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O que é a Nuvem de Oort? Veja o que há depois dos planetas do Sistema Solar

O Universo é um vasto espaço repleto de estruturas impressionantes. Nele existem estrelas, galáxias, buracos negros, nuvens de gás, nebulosas coloridas e formações que desafiam a compreensão humana.

Ao redor do nosso Sistema Solar, por exemplo, há regiões pouco conhecidas que podem conter pistas valiosas sobre a origem dos planetas. Entre essas regiões está a chamada Nuvem de Oort, uma das formações mais enigmáticas que compõem os limites do domínio gravitacional do Sol.

O que é a Nuvem de Oort?

Diagrama ilustrando a estrutura do Sistema Solar externo com destaque para o Cinturão de Kuiper e a Nuvem de Oort. Imagem: NASA/William Crochot (domínio público)

A Nuvem de Oort é uma das estruturas mais misteriosas do Sistema Solar. Embora nunca tenha sido observada diretamente, ela é amplamente aceita pela comunidade científica como uma enorme nuvem esférica composta por trilhões de corpos gelados.

Esses objetos orbitam o Sol a distâncias extremas, formando uma espécie de fronteira entre o Sistema Solar e o espaço interestelar. Estima-se que a Nuvem de Oort comece a cerca de dois mil unidades astronômicas (UA) do Sol e se estenda até 100 mil ou até 200 mil UA. Isso equivale a mais de três anos-luz de distância.

A teoria da existência da Nuvem de Oort surgiu para explicar a origem dos cometas de longo período. Esses cometas aparecem em órbitas altamente alongadas e muitas vezes parecem surgir do nada. Como eles perdem material a cada passagem pelo Sol, é razoável supor que não se formaram em regiões tão próximas, mas sim em áreas frias e distantes, como a Nuvem de Oort.

A hipótese mais aceita é que essa nuvem foi formada por detritos e planetesimais lançados para a periferia do Sistema Solar durante os estágios iniciais de formação dos planetas gigantes.

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A nuvem leva esse nome em homenagem ao astrônomo holandês Jan Oort, que propôs sua existência em 1950 com base em cálculos sobre as órbitas dos cometas.

No entanto, a ideia original já havia sido sugerida anteriormente por Ernst Öpik, um astrônomo estoniano. Desde então, a Nuvem de Oort se tornou uma peça fundamental para entender a dinâmica do Sistema Solar externo, mesmo sem observações diretas.

Retrato em preto e branco do astrônomo Jan Hendrik Oort ao lado de uma imagem de galáxia, em ambiente fechado.
O astrônomo holandês Jan Hendrik Oort, responsável por propor a existência da Nuvem de Oort, uma das regiões mais distantes do Sistema Solar. Foto: Fotograaf Onbekend / Anefo – Nationaal Archief (domínio público)

A estrutura da nuvem é dividida em duas partes. A região externa tem forma esférica e pode conter trilhões de objetos com mais de um quilômetro de diâmetro. A parte interna, conhecida como Nuvem de Hills, tem formato mais achatado e é composta por corpos que orbitam a uma distância menor, embora ainda muito além de Netuno. Os objetos dessa nuvem são majoritariamente formados por gelo de água, metano, amônia e outros compostos voláteis.

Apesar de não sabermos exatamente qual é a massa da Nuvem de Oort, estimativas apontam que ela pode conter material equivalente a várias vezes a massa da Terra. Além de cometas, acredita-se que a nuvem também abriga asteroides e outros objetos rochosos.

A origem de muitos cometas observados nos últimos séculos está diretamente relacionada a essa nuvem. Eles só se tornam visíveis quando alguma perturbação gravitacional, causada por estrelas próximas ou pela maré galáctica, os empurra para dentro do Sistema Solar.

Até hoje, nenhuma sonda conseguiu alcançar a região da Nuvem de Oort. A Voyager 1, por exemplo, levará mais de 300 anos para alcançá-la e aproximadamente 30 mil anos para atravessá-la completamente.

Mesmo assim, sua importância para o estudo da formação e da evolução do Sistema Solar é enorme. Ela pode ser considerada uma cápsula do tempo cósmica, preservando os vestígios do material que originou os planetas.

Com informações de Phys.org.

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Quanto tempo para terminar Assassin’s Creed: Shadows?

Assassin’s Creed: Shadows, o mais novo capítulo da consagrada franquia da Ubisoft, promete transportar os jogadores para um Japão feudal repleto de intrigas políticas, paisagens deslumbrantes e confrontos brutais.

Neste título, os fãs poderão vivenciar uma experiência imersiva que combina furtividade, ação e uma narrativa envolvente, ao melhor estilo da série. A proposta de mundo aberto continua, mas com ainda mais profundidade, oferecendo diferentes caminhos e abordagens para cada missão.

Com tantas possibilidades de exploração, personalização de personagem e decisões que influenciam o rumo da história, é natural surgir a dúvida: quanto tempo leva para terminar Assassin’s Creed: Shadows?

Seja você um jogador focado apenas na trama principal ou alguém que gosta de explorar cada canto do mapa, o tempo de gameplay pode variar bastante.

Vale lembrar que essas estimativas de tempo são baseadas em dados compilados de jogadores e fontes como o How Long to Beat, conhecido por registrar o tempo necessário para completar diferentes jogos.

No entanto, é importante lembrar que a experiência de cada jogador pode variar significativamente, dependendo do estilo de jogo, nível de habilidade e abordagem de exploração adotada.

Quanto tempo leva para terminar Assassin’s Creed: Shadows?

Assim como em outros títulos da franquia, o tempo para terminar Assassin’s Creed: Shadows depende bastante do perfil do jogador.

Yasuke e Naoe em Assassin’s Creed Shadows via Ubisoft/reprodução

A Ubisoft manteve sua fórmula de mundo aberto expansivo, repleto de missões, coletáveis e desafios paralelos que podem estender (e muito) o tempo de gameplay.

A seguir, exploramos três abordagens distintas: finalizar apenas a história principal, incluir missões secundárias e buscar o 100% de progresso.

Completando apenas a história principal

Se o seu foco está em acompanhar exclusivamente a narrativa principal de Assassin’s Creed: Shadows, a estimativa de tempo gira em torno de 31 horas. Essa média considera um jogador que siga diretamente as missões essenciais, evitando desvios prolongados pelo mapa e interações secundárias.

Vale lembrar que fatores como o nível de dificuldade escolhido, o estilo de combate adotado (furtividade ou ação direta) e a habilidade pessoal influenciam bastante nesse tempo.

Jogadores experientes podem concluir a campanha em menos tempo, enquanto aqueles que optarem por explorar parcialmente o cenário ou aprimorar suas armas e habilidades podem levar algumas horas a mais para finalizar a aventura.

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Incluindo missões secundárias e exploração

Agora, se a sua intenção é aproveitar tudo o que Assassin’s Creed: Shadows tem a oferecer, incluindo as missões secundárias, a exploração livre e o desbloqueio de equipamentos e habilidades extras, o tempo de jogo sobe consideravelmente.

Yasuke em Asssassin’s Creed Shadows. Imagem: Divulgação / Ubisoft

Nesse estilo de gameplay, a experiência pode ultrapassar 55 horas. As missões paralelas em Assassin’s Creed: Shadows não são apenas um “extra”, mas complementam a narrativa principal, aprofundando o contexto histórico, apresentando personagens memoráveis e oferecendo recompensas valiosas, como equipamentos lendários e habilidades especiais.

Além disso, o mundo aberto foi projetado para ser denso e repleto de atividades, desde contratos de assassinato e fortificações inimigas até desafios ambientais e segredos que testam o raciocínio e a observação dos jogadores.

Alcançando 100% de progresso no jogo

Para os completistas de plantão que gostam de explorar cada centímetro do mapa, realizar todas as missões secundárias, coletar cada item e desbloquear cada conquista, a jornada em Assassin’s Creed: Shadows pode ultrapassar 86 horas.

Essa abordagem demanda paciência e atenção aos detalhes, já que o Japão feudal retratado no jogo esconde inúmeros segredos, locais históricos e desafios ocultos que exigem dedicação total.

Conquistar o 100% de progresso significa não apenas finalizar todas as tarefas, mas também encontrar colecionáveis, concluir contratos de elite, liberar todos os trajes e decifrar enigmas espalhados pelo mundo.

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Celular resistente à água? Veja a diferença entre IP e ATM

A resistência à água é um dos fatores mais importantes na hora de escolher um smartphone, smartwatch ou qualquer outro dispositivo eletrônico.

Mas você realmente sabe o que significam as certificações IP e ATM? Muitos consumidores acreditam que essas classificações garantem a impermeabilidade total dos aparelhos, mas isso não é verdade.

Cada certificação tem um nível específico de proteção contra água e poeira, e entender essas diferenças pode evitar dores de cabeça e prejuízos.

Os códigos IP (Ingress Protection) e ATM (Atmospheres) são padrões internacionais que indicam o nível de proteção contra líquidos e sólidos.

No entanto, enquanto o IP é amplamente utilizado para eletrônicos, o ATM é mais comum em relógios e wearables. Saber o que cada número e sigla significa ajuda a entender até que ponto seu aparelho pode ser exposto à água sem risco de danos.

O que é a certificação IP?

A certificação IP (Ingress Protection) é um padrão internacional definido pela IEC (Comissão Eletrotécnica Internacional) que classifica o grau de proteção de um dispositivo contra partículas sólidas (como poeira) e líquidos (como água).

iPhone molhado por pingos de chuva (Reprodução: @amjiths/Unsplash)

O código IP é composto por duas partes:

  • O primeiro número indica a proteção contra sólidos, variando de 0 (sem proteção) a 6 (proteção total contra poeira);
  • O segundo número refere-se à proteção contra líquidos, indo de 0 (nenhuma resistência) até 9K (proteção contra jatos de alta pressão e alta temperatura).

Por exemplo, um smartphone com certificação IP68 possui resistência máxima contra poeira (6) e pode ser submerso em água por um período específico (8). Isso significa que ele pode suportar imersões contínuas em determinadas condições, mas não é à prova d’água para qualquer situação.

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O que é a certificação ATM?

A certificação ATM (Atmospheres) é usada principalmente em relógios e dispositivos wearables para indicar a resistência à pressão da água. Diferente do IP, que foca na vedação contra poeira e líquidos, o ATM está mais relacionado à profundidade e à pressão que o dispositivo pode suportar.

iPhone na areia de uma praia
iPhone na areia de uma praia (Reprodução: @leporcs/Unsplash)

As classificações ATM seguem a seguinte escala:

  • 3 ATM – Resiste a respingos e chuva, mas não pode ser submerso;
  • 5 ATM – Pode ser usado para natação em águas rasas;
  • 10 ATM – Adequado para esportes aquáticos, como snorkeling;
  • 20 ATM ou mais – Indicado para mergulho profissional.

Essa certificação é muito usada em smartwatches e relógios esportivos, mas é importante lembrar que a resistência à pressão não significa necessariamente que o dispositivo suporta exposição prolongada a água salgada ou temperaturas extremas.

Diferenças entre IP e ATM

A principal diferença entre as certificações IP e ATM está no foco da resistência:

  • A certificação IP avalia vedação contra poeira e água, sendo mais comum em smartphones, fones de ouvido e caixas de som.
  • A certificação ATM mede a resistência à pressão subaquática, sendo usada em wearables e relógios esportivos.

Além disso, os testes para cada certificação são diferentes. Enquanto o IP68 é testado em condições laboratoriais controladas com imersão em água doce por um tempo determinado, um relógio com 10 ATM passa por testes de pressão para verificar se pode suportar grandes profundidades sem danos.

Qual certificação escolher?

A escolha entre IP e ATM depende do tipo de uso que você pretende dar ao dispositivo:

  • Para smartphones e fones de ouvido, uma certificação IP67 ou IP68 é ideal para proteção contra acidentes, como quedas na água.
  • Para smartwatches e relógios, uma certificação de 5 ATM ou superior garante segurança para nadadores e esportistas.
  • Para mergulhadores, dispositivos com certificação de 20 ATM são mais indicados para suportar grandes profundidades sem risco de danos.
Celular embaixo da água
Celular caindo dentro d’água (Imagem: lucadp/Shutterstock)

Cuidados com aparelhos resistentes à água

Mesmo com certificações IP ou ATM, é importante seguir algumas precauções:

  • Evite água salgada: o sal pode corroer vedantes e danificar o dispositivo;
  • Não exponha a temperaturas extremas: água muito quente ou muito fria pode comprometer a resistência;
  • Verifique a garantia: algumas fabricantes não cobrem danos causados por líquidos, mesmo com certificação de resistência à água;
  • Reavalie a resistência após impactos: quedas e pancadas podem comprometer a vedação do aparelho.

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É possível quebrar todos os ossos de uma só vez?

Os ossos são uma parte fundamental do corpo humano, responsáveis por exercer diversas funções importantes que vão além da sustentação e da mobilidade. Eles compõem o chamado sistema esquelético, que conta com outras partes tão essenciais quanto os ossos, como as cartilagens e os tendões.

Apesar de serem muito resistentes e capazes de sustentar um corpo pesado, além de realizarem inúmeras atividades físicas que não seriam possíveis sem o esqueleto, os ossos podem se quebrar por diversos motivos. Desde um pequeno exemplar encontrado em um dedo, até o fêmur, o maior osso que temos, pode ser fraturado dependendo do acontecimento.

Em casos de acidentes graves, uma pessoa pode ter múltiplas fraturas, que é quando diversos ossos do corpo humano são quebrados de uma só vez. Isso aconteceu com o ator Jeremy Renner, por exemplo, que quebrou 30 ossos em um acidente doméstico. Porém, existe um limite de fraturas simultâneas que nosso corpo pode aguentar? Veja tudo na matéria abaixo.

Para que servem os ossos no corpo humano?

O ser humano possui um sistema esquelético composto por ossos e cartilagens, arranjados perfeitamente para formar nosso esqueleto.

Existem diversos tipos de fraturas que nossos ossos podem sofrer. (Imagem: brgfx/Freepik)

Nosso corpo possui 206 ossos, que são responsáveis pela sustentação do organismo, proteção dos órgãos vitais, garantia da movimentação, produção de células sanguíneas e armazenamento de alguns sais minerais, como cálcio e fósforo.

Eles são formados por um tipo especial conjuntivo chamado de tecido ósseo, com uma matriz intracelular mineralizada. Apesar do que muita gente pensa, esse tecido é formado por células vivas: os osteoblastos, osteoclastos e osteócitos.

O primeiro grupo dessas células é responsável pela síntese da matriz óssea, e são relacionadas com a reparação do osso.

Já os osteoclastos atuam na reabsorção do tecido ósseo, enquanto os osteócitos estão relacionados com a manutenção da matriz e com a sua reabsorção quando estimulados pelo hormônio da paratireoide.

Os ossos ainda formam a estrutura básica do corpo, mantendo a nossa postura e forma. Os que estão localizados nos membros inferiores, como a coxa, a perna e o pé, permitem a nossa caminhada e outras atividades físicas.

Os ossos do esqueleto apendicular, como os do braço e antebraço, permitem a mobilidade do corpo.

Já os ossos do tórax servem para proteger o coração e os pulmões; as vértebras protegem a medula espinhal, e o crânio abriga o cérebro.

É possível quebrar todos os ossos de uma só vez?

Em tese, é possível, sim, quebrar todos os ossos do corpo. Mas se isso acontecesse, a vítima dessa situação não sairia com vida. Por outro lado, há casos de pessoas que tiveram inúmeras fraturas ósseas (isto é, quebraram vários ossos, mas não todos) e ainda sobreviveram para contar história, mas são casos raros.

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É extremamente improvável que um ser humano quebre todos os ossos do corpo ao mesmo tempo e ainda sobreviva. (Imagem: pvproductions/Freepik)

Primeiro, devemos considerar que temos muitos ossos: ao todo, são 206. Os casos de fraturas múltiplas, geralmente, são causadas por acidentes gravíssimos, como quedas de grandes altitudes, esmagamentos e acidentes de alta velocidade. A gravidade desses acontecimentos já faria ser difícil que um ser humano sobrevivesse a eles.

Outro ponto importante a ser considerado é a densidade dos ossos humanos, que varia com a região do corpo e com o envelhecimento.

Algumas partes são mais densas e resistentes que outras, fazendo com que seja preciso muito mais intensidade em uma região do que outra para resultar em uma fratura. A densidade do fêmur, por exemplo, é bem maior do que a das falanges dos dedos.

O politraumatismo, que são múltiplos ferimentos graves que afetam diferentes partes do corpo ao mesmo tempo, tem um limite de sobrevivência que depende de alguns fatores, como:

  • Órgãos vitais envolvidos: se houver lesão grave no crânio, coluna ou órgãos internos, a chance de sobrevivência cai drasticamente;
  • Perda de sangue: muitas fraturas levam a hemorragias internas, que podem causar choque hipovolêmico (queda perigosa da pressão arterial);
  • Complicações respiratórias: se a caixa torácica estiver gravemente comprometida, pode ser impossível respirar adequadamente;
  • Assistência médica rápida: quanto mais rápido a vítima receber atendimento, maiores as chances de sobrevivência.

Múltiplas fraturas e sobrevivência

Mesmo sendo raro, há relatos de pessoas que sobreviveram após sofrerem fraturas em diversos ossos, como esquiadores ou paraquedistas que caíram de grandes alturas e, mesmo com muitos ossos quebrados, puderam sobreviver. Isso por conta de uma combinação de sorte, fisiologia e atendimento médico rápido.

médico analisando um exame de imagem raio-x
Mesmo sendo raro, há relatos de pessoas que sobreviveram após sofrerem fraturas em diversos ossos, mas não em todos. (Imagem: Tima Miroshnichenko/Pexels)

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Também não podemos esquecer dos casos de doenças em que os ossos ficam frágeis, como a osteoporose, a osteogênese imperfeita (conhecida como doença dos ossos de vidro) e artrite reumatóide, que aumentam muito as chances da pessoa ter múltiplas fraturas.

No caso da osteogênese perfeita, por exemplo, uma simples queda ou movimento brusco pode resultar em diversos traumatismos, como braços, pernas e costelas. A quantidade exata varia dependendo da gravidade da doença e da intensidade do trauma.

Contudo, por ser um risco grande que pode levar a complicações, quem possui essas condições precisa ter um cuidado ainda maior para evitar que aconteçam fraturas em seus corpos.

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O Guinness World Records reconhece o dublê americano Evel Knievel como a pessoa que sofreu o maior número de fraturas ósseas ao longo da vida, totalizando 433 delas. (Imagem: Andrey Popov/Shutterstock)

Não existem informações precisas ou registros oficiais sobre alguém que tenha sofrido o maior número de fraturas de uma vez e tenha sobrevivido. Contudo, o Guinness World Records reconhece o dublê americano Evel Knievel como a pessoa que sofreu o maior número de fraturas ósseas ao longo da vida, totalizando 433 delas (ou seja, as fraturas não ocorreram todas de uma única vez, variou com o tempo e o número de ocorrências foi aumentando).

O caso mais grave foi quando ele tentou pular a famosa fonte do Caesars Palace, em Las Vegas, e falhou, resultando em um traumatismo craniano e ossos quebrados em quase todo o corpo.

Ainda assim, ele continuou fazendo acrobacias e quebrando mais ossos ao longo dos anos, chegando a passar por mais de 15 cirurgias para colocar placas e pinos no corpo.

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Como os criminosos clonam as placas de carros e motos?

A clonagem de placas é uma prática criminosa em crescimento no Brasil e representa um problema cada vez mais sério para motoristas e autoridades. Criminosos utilizam esse golpe para dar aparência legal a veículos roubados ou furtados, falsificando dados de identificação como placas, número de chassi e documentos.

O objetivo é criar uma cópia visualmente idêntica de um veículo legítimo, dificultando a detecção em fiscalizações de rotina. Para isso, escolhem geralmente um carro da mesma marca, modelo, cor e ano, o que torna a fraude difícil de ser percebida.

Esses veículos clonados costumam ser usados para muito mais do que simplesmente circular sem chamar atenção. Eles servem como ferramenta para a prática de crimes graves, como assaltos, sequestros, tráfico de drogas e até homicídios.

Como as placas falsas correspondem a um carro verdadeiro e regularizado, os criminosos conseguem passar por radares, câmeras de segurança e barreiras policiais sem levantar suspeitas imediatas.

Em outros casos, a clonagem é feita por motoristas que querem escapar de multas, rodízio ou restrições administrativas. No fim, quem sofre as consequências é o proprietário do veículo original, que pode ser responsabilizado por infrações que não cometeu.

Como os criminosos clonam as placas de carros e motos?

O processo de clonagem começa com a escolha de um veículo que servirá como modelo. Os criminosos procuram por carros com características semelhantes ao que será falsificado, de preferência com histórico limpo e em circulação regular.

Placa de um carro (Imagem: J.P. Junior Pereira / Shutterstock)

A placa desse carro é então copiada e aplicada em outro veículo, geralmente roubado ou furtado. Em alguns casos, há também adulteração do número de chassi e aplicação de etiquetas falsas para disfarçar a origem do veículo.

Com a clonagem concluída, o veículo pode ser vendido como se fosse legítimo, utilizado por quadrilhas para cometer crimes ou usado no dia a dia sem levantar suspeitas.

Há registros de casos em que um mesmo carro clonado gerou dezenas de multas em diferentes estados, prejudicando o dono do carro verdadeiro por longos períodos. A falsificação pode incluir documentos, como CRLV, e até vistoria forjada.

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Como descobrir e o que fazer se seu veículo foi clonado?

O dono do veículo geralmente descobre o problema ao receber notificações de multas que não reconhece ou ao ter o carro apreendido em uma blitz. Nesses casos, é fundamental agir rapidamente. O primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência e solicitar a abertura de um processo administrativo junto ao Detran.

Mecânico faz checagem para a manutenção do veículo (Imagem: Stock Foto / Shutterstock)

O procedimento exige apresentação de documentos como RG, CPF, comprovante de residência, CRV, CRLV e cópias das notificações indevidas. Também é importante apresentar fotos do veículo para comparação com o suposto clone.

Fotos de câmeras de trânsito ou radares que flagraram o veículo clonado são essenciais para demonstrar que há diferenças visíveis, como adesivos, rodas diferentes ou itens de personalização.

O processo pode ser demorado, mas é a única forma de provar que seu veículo foi clonado e de cancelar as multas injustas.

Em alguns estados, também é possível solicitar a troca da placa, para evitar novas fraudes. Já para quem circula com uma placa clonada, mesmo que sem saber, as penalidades são severas. Além da apreensão do veículo, o condutor pode responder criminalmente e ter a CNH suspensa.

Com informações de Detran-PB.

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Do que os animais do fundo do mar se alimentam?

O mar profundo é um ambiente extremo e desafiador, caracterizado por completa escuridão, baixas temperaturas, alta pressão e, principalmente, uma escassez crônica de alimentos.

Nesse cenário inóspito, os organismos que habitam essas regiões desenvolveram estratégias especializadas para garantir a sobrevivência, explorando diferentes fontes de nutrientes, como carcaças de animais mortos, partículas orgânicas depositadas no fundo, e detritos suspensos na água.

Além disso, em algumas regiões, a quimiossíntese sustenta cadeias alimentares por meio de bactérias que convertem compostos químicos em energia. Essa diversidade de adaptações permite que os seres do mar profundo aproveitem ao máximo os recursos limitados disponíveis.

Tipos de animais que se alimentam no fundo do mar

Os animais do mar profundo podem ser classificados em diferentes categorias alimentares com base na origem e no tipo de matéria orgânica consumida. Entre eles, destacam-se os necrófagos, depositívoros e suspensívoros.

Necrófagos

Organismos que se alimentam de matéria orgânica em decomposição, como carcaças de animais mortos que afundam até o fundo do mar.

Espécie de crutáceo, Eurythenes atacamensis. (Imagem: Johanna Weston/Divulgação)

No mar profundo, eventos como a queda de carcaças de baleias, golfinhos ou tubarões são considerados raros, mas extremamente significativos. Esses organismos chegam ao fundo praticamente intactos e representam verdadeiras “ilhas orgânicas”, oferecendo uma fonte rica e temporária de alimento para a comunidade local.

A decomposição de uma carcaça passa por diferentes estágios: inicialmente, necrófagos móveis, como peixes e crustáceos, consomem tecidos moles.

Em seguida, bactérias e outros decompositores processam os lipídios presentes nos ossos, liberando nutrientes no ambiente. Esse processo pode durar anos, sustentando uma complexa cadeia alimentar.

Depositívoros

Se alimentam de partículas orgânicas que se acumulam no fundo do mar. Detritos orgânicos, sedimentos ricos em nutrientes e matéria biológica em decomposição formam a base alimentar desses organismos.

Muitos desses animais, como poliquetas e alguns tipos de equinodermos, possuem adaptações morfológicas específicas, como apêndices que peneiram os sedimentos ou intestinos altamente eficientes que extraem nutrientes de materiais pobres.

Suspensívoros

Organismos que se alimentam de partículas em suspensão na coluna d’água, incluindo plâncton e detritos orgânicos que descem das camadas superiores do oceano, um fenômeno conhecido como “neve marinha”.

Classe Crinoidea, um tipo de equinodermo, conhecido como lírio-do-mar. (Imagem: Laura Dts/Shutterstock)

Em regiões de mar profundo, onde a produção primária é limitada pela ausência de luz, esses organismos dependem de partículas orgânicas que caem lentamente da superfície ou são transportadas por correntes oceânicas.

Disponibilidade alimentar no mar profundo

A alimentação no mar profundo é marcada por uma disponibilidade intermitente, baixa qualidade e quantidade limitada de recursos.

Isópode-gigante. (Imagem: Monterey Bay Aquerium Research Institute)

A “neve marinha”, composta por restos de organismos mortos, fezes e outros detritos, é uma importante fonte de nutrientes, mas sua quantidade diminui à medida que desce na coluna d’água.

Assim, os organismos que habitam essas regiões desenvolveram uma eficiência excepcional na captação e utilização de nutrientes.

Adicionalmente, em certas áreas específicas do fundo do mar, como regiões de vulcanismo submarino, ocorre a quimiossíntese.

Nesse processo, bactérias quimiossintéticas utilizam compostos químicos, como sulfeto de hidrogênio, para produzir energia e matéria orgânica, que serve como base para a cadeia alimentar local.

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Quedas orgânicas: fontes de alimento raras, mas essenciais

As quedas orgânicas desempenham um papel fundamental na dinâmica alimentar do mar profundo. Elas podem ser naturais ou antropogênicas:

Quedas naturais

As quedas naturais incluem carcaças de baleias e outros grandes animais marinhos, parcelas de madeira, acúmulo de macroalgas e zonas de oxigênio mínimo onde a produtividade é relativamente maior.

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Algas representam um dos organismos encontrados no fundo mar (Reprodução: shipfactory/Shutterstock)

Carcaças de baleias, por exemplo, possuem abundância de lipídio na carne e nos ossos, o que promove uma fonte calórica elevada para uma variedade de animais, sustentando a sobrevivência de mais de 12.000 organismos, de acordo com um estudo de 2022.

Apesar de sua raridade, com apenas cerca de 10 descobertas naturais registradas no mundo, esses eventos sustentam comunidades diversificadas por longos períodos, podendo atingir os 100 anos.

Quedas antropogênicas

Atividades humanas também introduzem fontes alimentares no mar profundo, como naufrágios e pontos de descarga de resíduos orgânicos. Embora esses eventos possam representar uma fonte de nutrientes, também carregam riscos associados à poluição e à introdução de materiais tóxicos.

Especialização como estratégia de sobrevivência

Devido à escassez de alimentos, os organismos do mar profundo evoluíram para maximizar o uso de qualquer recurso disponível.

Criaturas abissais devoradoras de ossos parecem plantas, mas são animais que existem há mais de 100 milhões de anos no fundo dos oceanos. Imagem: Yoshihiro Fujiwara/JAMSTEC/Smithsonian Institution’s Ocean Initiative

Algumas espécies, como os poliquetas Osedax, especializaram-se na degradação de ossos de carcaças, consumindo o lipídio internalizado. Outras possuem metabolismos extremamente lentos, permitindo longos períodos de jejum.

Assim, a alimentação no mar profundo não é apenas um reflexo da ecologia local, mas também uma demonstração da capacidade dos organismos em se adaptarem a um dos ambientes mais extremos do planeta.

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O que são os amortecedores e qual sua importância em um veículo?

Os amortecedores são componentes fundamentais do sistema de suspensão de um veículo, mas, apesar de sua importância, muitas vezes passam despercebidos pelos motoristas.

Eles desempenham um papel vital na estabilidade, conforto e segurança ao dirigir, além de influenciar diretamente no desempenho de outras partes do carro, como freios e pneus.

Sem amortecedores funcionando corretamente, um carro se torna mais difícil de controlar, desconfortável de conduzir e, em alguns casos, perigoso.

Ao entender o que são amortecedores e qual sua função, fica mais fácil compreender também os sinais de desgaste, a importância da manutenção e os riscos de negligenciar esse componente. A seguir, explicamos tudo que você precisa saber sobre esse item essencial.

O que são amortecedores?

Imagem: Mercedes/Reprodução

Amortecedores são dispositivos mecânicos que fazem parte do sistema de suspensão dos veículos. Sua função é controlar o movimento das molas e suavizar os impactos gerados pelas irregularidades da pista, como buracos, valetas, lombadas ou trechos de estrada esburacados.

Eles estão presentes em praticamente todos os tipos de veículos automotores, incluindo carros de passeio, motos, caminhões, ônibus, vans e até mesmo veículos agrícolas e industriais.

Essencialmente, o amortecedor transforma a energia do impacto em calor, dissipando-a de maneira controlada. Isso é feito por meio de um cilindro (geralmente metálico) que contém óleo hidráulico ou gás pressurizado.

Dentro do cilindro, há um pistão que se move para cima e para baixo conforme o veículo se desloca. Esse movimento empurra o fluido por válvulas internas que controlam a resistência do amortecedor e evitam que o carro continue oscilando após um impacto.

Há diferentes tipos de amortecedores, sendo os mais comuns os hidráulicos e os pressurizados a gás. Também existem os monotubo e os bitubo, que variam em construção e aplicação. Em veículos esportivos ou com foco em desempenho, é possível encontrar amortecedores ajustáveis, que permitem controlar a rigidez da suspensão conforme o tipo de uso.

Embora estejam instalados em cada roda do veículo, os amortecedores atuam em conjunto com outros componentes da suspensão, como molas, buchas, bandejas e barra estabilizadora. Juntos, eles garantem que os pneus permaneçam em contato com o solo, algo essencial para manter o controle e a dirigibilidade do veículo em qualquer situação.

Qual a importância de amortecedores em um veículo?

Os amortecedores são essenciais para a estabilidade e segurança do veículo. Eles não apenas absorvem os impactos, mas também evitam que o carro continue balançando após passar por irregularidades. Com os amortecedores em boas condições, o veículo responde melhor a comandos do motorista, mantém a aderência dos pneus ao solo e proporciona maior conforto aos ocupantes.

Um dos pontos mais críticos é o impacto dos amortecedores sobre os freios. Se os amortecedores estiverem desgastados, o carro pode “quicar” em freadas mais bruscas, fazendo com que os pneus percam contato com o asfalto por frações de segundo. Isso aumenta a distância de frenagem e pode causar acidentes, especialmente em situações de emergência.

Uma inspeção ocular pode revelar problemas no sistema de suspensão (Imagem: Freepik)

Além disso, os amortecedores influenciam no desgaste dos pneus. Com amortecedores ineficientes, o contato do pneu com o solo se torna irregular, o que leva a um desgaste desigual da banda de rodagem. Isso não só reduz a vida útil dos pneus, mas também compromete a tração e a dirigibilidade do carro, principalmente em curvas ou em piso molhado.

Rodar com amortecedores quebrados ou vencidos traz riscos reais. O carro pode perder a estabilidade em curvas, apresentar balanços exagerados em lombadas ou buracos, gerar ruídos na suspensão e até causar fadiga em outras peças da estrutura. Em casos mais graves, o motorista pode ter dificuldade em manter o controle do carro, principalmente em alta velocidade ou em situações de emergência.

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Além dos riscos à segurança, amortecedores ruins também afetam o conforto dos passageiros. Um veículo com amortecedores comprometidos transmite mais impacto e vibração para o interior, tornando a viagem mais desconfortável. Isso é ainda mais perceptível em estradas irregulares ou terrenos de terra.

Outro aspecto importante é a durabilidade. Amortecedores de má qualidade ou mal instalados tendem a falhar mais cedo e podem causar danos colaterais em outros componentes da suspensão. Por isso, sempre que for necessário substituir, é essencial utilizar peças originais ou de boa procedência, além de realizar a instalação com profissionais qualificados.

A manutenção preventiva é a melhor forma de garantir o bom funcionamento do sistema de suspensão. Os fabricantes geralmente recomendam verificar os amortecedores a cada 10 mil quilômetros, com substituição entre 40 mil e 60 mil km, dependendo do tipo de uso e das condições das estradas.

Ficar atento a sinais como instabilidade, ruídos na suspensão, desgaste irregular dos pneus ou aumento na distância de frenagem pode evitar problemas maiores e garantir a segurança de todos os ocupantes do veículo.

Com informações de MotorTrend.

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Saudade pode tratar a depressão? Entenda essa relação estabelecida pela ciência

A saudade é capaz de despertar diversas emoções, e estar associadas e muitas lembranças. Para alguns, ela faz referência à ausência e distância, nos fazendo sentir falta de pessoas, lugares, objetos e animais, por exemplo. Para outros, esse sentimento remete à nostalgia e boas lembranças, causando uma sensação que transita entre a alegria e a tristeza.

Um estudo publicado por um neurocientista brasileiro, juntamente com pesquisadores do King’s College London, do Reino Unido, mostrou uma possibilidade inédita de que esse sentimento tem um potencial de agir como um recurso para amenizar sintomas em pacientes com depressão.

Saiba mais sobre o estudo e seus resultados abaixo.

O sentimento de saudade no sentido de nostalgia pode ajudar no tratamento dos sintomas de depressão. (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock)

A saudade pode tratar depressão? Veja o que diz a ciência

De acordo com o dicionário Michaelis, a definição de saudade é: “sentimento nostálgico e melancólico associado à recordação de pessoa ou coisa ausente, distante ou extinta, ou à ausência de coisas, prazeres e emoções experimentadas e já passadas, consideradas bens positivos e desejáveis“.

Com isso em mente, é mais fácil entender a pesquisa publicada no periódico Frontiers in Psychology. O estudo é fruto de uma parceria entre os pesquisadores do King’s College de Londres, no Reino Unido, e o brasileiro Jorge Moll Neto, neurocientista e idealizador do IDOR Ciência Pioneira, uma iniciativa independente de investimento em pesquisas de ponta.

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Ver a saudade sob essa perspectiva é essencial, uma vez que a ideia de usar esse sentimento como aliado para o tratamento de sintomas da depressão pode parecer inusitada, principalmente por sua associação à carga emocional melancólica.

Entretanto, a saudade tem uma natureza ambígua, podendo também ser descrita como uma forma de sentir falta e amor por algo do passado. Acessar músicas, livros e filmes antigos, por exemplo, pode trazer à tona a nostalgia e a admiração, além de muitas vezes lembrar de tempos felizes.

O pesquisador Jorge Moll Neto explica: “A saudade pode ser analisada como um sentimento que traz senso de valorização sobre eventos e pessoas e que ajuda o paciente a se reconectar com memórias significativas para sua vida. Embora não seja descrita como puramente positiva, a saudade, quando observada nessa outra perspectiva, pode ter efeitos positivos importantes de estabilização emocional e reforço do significado da vida”.

De acordo com a psicologia, a saudade é um sentimento complexo, que pode estar ligado às emoções de pertencimento, família e senso de significado. Mesmo que tenha uma grande complexidade, esse tema é pouco explorado nesse campo, o que fez com que os pesquisadores decidissem investigá-la mais a fundo, unindo a lacuna de pesquisas com observações clínicas.

Isso motivou a investigação de uma possibilidade inédita de tratamento da depressão, uma doença que afeta mais de 11 milhões de brasileiros (segundo dados da OMS).

Usando como base os debates entre os pesquisadores e estudos anteriores que apontaram a nostalgia como uma ajuda para encontrar um sentido para a vida, os cientistas desenvolveram a hipótese de que a saudade poderia funcionar como um recurso emocional útil na psicoterapia.

palavra saudade escrita em pedras
(Imagem: Yournameonstones/Shutterstock)

Como foi a pesquisa

No estudo, a equipe de pesquisadores observou 39 indivíduos com sentimentos intensos e recorrentes de autocrítica e autoculpabilização, que são sintomas comuns em quadros de depressão, e costumam estar acompanhados por baixa autoestima e sensação de desesperança. Contudo, a pesquisa considerou participantes que não possuíam um diagnóstico clínico formal.

Os voluntários foram escolhidos a partir de uma longa lista de candidatos, que vieram de anúncios online, listas de e-mails e redes sociais. Então, os participantes foram convidados a fazer um vídeo de 10 minutos usando fotos, vídeos e músicas.

Na primeira parte da dinâmica, eles precisavam trazer sentimentos de autocrítica e tristeza, enquanto na segunda deveriam explorar a saudade com memórias afetivas e significativas do passado.

Então, os voluntários receberam a instrução de assistir ao vídeo diariamente durante uma semana, enquanto refletiam sobre seus sentimentos. Depois, os pesquisadores aplicaram formulários e fizeram acompanhamento online, com o objetivo de avaliar, através de pontuações, a frequência dos pensamentos autocríticos e a presença de possíveis sintomas depressivos.

Os especialistas então puderam perceber uma redução significativa desses pensamentos depois de uma semana do início do experimento. Com isso, o resultado mostrou que o incentivo a uma “transformação” emocional para a saudade pode trazer efeitos positivos na saúde mental.

Os pesquisadores levantaram a hipótese de que a saudade pode ser usada como um recurso emocional na psicoterapia. (Imagem: Pixel-Shot/Shutterstock)

Para os cientistas, uma vez que essa emoção era apresentada no final do vídeo, ela era capaz de ajudar a mudar o tom emocional do material, incentivando uma reflexão mais leve e menos negativa dos participantes. Assim, os pesquisadores levantaram a hipótese de que a saudade pode ser usada como um recurso emocional na psicoterapia, durante suas discussões.

Segundo Moll, o estudo feito foi uma das primeiras tentativas de usar a saudade como intervenção terapêutica estruturada, e teve alta adesão e segurança, sem relatos de eventos adversos.

Além disso, os resultados reforçam a importância de estudos maiores, como ensaios clínicos randomizados com pacientes diagnosticados com depressão. “Isso mostra que a saudade pode ser mais explorada por seu potencial terapêutico, como recurso culturalmente próximo das pessoas”, conclui o neurocientista.

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Por que algumas vezes sentimos “choque” ao tocar em alguém? 

Você já sentiu um pequeno “choque” ao encostar em alguém ou em uma maçaneta metálica? Esse fenômeno, por mais comum que seja, muitas vezes causa surpresa ou desconforto.

A explicação está na eletricidade estática, um processo natural que acontece constantemente ao nosso redor, mesmo quando não percebemos.

O que é eletricidade estática?

Ao pentear o cabelo, o atrito entre o pente e os fios gera eletricidade estática, fazendo com que alguns fios fiquem arrepiados por repulsão de cargas iguais. / Crédito: Janeberry (Shutterstock/reprodução)

A eletricidade estática é resultado do acúmulo de cargas elétricas em um corpo. Isso acontece quando há um desequilíbrio entre os prótons (cargas positivas) e os elétrons (cargas negativas) nos átomos que compõem a matéria.

Quando dois materiais diferentes entram em contato e são friccionados, como ao caminhar sobre um carpete com meias ou ao vestir uma blusa de lã, pode ocorrer a transferência de elétrons de um material para outro. Um fica carregado positivamente (perdeu elétrons) e o outro negativamente (ganhou elétrons).

Esse acúmulo de cargas não se dissipa imediatamente, especialmente em ambientes com ar seco, o que faz com que os corpos “guardem” essa energia até que ela encontre um caminho para se descarregar.

Por que sentimos choque?

Nosso corpo é um bom condutor de eletricidade. Quando acumulamos elétrons e tocamos em um objeto condutor ou em outra pessoa com carga diferente, as cargas se redistribuem rapidamente, provocando uma pequena corrente elétrica. Essa transferência súbita é sentida como um choque.

O fenômeno é mais frequente em locais com baixa umidade, pois o ar seco dificulta a dispersão natural das cargas acumuladas. Assim, elas se mantêm por mais tempo em nossos corpos até encontrarem um ponto de descarga, que pode ser, por exemplo, o dedo de outra pessoa.

A esfera de plasma ilustra o comportamento de cargas elétricas e descargas visuais que se assemelham aos efeitos da eletricidade estática.
A esfera de plasma ilustra o comportamento de cargas elétricas e descargas visuais que se assemelham aos efeitos da eletricidade estática. / Crédito: @Freepik(Freepik/Reprodução)

Situações que favorecem a eletrização

Alguns fatores aumentam a probabilidade de acumularmos eletricidade estática:

  • Ambientes secos ou com ar-condicionado: menor umidade no ar significa menos dispersão das cargas.
  • Uso de roupas sintéticas, como poliéster, lã ou náilon, que aumentam o atrito com a pele.
  • Movimentos repetitivos, como andar sobre carpetes, especialmente com calçados isolantes.
  • Contato com tecidos estofados, como ao se levantar de cadeiras acolchoadas.

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Choques entre pessoas

Quando tocamos em outra pessoa, e uma das duas está carregada eletricamente, ocorre uma rápida redistribuição de elétrons. Embora a corrente gerada seja extremamente pequena (e inofensiva), ela é suficiente para ativar nossos receptores sensoriais e causar a sensação de choque.

Em alguns casos, esse processo pode até gerar pequenas faíscas visíveis e sons de estalo, especialmente no escuro ou em locais muito secos.

Camisetas de algodão dispostas em uma arara de roupas
Usar roupa de algodão pode ajudar a acumular menos carga elétrica e, portanto, evitar os choques por estática. Imagem: Naypong / iStock

Como evitar os choques de eletricidade estática?

Embora inofensivos, esses choques podem ser incômodos. Algumas estratégias simples ajudam a evitá-los:

  • Aumente a umidade do ambiente, especialmente no inverno, com o uso de umidificadores.
  • Use roupas de algodão ou de tecidos naturais, que acumulam menos carga elétrica.
  • Hidrate a pele, pois a pele seca conduz menos eletricidade e intensifica a sensação de choque.
  • Evite sapatos com solado totalmente isolante se estiver em locais com muito carpete.

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Fabrizio-Schiavon-Shutterstock

Moscas bebem álcool para ficarem mais atraentes? Entenda

Muitas pessoas, principalmente as mais tímidas, preferem ingerir um pouco de álcool em situações das quais elas precisam se soltar, como ao flertar ou para conhecer alguém do sexo oposto. Entretanto, você sabia que isso não é uma característica exclusiva dos seres humanos?

Um estudo recente mostrou que o etanol também pode influenciar nos relacionamentos das moscas-da-fruta (Drosophila melanogaster), uma vez que os machos passam a ficar mais atraentes para as fêmeas quando fazem o consumo de álcool. Mas, como isso acontece exatamente?

Já é de conhecimento há algum tempo que essa espécie de mosca consome álcool na natureza, quando consome frutas açucaradas, néctar e seiva que passaram por fermentação e, por isso, possuem a substância. E qual a relação desse consumo com a atração pelas fêmeas? Veja a seguir!

Ao se alimentarem de frutas em decomposição, as moscas ingerem o álcool gerado pela fermentação. (Imagem: Fabrizio Schiavon/Shutterstock)

As moscas-da-fruta bebem álcool para ficarem mais atraentes?

Frequentemente, podemos encontrar moscas-da-fruta (Drosophila melanogaster) ao redor de restos de comida, já que elas consomem frutas e outros alimentos em decomposição. O estado desses alimentos faz com que eles produzam álcool, que acabam sendo consumido pelos insetos enquanto eles fazem suas refeições.

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Os cientistas investigam o motivo pelo qual essas moscas são atraídas pelo álcool, além de como ele as afeta. Em estudos anteriores, houve uma demonstração de que os insetos machos da espécia iam atrás da bebida depois de serem rejeitados por fêmeas, além de que os indivíduos jovens que nunca haviam cruzado costumavam beber mais.

Para descobrir o motivo de isso acontecer exatamente, foi feito um novo estudo do Instituto Max Planck, na Alemanha, e os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Science Advances.

Contudo, um dos autores do estudo e chefe do Departamento de Neuroetologia Evolutiva do Instituto Max Planck, Bill Hansson, explica que essas afirmações adotavam uma visão antropomórfica das moscas, comparando-as com o comportamento da espécie humana.

Já a nova pesquisa sugere que esse consumo de álcool, na verdade, oferece uma vantagem reprodutiva. “Não acreditamos que as moscas bebam álcool porque estão deprimidas”, comenta Hansson. O profissional ainda acrescentou que a atração desses insetos pelos carboidratos e leveduras das frutas em decomposição, além do álcool, não pode ser analisada de forma separada.

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A hipótese mais aceita é que o ato de consumir álcool traz algum benefício evolutivo para a espécie. (Imagem: Nechaevkon/Shutterstock)

O que as moscas “ganham” com o consumo de álcool?

A hipótese mais aceita é que o ato de consumir álcool traz algum benefício evolutivo para a espécie, de acordo com o que foi revelado pelo estudo. A conclusão foi de que beber a substância, principalmente o metanol, aumenta a produção dos feromônios sexuais nos machos e, na prática, isso os torna mais atrativos para as fêmeas, aumentando as chances de acasalamento.

Os feromônios são liberados no ar pelo indivíduo como influência para o comportamento de outro da mesma espécie. Os machos, principalmente os que nunca haviam acasalado, mostraram grande atração pelo álcool.

E esse mecanismo é bastante complexo: os pesquisadores encontraram três circuitos neurais diferentes envolvidos no consumo de álcool no cérebro das moscas. Os dois primeiros deles têm a ver com o olfato, sendo responsáveis por guiar os insetos até a bebida. Entretanto, assim como acontece com os humanos, o álcool também é tóxico e pode fazer mal.

Então, aí entra o terceiro circuito, que fica encarregado de evitar que a mosca consuma a substância em excesso. Isso faz com que altas concentrações de álcool tenham um odor repulsivo para os insetos, afastando-os e, assim, evitando complicações na saúde deles.

De acordo com Ian Keesey, autor principal do estudo e pesquisador da Universidade de Nebraska: “isso significa que as moscas têm um mecanismo de controle que lhes permite obter todos os benefícios do consumo de álcool sem correr o risco de intoxicação alcoólica”. O que seria bastante útil para os seres humanos, não é mesmo?

Para fazer a pesquisa, os cientistas uniram estudos fisiológicos, como técnicas de imagem para visualizar processos no cérebro das moscas, além de análises químicas de odores ambientais, e também estudos comportamentais.

close de uma mosca da fruta em uma superfície de madeira
Beber a substância, principalmente o metanol, aumenta a produção dos feromônios sexuais nos machos e, na prática, isso os torna mais atrativos para as fêmeas, aumentando as chances de acasalamento. (Imagem: Tomasz Klejdysz/Shutterstock)

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