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Como o CAPTCHA diferencia robôs de humanos

O CAPTCHA é um teste de segurança usado para verificar se o usuário é humano e não um robô. Sua sigla significa, em tradução livre, “Teste de Turing Público Completamente Automatizado para Diferenciar Computadores e Humanos”, e tem como objetivo principal proteger sites contra spam e descriptografia de senhas.

A proposta é exibir um desafio que é fácil para humanos, mas difícil para máquinas, como inserir letras distorcidas, clicar em imagens específicas ou até mesmo completar um quebra-cabeça simples. É muito provável que você já tenha se deparado com um desses testes ao navegar pela internet, principalmente em sites e plataformas que precisam de segurança.

Contudo, você já parou para pensar em como o CAPTCHA faz para diferenciar quem é humano e quem é bot nos sites? Confira abaixo na matéria.

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Como o captcha sabe quem é humano e quem não?

A resposta simples para essa questão é: depende do método. O mais comum deles é chamado de reCAPTCHA, que cria uma caixinha que diz “eu não sou um robô”, do qual o usuário precisa clicar para confirmar. Entretanto, essa frase é simbólica, já que o CAPTCHA não precisaria de nada escrito para funcionar. Além disso, o próprio clique não faz diferença nesse momento.

O sistema atual de verificação leva em conta o comportamento do usuário na página. (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

O que importa de fato é a forma pelo qual o mouse se move em direção à caixinha: um bot provavelmente andaria com o cursor em uma linha reta, enquanto os humanos fazem caminhos mais orgânicos para confirmar a caixinha. Com isso, percebemos que o site analisa nossos movimentos antes mesmo do clique.

Esse tipo de CAPTCHA foi introduzido pelo Google em 2014, e é baseado em comportamento, sendo um dos métodos mais eficazes para identificar bots e humanos. Há ainda uma versão mais nova desse método lançada em 2018, e nem mesmo exige uma caixinha. Chamado de reCAPTCHA v3, o sistema monitora todo o comportamento do usuário na página, decidindo se ele se assemelha mais a um robô ou uma pessoa.

Por exemplo: em um site de compras online, um usuário que tenta milhares de senhas diferentes para fazer login, ou posta centenas de reviews nos produtos, possui um comportamento provavelmente de um bot. Porém, alguém que é capaz de navegar entre as diferentes categorias do site, comparando preços e demorando antes de selecionar um produto, provavelmente é apenas um ser humano indeciso.

Sendo assim, o reCAPTCHA avalia cada interação dando uma nota para elas, indicando se é mais ou menos suspeita. Caso o comportamento seja estranho, o site pode pedir outro tipo de ação do usuário, como a autenticação em dois fatores, que é mais um jeito de proteger o site de ataques cibernéticos.

As versões iniciais do sistema

O conceito do captcha faz referência ao teste criado pelo matemático Alan Turing no ano de 1950, no qaul os voluntários precisavam distinguir se estavam conversando com um humano ou com uma máquina. Na versão mais atual, o jogo virou: o computador precisa acertar se o usuário é uma pessoa de verdade ou um bot.

No começo dos anos 2000, o CAPTCHA apresentava letras e números distorcidos, que somente humanos eram capazes de identificar. O avanço das técnicas de visão computacional e o reconhecimento de imagens fizeram com que as máquinas também passassem a distingui-las.

Com isso, os textos foram ficando cada vez mais distorcidos para dificultar a compreensão dos bots, o que acabou fazendo com que fossem irreconhecíveis até mesmo para humanos. Por isso, essa versão do teste deixou de fazer sentido, sendo substituído.

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Os robôs começaram a conseguir identificar o sistema de letras e números distorcidos usado anteriormente, sendo necessário usar outro. (Imagem: VectorHot/Shutterstock)

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Qual a ordem para assistir aos filmes da franquia Missão Impossível com Tom Cruise?

Reconhecida como uma das franquias de ação e espionagem mais icônicas do cinema, “Missão Impossível” tem conquistado fãs ao redor do mundo desde a estreia de seu primeiro filme, em 1996.

Se você ainda não conhece as aventuras do agente secreto Ethan Hunt, mas tem curiosidade em acompanhar sua jornada, preparamos uma lista com a ordem dos filmes da saga e onde eles estão disponíveis para streaming.

Saiba agora a ordem correta para assistir aos filmes da franquia Missão Impossível com Tom Cruise. Lembrando que “Missão: Impossível 8 – Acerto de Contas – Parte 2” está programada para estrear em maio de 2025.

Leia Mais:

Veja qual é a ordem para assistir a todos os filmes de Missão Impossível

1) Missão Impossível (1996)

Cena de Missão Impossível ficou eternizada nas mentes dos fãs (Reprodução: Arquivo Olhar Digital)

Comece do início com o primeiro filme da franquia: “Missão Impossível”, chegou aos cinemas em 1996 e acompanha uma missão de Ethan Hunt em Praga. Durante a operação, ele e sua equipe caem em uma emboscada que termina de forma trágica.

Com a acusação de traição à IMF recaindo sobre ele, Ethan se vê forçado a fugir, enquanto luta para provar sua inocência e identificar o verdadeiro responsável pela armadilha.

Onde assistir: disponível no Paramount+ e Telecine, e para alugar Amazon Prime Video, Apple TV+ e no YouTube.

2) Missão Impossível 2 (2000)

Imagem de Divulgação do filme Missão Impossível 2 (Imagem: Paramount Pictures/Divulgação)

Ethan Hunt retorna ao lado de sua equipe para mais uma missão de alto risco: localizar e destruir um vírus mortal desenvolvido por cientistas australianos, antes que ele caia nas mãos erradas.

No entanto, a tarefa se complica quando Ethan descobre que não é o único em busca do agente biológico. Ele precisa enfrentar uma perigosa rede de terroristas internacionais, liderada por um ex-agente do IMF, que já está em posse da cura – tornando a corrida contra o tempo ainda mais intensa.

Onde assistir: disponível no Paramount+ e Telecine, e para alugar Amazon Prime Video, Apple TV+ e no YouTube.

3) Missão Impossível 3 (2006)

Cena de Missão Impossível 3 (Imagem: Paramount Pictures/Divulgação)

Afastado das missões de campo, Ethan Hunt (Tom Cruise) agora se dedica a treinar novos agentes e leva uma vida tranquila ao lado de Julia (Michelle Monaghan), com quem planeja se casar – sem que ela saiba da verdadeira natureza de seu trabalho.

No entanto, sua aposentadoria é interrompida quando Lindsey (Keri Russell), uma de suas pupilas, é sequestrada por Owen Davian (Philip Seymour Hoffman), um implacável traficante de armas. Para resgatá-la, Ethan volta à ação com uma nova equipe formada por seu fiel amigo Luther Stickell (Ving Rhames), o especialista em transportes Declan (Jonathan Rhys Meyers) e a habilidosa Zhen (Maggie Q).

Onde assistir: disponível no Paramount+ e Telecine, e para alugar Amazon Prime Video, Apple TV+ e no YouTube.

4) Missão Impossível – Protocolo Fantasma (2011)

Escalada do prédio Burj Khalifa é outra parte icônica da série de filmes (Imagem: Paramount Pictures/Divulgação)

Após um atentado ao Kremlin, os Estados Unidos são acusados pelo ataque, levando o presidente a desautorizar Ethan Hunt e a ativar o Protocolo Fantasma – uma medida extrema que dissolve a IMF e deixa seus agentes à própria sorte.

Sem recursos ou apoio oficial, Ethan precisa provar sua inocência e restaurar a credibilidade da agência. Para isso, ele se une a Benji (Simon Pegg) e Jane (Paula Patton), também renegados, além de contar com a ajuda de Brandt (Jeremy Renner), um ex-agente que agora atua como analista.

Onde assistir: disponível no Paramount+ e Telecine, e para alugar Amazon Prime Video, Apple TV+ e no YouTube.

5) Missão Impossível – Nação Secreta (2015)

Tom Cruise em 'Missão: Impossível – Nação Secreta'. Imagem: Paramount Pictures/Divulgação
Tom Cruise em ‘Missão: Impossível – Nação Secreta’. (Imagem: Paramount Pictures/Divulgação)

Ethan Hunt descobre que o temido Sindicato, até então considerado apenas um mito, é real – e está por trás de uma série de ataques terroristas com o objetivo de destruir a IMF e instaurar uma nova ordem mundial. Enfrentar essa misteriosa organização, tão bem treinada e equipada quanto os próprios agentes da IMF, se torna um desafio quase impossível.

Para vencê-lo, Ethan precisa reunir toda a ajuda que conseguir, inclusive da enigmática Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), uma agente britânica renegada cuja lealdade permanece incerta.

Onde assistir: disponível no Paramount+ e Telecine, e para alugar Amazon Prime Video, Apple TV+ e no YouTube.

6) Missão Impossível – Efeito Fallout (2018)

Cena do filme Missão Impossível: Efeito Fallout (Imagem: Paramount Pictures/Divulgação)

Forçado a unir forças com o agente especial da CIA August Walker (Henry Cavill), Ethan Hunt embarca em mais uma missão impossível – que o coloca novamente frente a frente com Solomon Lane (Sean Harris).

Preso em uma rede de intrigas envolvendo rostos do passado, alianças questionáveis e interesses obscuros, Ethan precisa confrontar seus próprios fantasmas enquanto corre contra o tempo para evitar uma catástrofe nuclear. Nessa jornada, ele conta com o apoio crucial de seus fiéis companheiros da IMF.

Onde assistir: disponível no Paramount+ e Telecine, e para alugar Amazon Prime Video, Apple TV+ e no YouTube.

7) Missão Impossível: Acerto de Contas – Parte 1 (2023)

Tom Cruise em Missão: Impossível – Acerto De Contas Parte 1 (Imagem: divulgação/Paramount)
Tom Cruise em Missão: Impossível – Acerto De Contas Parte 1 (Imagem: Paramount Pictures/Divulgação)

Ethan Hunt e sua equipe da IMF – composta por Ilsa Faust, Benji Dunn e Luther Stickell – recebem uma nova e crítica missão: localizar uma arma altamente perigosa que, se cair nas mãos erradas, pode colocar toda a humanidade em risco.

Com o futuro do mundo em jogo, eles embarcam em uma corrida frenética e letal ao redor do globo. No caminho, Ethan se depara com um novo inimigo, misterioso e extremamente perigoso, e precisa encarar a dura realidade de que, para concluir a missão, nada pode estar acima dela – nem mesmo sua própria vida.

Onde assistir: disponível no Paramount+, e para alugar Amazon Prime Video, Apple TV+ e no YouTube.

8) Missão Impossível: Acerto de Contas – Parte 2 (2025)

Imagem de Missão Impossível – Acerto de Contas – Parte 2 (Paramout Pictures/Divulgação)

Marca o grandioso desfecho da épica saga de espionagem estrelada por Tom Cruise. O aguardado capítulo final tem o lançamento marcado para 21 de maio de 2025 nos cinemas, com uma antestreia especial no Festival de Cannes 2025. Ainda sem a sinopse oficial.

O que sabemos é que Ethan e sua equipe terão que lidar com muitas consequências de acontecimentos da Parte 1 enquanto tentam desvendar também todos os mistérios para encontrar o submarino em que se encontra a máquina agora conhecida como A Entidade.

Onde assistir: se você for convidado ao Festival de Cannes, verá antes da maioria, caso não tenha sido convidado, como é o meu caso, vamos aguardar o lançamento nos cinemas.

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É verdade que a memória dos peixes dura apenas 3 segundos?

A ideia de que os peixes têm uma memória extremamente curta, durando apenas três segundos, é um mito que muitas pessoas acreditam. Essa crença ganhou ainda mais força com personagens como Dory, do filme “Procurando Nemo”, que sofre de perda de memória recente. 

No entanto, estudos científicos recentes demonstram que a realidade é bem diferente. Os peixes possuem capacidades cognitivas surpreendentes, com memórias que podem durar semanas, meses e até mesmo anos.

O mito da memória de 3 segundos e sua origem

Imagem: Pixar Animation Studios / Divulgação

A noção de que peixes têm memória curta provavelmente surgiu de observações simplistas sobre seu comportamento em cativeiro. Como eles frequentemente repetem ações sem aparente aprendizado, muitas pessoas assumiram que não retêm informações. 

No entanto, pesquisas realizadas em universidades ao redor do mundo mostram que essa visão está completamente equivocada.

Evidências científicas da memória de longo prazo

Peixe donzela / Crédito: Udo Schroter (animaliabio/reprodução)

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) revelou que o peixe-donzela, comum nos recifes brasileiros, possui memória significativa em interações sociais.

O estudo, publicado na Frontiers in Behavioral Neuroscience, mostrou que esses peixes reconhecem indivíduos familiares e reduzem sua agressividade quando encontram vizinhos conhecidos, mantendo essa memória por até 10 dias.

Pesquisadores australianos da Universidade Charles Sturt descobriram que a perca prateada (Bidyanus bidyanus) consegue lembrar de predadores mesmo após um único encontro, mantendo essa memória por até 12 meses. Kevin Warburton, um dos autores do estudo, afirmou que esses peixes evitam anzóis após uma experiência negativa, demonstrando aprendizado e memória de longo prazo.

Perca prateada / Crédito: Mitch Ames (animaliabio/reprodução)

Cientistas canadenses da Universidade MacEwan testaram a memória de ciclídeos africanos (Labidochromis caeruleus) em um experimento com recompensas alimentares. Os peixes foram treinados a associar uma área do aquário com comida e, mesmo após 12 dias longe desse ambiente, lembravam exatamente onde encontrar o alimento.

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Inteligência adaptativa e comportamento social

Crédito: Imagem feita por IA (ChatGPT/reprodução)

A memória é essencial para a sobrevivência dos peixes. Eles aprendem a reconhecer áreas de risco, identificar fontes de alimento e até formar laços com indivíduos específicos. O pesquisador Kevin Warburton afirma que espécies de peixes preferem a companhia de indivíduos familiares. Comportamento que indica que são capazes de reconhecer outros peixes de forma individual.

Além disso, peixes que escapam de anzóis tendem a evitar armadilhas semelhantes no futuro, revelando não apenas memória, mas também aprendizado adaptativo.

Em resumo, os peixes não apenas têm memória, como usam esse recurso para adaptar seus comportamentos, sobreviver e manter a harmonia nos ecossistemas. O mito dos “três segundos” é uma simplificação incorreta, que desconsidera a complexidade cognitiva desses animais.

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Por que a nimesulida é proibida fora do Brasil? Conheça usos e possíveis riscos do remédio

A nimesulida é um anti-inflamatório amplamente utilizado no Brasil para aliviar dores e inflamações. Apesar de sua eficácia, o medicamento é alvo de controvérsias devido aos riscos de toxicidade hepática, o que levou à sua proibição em diversos países.

Diante disso, diversos estudos foram realizados ao longo dos anos para identificar lesões hepáticas associadas ao medicamento, o que motivou restrições impostas por órgãos reguladores, como a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

No Brasil, a Anvisa reforça que a nimesulida deve ser utilizada apenas sob prescrição médica. Neste artigo, exploramos os benefícios e os potenciais perigos desse medicamento. Confira!

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O que é e para que serve a nimesulida?

De acordo com especialistas, a nimesulida faz parte da classe dos anti-inflamatórios não esteroidais. Portanto, foi desenvolvido para diminuir a síntese, ou a fabricação, de moléculas inflamatórias no organismo.

Sendo assim, o medicamento é indicado para tratar dores, febre e inflamação. Dessa forma, pode aliviar dores de cabeça, musculares, nas articulações, de dente, pós-operatórias e cólicas menstruais.

Cientificamente falando, o medicamento age no organismo ao inibir as enzimas ciclooxigenase, principalmente a COX-2, tendo menor afinidade pela COX-1, o que reduz os efeitos adversos que os AINEs (Anti-inflamatórios Não Esteroides) podem causar.

De acordo com informações publicadas na Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, a nimesulida foi desenvolvida em 1985, e passou a ser distribuída em mais de 50 países ao longo dos anos. Devido à sua eficácia no tratamento de inflamações e dores, o medicamento se tornou amplamente utilizado no Brasil.

A nimesulida é um anti-inflamatório não esteroidal amplamente utilizado no Brasil/Shutterstock_Gabriele Paoletti

Nimesulida: contraindicações

Resumidamente, na bula do nimesulida as contraindicações informadas são:

  • Contraindicado para pacientes com alergia à nimesulida ou a qualquer componente do medicamento.
  • Não deve ser usado por pessoas com histórico de hipersensibilidade a anti-inflamatórios não esteroidais, incluindo ácido acetilsalicílico.
  • Risco para quem já teve reações hepáticas causadas pelo medicamento.
  • Pacientes com úlcera péptica ativa ou recorrente devem evitar o uso.
  • Proibido para quem tem hemorragia no trato gastrintestinal.
  • Não recomendado para indivíduos com distúrbios graves de coagulação.
  • Pacientes com insuficiência cardíaca grave devem evitar o uso.
  • Contraindicado para quem tem mau funcionamento grave dos rins ou do fígado.
  • Não deve ser administrado em crianças menores de 12 anos.

Além disso, especialistas orientam que esse medicamento precisa ser usado na dosagem e no tempo indicados para diminuir o risco de eventos adversos.

Riscos do nimesulida, segundo estudos

Uma revisão de literatura da Revista Brasileira de Farmácia (RBF) indicou que a nimesulida pode causar danos graves ao fígado, chegando a ser fatal. Segundo os pesquisadores, o medicamento interfere no funcionamento das mitocôndrias, essenciais para a respiração celular, o que pode levar à morte das células hepáticas.

Outro estudo publicado no European Journal of Clinical Pharmacology apontou um relato em que um paciente de 57 anos faleceu em decorrência de sequelas de insuficiência hepática aguda induzida por nimesulida. Além disso, a pesquisa também apresentou outros casos de pacientes com lesão hepática por conta dessa medicação.

Embora as reações adversas graves sejam casos raros, os riscos existem, principalmente, onde a nimesulida continua sendo amplamente consumida, como é o caso do Brasil. Para se ter uma ideia, somente no ano passado, calcula-se que mais de 102 milhões de caixas foram vendidas no país, segundo dados da consultoria Close-Up International.

Não é por acaso que um grupo de pesquisadores da América Latina, dedicados a investigar complicações hepáticas decorrentes do uso de diferentes substâncias, publicou uma série de casos registrados na última década.

Durante a análise, foram identificados 468 episódios de lesões no fígado associadas ao consumo de medicamentos, entre os quais a nimesulida se destacou como uma das substâncias envolvidas nos quadros mais graves.

Modelo médico do fígado com o uso de drogas. Tratamento de doenças hepáticas
A nimesulida é alvo de controvérsias devido aos riscos de toxicidade hepática/Shutterstock_NMK-Studio

Por que a nimesulida é proibida fora do Brasil?

Conforme relatamos acima, segundo diversos relatos e estudos, o anti-inflamatório nimesulida, apesar de sua eficácia, apresenta riscos à saúde. Para se ter uma ideia, o medicamento nunca foi aprovado para venda em locais como o Reino Unido e Alemanha.

Além disso, sua comercialização foi suspensa em vários países, incluindo Estados Unidos, Canadá, Japão, Suécia, Holanda, Espanha, Bélgica, Dinamarca, Irlanda e Finlândia. Entre 1995 e 2007, a Irlanda registrou 53 casos de danos hepáticos graves relacionados ao uso da nimesulida, levando à sua suspensão no país. Esse alerta impulsionou uma investigação mais ampla pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), responsável pela regulamentação sanitária na União Europeia.

Embora um relatório do comitê de investigação tenha concluído que os benefícios da nimesulida ainda superam os riscos, a EMA impôs restrições ao seu uso. Atualmente, na União Europeia, a medicação permanece disponível em alguns países, mas sua indicação é limitada ao tratamento de dor aguda e cólicas menstruais. No Brasil, a Anvisa informa que a nimesulida é um medicamento que requer prescrição médica para seu uso.

A automedicação pode trazer riscos graves à saúde. Sempre consulte um profissional antes de utilizar qualquer medicamento e siga corretamente as orientações médicas.

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O que são os “incels”, presentes na série Adolescência da Netflix?

A série “Adolescência“, da Netflix, tem gerado intensos debates ao abordar questões sociais contemporâneas que afetam especialmente os jovens. Um dos temas centrais é a chamada cultura incel: uma subcultura digital perturbadora que, nos últimos anos, tem crescido em influência e periculosidade.

Neste artigo, vamos explicar o que são os incels e como esse conceito se conecta à trama da série.

Entenda o contexto da série e sua conexão com a misoginia

Crédito: Netflix

ALERTA DE SPOILER! Esse parágrafo tem revelações do enredo da série. Leia por sua conta em risco.

A série começa com um momento impactante; Jamie Miller, um garoto de apenas 13 anos, é preso acusado de matar uma colega de escola. E ao longo dos quatro episódios, acompanhamos a trajetória de um jovem solitário, deslocado socialmente, que acaba sendo capturado por discursos de ódio em fóruns anônimos na internet. 

Esses espaços funcionam como câmaras de eco para ideologias misóginas, apresentando a violência contra mulheres como uma forma de “retribuição” ou “justiça” para homens que se consideram rejeitados pela sociedade.

Incel, bluepill, redpill e mais: conheça parte da cultura da internet que foi retratada na série Adolescência

Antes de entrarmos em termos mais específicos, é importante definir o que é misoginia. Misoginia é o ódio, desprezo ou preconceito contra mulheres. Ela pode se manifestar por meio de atitudes, discursos ou atos de violência. 

Na série, esse fenômeno fica em evidência a partir das interações online de Jamie com comunidades que culpam as mulheres por suas frustrações pessoais, reforçando um ciclo de ressentimento e raiva.

Crédito: Netflix

O que é um incel?

A palavra incel vem da expressão inglesa involuntary celibate (celibatário involuntário). O termo foi criado nos anos 1990 pela canadense Alana Boltwood, com o intuito inicial de criar um espaço seguro para homens e mulheres compartilharem suas dificuldades em encontrar parceiros afetivos ou sexuais.

No entanto, ao longo dos anos, a internet transformou esse espaço em algo muito diferente. Hoje, a subcultura incel é composta quase exclusivamente por homens jovens que se consideram incapazes de se relacionar com mulheres e culpam elas e a sociedade como um todo por isso. Nessas comunidades, os membros expressam com frequência discursos cheios de ressentimento, misoginia e ideias extremistas.

Significado de alguns emojis que aparecem durante a série / Crédito: Olhar Digital

Incels nos ambientes digitais

A internet se tornou o principal espaço de articulação dos incels, que formam comunidades para reforçar crenças misóginas e, muitas vezes, disseminar conteúdos violentos. O anonimato e a facilidade de conexão global favorecem a radicalização desses grupos.

Plataformas como 4chan, 8chan, Reddit, Telegram e Discord são usadas para reunir homens com frustrações semelhantes. O Discord, em especial, plataforma muito utilizada por fãs de games onlines, se destaca por atrair jovens, permitir a criação de grupos privados e contar com moderação descentralizada, fatores que dificultam o controle de discursos extremistas.

No Brasil, esse tipo de cultura começou a se consolidar no início da década de 2010. Fóruns como o Dogolachan abrigaram discursos de ódio associados a crimes como o massacre de Suzano (2019). Outro caso relevante é o da professora e feminista Lola Aronovich, que passou a receber ameaças após criticar o comportamento misógino em seu blog “Escreva, Lola, escreva”.

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Imagem: Postmodern Studio/Shutterstock

A cultura incel e seus códigos

A cultura incel se sustenta em uma visão distorcida das relações afetivas e sexuais. Em sua base, está a ideia de que homens considerados “inferiores” são sistematicamente rejeitados por mulheres, que escolheriam apenas os parceiros mais atraentes e bem-sucedidos, os chamados Chads.

Essa lógica se apoia em uma crença pseudocientífica conhecida como regra 80/20, segundo a qual 80% das mulheres estariam interessadas apenas em 20% dos homens. Ao longo do tempo, essa subcultura desenvolveu termos, códigos e símbolos próprios. Abaixo, explicamos os principais conceitos:

Termos e símbolos comuns

  • Red pill: “acordar” para a suposta verdade de que o mundo é injusto com os homens.
  • Blue pill: permanecer “cego” ao sistema que favoreceria as mulheres.
  • Blackpill: o estágio mais radical, que acredita não haver solução; o fracasso dos incels seria biológico, genético e irreversível.
  • Chad: o estereótipo do homem idealizado: bonito, atlético, confiante. O inimigo simbólico dos incels.
  • Stacy: mulher jovem, atraente, vista como fútil e promíscua. Desejada pelos Chads, despreza os incels.
  • Becky: mulheres que são vistas como comuns, medianas ou “sem graça”, especialmente em comparação com a idealizada Stacy.
  • Sigma: arquétipo masculino “lobo solitário”, admirado por incels por ser solitário, autossuficiente e “acima do sistema”, uma espécie de Chad antissocial.
  • Beta: homem considerado submisso, mediano ou inferior na “hierarquia social dos machos”.
Memes incel populares (da esquerda para a direita): Virgin, Chad, Becky e Stacy. / Crédito: Researchgate (reprodução)

Estruturas da subcultura incel

  • Chans: fóruns anônimos como 4chan, Dogolachan e 55chan, marcados por linguagem críptica, posts efêmeros e conteúdo extremista. No Brasil, também há o Magochan, voltado a jovens isolados.
  • Channers: usuários desses fóruns, reconhecidos por gírias internas, hostilidade a novatos, trolling e a difusão de ideias misóginas e violentas.
  • Falhos: como alguns se autodenominam, são homens que se veem como fracassados e socialmente excluídos. Em casos extremos, incentivam ataques violentos como forma de vingança. Os autores do massacre de Suzano (2019) usavam essa identidade.
  • Atcvm Sanctvm (“Ato Santo”): expressão usada para glorificar massacres como os de Realengo (2011) e Suzano (2019), tratados por alguns membros desses fóruns como atos de “purificação”.

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Redpill: a metáfora que virou movimento

Matrix (1999) / Crédito: Warner Bros (divulgação)

O conceito de “redpill” (pílula vermelha) surgiu no filme “Matrix” (1999), como uma metáfora para despertar para uma realidade oculta. No entanto, o termo foi apropriado por comunidades online, especialmente em fóruns como Reddit e 4chan, e passou a simbolizar um “despertar” para supostas verdades sobre as relações de gênero.

Essa ideologia propaga a ideia de que os homens perderam espaço na sociedade e que precisam adotar comportamentos “estratégicos” e dominantes para recuperar sua posição. Os adeptos, chamados de redpillers, defendem valores como:

  • Realismo social: acreditam ver a sociedade como ela realmente é, sem o que chamam de “ilusão progressista”.
  • Masculinismo: valorização de atributos como força, frieza emocional e liderança.
  • Críticas ao feminismo: alegam que o movimento feminista teria deixado de buscar igualdade e agora favoreceria as mulheres.
  • Hierarquia nas relações: defendem que homens devem assumir o papel de “macho-alfa” para obter respeito e sucesso afetivo.

MGTOW e outras vertentes do masculinismo online

Logotipo do MGTOW / Crédito: Wikimedia (reprodução)

Dentro do universo das comunidades masculinas na internet, também chamada de manosfera, hpa outros movimentos expressam visões misóginas e ressentidas em relação às mulheres.

Um dos mais notórios é o MGTOW (“Men Going Their Own Way” ou “Homens Seguindo Seu Próprio Caminho”). Diferente dos incels, que desejam relacionamentos, mas se sentem rejeitados por mulheres, os MGTOW optam por se afastar completamente de vínculos afetivos, alegando que a sociedade moderna “dominada pelo feminismo” penaliza os homens em esferas como casamento, divórcio e paternidade.

Outro segmento da manosfera são os PUAs (“Pick-Up Artists”), que compartilham técnicas de sedução baseadas na manipulação e objetificação de mulheres, reforçando estereótipos misóginos e dinâmicas de poder abusivas.

A manosfera como porta de entrada para a radicalização

A conexão entre a manosfera e a extrema-direita é um objeto crescente de estudo por pesquisadores de radicalização digital. Esses espaços online oferecem:

  • Explicações simplistas para frustrações pessoais.
  • A construção de um “inimigo comum” (como feministas, progressistas, elites e imigrantes).
  • Um senso de pertencimento e propósito, especialmente entre jovens vulneráveis a discursos de ódio.

A intersecção entre misoginia, frustração sexual e ideologias extremistas tem se mostrado um terreno fértil para o recrutamento e a radicalização de homens, com impactos preocupantes tanto no ambiente virtual quanto no mundo real.

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Pode encher o tanque do carro até a boca? Entenda

Se você é motorista, com certeza já ouviu esta pergunta durante o abastecimento do seu carro: parar no automático ou encher até a boca? Saiba que, se escolher a segunda opção, além de não economizar combustível, poderá prejudicar o seu veículo.

Nesse caso, o ideal é que você sempre peça para interromper o abastecimento no automático. Além disso, vale conferir o manual do seu automóvel para saber o momento ideal de para de colocar o combustível: no primeiro, segundo ou terceiro desarme. 

Caso você não tenha mais o manual, como forma de precaução, encha apenas até o primeiro desarme. Nas próximas linhas, o Olhar Digital apresenta os principais motivos para não encher o tanque de combustível até a boca. Continue a leitura e confira!

Quais problemas podem ocorrer com o carro ao encher o tanque até a boca?

Além de aumentar o consumo de combustível, em vez de economizar, encher o tanque do carro até a boca pode danificar o cânister, um filtro com carvão ativado essencial para o sistema de controle de emissões de gases dos automóveis, implementado na década de 1990.

Cânister Filtro Carvão Ativado Original Gol Santana Kombi – Imagem: Reprodução/Mercado Livre – Estacaopcsvw

O equipamento capta e filtra os vapores que saem do tanque, enviando os gases para o motor, onde são queimados na mistura ar-combustível. Dessa forma, há uma redução na emissão de poluentes. O cânister também melhora a eficiência do combustível e previne cheiros fortes.

Porém, se você pedir ou optar pela opção de encher o reservatório até a boca, em vez de sair vapor do tanque, será liberado líquido. Dessa forma, ao longo do tempo o equipamento vai sendo danificado. A reparação dessa peça geralmente custa caro. 

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bomba de combustível de veículo com etanol ou gasolina.
Confira as avaliações de outros motoristas sobre determinados postos de gasolina (Reprodução: Leonidas Santana/Shutterstock)

Além disso, colocar combustível demais pode causar vazamentos e assim danificar peças do motor e até a pintura do carro. Outro ponto importante é que ao encher muito o tanque, você está deixando o carro pesado, o que eleva o gasto de gasolina ou álcool. 

Vale destacar que, com o comprometimento do cânister, há um aumento da poluição gerada pelo automóvel. Os funcionários do posto também podem sofrer com a prática, pois se expõem ainda mais ao benzeno, um gás considerado cancerígeno.

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Por que as abelhas são tão importantes?

Você sabia que um em cada três garfadas de comida que você consome depende da polinização? Sem abelhas, nosso prato poderia ser bem mais vazio.

Esses pequenos insetos desempenham um papel essencial no meio ambiente, principalmente através da polinização, que sustenta ecossistemas e a produção agrícola. Esse processo ocorre quando as abelhas coletam néctar e pólen para suas colônias, transferindo pólen de uma flor para outra, o que permite a reprodução das plantas.

Estima-se que cerca de 75% das culturas alimentares — incluindo frutas, como maçãs e morangos; vegetais, como brócolis e cenouras; e grãos, como nozes — dependem em algum grau da polinização animal. A abelha entra como um dos principais agentes polinizadores.

Isso não apenas beneficia diversas espécies vegetais, mas também aumenta a produtividade agrícola, impactando diretamente a economia e a segurança alimentar global.

Entenda o funcionamento de uma colmeia

Em uma colônia de abelhas, a organização é altamente hierárquica e funcional.

Abelhas em uma flor (Imagem: Aliaksei Marozau/Shutterstock)

Cada colmeia possui uma abelha-rainha, operárias e zangões, cada um com papéis específicos. A abelha-rainha é responsável pela reprodução, colocando milhares de ovos para garantir a continuidade da colônia.

As operárias, que são estéreis, realizam várias tarefas, como construção dos favos, alimentação das larvas e coleta de pólen e néctar.

Os zangões, por sua vez, têm como função principal a reprodução com a rainha. Essa estrutura hierárquica mantém a colônia eficiente, maximizando a coleta de recursos e a proteção da colmeia.

Como os humanos ameaçam as abelhas

O uso de inseticidas é uma ameaça grave para as populações desses animais. Pesquisas recentes da Universidade de Oxford revelaram que as abelhas-bumblebees (Bombus terrestris) não conseguem detectar pesticidas no néctar, mesmo em concentrações letais.

Homem espalhando inseticida
Homem espalhando inseticida (Reprodução: Garda Pest Control Indonesia/Pexels)

Utilizando duas metodologias — eletrofisiologia para registrar as respostas neurais nas partes bucais das abelhas e experimentos de comportamento alimentar com soluções de açúcar e pesticidas —, os pesquisadores mostraram que as abelhas consumiam a mesma quantidade de néctar, independentemente da presença de pesticidas.

Isso sugere que, sem mecanismos para evitar a ingestão de néctar contaminado, as abelhas estão em alto risco de exposição a pesticidas, o que pode comprometer a polinização de culturas agrícolas.

A exposição prolongada a pesticidas, como os neonicotinóides, pode levar ao colapso das colônias, que ameaça tanto as abelhas quanto a biodiversidade das plantas que elas polinizam.

Além disso, o uso indiscriminado de inseticidas e a monocultura, que reduz a diversidade de flores e habitats disponíveis, impactam negativamente a saúde das abelhas, enfraquecendo sua imunidade e reduzindo suas populações.

Por último, as mudanças climáticas — grande parte influenciadas pela poluição e destruição dos recursos naturais — influenciam muito na população de abelhas. Isto é, as consequências ambientais, resultantes das ações humanas, impactam tanto a fauna quanto a flora a nível mundial, o que também inclui as abelhas.

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E qual a importância desses insetos? 

Preservar as abelhas é fundamental para a manutenção do equilíbrio ecológico e da segurança alimentar. Por serem polinizadores, esses insetos são responsáveis pela reprodução de inúmeras espécies vegetais, mantendo a biodiversidade e, consequentemente, auxiliando na produção de alimentos.

Abelha parada, examinando o ambiente ao redor com as asas fechadas
Abelha examinando o ambiente ao redor (Reprodução: Kai Wenzel/Unsplash)

Estratégias como o uso de pesticidas orgânicos, a criação de áreas de proteção para polinizadores e o incentivo à agricultura sustentável são práticas que podem ajudar a reverter o declínio das populações das abelhas.

Além disso, ações para aumentar a diversidade vegetal, como o plantio de flores nativas e a criação de jardins de polinizadores, oferecem fontes de alimento e abrigo.

Assim, as abelhas são não apenas essenciais para a polinização e a produção de alimentos, mas também para a estabilidade dos ecossistemas. A sua proteção é uma questão de destaque, envolvendo desde a agricultura até o consumidor final, para preservar esses insetos tão essenciais ao meio ambiente.

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Como funciona a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência amplamente utilizado, mas ainda cercado por dúvidas e mitos.

Muitas mulheres recorrem a ela após relações sexuais desprotegidas ou quando há falha no método contraceptivo regular, como o rompimento do preservativo. No entanto, é essencial compreender como funciona a pílula do dia seguinte para usá-la de maneira segura e eficaz.

Diferente dos anticoncepcionais de uso contínuo, a pílula do dia seguinte atua de forma pontual, interferindo no ciclo menstrual para evitar a gestação. Contudo, sua eficácia depende do tempo de administração e de características individuais da usuária. Além disso, seu uso frequente pode trazer riscos à saúde.

Para esclarecer as principais dúvidas, explicamos o que é a pílula do dia seguinte, como ela age no organismo e quais são os cuidados necessários para seu uso correto.

Pílula do dia seguinte: o que é e por que tem esse nome?

A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência que pode ser usado após uma relação sexual desprotegida.

Útero e ovários (Reprodução: Orawan Pattarawimonchai/Shutterstock)

Sua principal função é prevenir a gestação ao inibir ou retardar a ovulação. Dependendo do momento do ciclo menstrual da mulher, também pode dificultar a fertilização do óvulo pelo espermatozoide ou impedir a implantação do embrião no útero.

O medicamento surgiu na década de 1960, mas foi somente nos anos 1990 que começou a ser amplamente utilizado em diversos países.

No Brasil, a pílula do dia seguinte chegou oficialmente no final dos anos 1990 e, atualmente, é encontrada em farmácias e alguns postos de saúde públicos. Seu nome se deve ao fato de ser mais eficaz quando tomada o mais rápido possível após a relação sexual desprotegida.

A compra da pílula não exige receita médica e ela está disponível em versões de dose única ou em dois comprimidos. Em unidades básicas de saúde (UBS), é possível encontrar a pílula gratuitamente, especialmente para vítimas de violência sexual.

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Qual a ciência por trás da pílula do dia seguinte? Entenda como ela funciona

A pílula do dia seguinte é composta, na maioria das vezes, por levonorgestrel: um hormônio sintético que impede ou atrasa a ovulação.

punhado de remédios repousados em uma mesa
Punhado de remédios repousados em uma mesa (Reprodução: nito/Shutterstock)

Em alguns casos, pode conter acetato de ulipristal, que é um modulador de progesterona que também interfere no processo de ovulação.

Para ser mais eficaz, a pílula deve ser ingerida o mais rápido possível após a relação sexual desprotegida.

O ideal é tomá-la dentro das primeiras 24 horas, quando sua eficácia pode chegar a 95%. Após esse período, sua taxa de sucesso diminui progressivamente, podendo ser usada até 72 horas depois, com eficácia reduzida.

Apesar de sua alta taxa de sucesso, ainda é possível engravidar mesmo após o uso da pílula. Isso pode acontecer caso a ovulação já tenha ocorrido antes da ingestão ou se houver falha na absorção do medicamento pelo organismo.

Como saber se a pílula do dia seguinte fez efeito?

Não há um sintoma específico que indique se a pílula funcionou. No entanto, algumas mulheres podem apresentar efeitos colaterais como náuseas, dores de cabeça e alterações no ciclo menstrual.

Caso a menstruação atrase mais de uma semana, é recomendável realizar um teste de gravidez para descartar uma possível gestação.

Quais mudanças a pílula do dia seguinte causa no corpo?

Por ser uma dose alta de hormônio, a pílula pode provocar alterações no ciclo menstrual, tornando a menstruação irregular nos meses seguintes.

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Ilustração sobre o período menstrual (Imagem: La corneja artesana/Shutterstock)

Além disso, usuárias relatam efeitos colaterais como tontura, fadiga, dor abdominal, sensibilidade nos seios e alteração no humor.

O que acontece se tomar a pílula do dia seguinte em excesso?

A pílula do dia seguinte não deve ser utilizada como método contraceptivo regular. Seu uso frequente pode causar desregulações hormonais severas, aumentando o risco de efeitos colaterais graves.

Há diversos relatos de mulheres que, por pressão de parceiros, tomam a pílula seguidamente como substituto de métodos contraceptivos convencionais.

Isso pode levar a complicações sérias, como hemorragias, problemas hepáticos, alterações no endométrio e, em casos extremos, internação ou até óbito. Dito isso, o uso dessa pílula deve ser pontual e nunca frequente.

Portanto, a pílula do dia seguinte deve ser usada apenas em situações emergenciais, e o ideal é investir em métodos contraceptivos regulares, como anticoncepcionais diários ou dispositivos intrauterinos (DIU), além do uso de preservativos para prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

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O que são as caspas e por que elas aparecem?

Coceira, irritação no couro cabeludo, pequenos flocos brancos que aparecem entre os fios de cabelo e que incomodam muita gente: esses e outros sintomas são causados pela caspa.

De acordo com a pesquisa desenvolvida pelo Instituto Ilumeo em parceria com a empresa Head & Shoulders, cerca de 70% dos brasileiros têm ou já tiveram caspa, enquanto apenas 35% resolveram procurar ajuda de um dermatologista.

Mas por que a caspa insiste em aparecer? O que exatamente são essas escamas e, o mais importante, como podemos tratá-las? Se você está em busca de respostas para essas perguntas, leia o texto a seguir.

O que são as capas?

A caspa, também chamada de dermatite seborreica, é uma inflamação (geralmente fúngica) que acomete o couro cabeludo e resulta em descamação.

Mulher investigando caspas no cabelo de outra mulher (Reprodução: @Freepik/Freepik)

De acordo com a tricologista e professora de Terapia Capilar, Edna Braga, a caspa se prolifera devido à oleosidade do couro cabeludo e esse sebo se torna alimento para fungos, que se reproduzem no local. Geralmente, quem tem o couro cabeludo mais oleoso, tem mais propensão a desenvolver o problema. 

De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, as placas brancas que se soltam na base dos fios de cabelo são formadas porque as glândulas sebáceas (que produzem a oleosidade) incham e passam a produzir secreção oleosa em excesso, que se acumula no couro cabeludo.

A tricologista destacou hábitos que contribuem para proliferação da caspa, como: dormir com os cabelos molhados, em decorrência dos fungos gostarem de ambientes úmidos, e a falta de frequência na higienização do cabelo.

A caspa não é proveniente da falta de higiene. Porém, quando a pessoa fica muito tempo sem higienizar o couro cabeludo, fica mais oleoso, o que faz com que a caspa apareça com mais facilidade“, ressaltou Edna.

Sobre como evitar a descamação do couro cabelo, a profissional explica que “Evitar 100% a caspa é impossível, porque tem pessoas que, quando a imunidade baixa, ela tem mais propensão a ter caspa. Às vezes, uma simples mudança de estado ou de país, a pessoa que não tinha caspa passa a ter. Não é uma coisa assim tão fácil de evitar, mas existem dicas que ajudam a diminuir as crises, porque ela não tem cura e não é contagiosa“.

Dicas para evitar a caspa

  • Trocar a fronha mais vezes na semana;
  • Lavar o cabelo com frequência;
  • Não usar bonés, toucas, acessórios que abafem o couro cabelo;
  • Não dormir com o cabelo molhado;
  • Evitar que cosméticos entrem em contato com couro cabeludo.
Trocar a fronha do travesseiro de 2 a 3 vezes por semana pode ser útil contra as caspas (Imagem: Hooti/Divulgação)

É importante ressaltar que, em caso de ocorrência de caspa, o médico dermatologista ou tricologista deve ser consultado.

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É possível tratar caspa?

Existem diversas maneiras de tratar a caspa, como a terapia capilar e até com a ozonioterapia: uma técnica que utiliza ozônio para estimular a circulação e promover a regeneração do couro cabeludo.

Além disso, a aplicação de óleos essenciais específicos podem ajudar a equilibrar a oleosidade e reduzir a descamação.

Escolher shampoos com limpeza mais pesada também pode ajudar: cosméticos com o cetoconazol na composição ajudam a combater fungos e ainda oferecem ação anti-inflamatória. Outras substâncias, também presente no shampoo, podem ajudar a aumentar o poder de limpeza, como é o caso de ácidos (salicílico e glicólico, por exemplo). Além, é claro, da presença de tensoativos mais agressivos, como o Sodium Lauryl Sulfate e Sodium Laureth Sulfate.

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Como é avaliada a potência de um carro e moto?

A potência de um veículo sempre chama atenção nas fichas técnicas, especialmente quando falamos em desempenho. Mas o que esse número realmente representa e como ele é medido?

Entender esse conceito ajuda motoristas a escolherem melhor seus veículos e a compreenderem o comportamento do motor em diferentes situações de uso. Então, vamos entender como se avalia a potência de um carro? Continue a leitura.

O que é a potência de um veículo, como carros e motos?

Potência é a quantidade de trabalho que um motor consegue realizar em um determinado tempo.

Com o novo motor “G20E”, a Toyota demonstra sua ambição de competir de igual para igual com as marcas premium alemãs. (Imagem: Divulgação/Toyota)

No mundo automotivo, a medida que avalia a potência de um carro é tradicionalmente expressa em “cavalos-vapor” (cv) ou “horsepower” (hp).

A origem dessa unidade vem do século XVIII, quando James Watt (sim, o mesmo da eletricidade), um dos pioneiros da Revolução Industrial, comparou o desempenho de suas máquinas a vapor à força dos cavalos usados na tração de cargas.

Mesmo com o advento do Sistema Internacional de Unidades, que utiliza o watt como unidade padrão, o “cavalo-vapor” continua sendo uma medida amplamente adotada na indústria automotiva, principalmente por sua familiaridade com o público.

Como é avaliada a potência de um carro e moto?

Tesla Model S Plaid x Hayabusa
Reprodução/YouTube/Drag Racing & Car Stuff

Dinamômetro

O método mais comum para avaliar a potência de um veículo é por meio de um equipamento chamado dinamômetro. O veículo é acoplado a esse aparelho, que simula condições de uso real e mede o torque gerado pelas rodas ou diretamente no motor. A partir disso, é possível calcular a potência com precisão.

Existem diferentes tipos de dinamômetros de motor, de chassi ou de transmissão, e cada um é usado de acordo com o tipo de análise desejada. Esses testes são realizados tanto por fabricantes quanto por oficinas especializadas e preparadores automotivos.

Fórmula de cálculo

Uma das formas clássicas de calcular a potência de um motor é por meio da seguinte fórmula:

  • Horsepower (HP) = (Torque x RPM) / 5.252

Essa equação é amplamente aceita em testes de bancada e combina o torque (força de rotação) com a rotação do motor por minuto (RPM). A constante 5.252 surge de uma conversão baseada em unidades de força e movimento angular, como mostra a Power Test LLC.

Em outras palavras, quanto maior o torque e a rotação do motor, maior será a potência entregue. Isso significa que um carro com torque alto em rotações elevadas tende a ter um desempenho mais agressivo, ideal para pistas ou manobras que exigem aceleração rápida.

Diferença entre potência bruta e líquida

Um detalhe importante é a diferença entre potência bruta e potência líquida. A potência bruta é medida sem considerar perdas por atrito de componentes auxiliares do motor, como alternador, ar-condicionado e escapamento.

Início de uma corrida na Fórmula 1
Início de uma corrida na Fórmula 1 – Imagem: Michael Cola / Shutterstock

Já a potência líquida leva esses fatores em conta e costuma representar melhor o que o motor entrega no uso real.

Por isso, entender como se avalia a potência de um carro é importante na hora de comparar modelos diferentes.

É importante saber qual tipo de medição está sendo usado. No Brasil, por exemplo, o padrão atual é a medição líquida segundo normas do Inmetro, o que traz maior fidelidade à experiência do motorista.

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Potência nas motos

Nas motocicletas, a medição da potência segue o mesmo princípio, mas os valores são adaptados ao tamanho e uso do motor.

Primeiras unidades chegarão às concessionárias em fevereiro (Imagem: Yamaha/Divulgação)

Muitas motos têm motores menores, com altas rotações, o que resulta em potências mais modestas, mas com respostas rápidas e leves.

Modelos esportivos podem ter potências elevadas para garantir desempenho em pistas, enquanto motos urbanas prezam por eficiência e economia, mesmo com números de potência mais baixos.

Importância da potência na prática

Ter um veículo com alta potência não significa apenas velocidade. Potência está diretamente ligada à capacidade de carga, retomadas, aceleração e segurança em ultrapassagens.

No entanto, para o uso urbano, veículos com potências moderadas costumam ser mais eficientes e econômicos.

Ao avaliar a potência de um veículo, é essencial considerar o perfil de uso: um carro de 300 cv pode ser ótimo para pistas ou viagens longas, mas pode consumir mais combustível e exigir mais manutenção no uso diário.

Com informações de Power Test, LLC

Qual a moto mais rápida do mundo atualmente?

A moto mais rápida do mundo atualmente é a Dodge Tomahawk, capaz de atingir velocidades próximas a 560 km/h.

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