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Caminhão elétrico da Mercedes quebra recorde mundial peculiar

O piloto Marco Hellgrewe colocou o eActros 600, da Mercedes-Benz Trucks, no Guiness Book. Qual o recorde quebrado? O de direção em marcha ré. Hellgrewe dirigiu o caminhão elétrico por seis horas e 22 minutos. Foi o suficiente para cobrir 124,7 quilômetros de distância, numa velocidade média de 20 km/h.

Foi o primeiro recorde a ser quebrado por um caminhão totalmente elétrico. Hellgrewe, especialista em direção reversa, pilotou o eActros 600 na pista de Oschersleben, na Alemanha. Até então, o recorde de marcha ré era de 89,06 quilômetros, registrado em 2020.

Potência de 800 cavalos, autonomia de 500 km: um raio-x do Mercedes eActros 600

O Mercedes eActros 600 tem 805 cavalos de potência e bateria de 621 kWh. Essa combinação dá ao caminhão elétrico autonomia de 500 quilômetros com carga completa (22 toneladas), segundo comunicado da Daimler Truck AG (dona da Mercedes-Benz Trucks).

eActros 600 andou de ré por seis horas e 22 minutos, cobrindo 124,7 quilômetros de distância, na pista de Oschersleben, na Alemanha (Imagem: Mercedes-Benz)

Para você ter ideia, o caminhão consegue percorrer 1,2 milhão de quilômetros ao longo de dez anos. E, após esse período, a capacidade da sua bateria ainda seria superior a 80%.

O veículo oferece diversos recursos para ajudar o motorista a dirigir. Entre eles, estão:

  • Câmera traseira;
  • Diretrizes de distância nas telas;
  • Movimento automático da câmera em curvas em marcha ré;
  • Capacidade de carregamento rápido para viagens de mil quilômetros.
Piloto e funcionários da Mercedes-Benz segurando certificado do Guiness Book por conta de recorde quebrado com caminhão elétrico
Registro do caminhão elétrico da Mercedes-Benz no Guiness Book serve como mais uma demonstração das suas capacidades (Imagem: Mercedes-Benz)

O eActros 600 já passou por testes e recebeu validação. Um deles foi um tour internacional, no qual o veículo rodou por 15 mil quilômetros, passando por 22 países. Outro foi cobrir 6,5 mil quilômetros de distância sob condições árticas. Resultado: sem problemas reportados.

Agora, o registro do veículo no Guiness Book serve como mais uma demonstração das suas capacidades. É um exemplo prático da viabilidade de caminhões elétricos do tipo “peso-pesado”.

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Carregar a bateria do caminhão elétrico da Mercedes é bem mais barato do que abastecer caminhão a diesel

Considerando custos nos Estados Unidos, “encher o tanque” do eActros 600 é 85% mais barato do que abastecer um caminhão a diesel com as mesmas características dele.

  • Recarga completa do eActros: US$ 93,15 (R$ 520,61 em conversão direta, na cotação atual);
  • Abastecimento com diesel (200 galões): US$ 800 (R$ 4.471,12).
O eActros 600 é o novo caminhão elétrico da Mercedes
Uma recarga completa do eActros 600 custa bem menos do que encher o tanque de um caminhão a diesel (Imagem: Divulgação/Mercedes-Benz)

Além do seu “abastecimento” custar menos, o caminhão elétrico da Mercedes não emite dióxido de carbono (CO2), evidentemente. O veículo nem tem escapamento.

Um caminhão a diesel emite 223 toneladas de CO2 por ano, em média, durante seu ciclo de vida. Usar o Mercedes eActros 600 pode cortar cerca de 198 toneladas dessa emissão, dependendo da fonte de eletricidade, segundo estudos.

Vale mencionar: caminhões a diesel geralmente rodam – nos EUA, pelo menos – mais que o dobro da quilometragem anual para a qual o eActros é classificado (cerca de 200 mil km).

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Nova bateria pode reduzir o preço dos carros elétricos

Apesar do aumento no número de vendas, um dos maiores obstáculos para a popularização dos carros elétricos ainda são os elevados preços. Isso é resultado, em grande parte, dos custos de produção das baterias.

No entanto, um novo produto desenvolvido pela Contemporary Amperex Technology (CATL), maior fornecedora global de baterias para veículos elétricos do mundo, pode mudar este cenário. A promessa é baratear os modelos.

Baterias a base de sódio representam revolução no mercado dos veículos elétricos (Imagem: sommart sombutwanitkul/Shutterstock)

Matéria prima para fabricação das baterias é mais barata

Estamos falando de baterias a base de sódio, uma tecnologia esperada há algum tempo e que já alimenta cerca de 250 mil vans de entregas urbanas na China. A expectativa é que os produtos sejam fornecidos para montadoras como BYD e Chery até o final deste ano.

O diferencial destas baterias é o fato delas serem mais baratas, custando apenas US$ 10/kWh (cerca de R$ 57). A primeira geração do produto pode reduzir os preços dos carros elétricos em até US$ 12 mil (aproximadamente R$ 68 mil).

Advertising banner CATL Contemporary Amperex Technology Limited electric vehicle battery manufacturer, sustainable development Innovation in Battery Technology, Arnstadt, Germany - February 05, 2024
Produto é desenvolvido pela chinesa CATL (Imagem: Victor Golmer/iStock)

O menor custo das baterias a base de sódio é explicado pelo valor da matéria prima usada em sua fabricação. Enquanto o carbonato de sódio custa US$ 200 por tonelada (R$ 1.140), o carbonato de lítio chega a custar US$ 15 mil por tonelada (mais de R$ 85 mil).

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Produção de baterias de sódio impulsiona disputa entre EUA e China (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

Novos produtos também são mais duráveis

  • Outra vantagem diz respeito ao ciclo de vida da bateria de sódio.
  • Enquanto a versão de lítio pode durar até 1.500 cargas, a nova bateria da CATL pode suportar até 10 mil cargas.
  • A previsão da BloombergNEF (BNEF), que se concentra em fornecer análises sobre a transição energética, as baterias de sódio devem responder por até 12% do mercado global de veículos elétricos até 2030.
  • Este cenário também vai ampliar a disputa entre China e Estados Unidos.
  • Enquanto a CATL domina o setor, a capacidade de produção norte-americana destes produtos deixa muito a desejar.

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Fiat lança tuk-tuk elétrico para entregas na África e Oriente Médio

A Fiat apresentou seu primeiro veículo elétrico de três rodas: o TRIS. Projetado na Itália, o tuk-tuk é totalmente elétrico com autonomia de 90 km, criado para ser um veículo comercial ultraleve acessível.

Com sua estreia no Oriente Médio e na África, o TRIS vai atender, principalmente, trabalhadores autônomos, pequenas empresas e comunidades carentes de uma ferramenta econômica e com zero emissões. O modelo será fabricado no Marrocos e há expectativa de lançamento na Europa futuramente.

“À medida que as cidades crescem e a necessidade de transporte limpo e acessível se torna mais urgente, vimos a oportunidade de oferecer algo radicalmente simples e profundamente útil. O TRIS atende a esse chamado”, disse Olivier Francois, CEO da FIAT.

Lançamento faz parte da estratégia de expansão da montadora no Oriente Médio (Imagem: Magdalena Wygralak/iStock)

O nome “TRIS” inspira-se nas três rodas do veículo, no seu design modular e no seu característico arranjo de três luzes LED. A simplicidade do nome garante uma pronúncia fácil em vários idiomas, permitindo que ressoe com diversos públicos globais, explica.

Conhecendo o Fiat TRIS

  • A bateria de lítio, com capacidade de 6,9 ​​kWh, oferece uma autonomia homologada de 90 km (WMTC), garantindo autonomia suficiente para o uso profissional diário em diversos ambientes urbanos e suburbanos. Trata-se da mesma tecnologia utilizada no Fiat Topolino;
  • Graças ao seu sistema de carregamento inteligente integrado, o TRIS pode ser carregado de 0 a 80% em apenas 3,5 horas, atingindo a recarga completa em quatro horas e 40 minutos, usando uma tomada doméstica padrão;
  • Alimentado por um motor elétrico de 48 volts que fornece 9 kW (potência máxima) e torque máximo de 45 Nm, o TRIS é capaz de atingir uma velocidade máxima de 45 km/h.
Versão Pick-up é ideal para transportar mercadorias diversas (Imagem: Divulgação/FIAT)

O TRIS está equipado com painel digital de 5,7 polegadas, que exibe informações de condução, incluindo a distância até o tanque vazio e o nível da bateria. O modelo possui conector USB-C e tomada 12 V, garantindo que dispositivos possam ser carregados em movimento.

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Diferentes versões 

A configuração modular está disponível em três versões: a Pick-Up é voltada para trabalho, ideal para transportar mercadorias diversas, como frutas, areia ou móveis; já as versões Plataforma e Chassi-Cabine oferecem uma base para equipamentos personalizados.

Seu tamanho compacto — apenas 3,17 metros de comprimento — combinado com um raio de giro preciso de 3,05 metros, permite que ele navegue pelas ruas estreitas da cidade com facilidade. A área de carga é de 2,25 m². O peso bruto é de 1.025 kg e a capacidade de carga útil é de 540 kg.

Versão de plataforma oferece base para equipamentos personalizados (Imagem: FIAT/Divulgação)

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Tesla tem oitavo mês seguido de queda nas vendas na China

A Tesla registrou o oitavo mês consecutivo de queda nas vendas de veículos elétricos fabricados na China, com 61.662 veículos entregues em maio, uma queda de 15% em relação ao ano anterior, segundo a Reuters.

O resultado indica uma recuperação modesta de 5,5% em relação a abril — mas nem mesmo os incentivos, como vantagens de transferência de software, — puderam salvar os Model 3 e Model Y de deixar as concessionárias.

Fabricante não lança linhas atualizadas no mercado chinês desde o final de 2023 (Imagem: Artistic Operations/Shutterstock)

BYD vai tomando o caminho

  • A BYD segue na liderança de veículos elétricos na China: em maio, a montadora vendeu 376,93 mil veículos de passeio, um aumento de 14,1% em relação ao ano anterior, embora mais lento do que o crescimento de 19,4% em abril;
  • A fabricante deu uma pausa na guerra de preços que a Tesla iniciou em 2023, quando mais de 40 marcas correram para oferecer descontos aos consumidores chineses. A BYD, no entanto, tem apostado em modelos mais modernos com preços naturalmente mais baixos;
  • E enquanto a Tesla não renova sua frota, a empresa fica presa entre rivais mais novos que garantem mais tecnologia com preços reduzidos;
  • A fabricante não lança linhas atualizadas no mercado chinês desde o final de 2023 — e a situação ficou mais delicada após a guerra tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump.
Mulher conversando em loja da BYD
BYD é líder em vendas no segmento de elétricos na China (Imagem: Lewis Tse/Shutterstock)

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Na Europa, a situação da Tesla também preocupa

Dados compilados pelo site Ars Technica indicam que as vendas esfriaram também na Europa, em maio — e há quem diga que o resultado está relacionado às artimanhas políticas do CEO Elon Musk enquanto ocupava um assento na Casa Branca.

Na Europa, crescimento das vendas está limitado a Noruega (Imagem: Divulgação/Tesla)

Na Alemanha, as vendas caíram pouco mais de 36% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No Reino Unido, a queda foi de 45%, mesmo com o aumento das vendas totais de veículos elétricos em 28%. Já na Itália, as entregas da Tesla tiveram queda de 20%.

Vale destacar, no entanto, que a empresa tem registrado bom desempenho na Noruega, país que tem uma das maiores taxas de adoção de veículos elétricos do mundo: por lá, o aumento das vendas foi de 213% no período de um ano.

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Xiaomi lança seu primeiro SUV elétrico com recarga em 15 minutos

A Xiaomi EV revelou seu primeiro SUV, o Xiaomi YU7, um nome derivado do termo chinês “御风而行” que simboliza “cavalgar o vento“. Posicionado como um SUV de luxo de alto desempenho, o modelo compartilha a mesma linguagem de design do sedã Xiaomi SU7 e tem lançamento previsto para julho.

A linha será composta por três variantes — Standard, Pro e Max — todas oferecendo capacidades de longo alcance. A variante Standard de nível de entrada oferece uma autonomia de 835 km (CLTC) com sua bateria de 96,3 kW, tornando-o o SUV elétrico puro de maior alcance com bateria abaixo de 100 kWh.

Já as configurações de tração nas quatro rodas — Xiaomi YU7 Pro (bateria de 96,3 kWh) e Max (bateria de 101,7 kWh) — oferecem autonomias CLTC de 760 km e 770 km, respectivamente, ocupando o primeiro lugar entre os SUVs elétricos puros com tração nas quatro rodas, segundo a marca.

Além disso, toda a série Xiaomi YU7 é equipada com plataforma de alta tensão de carboneto de silício de 800 V, com tensão de pico de 897 V. A taxa máxima de carregamento atinge 5,2 C, alcançando carga de 10% a 80% em 12 minutos e uma carga de 620 km em 15 minutos, o tempo de carregamento mais rápido.

Modelo compartilha a mesma linguagem de design do sedã Xiaomi SU7 (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

Xiaomi = design de luxo

O YU7 é um SUV de médio a grande porte com dimensões de 4,99 m (C) × 1,99 m (L) × 1,60 m (A) e uma distância entre eixos de 3 m. O capô de alumínio tipo concha de 3,11 m² é o maior em veículos produzidos em massa.

Abaixo dele, encontra-se um porta-malas dianteiro elétrico de 141 litros, com capacidade para até 8 modos de abertura. Pneus traseiros largos de 275 mm, opcionais, com arcos de roda esportivos, aprimoram a estética de alto desempenho.

O modelo renova os característicos “faróis em forma de gota d’água” do SU7, e a parte superior dos faróis incorpora um design aberto com canais de ar conectados às aberturas do capô dianteiro.

Ao contrário do Xiaomi SU7, a lanterna traseira do YU7 apresenta cantos inclinados para baixo que acentuam a postura imponente do SUV, “criando perfil traseiro mais musculoso”. A Xiaomi também implementou iluminação ultravermelha premium — marca registrada de veículos de luxo.

Por meio de otimizações em mais de 40 zonas de refinamento do fluxo de ar, o Xiaomi YU7 atinge coeficiente de arrasto excepcional de Cd 0,245 — melhoria de alcance CLTC de 59 km em relação aos números pré-otimização, estabelecendo alcance líder na classe entre SUVs esportivos.

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SUV é equipado com um Snapdragon 8 Gen 3 de 4 nm para o chip do cockpit (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

Outros destaques

  • O Xiaomi YU7 apresenta a aplicação aprimorada do “Aço Xiaomi de Ultra-alta Resistência de 2200 MPa”, novo material desenvolvido pela Xiaomi EV, que oferece maior proteção à carroceria do veículo;
  • O modelo adota “Módulo de Controle de Domínio Quatro em Um”, que consolida dezenas de módulos funcionais e otimiza a eficiência energética em todo o sistema, adicionando mais de 5 km de alcance;
  • O SUV é equipado com um Snapdragon 8 Gen 3 de 4 nm para o chip do cockpit, com aplicativos iniciados rapidamente e resposta ao toque altamente responsiva no painel central, segundo a chinesa;
  • Toda a série é equipada com LiDAR, que pode ser usado para ver com mais precisão em ambientes escuros e identificar obstáculos especiais;
  • O Xiaomi YU7 apresenta três acabamentos de pintura inspirados na natureza: Verde Esmeralda, Prata Titânio e Laranja Lava.

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Tesla começa a aceitar trocas com o Cybertruck, mas valor despenca até 39%

A Tesla começou, finalmente, a aceitar Cybertrucks como parte do pagamento para um novo veículo, cerca de um ano e meio após iniciar as entregas da picape elétrica, em novembro de 2023.

Contudo, o InsideEVs revelou como os proprietários que decidiram devolver seus veículos estão descobrindo uma realidade pouco animadora: a forte desvalorização.

Tesla oferece valores baixos pelos veículos

  • Segundo relatos no fórum Cybertruck Owners Club, um proprietário de um modelo All-Wheel Drive Foundation Series 2024 com pouco mais de 10 mil km recebeu, da Tesla, uma oferta de troca de US$ 65,4 mil (R$ 370,65 mil, na conversão direta);
  • Outro dono de um modelo semelhante, com quase 52 mil km rodados, teve oferta ainda menor: US$ 60,5 mil (R$ 97,36 mil);
  • Ambos os veículos foram comprados por US$ 99,99 mil (R$ 566,69 mil), o preço cheio da versão topo de linha;
  • Ou seja, em menos de um ano, esses Cybertrucks perderam entre 34% e 39% do valor original — uma queda brusca para um veículo que, segundo Elon Musk em 2019, seria um “ativo em valorização“.
Modelos que custavam R$ 566,69 mil estão sendo avaliados por menos de R$ 98 mil na Tesla (Imagem: Mike Mareen/Shutterstock)

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As ofertas da Tesla, embora mais generosas que as da plataforma de venda online Carvana (em cerca de US$ 8 mil/R$ 45,33 mil), tendem a cair na hora da formalização da troca, segundo donos de veículos que já passaram pelo processo.

Demanda em queda brusca

O mercado para a picape futurista da Tesla esfriou consideravelmente desde o seu lançamento. Apesar de início promissor — com lista de espera de milhões de pessoas e unidades revendidas por até US$ 120 mil (R$ 680,09 mil) —, a demanda caiu rapidamente. Hoje, é possível encomendar um Cybertruck novo e recebê-lo em poucos dias.

A situação reflete também nas vendas: após liderar o mercado de picapes elétricas em 2023, a Cybertruck foi superada no primeiro trimestre de 2025 pela Ford F-150 Lightning.

Para piorar, relatos indicam que milhares de unidades estão encalhadas em estoque e uma nova pausa na produção estaria sendo planejada.

Fachada da loja da Tesla
Promessa de “ativo em valorização” de Elon Musk sobre o Cybertruck vai por água abaixo (Imagem: Milos Ruzicka/Shutterstock)

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Carros elétricos: EUA dão um passo atrás

Um projeto de lei aprovado pelos republicanos na Câmara dos Deputados dos EUA propõe revogar diversos subsídios federais destinados ao incentivo de veículos elétricos (EVs), representando um forte retrocesso para o setor.

Se aprovado no Senado e sancionado pelo ex-presidente Donald Trump, a medida eliminaria créditos fiscais para compra e produção de veículos elétricos, subsídios à instalação de estações de recarga e incentivos à mineração e fabricação de baterias.

Além disso, estabeleceria uma taxa anual de US$ 250 aos proprietários de carros elétricos.

Prejuízo pode ser severo

  • Analistas afirmam que a revogação elevaria os preços dos EVs, hoje já superiores aos de modelos a combustão, prejudicando as vendas e o desenvolvimento de novas tecnologias.
  • Estima-se que os EUA deixariam de vender 8 milhões de EVs até 2030, o que faria o país ficar ainda mais atrás de China e Europa, líderes no setor.
  • O corte nos subsídios também ameaçaria 130 mil empregos previstos, principalmente em estados como Michigan, Texas e Tennessee.
  • As informações são do New York Times.
Revogação da Lei de Redução da Inflação enfraquece competitividade americana, favorece China e compromete metas climáticas (Imagem: Tomas Ragina/Shutterstock)

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Governo quer remanejar recursos

Os republicanos alegam que os subsídios atuais favorecem os ricos e planejam usar os recursos economizados para cortar impostos para famílias e empresas de alta renda.

Porém, setores da indústria e ambientalistas alertam que isso dificultaria os avanços tecnológicos, aumentaria a poluição urbana e retardaria o combate às mudanças climáticas.

Além disso, o projeto dificultaria a competitividade das montadoras americanas, especialmente diante do domínio chinês na cadeia de suprimentos de EVs. Mesmo com avanços tecnológicos promissores, como baterias de estado sólido, o setor pode perder impulso sem apoio governamental contínuo.

Carros elétricos em linha de produção de uma das montadoras
Ao atacar incentivos aos veículos elétricos, projeto republicano prejudica inovação, empregos e o futuro ambiental dos EUA (Imagem: Jenson/Shutterstock)

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Plano da BYD para crescer globalmente passa por um mercado crítico

A montadora chinesa BYD, líder global em veículos elétricos, está reformulando sua estratégia na Europa após enfrentar uma série de erros na entrada inicial no continente, conforme informações exclusivas da Reuters.

A empresa falhou em adaptar seu modelo de negócios ao mercado europeu, subestimando diferenças regionais, negligenciando a contratação de executivos locais experientes e apostando exclusivamente em veículos 100% elétricos, mesmo em países onde ainda há forte demanda por híbridos.

Planos para expansão

  • Para corrigir o rumo, a BYD vem investindo pesadamente na expansão de sua rede de concessionárias e na contratação de executivos europeus, especialmente da Stellantis.
  • Entre as contratações está Alfredo Altavilla, ex-Fiat-Chrysler, que agora lidera os esforços de reformulação estratégica da BYD no continente.
  • Ele foi responsável por convencer a liderança chinesa a incluir modelos híbridos plug-in como parte essencial da linha europeia.

A empresa também substituiu sua liderança regional, colocando Stella Li no comando da operação, com a missão de elevar a presença da marca.

Apesar da meta inicial de conquistar 5% do mercado de veículos elétricos na Europa até 2024, a BYD ficou em 2,8% de participação, com 57 mil unidades vendidas no ano.

Após erros, BYD percebeu sucesso na Europa exige adaptação local, paciência e conhecimento de mercado – Imagem: Shutterstock/Karolis Kavolelis

Abordagem equivocada na Europa

A BYD reconhece que tratou a Europa como um mercado único, como China ou EUA, quando na verdade o continente é composto por dezenas de países com culturas e legislações distintas.

Problemas como comunicação inadequada — como o uso do termo “NEV”, desconhecido pelo público europeu — e uma rede de vendas mal distribuída contribuíram para os resultados abaixo do esperado, especialmente em mercados exigentes como o alemão.

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Agora, com uma abordagem mais realista e adaptada, a BYD vê sinais positivos: as vendas na Europa triplicaram no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024.

A empresa também continua a inovar em seu país de origem, oferecendo recursos de ponta até mesmo em modelos acessíveis, como a tecnologia de direção assistida gratuita, o que reforça sua capacidade de rápida adaptação às demandas do consumidor.

Especialistas do setor e parceiros europeus reconhecem que a BYD está levando sua expansão a sério, mas alertam que ganhar terreno na Europa exige tempo, paciência e compreensão local — o que os chineses estão apenas começando a aprender.

Logo da BYD na fachada de uma loja e na grade de um carro
Gigante chinesa revê planos e adapta oferta de veículos à realidade de cada país europeu – Imagem: Alf Ribeiro/Shutterstock

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Efeito Trump? Tesla vê lucro “tombar” no primeiro trimestre

Nesta terça-feira (22), a Tesla divulgou seus resultados no primeiro trimestre de 2025. E as notícias não são muito boas para os investidores da fabricante de veículos elétricos.

A começar pelo lucro da empresa, que recuou incríveis 71% entre janeiro e março deste ano, totalizando US$ 409 milhões (R$ 2,35 bilhões, na conversão direta), sendo US$ 0,12 (R$ 0,68). A receita total da companhia de Elon Musk também recuou (9%) para US$ 19,33 bilhões (R$ 111,12 bilhões).

Outros detalhes dos dados financeiros da Tesla

  • Por sua vez, o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado chegou a US$ 2,81 bilhões (R$ 16,15 bilhões) — queda de 17% ao ano;
  • A margem Ebitda ajustada chegou a 14,6%. No mesmo período, no ano passado, foram registrados 15%;
  • Quanto à produção total de veículos elétricos, a Tesla reportou ter diminuído a fabricação em 16%, comparado ano a ano, para 362,6 mil carros;
  • As entregas também recuaram: 13%, para 336,7 mil unidades;
  • As despesas operacionais foram na contramão e subiram 9%, para US$ 2,75 bilhões (R$ 15,8 bilhões).

Após a divulgação dos resultados iniciais, as ações da Tesla cresceram 0,5%, para US$ 239,23 (R$ 1.375,33) no pós-pregão regular. No período normal de negociações, os papéis estavam sendo vendidos a US$ 237,97 (R$ 1.368,08), alta de 4,6%.

Causas para a queda da empresa

Além de preocupar os investidores, os números da Tesla ficaram aquém do esperado pelos analistas, lembra a ABC News.

Agora, para entender a queda brusca, é preciso olhar para o cenário político dos Estados Unidos. A começar pelo estreito relacionamento entre o presidente Donald Trump e Musk, que comanda o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês).

Além de pessoas que não compactuam com as visões políticas do presidente e do empresário (como o Olhar Digital comentou aqui), recentes discursos e opiniões polêmicas de Musk afastaram os clientes da Tesla, que enxergam que a empresa está atrelada ao seu dono, mesmo que ele não esteja tão ativo ultimamente.

Mas não é só isso que afeta negativamente a empresa. As recentes taxações de Trump nos EUA e para outros países desestimularam o setor, o que, naturalmente, levou a Tesla junto e pode ter causado certa “indisposição” do presidente estadunidense com o bilionário, que, antes de receber o cargo no governo, apoiou (financeiramente, inclusive) a campanha trumpista.

Matéria em atualização

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Tarifaço de Trump não assusta Hyundai, que vai investir em elétricos nos EUA

A Hyundai inaugurou recentemente uma nova fábrica de mais de US$ 7 bilhões na Geórgia, focada na produção de veículos elétricos e híbridos. A abertura coincidiu com o anúncio de novas tarifas pelo ex-presidente Donald Trump, o que torna estratégica a fabricação local para evitar algumas dessas taxas.

Apesar da incerteza no mercado dos EUA — com mudanças políticas e indefinições sobre créditos fiscais —, a Hyundai mantém sua aposta nos veículos elétricos, como explica uma matéria da Fast Company.

A empresa planeja lançar 21 modelos elétricos globalmente até 2030 e duplicar sua linha de híbridos, com um investimento total de US$ 90 bilhões. A meta é vender 2 milhões de elétricos por ano até o fim da década, representando um terço das vendas globais.

A montadora já iniciou a produção local e adaptou sua nova fábrica para incluir também híbridos, garantindo mais flexibilidade.

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Hyundai investiu mais de US$ 7 bilhões em nova fábrica na Geórgia (Imagem: AntonovVitalii/Shutterstock)

Hyundai pronta para um mercado instável

  • Para lidar com as incertezas, a Hyundai foca na demanda do consumidor, diversidade de motorizações e controle de preços — prometendo não aumentar valores até junho de 2025.
  • Nos EUA, é a segunda maior vendedora de elétricos, atrás da Tesla.
  • No entanto, o crescimento no setor será mais gradual, à medida que os desafios de infraestrutura e preço persistem.

Aposta em um futuro elétrico

A empresa aposta também em modelos mais acessíveis, como o Inster (vendido na Europa e na Coreia por menos de US$ 30 mil), e explora novas tecnologias como células de combustível de hidrogênio, especialmente para veículos comerciais.

Por fim, a Hyundai reforça que o futuro da mobilidade será elétrico e quer liderar essa transformação com produtos acessíveis, eficientes e desejados pelos consumidores globais.

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Montadora avança com novos modelos, mantém preços estáveis e mira dois milhões de elétricos vendidos por ano até 2030 – Imagem: Nick N A/ Shutterstock

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