Queimadura por limão: como e por que acontece?

Seja para dar um toque especial à caipirinha, realçar o sabor de um prato ou até reforçar a imunidade, o limão é um ingrediente versátil e indispensável. No entanto, seu uso descuidado pode trazer riscos: quando em contato com a pele e exposto ao sol, pode causar queimaduras graves.

Apesar dos inúmeros benefícios – como ser rico em fibras, vitamina C e antioxidantes –, o limão exige atenção. Seu suco, tão valorizado na culinária e nos bares, pode se tornar um vilão se não for manuseado corretamente. A dica é especialmente importante nos dias de verão à beira-mar ou em volta da piscina.

Como e por que o limão pode causar queimaduras? 

É comum que se manuseie o limão com as mãos desprotegidas. E, quando há contato da polpa da fruta com a pele, seguida de exposição solar, pode haver a conhecida queimadura de limão, considerada por dermatologistas como um tipo de dermatite. 

Manchas avermelhadas podem surgir, causando ardência e coceira. Em casos mais graves, gerar bolhas e causar febre. Após tratar a lesão, a mancha tende a ficar mais escura, com um tom amarronzado, no entanto tende a sumir com o tempo. 

Isto acontece porque o fruto de origem asiática contém compostos fotossensíveis, ou seja, quando em contato com a pele e expostos à radiação solar sofrem uma reação causando lesões na epiderme. 

Outro elemento também é responsável pela queimadura: as furocumarinas. Presente em muitas plantas, sementes e frutos, esses compostos orgânicos funcionam como uma defesa química natural contra predadores. Mas, quando expostos à luz UVA, podem ser tóxicos. 

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O que fazer após a queimadura com limão?

Como em muitos casos, o melhor remédio é a prevenção. Evite manusear o limão em áreas onde há exposição solar. E, caso aconteça, lave as mãos logo em seguida. 

No entanto, caso haja a queimadura, também é recomendado lavar abundantemente o local com água fria e sabão neutro, isso impede que as substâncias continuem a agredir a pele.

Após a higienização, compressas frias e o uso de cremes ou loções calmantes, como as que contenham aloe vera na fórmula, também são indicados. E evite coçar ou esfregar a região, bem como tomar sol nos dias seguintes à lesão. 

É importante frisar que se a dor for muito intensa e persistente, e a lesão apresentar bolhas, procure um médico. 

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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Por que não conseguimos fazer cócegas em nós mesmos? A ciência explica!

As cócegas são uma sensação curiosa: podem ser divertidas, mas também desconfortáveis. E, por mais que tente, você nunca consegue fazer cócegas em si mesmo. O motivo? Seu cérebro já sabe o que vai acontecer e ignora a sensação antes mesmo de senti-la.

Segundo o neurocientista David Eagleman, da Universidade de Stanford, o cérebro não reage apenas ao presente, mas também prevê o futuro. Quando tentamos nos fazer cócegas, o sistema nervoso antecipa o estímulo e reduz sua resposta, tornando a sensação ineficaz.

Esse mecanismo é essencial para evitar distrações com estímulos previsíveis e permitir que o cérebro se concentre no inesperado. É por isso que, quando outra pessoa nos faz cócegas, o toque ativa áreas ligadas à surpresa e ao riso involuntário, tornando a experiência bem diferente.

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O cérebro prevê antes de sentir

Sempre que você faz um movimento, seu cérebro não apenas comanda os músculos, mas também avisa antecipadamente outras áreas responsáveis pelas sensações. Esse aviso prévio, chamado de “cópia de eferência”, evita que o corpo se surpreenda com suas próprias ações.

Cócegas podem ter evoluído como um mecanismo de defesa? Nosso cérebro reage ao toque inesperado para nos proteger (Imagem: fizkes/Shutterstock)

Se você pega um lápis, o cérebro envia sinais para a mão e, ao mesmo tempo, informa o córtex somatossensorial e o córtex visual sobre o que está prestes a acontecer. Dessa forma, o toque e a visão do lápis são percebidos como esperados, sem causar reações exageradas.

O mesmo ocorre com as cócegas: como o cérebro prevê o toque autoinduzido, ele reduz sua intensidade, tornando a sensação ineficaz. Esse mecanismo, além de curioso, é essencial para que o corpo controle melhor seus sentidos e reaja apenas a estímulos inesperados.

O cérebro foca no inesperado

O cérebro ignora estímulos previsíveis para priorizar o que pode ser relevante. Por exemplo, se você fecha a porta de um carro e escuta um som diferente do esperado, seu cérebro percebe o erro imediatamente. Essa capacidade de detectar mudanças foi destacada pelo neurocientista David Schneider, da Universidade de Nova York, em entrevista à revista especializada Live Science.

O cérebro antecipa, bloqueia e até decide quando as cócegas viram risada (Imagem: Alexander Supertramp/Shutterstock)

O mesmo acontece com sons repetitivos, como passos. O cérebro reduz a percepção dos próprios movimentos, mas se alguém caminha atrás de você, a atenção se volta para esse novo estímulo. Como explicou Schneider, isso ocorre porque mudanças inesperadas podem representar riscos à sobrevivência.

Esse fenômeno não é exclusivo dos humanos. Pesquisas com camundongos mostram que seus cérebros quase não reagem ao som de seus próprios passos. No entanto, quando um ruído idêntico vem de uma fonte externa, a resposta neural é intensa.

No fim, seja em humanos ou em animais, o cérebro funciona como um filtro, priorizando o que realmente importa – seja uma ameaça ou apenas uma surpresa.

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Multas de trânsito: quais são as infrações mais graves e mais caras?

As ruas brasileiras, principalmente nas grandes cidades, possuem um volume intenso de veículos que causam um grande caos no trânsito. Nessa confusão, mesmo que o condutor sempre tente andar dentro das conformidades da lei, ainda é possível ser pego em flagrante cometendo alguma infração, por menor que seja.

Quando isso acontece, é preciso ter calma para resolver a questão com racionalidade e rapidez. Contudo, nem sempre os motoristas procuram seguir as regras e dirigir de forma segura, o que pode causar infrações graves e problemas maiores ainda, tanto para o condutor quanto para quem é afetado por essas situações.

Existem algumas penalidades de trânsito bastante severas, sendo que diversas delas são muito conhecidas, enquanto outras podem nos surpreender pela gravidade e pelos valores cobrados. Se você tem curiosidade de saber mais sobre o assunto, confira abaixo uma lista com algumas das piores multas de trânsito no país.

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Quais as piores multas de trânsito?

As piores e mais caras multas de trânsito do Brasil são aplicadas quando há infrações que representam um alto risco para a segurança no trânsito. Os valores podem chegar a quase R$ 20 mil, e buscam desencorajar os comportamentos perigosos para garantir a segurança de todos.

Por isso, os motoristas precisam estar cientes das infrações e consequências, para sempre dirigir de forma responsável e dentro das leis.

1 – Recusar o teste do bafômetro

Se você for parado em uma blitz ou alguma outra situação em que a autoridade solicita o teste do bafômetro, e se recusar a fazê-lo, terá como consequência uma multa pesada.

Inicialmente, a penalidade é de R$ 2.934,70, porém, se o motorista for reincidente na infração no período de 12 meses, o valor pode dobrar. A infração também pode suspender a CNH por um ano.

A infração gravíssima está prevista no artigo 165-A do Códito de Trânsito Brasileiro (CTB) e, além da multa, podem ser aplicadas outras medidas administrativas. Outras situações podem ser configuradas como infração: recusar-se a fazer teste, exame clínico, perício ou outro procedimento que certifique a influência de álcool, ou recusa do teste do etilômetro.

Se você se recusar a fazer o teste de bafômetro terá como consequência uma multa pesada.(Imagem: YummyBuum/Shutterstock)

2 – Velocidade superior a 50% acima do limite

Quem excede o limite de velocidade em mais de 50% está cometendo uma infração gravíssima, que pode resultar em uma multa de R$ 880,41, além da suspensão imediata do direito de dirigir e a apreensão do veículo. A penalidade tem como objetivo controlar os comportamentos imprudentes que colocam a vida dos usuários da via em risco.

A infração está prevista no artigo 218, inciso III do CTB, sendo que a multa é multiplicada por três e a carteira de habilitação pode ser suspensa por um período de 2 a 8 meses. Também são descontados 7 pontos da CNH, e o motorista é obrigado a frequentar um curso de reciclagem.

3 – Demonstrar ou exibir manobra perigosa com o veículo

Realizar manobras perigosas com o veículo, como arrancadas bruscas, derrapagens ou outras exibições, é uma infração gravíssima, com multa que pode chegar a R$ 2.934,70. O motorista também pode ter a CNH suspensa e o veículo apreendido, dependendo da gravidade da ocorrência.

O artigo do Código de Trânsito Brasileiro que trata dessa infração é o 175, e as penalidades são: multa dez vezes o valor base, suspensão do direito de dirigir, apreensão do veículo, recolhimento do documento de habilitação. Se houver reincidência no período de 12 meses da última infração, a multa é aplicada em dobro.

dois caros parados paralelamente em uma rua
Participar ou promover competições ou manobras perigosas no trânsito é muito perigoso, e o motorista é punido de forma severa. (Imagem: Bordovski Yauheni/Shutterstock)

4 – Promover corrida, disputa ou competição no trânsito

Participar ou promover competições ou manobras perigosas no trânsito, conhecidas popularmente por rachas, é muito perigoso e o motorista é punido de forma severa. Além da multa, que pode chegar a R$ 19.468,10, os condutores envolvidos podem ter o veículo apreendido e a CNH suspensa.

Se for caso reincidente, a penalidade financeira pode se multiplicar, o que a torna uma das infrações mais onerosas, sendo também gravíssima. O artigo do CTB referente a ela é o 173, e tem como consequências a multa, suspensão da CNH, apreensão do veículo e até processo de cassação da carteira de habilitação em caso de reincidência.

5 – Dirigir sob a influência de drogas ou álcool

Dirigir embriagado ou sob a influência de substâncias entorpecentes é uma das infrações mais graves. Isso também faz com que ela seja uma das mais caras, podendo chegar a R$ 19.483. Ela é estabelecida pela Lei Seca, do qual os motoristas flagrados nessas condições podem enfrentar a suspensão do direito de dirigir, retenção do veículo e até mesmo a prisão.

Os artigos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que tratam da direção sob a influência de álcool ou drogas são o 306 e o 165, e a infração é considerada gravíssima. O motorista pode ser submetido a um exame clínico, perícia ou outro procedimento para ter certeza de que está sob influência de álcool ou entorpecente.

6 – Organizar o bloqueio de vias sem autorização

Essa é uma versão ainda mais grave da multa que penaliza o motorista que é flagrado perturbando ou restringindo a circulação de uma via sem autorização, com fator multiplicador de 20. Nesse caso o valor da multa passará para R$ 5.869,40, e o veículo é recolhido.

Agora, se o motorista for pego organizando um bloqueio com seu próprio veículo, vai precisar pagar R$ 17.608,20, com o fator multiplicador de 60. Todos os carros que se envolverem na ação são guinchados. Trata-se do artigo 253-A do CTB, da Lei nº 13.281/2016, e garante suspensão da CNH por 12 meses e curso de reciclagem.

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Dirigir embriagado ou sob a influência de substâncias entorpecentes é uma das infrações mais graves. (Imagem: Freepik)

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Carro híbrido anda sem gasolina? Entenda o que acontece

Os carros elétricos têm conquistado cada vez mais espaço no mercado automobilístico, não só no mundo, mas também no Brasil, por sua tecnologia e fonte de energia sustentável. Porém, existe um tipo de veículo que é capaz de unir as vantagens do combustível fóssil e da eletricidade: os híbridos. Eles são capazes de aproveitar o movimento e funcionamento do motor para ter energia extra.

Porém, a dúvida é: carros híbridos funcionam sem gasolina? Diferente dos EVs, os híbridos não são carros completamente elétricos, contando também com um motor convencional de combustão, que pode ser abastecido por gasolina, etanol ou diesel. Sendo assim, ele ainda depende de combustíveis para funcionar, mas conseguem emitir menos gases poluentes do que os modelos tradicionais.

Isso acontecce porque esse tipo de carro conta com uma bateria que é reabastecida com a energia cinética gerada durante a frenagem, e o motor de combustão interna pode ajudar nesse processo. Confira abaixo na matéria mais informações sobre esse assunto.

Carros híbridos andam sem gasolina? (Imagem: otomobil / Shutterstock)

Carro híbrido roda sem gasolina?

Os carros híbridos possuem dois motores: um elétrico e outro a combustão. Enquanto o motor elétrico é ideal para baixas velocidades e arranques, o que é de combustão age em situações de alta demanda de potência. A integração entre os dois motores permite mais eficiência energética e a redução de emissões de gases poluentes.

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Então, se seu carro híbrido ficar sem gasolina, ele ainda assim vai rodar? A resposta é: depende do tipo de híbrido do qual você se refere, e também da carga da bateria. Caso o veículo seja um dos leves, micro-hybrid ou mild-hybrid, com certeza não vai funcionar, porque o pequeno motor elétrico consegue apenas ajudar o motor a combustão, que é o principal. Esse motor elétrico auxilia o que precisa de combustão, mas não deixa que o veículo ande sem gasolina.

Se esse for o caso, ele não vai andar mais de um metro sem gasolina. Agora, se o automóvel for um híbrido puro, e as baterias estiverem carregadas, ele pode conseguir rodar cerca de 10 km. Contudo, se o modelo for um híbrido do tipo plug-in, dos que são carregados na tomada, a história muda um pouco.

Esses veículos são capazes de rodar apenas no modo elétrico sem nem um pouco de combustível líquido por 50, 100 ou até 150 km, dependendo do modelo. Existem até mesmo diversos casos desses híbridos plug-in que conseguem rodar por meses sem parar uma única vez para abastecer no posto.

Um fato interessante é que os carros híbridos convencionais (HEV) não precisam ser carregados de forma externa, uma vez que a bateria é recarregada com a frenagem regenerativa e o motor a combustão. Os modelos plug-in (PHEV) podem ser carregados em estações de carregamento elétrico, em casa com um carregador apropriado ou até mesmo em tomadas convencionais, dependendo do modelo, aumentando sua autonomia elétrica.

Visão aproximada de um carro híbrido
Se seu carro híbrido ficar sem gasolina, ele ainda assim vai rodar? A resposta é: depende do tipo de híbrido do qual você se refere, e também da carga da bateria. (Imagem: nadia_if/Shutterstock)

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