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Parece que encontramos o lítio necessário para a revolução das baterias

Usado para o desenvolvimento das baterias de veículos elétricos, o lítio se tornou um dos minerais mais cobiçados da atualidade. Por conta disso, garantir o acesso aos depósitos naturais é agora uma questão de importância estratégica.

No entanto, a mineração pode gerar problemas ambientais. Pensando nisso, pesquisadores do Imperial College, de Londres, criaram uma tecnologia que poderia ser usada para extrair o material com eficiência de fontes de água salgada, como salmouras de lago salgado ou soluções de salmoura geotérmica.

Método não prejudica o meio ambiente

  • A extração convencional de lítio de salmouras leva meses e usa quantidades significativas de água e produtos químicos, gerando emissões de gases de efeito estufa no processo.
  • A alternativa desenvolvida, por outro lado, usa uma membrana que separa o mineral da água salgada, filtrando-o através de poros minúsculos.
  • Essa abordagem não é nova, mas acaba tendo um ponte negativo, uma vez que os poros também deixam passar magnésio e outros contaminantes.
  • O que os pesquisadores fizeram foi desenvolver uma classe de polímeros especiais que são altamente seletivos para o lítio.
  • A descoberta foi publicada na revista Nature Water.
Salina de lítio no norte da Argentina (Imagem: Freedom_wanted/Shutterstock)

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Esperança pela extração de lítio em larga escala

No novo trabalho, os cientistas ajustaram os microporos para se tornarem altamente seletivos para o lítio. Usados em um dispositivo de eletrodiálise, os íons são efetivamente puxados através dos microporos da membrana por uma corrente elétrica, enquanto os íons de magnésio maiores são deixados para trás.

Testadas em salmouras simuladas de lago salgado, essas membranas eram altamente seletivas para lítio e produziam carbonato de lítio de alta pureza para baterias. No entanto, para que sejam de uso prático, elas devem ser produzidas em grandes quantidades.

Linha de produção de baterias de lítio para carros elétricos.
Mineral é usado na produção de baterias para carros elétricos (Imagem: to:guteksk7/iStock)

Felizmente, os polímeros são solúveis em solventes comuns e podem ser transformados em membranas usando técnicas industriais estabelecidas. O objetivo agora é buscar parcerias para extrair o lítio em larga escala através da técnica.

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Noruegueses criam bateria sustentável que se autorrepara

O mundo terá cada vez mais bateriasisso é inegável com o avanço dos veículos elétricos. E garantir a sustentabilidade dos dispositivos já é um desafio dentro dos laboratórios. Por isso, a União Europeia (UE) criou um projeto para estudar células de íons de lítio de alta tensão inovadoras e sustentáveis ​​para baterias de próxima geração.

A investida mais recente do IntelLiGent foi coordenada pela Fundação para Pesquisa Industrial e Técnica da Noruega (SINTEF, na sigla em norueguês) e apresentou resultados promissores: uma bateria autorreparável e ecologicamente correta.

O dispositivo tem como base o LNMO: óxido de lítio-níquel-manganês, material livre de cobalto que contém menos lítio e níquel do que as composições usuais. A tecnologia tem alta densidade de energia, o que significa mais atividade em um volume menor.

Pesquisadores vão testar viabilidade comercial da nova bateria (Imagem: Divulgação/SINTEF)

Mas um problema apareceu…

A vida útil dos primeiros protótipos era curta — o que impossibilitaria sua aplicação comercial em um veículo elétrico, por exemplo. Por isso, os pesquisadores criaram nova geração de cátodos LNMO, com silício e grafite.

A combinação dos elementos garantiu mais energia, força e estabilidade para a bateria durar mais. Os compostos são atualmente produzidos pela Vianode na Noruega, que, segundo a SINTEF, pode fabricar materiais com emissões e consumo de recursos mais baixos.

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Molho secreto da nova bateria

  • O projeto também busca aprimorar a maneira de construir os eletrodos para montar a estrutura da bateria em si. Isso faz toda a diferença na densidade de energia e na capacidade de carga;
  • “Um efeito da maior densidade de energia é que a bateria pode ficar muito quente. Então, precisamos garantir que a estrutura não permita que o calor se acumule dentro da bateria”, explicou o pesquisador sênior da SINTEF, Nils Peter Wagner;
  • Por isso, a equipe se debruçou na criação de peças que podem reparar pequenos danos ao longo do caminho;
  • Enquanto os ligantes ajudam a manter a estrutura do eletrodo, os separadores garantem que os eletrodos sejam mantidos fisicamente separados, evitando assim curtos-circuitos.

Agora, os pesquisadores querem colocar a produção de eletrodos em funcionamento em larga escala e otimizar os protocolos de fabricação e teste para avaliar as condições de aplicação da bateria no mercado em futuro breve.

“Essas baterias permitirão que você dirija seu carro elétrico por mais tempo sem carregá-lo e você poderá carregá-lo mais rápido. E, como indivíduo, você também estará contribuindo para uma pegada de carbono menor”, ​​conclui Wagner.

Ilustração da bateria com função de auto-reparo (Imagem: Divulgação/SINTEF)

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Esse metal pode aumentar a vida útil de baterias de veículos elétricos

O carregamento de veículos elétricos ainda é um desafio para fazer o setor deslanchar. As fabricantes vêm buscando maneiras de tornar a autonomia média das baterias de íons de lítio cada vez maior. E a resposta pode estar em um experimento conduzido na Universidade Internacional da Flórida (FIU) (EUA).

Pesquisadores da Faculdade de Engenharia e Computação que trabalham há oito anos com químicas de bateria fizeram descoberta inovadora com tecnologia conhecida como além da íon-lítio, a lítio-enxofre.

O método tem grande densidade em energia, o que aumenta a capacidade de transporte de carga — na prática, veículos elétricos vão mais longe e notebooks e smartphones funcionam por duas vezes mais tempo.

Interação íon-enxofre é menos custosa para fabricantes (Imagem: Divulgação/FIU)

Além disso, o lítio-enxofre é muito mais econômico — com média de cerca de US$ 60 (R$ 347,54, na conversão direta) por quilowatt-hora, enquanto o custo médio de uma bateria, hoje, é de cerca de US$ 100 (R$ 579,24) por quilowatt-hora, segundo o estudo.

Mas há grande desvantagem que deixa o produto longe de ser comercialmente viável: a interação lítio-enxofre prejudica a longevidade da bateria, que se torna inútil após cerca de 50 cargas completas. 

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Solução para as baterias estava em um metal…

  • Os cientistas decidiram testar a inclusão de um metal para prolongar sua vida útil: a platina;
  • O elemento evitou o acúmulo de musgo no lado do lítio, o que reduz justamente a eficiência energética e leva à deterioração da bateria;
  • “Atingimos uma retenção de 92% após 500 ciclos de carga, o que significa que a bateria está quase tão boa quanto nova”, disse Aqsa Nazir, pesquisador de pós-doutorado da FIU e primeiro autor do estudo;
  • “Isso também mostra que minimizamos as reações negativas que prejudicam o desempenho geral para levar esta bateria ao nível comercial”;
  • O metal está presente em apenas 0,02% da bateria total — quantidade minúscula que fez enorme diferença. Agora, o produto está passando por testes de terceiros antes de sair do laboratório para licenciamento e comercialização.
Platina evitou formação de musgo que reduz longevidade da bateria (Imagem: Divulgação/FIU)

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O novo plano global da Xiaomi: vender carros elétricos

Qual a primeira coisa que vem à sua cabeça quando lê a palavra Xiaomi? Smartphones, correto? A resposta nem tem como ser diferente. A gigante chinesa é a terceira maior fornecedora de celulares do mundo.

Você já deve ter se deparado alguma vez com um Redmi ou um POCO – modelos, que, aliás, vivem aparecendo na lista de melhores aparelhos do ano. Já deve ter visto também algum notebook, fone de ouvido ou televisor da marca. Essa lista deve aumentar em breve – e de um jeito que pouca gente imaginava.

A Xiaomi planeja começar a vender seus veículos elétricos fora da China “nos próximos anos”. A informação é do presidente da empresa, William Lu. Ele conversou com a imprensa durante o MWC 2025, na Espanha, a maior feira mobile do mundo.

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A companhia entrou oficialmente no segmento em 2021. De lá para cá, porém, lançou apenas um carro – e ele ficou restrito ao mercado local.

William Lu não deu muitos detalhes dos próximos passos, mas indicou que a marca pretende concorrer com os principais players do setor, como a Tesla. Para isso, a aposta é em modelos ousados e em alta tecnologia.

Conheça o novo SU7 Ultra

Além de muito bonito, o modelo conta com muita potência e tecnologia de ponta – Imagem: Divulgação/Xiaomi
  • Apesar de a MWC ser uma feira voltada para os smartphones, o estande da Xiaomi conta com um carrão que vem chamando bastante a atenção do público em Barcelona.
  • Trata-se do SU7 Ultra, o primeiro veículo elétrico premium da marca.
  • O foco, como já dissemos, é em tecnologia de ponta, mas também em esportividade.
  • O EV é movido por um sistema de três motores desenvolvido pela Xiaomi, capaz de entregar 1.526 cavalos de potência e 1.770 Nm de torque.
  • Esse conjunto é insano e permite ao carro acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 1,98 segundo!
  • Ah, e faz com que o veículo atinja uma velocidade máxima de 350 km/h!
  • O modelo utiliza freios de disco de carbono-cerâmica, capazes de suportar temperaturas superiores a 1.300 °C, garantindo uma frenagem eficiente em qualquer situação.
  • O SU7 Ultra vem ainda com uma bateria CATL Qilin II de 93,7 kWh, que proporciona uma autonomia de 620 km no ciclo CLTC.
  • A recarga também é um destaque: o sistema de carregamento DC 5.2C permite carregar a bateria de 10% a 80% em apenas 11 minutos.
O plano da marca chinesa é vender esse e outros modelos para o restante do mundo dentro de alguns anos – Imagem: Divulgação/Xiaomi
  • E todo esse pacote vem dentro de um design belíssimo (como mostram as imagens acima).
  • O modelo custa a partir de 529.000 yuans chineses (US$ 72.627).
  • Fazendo a conversão, estamos falando em algo na casa dos R$ 450 mil.
  • Mesmo com o valor elevado, William Lu disse que a Xiaomi recebeu mais de 15 mil pedidos nas últimas 24 horas.

MWC 2025

O Mobile World Congress 2025 ocorre entre os dias 3 e 6 de março em Barcelona, na Espanha. E o EV da Xiaomi não foi o único destaque da maior feira de tecnologia móvel do mundo.

O evento contou com a apresentação de um notebook conceito da Lenovo com painel solar e uma tela dobrável. O Yoga Solar PC promete carregamento em 20 minutos para mais de uma hora de reprodução de vídeos.

Outra novidade veio do Google. A big tech implementou uma função muito aguardada no Gemini Live: em breve, será possível compartilhar a tela e realizar chamadas de vídeo com o assistente. Sim: você poderá conversar em chamada de vídeo com a IA!

As informações são da CNBC.

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