fato pode ajudar a entender perdas auditivas humanas?

Assim como acontece com os gatos brancos, os seres humanos também podem sofrer com a perda auditiva sensorial congênita de forma similar. Por conta disso, os animais são excelentes para estudos sobre a condição e os tratamentos possíveis. Pacientes com esse tipo de surdez podem utilizar próteses ou implantes cocleares, cujos testes feitos em gatos brancos foram significativos para o seu desenvolvimento.

Homem com mega fone na orelha de outro homem
Imagem: Motortion Films/Shutterstock

Por conta disso, existem colônias de gatos brancos que são mantidas especificamente para pesquisas científicas a respeito da surdez. Nessas colônias, por exemplo, caso o pai e a mãe sejam gatos brancos surdos, cerca de 70% dos filhotes também serão. Os 30% restantes podem ouvir apenas de um lado, com dificuldades ou até perfeitamente.

Os cientistas podem usar diversos métodos para confirmar a surdez. “Um dos métodos objetivos menos invasivos aplicáveis em gatos é a medição das respostas do tronco cerebral evocadas auditivamente”, explica um guia rápido sobre o assunto, feito por especialistas para a revista científica Current Biology.

“Esse método detecta pequenas alterações no campo elétrico evocadas pela estimulação da via auditiva pelo som e pode ser realizado sob sedação usando pequenos eletrodos de prata colocados subcutaneamente”, conta ainda a matéria.

De forma geral, os gatos brancos surdos não possuem outras complicações fisiológicas, e a maior parte deles apresenta um comportamento normal, sem prejuízos para os sistemas somatossensorial, motor ou visual. Alguns deles podem até mesmo ter a visão melhor do que de outros gatos, possivelmente para compensar a perda da audição, da mesma forma que também acontece com alguns seres humanos.

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De forma geral, os gatos brancos surdos não possuem outras complicações fisiológicas, e a maior parte deles apresenta um comportamento normal, sem prejuízos para os sistemas somatossensorial, motor ou visual. (Imagem: Kittitep Khotchalee/Unsplash)

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