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Por que civilizações antigas construíam cidades subterrâneas?

Este ano, cientistas da Itália e Escócia anunciaram a descoberta de estruturas sob as pirâmides do Egito, descritas como uma possível cidade subterrânea.

Entretanto, a afirmação foi prontamente refutada por especialistas renomados, incluindo o egiptólogo Zahi Hawass, que classificou as declarações como imprecisas e desprovidas de base científica. Teorias a parte, você já parou para pensar por que civilizações antigas construíam cidades subterrâneas, afinal?

Por que civilizações como incas, egípcios, turcos e até franceses investiram tanto na construção de cidades subterrâneas? Essas estruturas enigmáticas, que atravessam gerações e culturas, continuam despertando curiosidade e levantando teorias sobre seus propósitos.

Explore os mistérios por trás dessas obras e descubra as motivações históricas que levaram povos ao longo dos séculos a criar verdadeiros labirintos sob a terra.

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Civilizações antigas que possuem em sua história a construção de cidades subterrâneas

Civilização Inca (Armazenamento e passagens)

Os incas construíram passagens subterrâneas estratégicas, como os túneis que conectavam Sacsayhuamán ao templo de Coricancha/Shutterstock_Foto de iluppai

Ao contrário da ideia de civilizações que habitavam cavernas ou túneis subterrâneos, os incas utilizavam essas construções com propósitos práticos e estratégicos.

Essas estruturas eram projetadas para atender necessidades específicas, como sistemas de drenagem eficientes, reservatórios para armazenamento de água e práticas agrícolas em terrenos desafiadores. Essa abordagem demonstrava a engenhosidade e o profundo conhecimento técnico desse povo em relação ao ambiente onde viviam.

Os incas usavam essas construções para servir como túneis e passagens subterrâneas, fundamentais para conectar locais de relevância cultural e espiritual, como Sacsayhuamán e o templo de Coricancha. Além disso, é possível que algumas dessas estruturas tenham servido a propósitos ritualísticos, refletindo a crença dos incas no mundo subterrâneo, conhecido como UkuPacha.

Egito (Câmaras para túmulos)

A entrada original da Grande Pirâmide de Quéops em Gizé vista neste close-up com blocos de calcário angulares, de onde uma passagem descendente inclina-se para a câmara subterrânea perto do Cairo, Egito.
A entrada original da Grande Pirâmide de Quéops/Shutterstock_CK-TravelPhotos

Assim como os incas, os egípcios não construíam cidades subterrâneas destinadas à habitação. No entanto, suas estruturas abaixo do solo, como as câmaras nas pirâmides, eram projetadas para funções específicas, incluindo túmulos reais e locais de culto.

A recente descoberta na Itália desafia essa visão tradicional. Afinal, estudos de radar indicam a existência de uma extensa estrutura subterrânea sob as pirâmides de Gizé, levantando hipóteses sobre uma possível rede de energia e questionando a ideia de que as câmaras abaixo das pirâmides eram exclusivamente túmulos.

Turquia (Refúgio contra invasões)

Cidade subterrânea de Derinkuyu, antiga caverna na Capadócia, Turquia, local de viagem de Goreme.
A cidade subterrânea de Derinkuyu, na Turquia, é um impressionante complexo escavado na rocha/Shutterstock_Parilov

As cidades subterrâneas da Turquia, como Derinkuyu, foram projetadas, de acordo com arqueólogos, para proteger os habitantes durante períodos de conflitos e ataques, além de oferecer abrigo contra condições climáticas severas.

Essas estruturas também desempenharam um papel crucial como refúgios para indivíduos perseguidos por motivos religiosos ou políticos, destacando sua importância histórica e estratégica.

A cidade de Derinkuyu é a maior cidade subterrânea já descoberta no mundo, estendendo-se por mais de 85 metros abaixo da superfície, com mais de 18 níveis de túneis. Embora tenha sido um ponto turístico por muitos anos, a região foi declarada Patrimônio Mundial da Unesco em 1985.

França (Cemitério subterrâneo e bunkers)

A antiga Cité souterraine de Naours no departamento de Somme, Picardia, França, 23-07-2023
Túneis da da antiga Cité souterraine de Naours no departamento de Somme/Shutterstock_Traveller70

As Catacumbas de Paris, criadas no século XVIII para resolver a superlotação dos cemitérios, são um dos exemplos mais emblemáticos do legado subterrâneo da França. Esses túneis, que armazenam ossos de milhões de pessoas, misturam história, memória e urbanismo, atraindo curiosidade e visitantes de todo o mundo.

Além disso, estruturas subterrâneas francesas, como a cidade de Naours, tiveram um papel importante ao longo da história. Naours, uma vasta rede de túneis com mais de 3 quilômetros de extensão, serviu inicialmente como refúgio para as populações locais durante conflitos e ataques.

Na Segunda Guerra Mundial, o local foi usado como abrigo e ponto estratégico. Túneis como esses e os bunkers evidenciam a capacidade da França de aproveitar o subsolo para fins logísticos e de preservação cultural.

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O filme “Pecadores” tem cenas pós-créditos?

“Pecadores” (“Sinners”, 2025), com direção de Ryan Coogler e estrelado por Michael B. Jordan, é uma mistura de drama sobrenatural, ação e musical, ambientado em uma atmosfera única da década de 1930.

Com 2 horas e 17 minutos de duração, muitos se perguntam se o filme conta com cenas pós-créditos. Neste artigo, explicamos se há essas cenas, como elas funcionam e se têm relação com a trama principal.

Atenção: este artigo contém spoilers (revelações do enredo) sobre o filme. Leia por sua conta e risco!

O filme Pecadores tem cenas pós-créditos?

Sim, o filme possui cenas pós-créditos. Mas, antes de falar sobre elas, vamos apresentar um resumo da história.

Pecadores – Sinopse do filme

Tentando deixar para trás suas vidas problemáticas, os irmãos gêmeos Smoke e Stack (interpretados por Michael B. Jordan) retornam à cidade natal no Mississippi dos anos 1930 para recomeçar. No entanto, descobrem que um mal ainda maior os espera para recebê-los de volta.

Sinners (2025) / Crédito: Warner Bros. Pictures (divulgação)

Quantas cenas pós-créditos o filme Pecadores tem?

O filme “Pecadores” apresenta duas cenas pós-créditos. A primeira aparece no meio dos créditos e serve como um epílogo ambientado 60 anos após os eventos principais, que se passam em 1932. A segunda, exibida ao final dos créditos, é mais simbólica e emocional, oferecendo um encerramento poético à jornada dos personagens.

Cena do meio dos créditos – Epílogo em 1992

Essa primeira sequência se passa em 1992 e mostra Sammie, agora um idoso e renomado músico de blues (interpretado por Buddy Guy), administrando um clube chamado Pearline’s, em homenagem a uma personagem importante do filme.

Sinners (2025) / Crédito: Warner Bros. Pictures (divulgação)

A calmaria é quebrada pela chegada de Mary (Hailee Steinfeld) e Stack (Michael B. Jordan), ambos jovens, apesar das décadas passadas. Eles revelam sua condição imortal, e Stack explica que foi poupado no passado com a condição de deixar Sammie viver sua vida. 

Agora, com Sammie próximo do fim, ele oferece a chance de transformá-lo em vampiro. Sammie recusa com a frase: “Já vi o suficiente desse lugar.” Em seguida, ele aceita tocar uma última música, encerrando a cena com emoção.

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Cena pós-créditos

Após todos os créditos, a segunda cena mostra Sammie ainda jovem (Miles Caton), sentado no alpendre de uma igreja ao entardecer. Sozinho, ele toca e canta “This Little Light of Mine (Let It Shine)”, de Harry Dixon Loes.

Sinners (2025) / Crédito: Warner Bros. Pictures (divulgação)

A música se tornou um hino dos direitos civis dos afro-americanos nos Estados Unidos durante as décadas de 1950 e 1960, especialmente na versão interpretada por Bettie Mae Fikes.

A cena é simples, mas profundamente simbólica. Pode-se interpretar que Sammie escolhe essa canção como resposta ao horror que viveu. Ele canta não em busca da imortalidade ou da vingança, mas como reafirmação de sua fé, de sua arte e da resistência cultural.

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Semaglutida

Wegovy: como funciona o remédio para emagrecer parecido com o Ozempic

Emagrecer pode ser um desafio para muitas pessoas, principalmente àquelas que têm alguma doença que dificulta a perda de peso. Por isso, os remédios podem ser aliados nesse processo.

Diante das inúmeras opções que surgiram no mercado, uma chamou a atenção das pessoas. Trata-se do Wegovy, o “primo” do Ozempic, também fabricado pela farmacêutica Novo Nordisk.

Apesar de ambos serem à base de semiglutida, os remédios são usados para diferentes focos. Enquanto Ozempic é usado no tratamento a diabetes tipo 2, o Wegovy é direcionado para controle de pesos em adultos com sobrepeso e obesos, cujo IMC (Índice de Massa Corpórea) seja igual ou superior a 27 kg/m².

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Assim como qualquer medicamento, ele dever ser usado com algumas precauções e atenção. Por isso, é importante evitar a automedicação e o uso indiscriminado, que pode ser perigoso.

Se você se enquadra nas indicações de uso do remédio, veja este guia que preparamos com tudo o que você precisa saber sobre Wegovy.

Como funciona o remédio Wegovy para emagrecer

Assim como Ozempic, o Wegovy tem como base a semaglutida. Imagem: Corona Borealis Studio/Shutterstock

O Wegovy é indicado para adultos com sobrepeso (com IMC acima de 27 kg/m²) que tenham comorbidades ou para obesos (com IMC acima de 30 kg/m²) – neste caso, com ou sem a presença de outra doença.

Conversamos com o Dr. Rogério Silva, especialista em medicina interna, cardiologista e pós-graduado em neurociência e psicologia, além de ter formação em nutrologia. Ele defende que, além dos aspectos físicos, a inteligência emocional pode contribuir para a saúde integral da pessoa e claro, ajudar na busca pelo peso ideal.

“O Wegovy é uma opção interessante e inovadora no tratamento da obesidade”, afirma ele. Porém, ressalta que a busca pelo peso ideal também é um fator que precisa ser trabalhado mentalmente. “Criei o Método FIRE, que busca dar um treinamento de inteligência emocional, o único feito por um médico, no Brasil, acredito que corpo e mente tenham que caminhar juntos”, explica.

Ele explica que o Wegovy atua como um agonista (substância que liga a um receptor celular e ativa-o para provocar uma resposta biológica da célula), como um hormônio natural que regula o apetite, aumentando a sensação de saciedade, ou seja diminuindo a vontade de comer. “Isso reduz a ingestão de calorias, os estudos mostram que é possível perder 15% do peso em cerca de pouco mais de dois meses”.

Dr. Rogério Silva (CRM SP 172.346) é médico cardiologista e nutrólogo, do Método FIRE – Foto: Arquivo Pessoal

Quanto custa o tratamento com Wegovy?

O custo médio mensal do tratamento no Brasil gira em torno de R$ 1.200,00 a R$ 1.800,00, dependendo da dose e da farmácia. O crescimento no uso de Wegovy está influenciando o mercado de medicamentos para obesidade, aumentando a concorrência e, possivelmente, reduzindo a demanda por procedimentos invasivos como a cirurgia bariátrica.

Quais os riscos no uso do Wegovy?

A segurança a longo prazo ainda é estudada, especialmente em relação a efeitos raros como pancreatite, problemas renais e potenciais alterações na tireoide, como apresentado pelo Federal Drug Administration (FDA).

A FDA é o órgão governamental dos EUA responsável pelo controle dos alimentos (tanto para humanos, como para animais), suplementos alimentares, medicamentos (também para humanos e animais), cosméticos, equipamentos médicos, materiais biológicos e produtos derivados do sangue humano.

Wegovy pode ser usado apenas com fins estéticos?

O uso sem indicação médica, com objetivo exclusivamente estético, levanta preocupações devido ao risco de efeitos colaterais graves e possível banalização da prescrição médica. “O medicamento não deve ser usado sem acompanhamento e prescrição médica”, orienta o Dr. Rogério.

Qual o diferencial do Wegovy, frente aos concorrentes?

O principal diferencial do Wegovy frente aos concorrentes é a maior eficácia comprovada na perda de peso, comodidade pela aplicação semanal e o perfil geral favorável de segurança e tolerância. Essas diferenças posicionam Wegovy como uma opção altamente atrativa e inovadora no tratamento da obesidade.

Lembramos que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou que será obrigatória a retenção de receita médica para medicamentos como Ozempic, Wegovy, Saxenda e similares. Serão duas vias, como a de antibiótico, tendo validade de 90 dias após a emissão.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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Como as terras raras impactam o mercado de robôs humanoides da Tesla

A Tesla está enfrentando dificuldades na produção de seus robôs humanoides Optimus devido a novas restrições comerciais impostas pela China sobre ímãs de terras raras – insumos essenciais para os equipamentos da empresa.

A informação foi confirmada pelo CEO Elon Musk durante a divulgação dos resultados trimestrais da montadora, conforme revela a CNBC.

China estaria retaliando por conta das tarifas de Trump

  • A China, que domina o mercado global desses minerais, passou a exigir licenças especiais para exportação de certos elementos estratégicos, como forma de retaliação às tarifas comerciais do governo dos EUA.
  • Musk afirmou que as autoridades chinesas solicitaram garantias de que os ímãs não seriam utilizados para fins militares – o que, segundo ele, não se aplica à Tesla.
  • Mesmo com os entraves, Musk assegurou que a produção de milhares de unidades do robô Optimus ainda está nos planos de 2025, com implantações previstas em fábricas da Tesla.
  • Ele reiterou que os robôs humanoides e os veículos autônomos são pilares fundamentais para o futuro da empresa.
Tensões entre EUA e China ameaçam cadeias globais de suprimentos tecnológicos, e até robô humanoides podem ser afetados (Imagem: Divulgação/Tesla)

Ações da Tesla em queda

Com o negócio de carros elétricos enfrentando desaceleração e as ações da empresa em queda de 37% no ano, a Tesla aposta na robótica como motor de crescimento.

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No entanto, analistas alertam que as restrições chinesas podem beneficiar empresas locais, como a Unitree Robotics e a AgiBot, que devem iniciar produção em massa neste ano.

Enquanto vê setor de carros elétricos estagnar, a Tesla aposta em seus robôs humanoides para voltar a crescer – Imagem: Kittyfly/Shutterstock

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Você sabe como funcionam as bicicletas elétricas? Entenda tudo sobre o meio de transporte

As bicicletas elétricas, conhecidas popularmente como e-bikes, têm ganhado as ruas das cidades brasileiras e se tornado uma alternativa cada vez mais procurada por quem busca mobilidade urbana eficiente, econômica e sustentável.

Seja para evitar o trânsito, reduzir o impacto ambiental ou simplesmente aproveitar um passeio com mais conforto, a bicicleta elétrica já é uma realidade consolidada no cenário da micromobilidade.

Mas apesar da popularidade crescente, muita gente ainda tem dúvidas sobre o funcionamento dessas bikes tecnológicas: elas pedalam sozinhas? Precisam de habilitação? Como é feita a recarga? Quanto tempo a bateria dura?

Aqui, explicamos de forma simples e direta, como funciona uma bicicleta elétrica, quais são os seus principais componentes, os diferentes tipos disponíveis no mercado e os pontos que você deve considerar antes de investir em uma. Entenda por que esse meio de transporte está revolucionando o modo como nos deslocamos pelas cidades e como ele pode transformar também a sua rotina!

O que é uma bicicleta elétrica?

A bicicleta elétrica é um veículo de duas rodas semelhante a uma bicicleta convencional, mas equipada com um motor elétrico que auxilia no movimento de pedalar.

Essa assistência pode variar em intensidade, dependendo do modelo e da necessidade do ciclista. Com isso, subidas se tornam menos cansativas, longas distâncias são percorridas com mais facilidade e o deslocamento se torna mais eficiente, especialmente em áreas urbanas.

Ao contrário de motocicletas ou scooters elétricas, a bicicleta elétrica ainda exige algum esforço físico. Em geral, o motor só entra em ação quando o ciclista pedala, característica que define o chamado sistema de pedal assistido.

Esse recurso faz com que a bicicleta elétrica continue sendo considerada um veículo de propulsão humana, dispensando habilitação ou emplacamento em muitos países, inclusive no Brasil, desde que respeite os limites legais.

(Imagem: Lime/Reprodução)

Principais componentes de uma bicicleta elétrica

Entender como funciona uma bicicleta elétrica passa por conhecer seus principais componentes. São eles:

Motor elétrico

O motor é o coração da bicicleta elétrica. Ele pode estar localizado no cubo da roda dianteira, traseira ou no centro (conhecido como motor central ou mid-drive). Cada posição oferece vantagens diferentes:

  • Motor no cubo dianteiro: mais fácil de instalar e ideal para terrenos planos.
  • Motor no cubo traseiro: oferece melhor tração, indicado para quem precisa de mais força.
  • Motor central: proporciona melhor equilíbrio e desempenho, ideal para subidas e terrenos variados.

Bateria

Responsável por alimentar o motor, a bateria costuma ser de íon-lítio, com capacidade que varia entre 250 Wh e 750 Wh (watt-hora). Quanto maior a capacidade, maior a autonomia. A maioria das bicicletas elétricas permite a remoção da bateria para facilitar a recarga em casa ou no trabalho.

Controlador

O controlador é o “cérebro” da operação. Ele gerencia a energia fornecida pelo motor de acordo com o nível de assistência escolhido e com a intensidade do pedal do ciclista. É ele quem garante que a transição entre esforço humano e elétrico seja suave.

Sensor de pedalada

Existem dois tipos principais: sensor de cadência e sensor de torque. O primeiro detecta quando o ciclista está pedalando e aciona o motor, enquanto o segundo mede a força aplicada no pedal e ajusta a assistência de forma proporcional. Bicicletas elétricas mais sofisticadas geralmente utilizam sensores de torque.

Painel de controle (display)

Localizado no guidão, exibe informações como velocidade, nível de carga da bateria, modo de assistência e quilometragem. Em alguns modelos, o display é integrado ao smartphone via aplicativo.

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Como funciona o sistema de assistência ao pedal

O sistema de assistência ao pedal é o que diferencia a bicicleta elétrica de um ciclomotor. Ele funciona com base em sensores que identificam o movimento dos pedais e acionam o motor para ajudar o ciclista.

Esse auxílio pode ser configurado em diferentes níveis, que vão do modo econômico, com pouca assistência e mais autonomia, ao modo turbo, ideal para terrenos íngremes ou deslocamentos rápidos, mas com consumo maior da bateria.

Em algumas bicicletas elétricas, existe também o modo acelerador, em que o ciclista pode acionar o motor sem pedalar, como se fosse uma moto elétrica. No entanto, esse tipo de funcionamento pode mudar a categoria legal do veículo, exigindo registro e habilitação, dependendo da legislação local.

Autonomia e velocidade

A autonomia de uma bicicleta elétrica depende de vários fatores: capacidade da bateria, peso do ciclista, tipo de terreno, modo de assistência e até o vento contra. Em média, os modelos urbanos oferecem de 25 a 70 quilômetros de autonomia com uma única carga. Bicicletas de alta performance podem ultrapassar os 100 km.

A velocidade máxima permitida por lei no Brasil para bicicletas elétricas sem necessidade de habilitação é de 25 km/h com assistência de pedal. Alguns modelos esportivos ou de uso off-road podem alcançar velocidades maiores, mas são classificados de forma diferente e exigem atenção às normas do Contran.

Como é feita a recarga da bateria

A recarga da bateria da bicicleta elétrica é simples: basta conectá-la a uma tomada comum, como a de um notebook. O tempo de carregamento varia entre 3 a 6 horas, dependendo da capacidade da bateria e do carregador utilizado. É recomendável recarregar sempre que possível, para manter a bateria entre 20% e 80%, o que prolonga sua vida útil.

Além disso, algumas bicicletas contam com sistemas regenerativos, que aproveitam a energia da frenagem para recarregar parcialmente a bateria, uma tecnologia ainda mais comum em modelos premium.

Tipos de bicicletas elétricas

O mercado de bicicletas elétricas está cada vez mais diversificado. Veja os principais tipos disponíveis:

  • Urbana (ou city bike): ideal para deslocamentos diários na cidade. Confortável, prática e com motor de média potência.
  • Mountain bike elétrica (e-MTB): indicada para trilhas e terrenos acidentados, com motor potente e suspensão reforçada.
  • Dobrável elétrica: perfeita para quem tem pouco espaço em casa ou quer combinar a bike com transporte público.
  • Speed elétrica (e-Road): versão esportiva para ciclistas de estrada, com foco em leveza e velocidade.
  • Cargo elétrica: projetada para transportar cargas, crianças ou fazer entregas, muito usada em serviços urbanos.

Vantagens de ter uma bicicleta elétrica

Optar por uma bicicleta elétrica pode trazer diversos benefícios. Confira alguns:

  • Reduz emissão de gases poluentes.
  • Baixo custo de manutenção e zero gasto com combustível.
  • Evita congestionamentos e facilita o deslocamento em grandes centros urbanos.
  • Incentiva a atividade física com menor esforço.
  • Ajuda pessoas com mobilidade reduzida ou idosos a se locomoverem com mais autonomia.
Bicicleta elétrica
Imagem: Divulgação/Engwe Bikes

O que considerar antes de comprar uma?

Antes de investir em uma bicicleta elétrica, analise os seguintes pontos:

  • Autonomia da bateria: verifique se ela atende à sua rotina de deslocamento.
  • Peso da bicicleta: modelos com motor e bateria podem ser mais pesados.
  • Assistência técnica e garantia: prefira marcas com suporte no Brasil.
  • Preço: os valores variam entre R$ 4.000 e R$ 25.000, dependendo das especificações.
  • Estilo de uso: cidade, trilhas, transporte de carga? Cada modelo atende a uma necessidade.

A bicicleta elétrica é muito mais do que uma tendência passageira, ela representa uma mudança de paradigma na mobilidade urbana. Entender como funciona uma bicicleta elétrica é o primeiro passo para adotar uma nova mentalidade de transporte mais limpa, eficiente e saudável.

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O que é o Transtorno do Devaneio Excessivo e como ele impacta a saúde?

Você já se pegou perdido em pensamentos, criando mundos imaginários ou diálogos inteiros em sua mente enquanto o mundo real parecia passar despercebido? Embora sonhar acordado seja algo comum e, muitas vezes, saudável, há situações em que isso ultrapassa os limites do controle e passa a comprometer a vida cotidiana.

Esse fenômeno é conhecido como transtorno do devaneio excessivo, uma condição ainda pouco reconhecida oficialmente pela medicina, mas que tem chamado a atenção de especialistas e pacientes ao redor do mundo.

Entenda o que é o transtorno do devaneio excessivo, como ele se manifesta, seus possíveis gatilhos, impactos na saúde mental e física, e os caminhos possíveis para diagnóstico e tratamento. Também discutiremos como a ciência está olhando para esse fenômeno e quais são os principais relatos de quem vive com essa condição. Entender o transtorno é o primeiro passo para desmistificá-lo e promover mais saúde e qualidade de vida.

O que é o Transtorno do Devaneio Excessivo?

O transtorno do devaneio excessivo, também chamado de Maladaptive Daydreaming (MD) em inglês, é caracterizado por fantasias intensas, prolongadas e recorrentes que substituem significativamente a interação com o mundo real.

Essas fantasias geralmente são muito vívidas, envolvem personagens fictícios, cenários elaborados e até trilhas sonoras internas, funcionando como uma espécie de fuga da realidade.

Imagem: Nazarova Mariia / Shutterstock

Diferentemente do devaneio comum, que costuma ser breve e inofensivo, o transtorno é marcado pela perda de controle sobre a atividade imaginativa. Pessoas com esse quadro podem passar horas imersas em suas fantasias, negligenciando responsabilidades diárias, relações pessoais e o autocuidado. Esse comportamento pode interferir profundamente na vida acadêmica, profissional e social do indivíduo.

Apesar de não estar listado oficialmente no DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), muitos profissionais da saúde mental reconhecem o transtorno a partir de relatos consistentes de pacientes e de pesquisas emergentes sobre o tema.

Sintomas e comportamentos comuns

Entre os principais sintomas do transtorno do devaneio excessivo, destacam-se:

  • Fantasias vívidas e complexas, frequentemente com enredos contínuos, como se fossem séries ou filmes internos;
  • Movimentos repetitivos durante o devaneio, como balançar o corpo, andar em círculos ou fazer expressões faciais;
  • Dificuldade de concentração em tarefas do cotidiano devido à invasão frequente dos devaneios;
  • Desejo de se isolar para continuar o devaneio sem interrupções;
  • Sensação de euforia ou alívio emocional ao mergulhar nas fantasias;
  • Culpa ou frustração por perder tempo e deixar de realizar atividades importantes;
  • Capacidade preservada de distinguir fantasia e realidade, diferentemente de condições psicóticas.

É importante destacar que, mesmo sabendo que os cenários imaginados não são reais, a pessoa pode preferir a fantasia à realidade, especialmente em contextos de estresse ou sofrimento emocional.

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(Imagem: Pavlova Yuliia/Shutterstock)

Causas possíveis

Embora as causas exatas do transtorno do devaneio excessivo ainda não sejam totalmente compreendidas, estudos e relatos indicam alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da condição:

  • Traumas na infância ou vivências de abuso emocional, físico ou negligência;
  • Isolamento social e dificuldades de integração com outras pessoas;
  • Condições psiquiátricas associadas, como depressão, ansiedade, TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) e TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade);
  • Falta de estímulo cognitivo ou ambientes monótonos, que incentivam a fuga para o mundo interno;
  • Alto nível de criatividade, muitas vezes presente em pessoas com habilidades artísticas, narrativas ou sensibilidade emocional aguçada.

Não há um único gatilho, mas sim uma combinação de fatores psicológicos, emocionais e ambientais que podem predispor alguém ao transtorno.

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O impacto na saúde mental e física

O transtorno do devaneio excessivo pode ter consequências sérias quando não identificado e tratado. A principal delas é a perda de funcionalidade, já que a pessoa deixa de realizar atividades essenciais para seu bem-estar e desenvolvimento. Isso pode incluir desde a higiene pessoal até a execução de tarefas no trabalho ou nos estudos.

A longo prazo, os impactos incluem:

  • Quadros de ansiedade e depressão, agravados pela percepção de improdutividade e isolamento;
  • Insônia e distúrbios do sono, especialmente quando o devaneio se intensifica durante a noite;
  • Problemas de saúde física, como sedentarismo, má alimentação e dores musculares decorrentes de posições mantidas por longos períodos;
  • Dificuldades de relacionamento, já que os laços sociais reais são substituídos por vínculos imaginários com personagens das fantasias;
  • Baixa autoestima e sentimento de inadequação social.

Esses efeitos fazem com que o transtorno vá além de um simples hábito inofensivo, passando a ser um obstáculo real para uma vida saudável e plena.

Imagem: Grupo Braços Abertos/Reprodução

Diagnóstico: um desafio clínico

Um dos maiores desafios em relação ao transtorno do devaneio excessivo é o diagnóstico, justamente por não estar oficialmente reconhecido nos manuais de saúde mental. Muitos pacientes vivem anos com os sintomas sem sequer saber que há um nome para o que sentem.

Hoje, alguns profissionais utilizam a Escala de Devaneio Excessivo de Somer (nomeada em homenagem ao psicólogo Eli Somer, que cunhou o termo em 2002) para avaliar a intensidade e frequência dos devaneios. Essa escala inclui perguntas sobre a duração dos episódios, o impacto na vida cotidiana e a dificuldade em controlar os devaneios.

No entanto, o diagnóstico ainda depende, em grande parte, de uma anamnese cuidadosa e da escuta ativa por parte do profissional, além da disposição do paciente em compartilhar seu mundo interno.

Tratamento e estratégias de enfrentamento

Embora ainda não exista um protocolo oficial de tratamento, algumas abordagens têm se mostrado eficazes para lidar com o transtorno do devaneio excessivo:

  • Psicoterapia cognitivo-comportamental (TCC): ajuda o paciente a identificar gatilhos, modificar padrões de pensamento e desenvolver estratégias para retomar o controle da mente.
  • Técnicas de mindfulness e meditação: promovem o foco no presente e reduzem a tendência a escapar para fantasias.
  • Organização da rotina: criar horários fixos e metas realistas pode ajudar a reduzir o tempo gasto em devaneios.
  • Grupos de apoio online: comunidades de pessoas que compartilham experiências semelhantes têm se tornado uma ferramenta poderosa de acolhimento e troca de estratégias.
  • Tratamento de comorbidades: em muitos casos, tratar a depressão, a ansiedade ou o TDAH subjacente pode atenuar os sintomas do transtorno.

O transtorno do devaneio excessivo ainda é uma condição envolta em dúvidas e preconceitos, mas seu impacto na saúde é real e merece atenção. Ao compreender que sonhar acordado pode deixar de ser apenas um hábito inofensivo e passar a interferir na vida cotidiana, damos o primeiro passo para promover o autoconhecimento e a busca por ajuda profissional.

Se você se identificou com os sintomas descritos, saiba que não está sozinho. Cada vez mais pessoas ao redor do mundo estão reconhecendo o transtorno e encontrando caminhos de cuidado e acolhimento. O importante é lembrar: fugir da realidade pode parecer seguro, mas viver plenamente é o verdadeiro desafio e também a maior conquista.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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Onde assistir ao filme Conclave no streaming?

Se você está se perguntando onde assistir a “Conclave” no streaming, chegou ao lugar certo. Este thriller dramático, dirigido por Edward Berger e estrelado por Ralph Fiennes, Stanley Tucci, John Lithgow e Isabella Rossellini, mergulha nos bastidores da Igreja Católica durante o processo de escolha de um novo Papa após a morte do pontífice anterior.

A trama, baseada no romance homônimo de Robert Harris, explora as intrigas e disputas de poder entre os cardeais, oferecendo uma narrativa tensa e envolvente.​

Com o recente falecimento do Papa Francisco em 21 de abril de 2025, o filme ganhou ainda mais relevância e atenção mundial, tornando-se uma das produções mais comentadas da temporada de premiações. “Conclave” foi indicado a oito Oscars, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator para Ralph Fiennes, e venceu na categoria de Melhor Roteiro Adaptado

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Onde assistir a Conclave no streaming?

Após a morte repentina do Papa, o Cardeal Lawrence (Ralph Fiennes) é incumbido de supervisionar o conclave secreto no Vaticano para eleger um novo pontífice.

À medida que os cardeais se reúnem, disputas políticas e interesses pessoais emergem, revelando segredos que podem abalar as estruturas da Igreja Católica. O filme explora as complexidades do poder, fé e ambição, oferecendo uma visão intrigante dos bastidores da escolha papal.

Imagem: Prime Video/Divulgação

Atualmente, “Conclave” está disponível para aluguel ou compra em diversas plataformas de streaming. No Brasil, você pode assistir ao filme nas seguintes opções:​

  • Amazon Prime Video: disponível para aluguel ou compra, inclusive com opção em 4K. A versão conta com áudio em português, inglês e espanhol, e legendas em português, inglês e espanhol.
  • Apple TV: oferece o filme para aluguel ou compra, inclusive com opção em 4K. A versão conta com áudio em português e inglês, e legendas em espanhol e português.
  • Claro Video e Claro tv+: disponível para aluguel.

Além disso, o filme pode ser adquirido ou alugado em outras plataformas internacionais, como YouTube e Fandango At Home. Vale ressaltar que, devido a acordos de licenciamento, “Conclave” não está disponível em serviços de assinatura como Netflix ou Max no momento.​

Para os assinantes do Amazon Prime Video, o filme ficou disponível gratuitamente a partir do dia 22 de abril de 2025, após um período de exclusividade com a Peacock.

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Quais as aranhas mais perigosas do Brasil?

As aranhas sempre despertaram fascínio e medo na mesma medida. Suas teias complexas, habilidades únicas e aparência peculiar já renderam incontáveis curiosidades – e até filmes de terror.

Apesar da má fama, a verdade é que, entre as quase 50 mil espécies de aranhas conhecidas no mundo, apenas uma pequena fração oferece risco real aos humanos.

No Brasil, esse número é ainda mais restrito: apenas três espécies são consideradas perigosas. A seguir, mostramos quais são elas, os cuidados essenciais e o que fazer para evitar acidentes.

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Conheça as aranhas mais perigosas do Brasil

As aranhas são em sua maioria animais que evitam o confronto com humanos, sobretudo as menores. A tendência é que ela reaja apenas quando incomodada ou apertada. O Brasil tem em média 30 mil acidentes por ano, com cerca de 18 óbitos. Em 2023, porém, chegamos a ter 39 mortes no país.

Dentre as quatro espécies de aranhas mais venenosas do mundo, três estão presentes no Brasil, e você as conhecerá a seguir.

Peçonhentas ou venenosas?

A diferença entre os animais venenosos e peçonhentos é que, embora ambos consigam produzir substâncias tóxicas, apenas os peçonhentos possuem estruturas capazes de inocular (injetar) essas substâncias em suas presas ou vítimas. As aranhas então pertencem ao grupo dos peçonhentos como as cobras e escorpiões.

Vamos conhecer as aranhas brasileiras que podem representar algum perigo para as pessoas.

1. Aranha Armadeira (Phoneutria)

Encontrada comumente nas folhas da bananeira, também é conhecida como “aranha bananeira”. O Guinness Book a considera a mais venenosa do mundo, pois testes com poucas quantidades do seu veneno são capazes de matar um camundongo. Seu gênero científico “Phoneutria” significa “assassina”.

Aranha Armadeira gosta de ficar entre as folhas das bananeiras (Imagem: Tobias Hauke / Shutterstock.com)

É uma aranha agressiva, quando incomodada costuma levantar as patas da frente e é capaz de saltar sobre a vítima, daí o seu nome “armadeira”.

Tem cor castanho escuro, perto dos ferrões os pelos são vermelhos. Pode chegar a 15 cm de envergadura. Sua picada é dolorosa e provoca suor, arrepios, náuseas, hipotermia, visão conturbada, tontura, alterações na pressão arterial, convulsões. Nos homens pode provocar priapismo (ereção dolorosa e duradoura).

No ambiente doméstico pode procurar abrigo nos calçados, roupas e cortinas de casa. Para combater seu veneno usa-se soro antiaracnídico, que deve ser administrado o mais rápido possível para evitar complicações ou acidentes fatais.

2. Aranha viúva-negra

A viúva-negra representa risco a saúde caso venha a picar um ser humano. Presentes em praticamente todo o mundo, tem mais de 30 espécies conhecidas. O seu veneno produz dores musculares, alterações cardiorrespiratórias, tremores, náuseas e suor.

Não são agressivas e são chamadas assim porque, durante a cópula, costumam matar e devorar o macho. As fêmeas, com três centímetros de envergadura, são maiores que os machos (que não passam de 6 milímetros).

Viúva-Negra, uma das aranhas mais temidas do mundo (Imagem: @jgiammatteo/PIxabay)

São fáceis de se reconhecer pelas cores entre preto, marrom e vermelho, possuem o desenho de uma “ampulheta” no abdômen. Com teias irregulares e grandes tem hábitos mais sedentários.

3. Aranha-marrom (Loxosceles)

Essa aranha é pequena, tem de 2 a 5 centímetros de envergadura, e é facilmente confundida com as aranhas “de banheiro” que são comuns e inofensivas, por isso talvez é a campeã em acidentes no Brasil.

Aranha Marrom é uma das mais comuns em acidentes no Brasil (Imagem: @wirestock/Freepik)

Se adaptam nas casas e passam despercebidas em roupas e sapatos. Presentes nas regiões Sul e Sudeste do país. Elas tem formato de pera, e o tom da sua coloração é marrom, daí o seu nome.

Suas teias são irregulares e densas, parecem chumaços de algodão e têm hábitos noturnos, essa é uma diferença importante com as aranhas comuns. Elas podem se esconder em pequenas frestas, buracos na madeira, e durante o dia parecem nem existir, porém, ao anoitecer, saem das tocas e ficam a espreita de comida.

Sua picada quase não provoca dor, mas evolui em poucas horas causando necrose da pele, sem tratamento pode danificar os rins e causar a morte.

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Ozempic: como funciona o remédio à base de semaglutida, segundo especialista

É possível que você já tenha ouvido falar do medicamento chamado Ozempic, já que ele tem ocupado lugar na mídia e nas redes sociais, tendo sido envolvido em controvérsias.

No início de 2023, o apresentador do Oscar, Jimmy Kimmel, chegou a fazer piadas com seu uso na festa do cinema.

Na ocasião, ele disse: “Todo mundo parece ótimo. Quando olho ao redor desta sala, não consigo deixar de me perguntar: Ozempic é o produto certo para mim?”.

Apesar de ser usado na perda de peso, este medicamento é voltado para tratamento de pacientes com diabetes tipo 2. Ou seja, quando uma pessoa usa Ozempic para emagrecer, ela está fazendo um uso errado desse remédio.

Para entender melhor como Ozempic funciona, a forma de atuação, a indicação e os riscos, entrevistamos a especialista Dra. Priscila Cardoso. Confira a seguir!  

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Ozempic: como funciona

O principio ativo do Ozempic é a semaglutida que foi aprovada inicialmente para o tratamento de diabetes mellitus tipo 2 na dose de até 1mg por semana.

Depois foram feitos mais estudos, agora em pacientes sem diabetes, e a semaglutida foi aprovada também para o tratamento de obesidade, na dose de até 2,4 mg por semana. Quando foi liberada para o tratamento de obesidade, recebeu um novo nome, o Wegovy, e uma nova bula. Ambos injetáveis, via subcutânea.

É preciso prescrição médica para se adquirir o medicamento (Freepik)

A explicação e as respostas foram dadas pela Dra. Priscila Cardoso, endocrinologista da clínica Synesis, localizada na zona oeste de São Paulo. ” O Ozempic e o Wegovy têm o mesmo principio ativo, a semaglutida, o que muda é a dose e a bula”, explica ela. 

A semaglutida, para tratamento de diabetes mellitus tipo 2, está disponível também na forma de comprimidos, para uso diário, via oral, com o nome comercial Rybelsus. 

Ozempic: para que serve?

A semaglutida é semelhante a um hormônio produzido no nosso trato gastrointestinal, chamado GLP-1, e atua nos receptores desse hormônio em vários órgãos do corpo humano, aumentando a sensibilidade à insulina.

No pâncreas, ela aumenta a produção e liberação de insulina em resposta à glicose e reduz a liberação de glucagon (hormônio que aumenta a glicose no sangue). No músculo, ela aumenta a entrada de glicose nas células; e no estômago, retarda o esvaziamento. Finalmente, no hipotálamo, tem um efeito importante de diminuição do apetite.

Assim, justamente por atuar em tantos pontos do metabolismo da glicose, a semaglutida apresenta um ótimo resultado no controle do diabetes mellitus tipo 2.

Dra. Priscila Cardoso é endocrinologista com registros profissionais CRM 144424 | RQE 60595 (Divulgação)

Ozempic é eficaz?

Ele é muito eficaz no tratamento de diabetes tipo 2, com uma redução média de hemoglobina glicada entre 1,5 e 2. Atualmente, é a medicação mais eficaz para o tratamento de diabetes mellitus tipo 2 disponível nas farmácias aqui no Brasil. Só perde para o Mounjaro (tirzepatida) que já foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e chegará em junho de 2025 nas farmácias aqui no Brasil.

Ozempic é para emagrecer?

Não, o Ozempic não é voltado para o emagrecimento. Mas, ele pode provocar a perda de peso como um efeito secundário no tratamento para o diabetes mellitus tipo 2. Nos estudos com a dose de 1 mg por semana (para tratamento de diabetes) os pacientes perderam cerca de 5 a 7% do peso inicial.

No entanto, o Wegovy – também da Novo Nordisk – pode ser usado em pacientes com sobrepeso ou obesidade que tenham comorbidades associadas ao excesso de peso. Em estudos com foco na obesidade, a dose de 2,4 mg de semaglutida por semana provocou uma perda de peso em torno de 15 a 20%, sendo que cerca de um terço dos pacientes perdeu mais de 20% do peso inicial.

Há riscos no uso do Ozempic?

Os principais efeitos colaterais são náusea e vômito, também é comum dar constipação e refluxo gastroesofágico. Geralmente esses sintomas melhoram após algumas semanas. Há um aumento no risco de formação de cálculo biliar, associado a perda de peso rápida que pode ocorrer com o uso da medicação. 

Isoladamente, não causa hipoglicemia, mas se usado com outras medicações para diabetes, como insulina ou sulfonilureias pode ocorrer hipoglicemia.

Exercício físico é fundamental para boa saúde do corpo e da mente (Freepik)

Ozempic precisa de receita?

Inicialmente, o Ozempic era vendido com receita médica simples. Mas, a Anvisa determinou, no dia 16 de abril, que a retenção de receita médica será obrigatória para esse e outros medicamentos, como Wegovy, Saxenda e similares. Serão duas vias, como a de antibiótico, tendo validade de 90 dias após a emissão.

“É importante ressaltar que o acompanhamento médico é essencial para um bom resultado no tratamento, controle de efeitos colaterais, ajuste de dose, associação com outras medicações e na manutenção do peso perdido”, afirma a Dra. Priscila.

Todos perdem peso com o uso do Ozempic?

É preciso deixar claro que nem todos os pacientes que usaram Ozempic perderam peso. Tem uma pequena porcentagem de pacientes que não respondem à medicação. “Cerca de 15% dos pacientes não perderam nem 5% do peso inicial, mesmo no estudo com a dose de 2,4mg”, afirma a médica.

Todo remédio precisa sempre contar com o acompanhamento médico para que seu uso seja seguro e o paciente tenha benefícios. Tenha sempre responsabilidade com a sua saúde.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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Por que Abby e Ellie se tornam inimigas em The Last Of Us?

A segunda temporada de The Last Of Us mal começou e trouxe para os fãs o gosto amargo da vingança e suas consequências. Para quem acompanha os jogos da franquia “The Last Of Us”, sabe o que esperar da trama que segue o destino de Ellie e Abby, ambas com realidades que se chocam de forma brutal e que elevam o clima das telinhas. Quer saber o que tornou Abby e Ellie inimigas mortais? Descubra no texto abaixo.

ALERTA DE SPOILERS: a partir daqui, este texto contém informações que podem estragar o elemento surpresa da série.

Por que Abby e Ellie se tornam inimigas em The Last Of Us?

Para entender como a segunda temporada de “The Last of Us” se transforma em uma intensa caçada por vingança, é preciso voltar no tempo e revisitar os eventos que entrelaçaram os destinos de Joel (Pedro Pascal), Abby (Kaitlyn Dever) e Ellie (Bella Ramsay).

Joel é a peça-chave nessa conexão. Nos minutos finais da primeira temporada, ele extermina o grupo dos Vaga-lumes (Fireflies), uma facção que buscava uma cura para a infecção por meio de uma cirurgia em Ellie – um procedimento que, inevitavelmente, resultaria em sua morte.

Movido por um turbilhão de sentimentos, Joel mata todos os membros do grupo e salva Ellie, protagonizando uma das cenas mais marcantes da primeira temporada.

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Entre as vítimas está o pai de Abby, o cirurgião-chefe dos Vaga-lumes e responsável pela operação. A perda do pai e a destruição do grupo empurram Abby para um novo caminho. Em busca de sobrevivência e propósito, ela se junta ao grupo militar conhecido como WLF (Lobos), enquanto alimenta silenciosamente o desejo de vingança.

Durante anos, ela procura Joel – e a oportunidade perfeita surge cinco anos depois, quando ele a salva de um ataque de infectados durante uma patrulha com Dina (Isabela Merced). Em relação ao jogo, há uma pequena diferença, Joel realizada a patrulha com Tommy.

Segunda temporada de The Last Of Us se torna uma caça a vingança (Reprodução: Instagram/Max Brasil).

É nesse momento que os caminhos de Abby e Ellie se cruzam de forma trágica. Ellie presencia Abby matar Joel brutalmente com um taco de golfe, em uma cena cruel e visceral. A partir daí, o ciclo da vingança continua. Tomada pela dor e pela raiva, Ellie jura matar Abby.

Sua jornada em busca de Abby e de seu grupo em Seattle se torna um mergulho sombrio em sentimentos de perda, culpa e remorso — uma trilha marcada pela sede de vingança, que transforma profundamente a vida de ambas.

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