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Europa prepara resposta às tarifas de Trump — o que vem a seguir?

A União Europeia (UE) prepara-se para anunciar um conjunto de medidas em resposta à imposição de tarifas pelo governo Trump. O anúncio detalhará uma estratégia que visa atingir setores cruciais da economia americana, incluindo gigantes da tecnologia e o setor financeiro.

A decisão de responder às tarifas americanas surge após o anúncio do ex-presidente Donald Trump de sobretaxas de 20% sobre todos os produtos importados da UE. A medida, que Trump classificou como um “Dia da Libertação”, colocou o bloco europeu em alerta, exigindo uma resposta.

A estratégia de retaliação da UE

  • A UE, que inicialmente esperava tarifas ainda mais elevadas, de até 25%, agora busca equilibrar a necessidade de retaliar para evitar uma escalada prejudicial nas tensões comerciais.
  • No centro da estratégia de retaliação da UE está a Lei de Mercados Digitais (DMA), uma legislação inovadora que visa regular o poder de mercado das grandes empresas de tecnologia.
  • A DMA oferece à UE a capacidade de impor multas substanciais a empresas como Apple e Meta, caso sejam consideradas em violação das regras de concorrência.
  • A utilização da DMA como ferramenta de retaliação sinaliza uma mudança na abordagem da UE, que busca utilizar seu poder regulatório para proteger seus interesses econômicos.
Estratégia de retaliação da UE envolve a Lei de Mercados Digitais (DMA), que visa regular o poder de mercado das grandes empresas de tecnologia. (Imagem: shutterstock/Yavdat)

Além do setor tecnológico, a UE também considera medidas que podem afetar o setor financeiro americano. Restrições à atuação de bancos dos EUA na Europa, a exclusão de empresas americanas de licitações para contratos governamentais europeus e a limitação de direitos de propriedade intelectual estão entre as opções em análise.

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Apesar da variedade de opções de retaliação, a UE enfrenta o desafio de alcançar um consenso entre seus 27 membros. As diferentes prioridades dos países do bloco europeu exigem um equilíbrio, especialmente em relação a setores como o vinícola, que enfrenta ameaças de tarifas elevadas, e a atração de multinacionais americanas, que representam investimentos significativos.

Com informações da Folha de São Paulo.

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Zuckerberg apoiou Trump abertamente – agora quer a retribuição

A proximidade das big techs com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste início de mandato impressiona. Veja o caso de Mark Zuckerberg.

O CEO da Meta ficou na primeira fileira do evento de posse do republicano. Ele também doou US$ 1 milhão para o fundo do novo presidente e fez uma série de visitas à propriedade de Trump em Mar-a-Lago.

Isso sem contar as decisões internas da companhia, que estão intimamente ligadas à visão de mundo de Trump – e ao seu espectro político. Zuckerberg, por exemplo, descartou a equipe de diversidade da Meta, encerrou seu programa de verificação de fatos e nomeou o presidente do UFC, Dana White, um aliado de Trump, para o conselho da big tech.

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Isso tudo porque Zuckerberg acha Trump mais bonito e competente do que Joe Biden e Kamala Harris? A resposta, obviamente, é não.

No mundo dos negócios, há aquela máxima que diz o seguinte: não existe almoço grátis. E isso pode se aplicar muito bem a esse caso sobre o qual estamos falando agora.

O presidente Donald Trump recebeu apoio de diversas personalidades do mundo da tecnologia – Imagem: Anna Moneymaker (Trump), rakeshmehta (logo Meta) – Shutterstock. Edição: Olhar Digital

A Meta e a União Europeia

  • Segundo informa o The Wall Street Journal, executivos da Meta vem pressionando autoridades comerciais dos EUA a enfrentar a União Europeia.
  • O bloco está prestes a aplicar multas pesadas à big tech dentro da chamada lei Digital Markets Act.
  • O dispositivo vê ilegalidade no modelo de publicidade do Instagram e do Facebook, mais especificamente no formato “pague ou consinta”.
  • Esse formato prevê que usuários paguem uma mensalidade para não receber anúncios personalizados.
  • De acordo com o bloco, esse conjunto de medidas visa proteger o cidadão comum e ajudar empresas menores a competir com gigantes da tecnologia.
  • A União Europeia pode aplicar uma multa de até 10% da receita anual da Meta.
  • Isso equivale a exorbitantes US$ 16 bilhões – com base nos lucros da empresa em 2024.
  • Zuckerberg já acusou publicamente os europeus de censura contra as redes sociais americanas.
  • A Meta espera que a pressão dos EUA convença a Comissão Europeia, o braço executivo do bloco, a aliviar essa multa.
Ícones dos aplicativos do Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger, redes sociais da Meta, em tela inicial de um iPhone colocado sobre teclado de notebook
Decisão da União Europeia pode minar os lucros da Meta no continente – Imagem: miss.cabul/Shutterstock

Preocupação com modelo de negócio

Além da multa em si, a Meta teme que a UE possa tentar forçá-la a vender anúncios “menos personalizados”. Isso prejudicaria bastante os negócios da empresa.

Eu indago a você: se o Facebook e o Instagram são aplicativos gratuitos para baixar, onde a Meta lucra afinal? Já li especialistas na área afirmarem o seguinte: se o app é de graça, provavelmente o produto é você!

Explico: essas empresas utilizam seus dados para entender os hábitos de consumo e suas pesquisas na rede. E elas podem “vender” esses dados para outras companhias, que personalizam o anúncio diretamente para um público com interesse em seu produto.

Ao barrar esse movimento e a cobrança por anúncios não personalizados, a União Europeia poderia minar a receita da Meta na Europa, uma região que responde por quase um quarto da receita global da empresa.

Ao fundo, desfocada, a bandeira da União Europeia; à direita, pessoa segurando um smartphone, no qual é exibida uma página da Meta
Relação do bloco com a big tech parece ter azedado de vez – Imagem: rarrarorro/Shutterstock

Nesse contexto, Trump representa uma esperança pela mudança. Além da pressão diplomática, o republicano também tem outra arma nas mãos: as suas tarifas abusivas.

Um novo pacote voltado para o Velho Continente pode fazer com que os reguladores europeus revejam algumas ideias. A Meta agradeceria. Por enquanto, porém, a empresa apenas espera. E cobra alguns favores do governo Trump.

As informações são do The Wall Street Journal.

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Europa: empresas de IA correm contra o tempo; entenda

As empresas europeias que estão investindo pesadamente em inteligência artificial generativa precisam começar a mostrar resultados concretos até o próximo ano, ou correm o risco de perder o apoio dos investidores, que estão cada vez mais exigentes. As informações são da Reuters.

O mercado de ações, que já enfrentava pressões devido ao aumento dos temores de recessão, foi ainda mais impactado pelo lançamento do modelo chinês DeepSeek, que exige menos chips caros, afetando negativamente as fabricantes de hardware como Nvidia.

Embora o entusiasmo sobre o potencial da IA para impulsionar a produtividade e os lucros continue, os investidores agora demonstram preferência por empresas que adotam a tecnologia, como RELX e SAP, em vez das que apenas fornecem chips e hardware.

No entanto, os adotantes de IA também precisarão mostrar retornos reais para evitar que os investidores percam a paciência.

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Empresas europeias que investem pesadamente em inteligência artificial precisam demonstrar resultados concretos até 2026 (Imagem: gopixa/Shutterstock)

Ações em queda

  • As ações de fabricantes de hardware, como ASM International e BE Semiconductor, caíram significativamente após a introdução do DeepSeek.
  • Em contraste, empresas que adotam IA, como SAP, que recentemente superou a Novo Nordisk em valor de mercado, enfrentaram quedas menores.
  • Uma pesquisa da Fidelity mostrou que a maioria dos analistas não espera um impacto significativo na lucratividade até 2025, mas gestores de portfólio indicaram que, se os resultados não aparecerem até 2026, a paciência dos investidores se esgotará.

Com as avaliações de ações de IA sendo caras, os investidores exigem que as empresas mostrem benefícios concretos para justificar os altos preços. A principal preocupação é a falta de casos de uso viáveis e impactantes que comprovem os gastos com IA.

Bandeira da União Europeia em dia ensolarado
A dificuldade em mostrar resultados lucrativos pode levar a saída de investidores, impacientes com os gastos de IA na Europa – Imagem: Dusan_Cvetanovic/Pixabay

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Europa: Apple busca evitar multa sobre navegadores nos iPhones

A Apple tomou medidas para evitar uma possível multa e uma ordem da União Europeia (UE) sobre as suas opções de navegador nos iPhones, após implementar mudanças para atender às regras históricas da UE que visam controlar as grandes empresas de tecnologia, segundo informações exclusivas da Reuters.

A Comissão Europeia, que iniciou uma investigação em março do ano passado sob o Digital Markets Act (DMA), deve concluir sua apuração no início da próxima semana, disseram as fontes.

A preocupação da Comissão era de que o design do navegador da Apple nos iPhones pudesse dificultar a troca dos usuários para navegadores ou motores de busca rivais.

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Comissão Europeia encerra investigação e aplicará multas à Apple e Meta, enquanto exige cumprimento de novas regulamentações – Imagem: New Africa/Shutterstock

Tensões com o governo Trump

  • A decisão da UE será tomada em um contexto de tensões com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que ameaçou impor tarifas a países que apliquem multas contra empresas americanas.
  • O comissário de Concorrência da UE se recusou a comentar.
  • O DMA estabelece uma série de obrigações e restrições para as grandes empresas de tecnologia, com o objetivo de facilitar a migração dos usuários entre serviços concorrentes, como plataformas de redes sociais, navegadores de internet e lojas de aplicativos, e permitir maior competição para os rivais menores.
  • As empresas podem ser multadas em até 10% de suas vendas anuais globais por violações do DMA.

A conclusão da investigação da Comissão ocorrerá ao mesmo tempo em que a UE aplica multas à Apple e à Meta Platforms por violações do DMA e exige que ambas cumpram as novas regulamentações, segundo as fontes.

No caso da Apple, a questão envolve a imposição de restrições que dificultam que os desenvolvedores de aplicativos informem os usuários sobre ofertas fora da App Store sem custos adicionais.

Já o caso da Meta refere-se ao seu serviço de assinatura sem anúncios na Europa, lançado em novembro de 2023, o qual gerou críticas de concorrentes e usuários, com os reguladores afirmando que a empresa deveria oferecer alternativas gratuitas.

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Apple precisa se adatar a obrigações e restrições para as grandes empresas de tecnologia na Europa (Imagem: daily_creativity /Shutterstock)

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Guerra dos chips: União Europeia tem um novo plano

Impulsionar a indústria de chips semicondutores é uma das prioridades da União Europeia. O bloco já manifestou publicamente a intenção de investir pesado em tecnologias avançadas e entrar de vez na disputa pela hegemonia global.

Neste sentido, nove países estão trabalhando em uma proposta para acelerar os planos europeus relacionados ao tema. Esta coalizão inclui governos como os da Itália, França, Alemanha, Espanha e Holanda, por exemplo.

Investimentos públicos e privados no setor de chips semicondutores

A ideia seria criar um segundo programa de financiamento da UE para a indústria de semicondutores após a Lei de Chips de 2023. Essa legislação, atualmente em revisão, não atingiu os principais objetivos, mas é considerada como responsável por ter evitado uma deterioração da indústria europeia.

Novo programa de financiamento para o setor de chips pode ser anunciado (Imagem: Ivan Marc/Shutterstock)

No entanto, a iniciativa foi criticada por ser muito lenta. Agora, os europeus querem acelerar prazos e processos, garantindo fundos públicos e privados para alavancar o crescimento do setor de chips semicondutores.

Segundo reportagem da Reuters, a coalizão está examinando qual seria a demanda interna dos países europeus para que as empresas saibam que vale a pena começar a investir. A Comissão Europeia também disse apoiar a iniciativa.

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Montagem sobre Guerra dos Chips com bandeiras da China e dos Estados Unidos
EUA querem impedir acesso da China aos chips semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
  • Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.

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Reguladores antitruste da Europa encurralam Google e Apple 

Google e Apple vão responder a novos processos por violação de regras da Lei de Mercados Digitais na Europa, segundo Reuters. A Comissão Europeia não se intimidou com as ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, e deve apertar o cerco às big techs.

Nesta quarta-feira (19), a reguladora antitruste da União Europeia (UE) divulgou conclusões preliminares sobre prática do Google no Google Play. O caso investiga se a gigante estadunidense restringe desenvolvedores de informar usuários sobre ofertas fora de sua loja de aplicativos.

Os reguladores concluíram que há favorecimento de serviços de busca associados, como Google Shopping, Google Hotels e Google Flights, em detrimento de concorrentes. A avaliação é de que a Alphabet (controladora da empresa) impede o direcionamento livre dos consumidores para outros canais em busca de melhores ofertas, segundo a agência de notícias.

Europa quer flexibilizar restrições na loja de aplicativos do Google (Imagem: Mojahid Mottakin/Shtterstock)

Em um blog, o diretor sênior de concorrência do Google, Oliver Bethell, se manifestou sobre o relatório. “As conclusões da Comissão exigem que façamos ainda mais mudanças na forma como mostramos certos tipos de resultados de pesquisa, o que tornaria mais difícil, para as pessoas, encontrarem o que estão procurando e reduziria o tráfego para empresas europeias”, escreveu.

Os reguladores também consideraram “injustificado” o valor cobrado pela gigante das buscas para a aquisição inicial de novo cliente por um desenvolvedor de aplicativo. Mas, segundo Bethell, a taxa é razoável e garante o funcionamento da plataforma aberta.

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O Google tem essas questões a resolver, já a Apple…

A Comissão Europeia determinou que a Apple terá que fornecer acesso para fabricantes rivais de smartphones, fones de ouvido e headsets de realidade virtual à sua tecnologia e sistemas operacionais móveis, o iOS e o iPadOS. O objetivo é garantir que os equipamentos possam se conectar com iPhones e iPads.

O órgão estabeleceu cronograma para que a empresa responda às solicitações dos desenvolvedores, garantindo que os sistemas se tornem interoperáveis futuramente. A Apple criticou a medida.

“As decisões de hoje nos envolvem em burocracia, diminuindo a capacidade da Apple de inovar para usuários na Europa e nos forçando a oferecer nossos novos recursos de graça para empresas que não precisam seguir as mesmas regras“, disse a empresa em e-mail enviado à Reuters.

É ruim para nossos produtos e para nossos usuários europeus. Continuaremos a trabalhar com a Comissão Europeia para ajudá-los a entender nossas preocupações em nome de nossos usuários”, acrescentou.

Silhueta de pessoas usando notebooks e celulares embaixo de logotipo da Apple
Apple diz que medida envolve a empresa em “burocracias” (Imagem: kovop/Shutterstock)

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Europa: Apple precisa facilitar integração do iOS com aparelhos de terceiros

A Comissão Europeia está ordenando que a Apple melhore a compatibilidade do iOS com dispositivos de terceiros, como smartwatches e fones de ouvido.

Em duas decisões vinculativas sob o Digital Markets Act (DMA), uma legislação europeia que regula grandes empresas digitais, a Comissão determinou que a Apple permita mais acesso aos desenvolvedores e fabricantes de dispositivos.

Isso facilitará o pareamento, a transferência de dados e a exibição de notificações em dispositivos de terceiros conectados aos iPhones e iPads.

Além disso, a Apple terá que ser mais transparente sobre a interoperabilidade, fornecendo documentação técnica detalhada sobre como seus dispositivos funcionam com gadgets externos e estabelecendo um cronograma mais previsível para a análise de solicitações de integração.

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Europa busca promover mais transparência e concorrência no mercado de dispositivos conectados. (Reprodução: Lloyd Dirks/Unsplash)

Ordem para a Apple não é uma punição

  • Essas decisões não têm caráter punitivo, mas visam orientar a Apple sobre como cumprir as exigências do DMA, sem penalizá-la por violações.
  • A Apple ainda pode contestar as decisões, que estão sujeitas a revisão judicial.
  • Em resposta, a empresa expressou preocupações de que essas novas exigências possam desacelerar a inovação e forçá-la a ceder recursos sem a compensação adequada, especialmente para empresas que não seguem as mesmas regras.

No entanto, a Comissão Europeia defendeu que essas medidas visam promover maior clareza regulatória e garantir uma interoperabilidade mais eficaz, o que, segundo a vice-presidente executiva Teresa Ribera, trará mais opções para os consumidores no crescente mercado de dispositivos conectados.

A Comissão acredita que essas mudanças ajudarão a abrir o ecossistema da Apple, permitindo mais inovações por parte de terceiros e ampliando a escolha dos usuários.

Logo da Apple
A Apple precisará adaptar sua tecnologia para as normas que visam competição justa na Europa – Imagem: 360b/Shutterstock

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Europa ganha nova loja de aplicativos. E é só de jogos

Usuários do iPhone na União Europeia ganharam mais uma opção para baixar jogos em aplicativos móveis. O Skich já está disponível para download para iOS por meio de seu site oficial. A plataforma diz que vai oferecer uma “experiência mais personalizada” em comparação com outros aplicativos. Uma versão para Android está em desenvolvimento.

Os jogos, no entanto, ainda não estão disponíveis. Ao site The Verge, o CEO do Skich, Sergey Budkovski, disse que a plataforma recebeu solicitações de cerca de 20 desenvolvedores “até agora”, e que o portfólio será atualizado ainda neste mês.

Até então, o Skich funcionava apenas como um serviço de recomendação de jogos para dispositivos móveis, direcionado os usuários para a App Store. Agora, terá uma loja própria.

Loja de aplicativos vai disponibilizar portfólio a partir deste mês (Imagem: Skich/Divulgação)

Na nova empreitada, a loja vai aplicar uma taxa de 15% aos desenvolvedores para cada compra feita na Skich Store, incluindo microtransações realizadas dentro dos jogos. A cobrança é mais baixa do que os 20% exigidos da Apple na União Europeia.

“Desenvolvemos um sistema de recomendação semelhante ao Tinder que combina perfeitamente jogadores com jogos”, disse Budkovski ao The Verge. “O algoritmo por trás dele é alimentado por 240 gêneros, o que é 14 vezes mais do que se pode encontrar na App Store.”

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Mudanças na lei

O lançamento do Skich vai de encontro com as flexibilizações do mercado de aplicativos alternativos com a Lei de Mercados Digitais da União Europeia. O objetivo é tornar o “setor digital mais justo”, com regras claras para operação dos chamados “gatekeepers” (mecanismos de busca online, lojas de aplicativos, serviços de mensagens).

Plataforma quer ser “Tinder” dos jogos (Imagem: Skich/Divulgação)

Os gatekeepers terão as seguintes obrigações:

  • Permitir que terceiros interoperem com os serviços do próprio gatekeeper em determinadas situações específicas;
  • Permitir que seus usuários comerciais acessem os dados que eles geram ao usar a plataforma do gatekeeper;
  • Fornecer às empresas que anunciam em sua plataforma as ferramentas e informações necessárias para que anunciantes e editores realizem sua própria verificação independente de seus anúncios hospedados pelo gatekeeper;
  • Permitir que seus usuários comerciais promovam sua oferta e concluam contratos com seus clientes fora da plataforma do gatekeeper.

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Noruegueses criam bateria sustentável que se autorrepara

O mundo terá cada vez mais bateriasisso é inegável com o avanço dos veículos elétricos. E garantir a sustentabilidade dos dispositivos já é um desafio dentro dos laboratórios. Por isso, a União Europeia (UE) criou um projeto para estudar células de íons de lítio de alta tensão inovadoras e sustentáveis ​​para baterias de próxima geração.

A investida mais recente do IntelLiGent foi coordenada pela Fundação para Pesquisa Industrial e Técnica da Noruega (SINTEF, na sigla em norueguês) e apresentou resultados promissores: uma bateria autorreparável e ecologicamente correta.

O dispositivo tem como base o LNMO: óxido de lítio-níquel-manganês, material livre de cobalto que contém menos lítio e níquel do que as composições usuais. A tecnologia tem alta densidade de energia, o que significa mais atividade em um volume menor.

Pesquisadores vão testar viabilidade comercial da nova bateria (Imagem: Divulgação/SINTEF)

Mas um problema apareceu…

A vida útil dos primeiros protótipos era curta — o que impossibilitaria sua aplicação comercial em um veículo elétrico, por exemplo. Por isso, os pesquisadores criaram nova geração de cátodos LNMO, com silício e grafite.

A combinação dos elementos garantiu mais energia, força e estabilidade para a bateria durar mais. Os compostos são atualmente produzidos pela Vianode na Noruega, que, segundo a SINTEF, pode fabricar materiais com emissões e consumo de recursos mais baixos.

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Molho secreto da nova bateria

  • O projeto também busca aprimorar a maneira de construir os eletrodos para montar a estrutura da bateria em si. Isso faz toda a diferença na densidade de energia e na capacidade de carga;
  • “Um efeito da maior densidade de energia é que a bateria pode ficar muito quente. Então, precisamos garantir que a estrutura não permita que o calor se acumule dentro da bateria”, explicou o pesquisador sênior da SINTEF, Nils Peter Wagner;
  • Por isso, a equipe se debruçou na criação de peças que podem reparar pequenos danos ao longo do caminho;
  • Enquanto os ligantes ajudam a manter a estrutura do eletrodo, os separadores garantem que os eletrodos sejam mantidos fisicamente separados, evitando assim curtos-circuitos.

Agora, os pesquisadores querem colocar a produção de eletrodos em funcionamento em larga escala e otimizar os protocolos de fabricação e teste para avaliar as condições de aplicação da bateria no mercado em futuro breve.

“Essas baterias permitirão que você dirija seu carro elétrico por mais tempo sem carregá-lo e você poderá carregá-lo mais rápido. E, como indivíduo, você também estará contribuindo para uma pegada de carbono menor”, ​​conclui Wagner.

Ilustração da bateria com função de auto-reparo (Imagem: Divulgação/SINTEF)

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União Europeia: Apple e Meta serão multadas por abuso de poder

A Apple e a Meta estão na mira da Comissão Europeia desde o ano passado. Agora, as empresas devem ser multadas por supostas violações da Lei dos Mercados Digitais, uma legislação que busca regular o poder das big techs.

O caso aumenta as discussões em torno do assunto. Isso porque as novas punições acontecem após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertar sobre a interferência da UE nas empresas norte-americanas.

Valor das multas foi descrito como moderado

O valor exato das multas ainda não foi divulgado. No entanto, o fato de serem descritas como “moderadas” sugere que elas podem não atingir o limite máximo estabelecido pela Lei dos Mercados Digitais, que é de até 10% das vendas anuais globais das empresas.

Apple entrou na mira da UE (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

A investigação da Comissão Europeia sobre as supostas violações faz parte de um esforço mais amplo do continente europeu para regular as grandes companhias de tecnologia e sua influência nos mercados digitais. Isso inclui garantir a concorrência justa e prevenir o abuso de poder de mercado.

As multas servem como um alerta para que outras empresas do setor de tecnologia cumpram a nova legislação. E é também um recado claro ao presidente Trump, que tem criticado as normas europeias desde que tomou posse. As informações são da Reuters.

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Ao fundo, desfocada, a bandeira da União Europeia; à direita, pessoa segurando um smartphone, no qual é exibida uma página da Meta
Relação do bloco com a Meta não é nada boa (Imagem: rarrarorro/Shutterstock)

UE busca criar um mercado digital justo e competitivo

  • A Lei dos Mercados Digitais da União Europeia visa criar um mercado digital justo e competitivo, estabelecendo regras e restrições para grandes plataformas online, também conhecidas como “gatekeepers”.
  • Devido ao seu tamanho e influência, as maiores empresas do setor têm o potencial de controlar o acesso a grandes segmentos do mercado digital.
  • A Apple e a Meta fazem parte deste cenário e, por isso, acabaram na mira das autoridades europeias.
  • Nenhuma das big techs se manifestou sobre a punição até o momento.

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