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Como a Meta contornou proteções de VPN e guia anônima no Android

A Meta, empresa responsável por Facebook, Instagram e WhatsApp, foi acusada de rastrear o histórico de navegação na internet de usuários de celulares Android. A gigante da tecnologia teria começado a realizar estas ações em setembro do ano passado.

De acordo com um grupo de cientistas da computação afiliados à IMDEA Networks (Espanha), Radboud University (Holanda) e KU Leuven (Bélgica), a mesma prática era utilizada pelo Yandex desde 2017. Esta empresa é uma concorrente russa do Google.

Empresa utilizava o recurso Meta Pixel para rastrear os dados dos usuários (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

Meta Pixel tinha papel central

O relatório divulgado pelos pesquisadores aponta que a tática cruzava os dados de um mecanismo que monitora a interação do usuário com as propagandas de um site, o Meta Pixel, com os aplicativos do Facebook e Instagram. Isso permitia que a Meta ligasse a atividade da pessoa ao endereço IP registrado nos aplicativos de redes sociais.

O Meta Pixel é um recurso bastante popular e está instalado em 5,8 milhões de sites pelo mundo. Sistema dos tipo atuam para deixar os dados anônimos, impossibilitando a identificação de quem navega pela internet e aumentando a privacidade dos usuários. Estas informações de navegação, em geral, servem para calibrar quais anúncios são vistos na internet. No entanto, em nenhum momento foi informado que a ferramenta enviaria os dados para a gigante da tecnologia.

Imagem de um logo de VPN em um smartphone, que está em cima de um notebook
Sistema da Meta podia evitar, inclusive, a ação de VPNs (Imagem: Jeppe Gustafsson/Shutterstock)

O trabalho ainda destaca que a Meta obtinha os dados do usuário mesmo que ele usasse métodos como a guia anônima e VPNs. O único meio de proteger as informações era desinstalar os aplicativos do Facebook e do Instagram. A equipe identificou a vulnerabilidade em diferentes navegadores e constatou que a ferramenta poderia acessar informações de usuários nos navegadores Google Chrome, Microsoft Edge e Mozilla Firefox.

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Logo do Google na fachada de uma loja
Google afirmou que ações “violam flagrantemente” as regras de privacidade (Imagem: Below the Sky/Shutterstock)

Recurso foi desativado após a denúncia

  • Após a divulgação do relatório, a empresa desativou o Meta Pixel.
  • A gigante da tecnologia ainda informou que está em contato com o Google para esclarecer o que chamou de “um possível mal-entendido”.
  • Já o Google afirmou que as ações mencionadas “violam flagrantemente” os princípios de segurança e privacidade.
  • Além disso, destacou que foram adotadas mudanças para mitigar essas técnicas invasivas.
  • Uma investigação própria também será realizada pela companhia.

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Rússia intensifica censura de VPNs para monitorar privacidade online

A Rússia tem intensificado sua repressão ao uso de tecnologias que protejam a privacidade online, com a agência de censura Roskomnadzor banindo 197 aplicativos de VPN em dezembro de 2024. As informações são da VICE.

Recentemente, outras 47 solicitações foram adicionadas à lista, com o objetivo de dificultar o acesso dos cidadãos a ferramentas que impedem a vigilância governamental. Essas ações fazem parte de uma estratégia mais ampla para controlar o uso da internet e permitir que o governo siga monitorando a população sem enfrentar bloqueios por parte dos usuários de internet no país.

O que fazem as VPNs

  • As VPNs (redes privadas virtuais) funcionam criptografando os dados dos usuários e ocultando seu endereço IP, o que impede que sites e agentes mal-intencionados rastreiem sua atividade online.
  • Embora seja possível contornar a censura em computadores, dispositivos móveis, especialmente com iOS, são mais difíceis de configurar devido às limitações dos sistemas operacionais.
  • Isso pode forçar os usuários a recorrerem a dispositivos como laptops ou desktops para usar VPNs.
Usuários buscam alternativas para contornar restrições do governo russo (Imagem: Jeppe Gustafsson/Shutterstock)

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Além da censura governamental, muitos sites começaram a implementar tecnologias para detectar e bloquear usuários de VPN. O NordVPN, por exemplo, oferece uma ferramenta chamada NordWhisper, que ajuda a evitar a detecção em sites, embora não resolva o problema da censura de VPNs na Rússia.

Os esforços da Rússia para a criação de um sistema totalmente nacional de conexão com a internet já haviam começado meses atrás, com testes realizados nas regiões do Daguestão, Chechênia e Inguchétia, áreas povoadas principalmente por minorias étnicas. Leia mais sobre isso aqui.

Censura governamental na Rússia se intensifica – Imagem: Harvepino/Shutterstock

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