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Mictório perfeito? Cientistas mostram o formato ideal do objeto

Talvez eu esteja aqui quebrando algum código não-dito entre os homens, mas é preciso falar sobre os mictórios. Muitas mulheres brincam sobre a facilidade que o sexo oposto tem em fazer xixi, principalmente em banheiros públicos. Isso porque a gente não é obrigado sentar em um vaso (quase sempre) sujo. Sim, isso é verdade. Agora, usar um mictório está longe de ser uma experiência “limpinha”.

Pra começo de conversa, respinga bastante. Seja no chão, nos pés ou na roupa. E não, não é culpa dos homens. Estudos científicos mostram que isso tem a ver com a inclinação desses objetos. Somada, é claro, com o forte jato de urina.

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A solução, portanto, estaria em um mictório com um design diferente? É isso que sustenta um artigo da Universidade de Waterloo, no Canadá.

Os cientistas realizaram uma série de testes com mictórios de vários formatos – e eles encontraram dois que se mostraram mais eficazes.

Mulheres sofrem bastante quando precisam usar banheiros públicos, mas os homens também têm seus problemas – Imagem: Vladimir Gjorgiev/Shutterstock

Uma questão matemática

  • Os pesquisadores utilizaram um bico em formato de uretra para lançar jatos controlados de água tingida sobre os mictórios.
  • E o fizeram de diferentes alturas (simulando situações reais).
  • Além de detectar as áreas manchadas nos objetos, eles também colocaram papel no chão, para identificar respingos na parte debaixo.
  • Segundo eles, o formato atual da maioria dos mictórios forma um ângulo de 60 a 90 graus em relação ao jato de urina do usuário.
  • Como esse ângulo é tão acentuado, grande parte da urina tende a respingar na superfície com o impacto.
  • Os cálculos deles mostraram que ângulos de no máximo 30 graus eram os mais eficazes para reduzir o respingo.
  • A partir desse número, os cientistas construíram uma série de protótipos de mictórios.
  • E os dois mais bem-sucedidos nos testes atendem pelos nomes de Cornucopia e Nautilus.
Imagem: Reprodução/Thurairajah et al
  • O primeiro foi bem nos testes por ser mais fechado, mas ele teve um resultado superior com pessoas mais altas.
  • Já o Nautilus teve o melhor desempenho geral.
  • Além de acomodar usuários de uma ampla variedade de alturas, ele também possui um design fácil de limpar e tolera miras ruins, o que o torna ideal para uso em aeronaves, barcos ou trens.
  • Ele ainda economiza água em relação aos seus concorrentes.

O passado e o futuro

Os mictórios modernos nasceram na Europa no século XIX, mais especificamente na França. Eles surgiram como uma solução para os problemas de higiene e de falta de água nos banheiros públicos.

Ficavam nas paredes das ruas ou dos edifícios, protegidos apenas por biombos. De lá para cá, eles ficaram mais reservados, mas o formato não mudou tanto assim.

A partir desse estudo, talvez a indústria encontre um novo caminho. É claro que seria uma mudança lenta: não é fácil trocar todos os mictórios por aí. Essa, porém, parece ser a decisão mais consciente – não só pelos respingos, mas também pela economia de água.

Enquanto isso não acontece, os homens devem continuar sendo cuidadosos. E, nas suas próprias casas, podem fazer xixi sentados. A ciência aprova. Reduz a pressão na próstata e esvazia direito a bexiga… Mas isso é assunto para um outra conversa.

As informações são do New Atlas.

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Por que dá vontade de fazer xixi ao ouvir o barulho de água?

Você já sentiu uma vontade súbita de fazer xixi ao ouvir o som de água corrente, como uma torneira aberta ou a chuva caindo? Esse fenômeno é mais comum do que parece e tem explicações científicas que envolvem psicologia, fisiologia e condicionamento clássico.

Neste artigo, vamos explorar os motivos por trás dessa reação e como o nosso cérebro e corpo respondem a esses estímulos.

Por que o barulho de água dá vontade de urinar?

O Efeito Pavlov: condicionamento clássico

Durante seus estudos, o fisiologista russo Ivan Pavlov percebeu que os cães salivavam não apenas ao ver comida, mas também ao ouvir um som que antecedia a alimentação. Esse fenômeno comprovou como o cérebro pode criar associações entre estímulos neutros e respostas automáticas. 

Crédito: Nelson Antoine (Shutterstock/Reprodução)

Da mesma forma, muitas pessoas sentem vontade de urinar ao ouvir o som da água corrente, como o de uma torneira aberta ou de um chuveiro. Isso acontece porque, ao longo do tempo, o cérebro associa esses sons a momentos em que estamos no banheiro.

Assim, mesmo que a bexiga não esteja cheia, o simples barulho da água pode ser suficiente para desencadear essa sensação de urgência.

Ação do sistema nervoso parassimpático

Além do condicionamento psicológico, existe também uma explicação fisiológica para a vontade de urinar ao ouvir água corrente: a ação do sistema nervoso parassimpático. Esse sistema é responsável por controlar funções relacionadas ao “repouso e digestão”, incluindo o relaxamento da bexiga. 

Ilustração 3D do sistema nervoso do cérebro humano, destacando os nervos parassimpáticos e simpáticos. / Crédito: Life Science (Shutterstock/Reprodução)

Quando ouvimos o som da água, o sistema parassimpático pode “ativar”, enviando um sinal ao corpo de que aquele é um momento seguro para urinar. Isso ajuda a entender por que algumas pessoas sentem um alívio quase imediato ao ouvir água correndo, especialmente quando estão com dificuldade para urinar.

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Fator psicológico: sugestão e atenção

Outro aspecto importante é o efeito da sugestão. Se você já ouviu que “água dá vontade de fazer xixi”, seu cérebro pode acabar reforçando essa ideia, tornando a associação ainda mais forte. 

Quando o som da água chama sua atenção, você passa a prestar mais atenção ao próprio corpo e percebe sinais que antes estavam no plano subconsciente. Esse fenômeno é comum em situações de ansiedade ou quando se está tentando urinar sob pressão, como durante exames médicos.

Close-up de uma mulher com as mãos na região abdominal, segurando a urina./ Crédito: Vladimir Gjorgiev (Shutterstock/Reprodução)

Usos terapêuticos desse reflexo

Esse fenômeno não é apenas curioso, ele também possui aplicações terapêuticas e práticas. No treinamento de desfralde, por exemplo, muitos pais utilizam o som da água para estimular crianças a urinar no penico, aproveitando a associação já presente no cérebro.

Em ambientes hospitalares, o mesmo princípio é usado no tratamento de retenção urinária: pacientes com dificuldade para urinar podem ser auxiliados com o som de água corrente para facilitar o processo. 

Além disso, técnicas de relaxamento muitas vezes incluem ruídos de chuva ou riachos justamente por induzirem um estado de calma que pode contribuir para a liberação da urina.

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Agricultores dos EUA estão usando xixi em suas plantações; saiba o motivo

O nosso organismo produz diversos nutrientes que podem ser utilizados em plantações. E isso não é diferente com a urina. Existe até mesmo um projeto que utiliza o xixi humano como fertilizante nos Estados Unidos.

O Programa de Recuperação de Nutrientes da Urina é administrado pelo Instituto Terra Rica, uma organização sem fins lucrativos com sede no estado de Vermont. Há 12 anos, a iniciativa coleta urina de moradores e doa para agricultores da região.

Aumento da produtividade agrícola

Ao todo, mais de 250 moradores do condado de Windham doam 45,4 mil litros de urina para o programa todos os anos. As doações são recolhidas por um caminhão e levadas para um grande tanque. Nele, o xixi é pasteurizado por aquecimento a 80°C por 90 segundos. O líquido é então armazenado em um tanque pasteurizado, onde fica pronto para ser pulverizado sobre a terra agrícola local, no momento certo para fertilizar a produção.

Existe relatos de que a urina humana era usada para auxiliar em cultivos agrícolas na China e na Roma antiga. Estudos recentes descobriram que ela pode mais do que dobrar a produção de alimentos em comparação com o cultivo sem fertilizante.

Urina humana conta com os mesmos nutrientes que são adicionados aos fertilizantes sintéticos (Imagem: Krakenimages.com/Shutterstock)

Segundo os cientistas, a urina pode aumentar a produção agrícola até mesmo em solos com baixa fertilidade. Isso se deve ao seu teor de nitrogênio e fósforo, os mesmos nutrientes que são adicionados aos fertilizantes sintéticos empregados em muitas fazendas convencionais.

O grande diferencial é que o xixi é gratuito e não cria quantidades nocivas de resíduos tóxicos, como a mineração de fósforo, por exemplo. Além disso, a urina reduz as emissões de gases do efeito estufa e exige aproximadamente a metade da quantidade normal de água empregada nos fertilizantes sintéticos.

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Uso do xixi como fertilizante pode aumentar produção agrícola (Imagem: KarlosWest/Shutterstock)

Existe uma ciência por trás do uso da urina como fertilizante

  • Os responsáveis pelo Programa de Recuperação de Nutrientes da Urina destacam que os nutrientes do xixi normalmente têm como destino os cursos d’água.
  • O nitrogênio e o fósforo da urina não são totalmente retirados do esgoto durante o tratamento.
  • Por isso, quando esses nutrientes chegam aos rios e lagos, eles são consumidos pelas algas.
  • O resultado pode ser a proliferação destas criaturas, o que causa um desequilíbrio no ecossistema.
  • Dessa forma, retirar a urina rica em nutrientes dos cursos d’água e levá-la para a terra pode evitar a proliferação de algas prejudiciais e ajudar os agricultores a cultivar alimentos.
  • No entanto, é importante destacar que o uso do xixi como fertilizante é cuidadosamente programado e só acontece quando a planta apresenta maior capacidade de absorver os nutrientes, especialmente durante o estágio de crescimento mais ativo da planta, quando ela é maior do que uma muda, mas ainda não está frutificando.
  • A umidade do solo também é avaliada como forma de garantir a absorção da urina líquida.
  • Em outras palavras, existe toda uma ciência por trás deste processo.

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